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avaliação
nutricional
Material elaborado pelas nutricionistas Giliane Belarmino, Doutora em Ciências pela Faculdade
de Medicina da USP, Pós-Doutoranda pela Faculdade de Medicina da USP, Gerente de Marketing
e Científica do Ganepão e Pesquisadora Científica do LIM/35-USP; Camila de Aviler Pinello Rocha,
mestranda em Biotecnologia de Alimentos pela Universidade Europeia do Atlântico, pós-graduada
em Nutrição Clínica pela Universidade Redentor; e Maria Carolina Gonçalves Dias,
Nutricionista-Chefe da divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da USP e Coordenadora Administrativa da Equipe Multiprofissional de
Terapia Nutricional do Hospital das Clínicas. A nutrição nos conecta.
Passo a passo Sumário
da assistência 1.1. Definição e classificação 5
nutricional
1.2. MAN - Miniavaliação Nutricional 5
1.3. NRS 2002 7
1. Triagem nutricional
1.4. ASG - Avaliação Subjetiva Global 8
1.5. ASG-PPP - Avaliação Subjetiva
Global produzida pelo paciente 9
A partir da triagem,
o paciente
é classificado em:
Sem Com
risco risco
nutricional
• Adequar ao plano • Desenvolver e
alimentar implementar plano de
cuidado nutricional
• Reavaliar
semanalmente • Monitorar e reavaliar
5
Responda à seção “Triagem”, preenchendo as caixas
6 7
ASG - AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL ASG-PPP - AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL
PREENCHIDA PELO PACIENTE
Scored Patient-Generated Subjetive Global Assessment
[Avaliação Subjetiva Global - Preenchida pelo paciente]
INDICADA PARA PACIENTE
ASG-PPP ONCOLÓGICO AMBULATORIAL
Selecione a categoria apropriada com um X ou entre com valor
numérico onde estiver indicado por “#”. História: as caixas 1-4 foram feitas para
A. História.
serem completadas pelo paciente e são chamadas
de versão reduzida da ASG-PPP.
1. Alteração no peso.
Perda total nos últimos 6 meses:
QUESTIONÁRIO AUTOAPLICÁVEL
total = # ____________________kg; DIVIDIDO EM 2 PARTES
% perda = #_______________
Alteração nas últimas duas semanas: Identificação do paciente:
_____aumento _____sem alteração _____diminuição
Método simples e de baixo custo.
2. Alteração na ingestão alimentar:
Preenchida pelo nutricionista
Primeira parte: perda de peso, alteração da
ou profissional treinado _____sem alteração
_____alterada ingestão, sintomas e alterações na capacidade
da equipe multiprofissional. _____duração = #_____semanas
_____tipo: _____dieta sólida subótima _____dieta líquida completa
funcional.
_____líquidos hipocalóricos _____inanição 1. Peso
3. Sintomas gastrintestinais (que persistam por > 2 semanas): Resumindo meu peso atual e recente:
Segunda parte: preenchida pelo nutricionista,
médico ou enfermeiro, considera a avaliação
Pode ser utilizada _____nenhum _____náusea _____vômitos _____diarreia _____anorexia Eu atualmente peso aproximadamente _____ kg de fatores associados ao diagnóstico e exame
como método de triagem 4. Capacidade funcional:
Eu tenho aproximadamente ____ metro e ____ cm
físico. Para cada item avaliado, é dado um
Há 1 mês eu pesava _____ kg
e como parte da escore numérico de 0 a 4 para determinação
Há 6 meses eu pesava _____ kg
avaliação nutricional. _____sem disfunção (capacidade completa)
_____disfunção_____ duração = #_____semanas do estado nutricional. Sendo assim, um maior
Durante as duas últimas semanas o meu peso:
_____tipo:_____ trabalho subótimo _____ambulatório _____acamado escore irá determinar maior risco
5. Doença e sua relação com necessidades nutricionais:
( ) diminuiu (1) de desnutrição10.
( ) ficou igual (0)
( ) aumentou (0)
Diagnóstico (especificar)_____________________________________
O questionário é dividido Demanda metabólica (estresse):_____sem estresse _____baixo estresse
CAIXA 1 ( )
Indicar soma total (ver formulário 1) 3. Sintomas
em 3 partes: história do _____estresse moderado _____estresse elevado
paciente, exame físico e B. Exame físico (para cada categoria, especificar: 0 = normal; Durante as duas últimas semanas, eu tenho tido os seguintes
problemas que me impedem de comer o suficiente (marque todos
estado nutricional8,9. 1+ = leve; 2+ = moderada; 3+ = grave).
os que estiver sentindo):
# _____perda de gordura subcutânea (tríceps, tórax) 2. Ingestão alimentar
# _____perda muscular (quadríceps, deltoide) [ ] sem problemas para me alimentar (0)
# _____edema tornozelo [ ] sem apetite, apenas sem vontade de comer (3)
Comparado com a minha alimentação habitual, no último mês, [ ] náuseas (enjoos) (1)
# _____edema sacral eu tenho comido:
# _____ascite [ ] obstipação (intestino preso) (1)
[ ] feridas na boca (2)
[ ] a mesma coisa (0) [ ] as coisas têm gosto estranho ou não têm gosto (1)
C. Avaliação subjetiva global (selecione uma). [ ] mais que o habitual (0) [ ] problemas para engolir (2)
[ ] menos que o habitual (1) [ ] dor; onde? (3) __________________
_____A = bem nutrido
_____B = moderadamente (ou suspeita de ser) desnutrido [ ] outros*: (3) _____________________
Atualmente, eu estou comendo: [ ] vômitos (3)
_____C = gravemente desnutrido
[ ] diarreia (3)
[ ] a mesma comida (sólida) em menor quantidade que a habitual (1) [ ] boca seca (1)
Fonte: Adaptado Avaliação subjetiva global segundo DETSKY et al.1998. [ ] a mesma comida (sólida) em pouca quantidade (2) [ ] os cheiros incomodam (1)
[ ] apenas alimentos líquidos (3) [ ] me sinto rapidamente satisfeito (1)
[ ] apenas suplementos nutricionais (3) [ ] cansaço (fadiga) (1)
[ ] muito pouca quantidade de qualquer alimento (4)
[ ] apenas alimentação por sonda ou pela veia (0) CAIXA 3 ( )
Indicar soma total
CAIXA 2 ( ) *Ex.: depressão, problemas dentários ou financeiros, etc.
Indicar valor mais alto
8 9
4. Atividade e função Formulário 5 - Avaliação global das categorias da ASG-PPP
No último mês, de um modo geral, eu consideraria a minha situação em relação a minha atividade (função) como: A avaliação global é subjetiva e pretende refletir uma avaliação qualitativa das caixas 1 a 4 e do formulário 4 (exame físico).
Assinale cada item e, conforme os resultados obtidos, selecione a categoria (A, B ou C).
[ ] normal, sem nenhuma limitação (0)
[ ] não totalmente normal, mas sou capaz de manter quase todas as atividades normais (1) CATEGORIA A CATEGORIA B CATEGORIA C
[ ] sem disposição para a maioria das coisas, mas ficando na cama ou na cadeira menos da metade do dia (2) (Bem nutrido) (Desnutrição suspeita ou moderada) (Gravemente desnutrido)
[ ] capaz de fazer pouca atividade e passando a maior parte do dia na cadeira ou na cama (3) CAIXA 4 ( )
[ ] praticamente acamado, raramente fora da cama (3) Indicar valor mais alto
Sem perda de peso ≤ 5% perda de peso em 1 mês > 5% perda de peso em 1 mês
O restante do questionário será preenchido pelo seu nutricionista, médico ou enfermeiro. Peso ou ganho recente de (ou ≤ 10% em 6 meses) ou perda (ou > 10% em 6 meses) ou
Soma da pontuação das caixas 1 a 4 ( ) de peso progressiva. perda de peso progressiva.
™FD Ottery 2005, 2006, 2015 v03.22.15 • Brazil 18-008 v05.21.18 • E-mail: faithotterymdphd@aol.com ou info@pt-global.org peso (não hídrico).
Soma da pontuação das caixas 1 a 4 Formulário 2 - Doenças e suas relações com as necessidades
nutricionais Sem déficit ou melhora
Ingestão de nutrientes Diminuição evidente da ingestão. Grave déficit da ingestão.
significativa recente.
Formulário 1 - Pontuando a perda de peso Outros diagnósticos relevantes (especifique)
Para pontuar, use o peso de 1 mês atrás, se disponível. Use o peso Nenhum ou melhora
Quando houver Sintomas persistentes,
de 6 meses atrás apenas se não tiver dados do peso do mês passado. significativa recente Sintomas persistentes
Estadiamento da doença primária (circule se conhecido ou sintomas de impacto mas de gravidade moderada
Use os pontos abaixo para pontuar a mudança do peso e acrescente permitindo ingestão e graves (caixa 3).
apropriado) I II III IV Outro: nutricional (caixa 3).
1 ponto extra se o paciente perdeu peso nas duas últimas semanas. adequadas.
P anterior - P atual A pontuação é obtida somando um ponto para cada uma das
x 100 seguintes condições:
P anterior Sem déficit ou melhora Déficit funcional moderado Grave déficit funcional
Função
significativa recente. ou piora recente. ou piora recente.
[ ] câncer
Perda de peso em 1 mês Pontos Perda de peso em 6 meses
[ ] aids
≥ 10% 4 ≥ 20% [ ] caquexia cardíaca ou pulmonar Evidência de perda leve a moderada Sinais óbvios de desnutrição
5 - 9,9% 3 10 - 19,9% [ ] úlcera de decúbito, ferida aberta ou fístula Sem déficit ou déficit
de massa muscular (ex.: perda intensa de massa
3 - 4,9% 2 6 - 9,9% [ ] presença de trauma Exame físico crônico, mas melhora
e/ou tônus muscular à palpação muscular, gordura e possível
2 - 2,9% 1 2 - 5,9% [ ] idade maior que 65 anos clínica recente.
e/ou perda de gordura subcutânea. edema).
0 - 1,9% 0 0 - 1,9% [ ] insuficiência renal crônica
Pontuação para o formulário 3 [ ] C 0-1 Nenhuma intervenção necessária no momento. Reavaliar de maneira rotineira e regular durante o tratamento;
2-3 Aconselhamento do paciente e de seus familiares pela nutricionista, enfermeira ou outro clínico, com intervenção farmacológica
Formulário 4 - Exame físico conforme indicado pela avaliação dos sintomas (Caixa 3) e exames laboratoriais, conforme o caso;
O exame físico inclui a avaliação subjetiva de 3 aspectos de composição corporal: músculo, gordura e estado de hidratação. Como é subjetivo, 4-8 Requer intervenção da nutricionista, juntamente com a enfermeira ou médico, conforme indicado pelos sintomas (Caixa 3);
cada item do exame é graduado pelo grau de déficit. O déficit muscular tem maior impacto no escore do que o déficit de gordura. Definição
das categorias: 0 = sem déficit; 1+ = déficit leve; 2+ = déficit moderado; 3+ = déficit grave. A avaliação dos déficits nestas categorias não é ≥ 9 Indica uma necessidade urgente de conduta para melhora dos sintomas e/ou opções de intervenção nutricional.
aditiva, mas é usada para avaliar clinicamente o grau global de déficit (ou presença de líquidos em excesso).
Estado muscular: Sem Déficit Déficit Déficit Estado de hidratação Sem Edema Edema Edema
déficit leve mod. grave edema leve mod. grave
Têmporas (músculos temporais) 0 1+ 2+ 3+ Edema do tornozelo 0 1+ 2+ 3+
Clavículas (peitorais e deltoides) 0 1+ 2+ 3+ Edema sacral 0 1+ 2+ 3+ Assinatura do clínico: ____________________________________________________________ Data _____/______/_____
Ombros (deltoides) 0 1+ 2+ 3+ Ascite 0 1+ 2+ 3+
Musculatura interóssea (mãos) 0 1+ 2+ 3+ Avaliação geral estado de hidratação 0 1+ 2+ 3+
Escápula (dorsal maior, trapézio, deltoide) 0 1+ 2+ 3+ Avaliação global subjetiva - preenchida pelo doente (ASG-PPP). Traduzido, adaptado e validado para a população brasileira de Scored Patient-Generated Subjective Global Assessment ASG-PPP
(FD Ottery, 2005, 2006, 2015). Brazil 18-008 v.05.21.18, com permissão e colaboração de Dr. Faith Ottery, MD, PhD. E-mail: faithotterymdphd@aol.com ou info@pt-global.org.
Coxa (quadríceps) 0 1+ 2+ 3+ Novamente, o déficit muscular prevalece sobre a perda de gordura
Panturrilha (gastrocnêmio) 0 1+ 2+ 3+ e o excesso de líquidos.
Avaliação geral do estado muscular 0 1+ 2+ 3+
A pontuação do exame físico é determinada pela avaliação
Reservas de gordura: subjetiva geral do déficit corporal total.
Região periorbital 0 1+ 2+ 3+ Sem déficit = 0 pontos Déficit leve = 1 ponto
Prega cutânea do tríceps 0 1+ 2+ 3+ Déficit mod. = 2 pontos Déficit grave = 3 pontos
Gordura sobre as costelas inferiores 0 1+ 2+ 3+
Avaliação geral do déficit de gordura 0 1+ 2+ 3+ Pontuação para o formulário 4 [ ] D
10 11
DEFINIÇÃO
Tem como objetivo o acompanhamento
e a verificação da evolução do estado NOTA: a avaliação do estado nutricional do
nutricional, auxiliando na recuperação e /ou paciente deve ser repetida, no máximo, a
manutenção do estado nutricional e evitando cada 10 dias, precede a indicação da terapia
distúrbios nutricionais. Dentre os métodos nutricional e é de competência do
disponíveis, a antropometria é um dos mais nutricionista11,12,13.
utilizados para verificar
as alterações nutricionais que ocorrem
frequentemente em pacientes hospitalizados.
Sendo que a avaliação antropométrica - Peso atual, habitual, ideal,
contempla peso, altura, circunferências ajustado, estimado, perda
ponderal, corrigido, seco
e dobras11,12,13.
- Altura aferida e estimada
PESO E
ALTURA
ANTROPOMETRIA
nutricional
componentes corporais e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo14,15.
Homens Mulheres
Referido pelo paciente como sendo o seu peso 65 a 69 24,3 26,5
PESO HABITUAL “normal”. Deve ser utilizado quando não houver,
por parte do paciente, relato de perda de peso14,15. 70 a 74 25,1 26,3
75 a 79 23,9 26,1
Definido segundo o IMC médio 80 a 84 23,7 25,5
Peso Ideal = IMC médio ou IMC P50 x Altura² (em m)
Sendo: IMC médio para homens = 22; > 85 23,1 23,6
PESO IDEAL IMC médio para mulheres = 21 e para idosos = 24,5.
Fonte: Burn e Phillips, 1984.
Somente idosos: levando em consideração o IMC referente
ao percentil 50, de acordo com sua faixa etária16.
12 13
PESO ATUAL, HABITUAL, IDEAL PESO SECO
Cálculo de peso estimado para adultos
Peso seco é o peso descontado de retenção hídrica (edema e ascite)
Sexo feminino
Estimado a partir do peso atual e
do ideal16. Negro 19 a 59 anos Peso = (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) - 82,48
PESO AJUSTADO Peso ajustado = (P atual + P ideal)
Branco 19 a 59 anos Peso = (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) - 66,04 Estimativa de peso de edema
x 0,25 + P ideal.
Grau e local do edema Peso a ser subtraído*
Sexo masculino
O valor a ser descontado + Tornozelo 1 kg
Negro 19 a 59 anos Peso = (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) - 83,72 dependerá do local e grau
EDEMA de edema apresentado
++ Joelho 3 a 4 kg
Branco 19 a 59 anos Peso = (AJ x 1,19) + (CB x 3,21) - 86,82 +++ Raiz de coxa 5 a 6 kg
pelo indivíduo 20.
++++ Anasarca 10 a 12 kg
Fonte: Chumlea et al., 1988.
Utilizado para os casos em que *Em caso de edema bilateral, as porcentagens dobram.
não é possível realizar a medida Idosos Fonte: Duarte e Castellani, 2002.
PESO ESTIMADO do peso e não há outras formas
de determiná-lo17. Sexo feminino
Estimativa de peso de ascite e edema
Negro Idoso Peso = (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22
Grau de ascite/edema Peso ascítico (kg) Edema periférico (kg)
Branco Idoso Peso = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 O valor a ser descontado
Leve 2,2 1,0
ASCITE dependerá do grau da ascite
Sexo masculino e edema periférico 21. Moderado 6,0 5,0
Grave 14,0 10,0
Negro Idoso Peso = (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21
Fonte: James, 1989.
Branco Idoso Peso = (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81
≥ 6 meses 10 > 10
TÉCNICA PARA AFERIÇÃO DA
Fonte: Blackburn e Bistrian, 1977.
ENVERGADURA DOS BRAÇOS
Porcentagens desconsideradas para O paciente idealmente* deve estar de pé,
o cálculo do peso em amputações de frente para o avaliador e de costas para
Utilizado para pacientes a parede, tronco reto, braços estendidos na
PESO CORRIGIDO amputados19. Membro amputado Proporção de peso (%)* altura do ombro, sem flexionar o cotovelo,
Mão 0,8
Equações para estimativa pela altura do joelho e idade calcanhares tocando a parede e peso
distribuído em ambos os pés. Marcar
Antebraço 2,3 População Masculino Feminino
(Peso antes da amputação ×100) na parede (com fita adesiva) a distância
PCorrigido = Braço até o ombro 6,6 Brancos (18 a 60 anos) 71,85 + (1,88 x AJ) 70,25 + (1,87 x AJ) - (0,06 x idade) obtida entre a extremidade distal do terceiro
(100% - porcentagem de amputação) quirodáctilo direito e a extremidade distal
Pé 1,7 73,42 + (1,79 x AJ)
Negros (18 a 60 anos) 68,10 + (1,86 x AJ) - (0,06 x idade) do terceiro quirodáctilo esquerdo
Perna abaixo do joelho 7,0 (a extremidade final do maior dedo da mão).
Idosos 64,19 - (0,04 x idade ) + (2,04 x AJ) 84,88 + (0,24 x idade ) + (1,23 x AJ)
Perna acima do joelho 11,0
AJ = altura do joelho *Caso não seja possível, avaliar a melhor
Perna inteira 18,6
Fonte: Chumlea et al., 1994. abordagem junto com a equipe de nutrição.
*Para amputações bilaterais, as % dobram.
14 Fonte: Osterkamo LK, 1995. 15
IMC - ÍNDICE DE MASSA CORPORAL CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
Medida antropométrica relacionada a adiposidade mais utilizada no mundo .
24,25,26
SEMPRE deve ser associado a outros métodos de avaliação nutricional. • O avaliador deve palpar a extremidade da 19 - 24,9 262 272 288 308 331 331 372
proeminência do olécrano e do acrômio. 25 - 34,9 271 282 300 319 342 342 375
Classificação do IMC Pontos de corte 25,26
30,0 - 34,9 4,5 6,0 6,5 8,0 12,0 16,5 29,0 22,0 25,0
Feminino
35,0 - 39,9 4,5 6,0 7,0 8,5 12,0 16,0 18,5 29,5 24,5
Idade 5 10 25 50 75 90 95
40,0 - 44,9 5,0 6,0 6,9 8,0 12,0 16,0 19,0 21,5 26,0
18 - 18,9 17,4 17,9 19,5 20,2 21,5 23,7 24,5
45,0 - 49,9 5,0 6,0 7,0 8,0 12,0 16,0 19,0 21,0 25,0
19 - 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9
50,0 - 54,9 5,0 6,0 7,0 8,0 11,5 15,0 18,5 20,8 25,0
25 - 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4
55,0 - 59,9 5,0 6,0 6,5 8,0 11,5 15,0 18,0 20,5 25,0
35 - 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2
60,0 - 64,9 5,0 6,0 7,0 8,0 11,5 15,5 18,5 20,5 24,0
45 - 54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 28,0
65, 0 - 69,9 4,5 5,0 6,5 8,0 11,0 15,0 18,0 20,0 23,5
55 - 64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0
70,0 - 74,9 4,5 6,0 6,5 8,0 11,0 15,0 17,0 19,0 23,0
65 - 74,9 18,5 19,5 20,8 22,5 24,4 26,4 27,9
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
Classificação do estado nutricional segundo
18, 24,9
adequação da CMB 9,0 11,0 12,0 14,0 18,5 24,5 28,5 31,0 36,0
25,0 - 29,0 10,0 12,0 13,0 15,0 20,0 26,5 31,0 34,0 38,0
Desnutrição
30,0 - 34,9 10,5 13,0 15,0 17,0 22,5 29,5 33,0 35,5 41,5
Grave Moderada Leve Eutrofia
35,0 - 39,9 11,0 13,0 15,5 18,0 23,5 30,0 35,0 37,0 41,0
CMB < 70% 70 - 80% 80 - 90% > 90%
40,0 - 44,9 12,0 14,0 16,0 19,0 24,5 30,5 35,0 37,0 41,0
Fonte: Blackburn e Tornton, 1979 (adaptado).
45,0 - 49,9 12,0 14,5 16,5 19,5 25,5 32,0 35,5 38,0 42,5
50,0 - 54,9 12,0 15,0 17,5 20,5 25,5 32,0 36,0 38,5 42,0
55,0 - 59,9 12,0 15,0 17,0 20,5 26,0 32,0 36,0 39,0 42,5
60,0 - 64,9 12,5 16,0 17,5 20,5 26,0 32,0 35,5 38,0 42,5
65, 0 - 69,9 12,0 14,5 16,5 19,0 25,0 30,0 33,5 36,0 40,0
70,0 - 74,9 11,0 13,5 15,5 18,0 24,0 29,5 32,0 35,0 38,5
Desnutrição
Eutrofia Sobrepeso Obesidade
Grave Moderada Leve
DCT < 70% 70 - 80% 80 - 90% 90 - 100% 110 - 120 % > 120%
funcionalidade
DOBRA CUTÂNEA SUPRAILÍACA: feita em direção oblíqua, é medida na lateral abdominal,
a 1 cm sobre a crista ilíaca anterior superior, sobre o quadril e em posição diagonal 32.
DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL: está localizada na linha média anterior do braço e superior ao
músculo principal do bíceps. Deve ser medida em ponto médio a 1 cm acima do músculo.
A medição deve ser feita no mesmo nível da dobra cutânea tricipial32.
Os valores obtidos dessas dobras são utilizados para predição da gordura corporal
(assunto do próximo capítulo). Não existem valores de referência isolados para estas dobras 23.
20 21
COMPOSIÇÃO CORPORAL MASSA MUSCULAR E FUNCIONALIDADE
Um dos princípios da composição corporal diz que o corpo é dividido em 2 compartimentos: SARCOPENIA: é considerada distúrbio muscular esquelético generalizado e progressivo.
massa magra e gordura corporal, sendo que a massa magra compreende proteínas, ossos Foi reconhecida como uma insuficiência muscular resultante de uma redução de massa
e água e as proteínas contemplam a massa muscular e os órgãos. muscular associada à redução da força e função desse músculo39.
A massa muscular tem função vital no organismo e é de extrema importância utilizar métodos
de avaliação nutricional que reflitam além do peso, ou seja, a composição corporal 36.
PROTEÍNAS
21%
MASSA
MUSCULAR
Massa
muscular + Força
muscular + Função
muscular
ÓRGÃOS
MASSA OSSOS
MAGRA 7% A SARCOPENIA TEM RELAÇÃO COM DESFECHOS NEGATIVOS, COMO:
quedas, fraturas, imobilidade física e mortalidade.
É reconhecida como doença.
ÁGUA
72%
GORDURA Falência de órgão = insuficiência muscular (CID 10 M62.5)
CORPORAL
%GC = [(4,95/DC)-4,5] x 100 4o Avaliar desempenho físico através da velocidade de marcha (método descrito a seguir).
Limítrofe 23,1 a 31,9% Limítrofe 15,1 a 24,9%
Se o resultado positivo, a sarcopenia é classificada como grave.
Elevado ≥ 32% Elevado ≥ 25%
ESCORE TOTAL:________
REFERÊNCIA: BARBOSA-SILVA, T.G. et al. SUN-PP113: Portuguese-Translated Sarc-F Validation and Methods to improve its efficacy: a new
Baixo algorithm for sarcopenia screening. Clinical Nutrition, v. 34. sup.1, p. S65, 2015.
Desempenho Sarcopenia
GRAVIDADE grave
físico
24 25
SARC-CP FORÇA MUSCULAR
O SARC-CP é uma ferramenta para diagnóstico de sarcopenia que contém seis itens avaliados41:
Força de aperto de mão (dinamômetro)
• capacidade do indivíduo de carregar peso
• ocorrência de quedas
• Relaciona-se mais com prognósticos
• circunferência da panturrilha negativos do que a massa muscular:
maior tempo de internação hospitalar, aumento
Componente Pergunta Pontuação das limitações funcionais, baixa qualidade de vida
relacionada à saúde e morte39.
Quanto de dificuldade Nenhuma = 0
Força você tem para levantar e Alguma = 1
carregar 5 kg? Muita, ou não consegue = 2
Nenhuma = 0
Quanto de dificuldade
Levantar Alguma = 1
você tem para levantar de
da cadeira Muita, ou não consegue
uma cama ou cadeira?
sem ajuda = 2
Nenhuma = 0 O teste de velocidade de marcha é parte do SPPB (short physical performance battery), porém
Quantas vezes você caiu
Quedas 1-3 quedas = 1 pode ser utilizado individualmente para avaliar desempenho físico em idosos39.
no último ano?
4 ou mais quedas = 2
• Redução da força 1
Nenhuma deficiência significativa a despeito
Capaz de conduzir todos os deveres e atividades habituais
dos sintomas
• Redução da velocidade de caminhada
Incapaz de conduzir todas as atividades de antes, mas é capaz
• Baixa atividade física 2 Leve deficiência
de cuidar dos próprios interesses sem assistência
O(A) sr.(a) acha que faz menos atividades físicas do que fazia há
12 meses (há um ano)?
Baixa atividade física
Sim
Não
Disfagia
Os profissionais da equipe podem identificar situações de risco para disfagia por
meio da checagem de critérios de risco, sem necessariamente oferecer alimentos.
Tosse
Presença de sinais clínicos de aspiração Engasgo
durante e após as refeições Voz molhada
Dispneia
AVE: acidente vascular encefálico; TCE: traumatismo cranioencefálico; ELA: esclerose lateral amiotrófica; EM: esclerose múltipla; SNC: sistema nervoso central;
IOT: intubação orotraqueal; TQT: traqueostomia; DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica; DRGE: doença do refluxo gastroesofágico.
30 31
Identificação de risco de disfagia em idosos ALGORITMO PARA DIAGNÓSTICO
Número de
critérios para
Indicação para avaliação DE DISFAGIA SARCOPÊNICA
Critérios Sinais de risco para disfagia fonoaudiológica
caracterizar (número de critérios presentes)
risco
c) Dietas adaptadas à textura baseadas em comida tradicional. Sem disfagia sarcopênica Força muscular para deglutição Medir através da força da língua
Baixa
2. Suplementação nutricional (calórica e proteica) de acordo com os resultados da avaliação
Normal ou não avaliada
nutricional.
32 33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na escolha do método de avaliação do estado nutricional que será utilizado na prática clínica;
é importante considerar:
•N
ão utilizar apenas o resultado do método como diagnóstico, e sim para comparar com
resultados anteriores e/ou futuros do paciente.
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