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BIOQUÍMICA
e metabolismo
dos nutrientes
BIOQUÍMICA
APRESENTAÇÃO e metabolismo
Bem-vindo ao universo da bioquímica descomplicada! Este eBook foi cuidadosamente elaborado para nutricionistas e estudantes de nutrição
que buscam uma compreensão clara e eficiente do complexo mundo da bioquímica e do metabolismo dos nutrientes.
"61 Mapas Mentais de Bioquímica" é uma ferramenta de aprendizado que transforma os conceitos-chave da bioquímica em mapas mentais
visualmente atraentes e fáceis de entender. Cada mapa foi desenhado para facilitar o aprendizado e compreensão dos tópicos mais importantes
da bioquímica e metabolismo dos nutriente.
Este eBook é ideal para você, nutricionista ou estudante de nutrição, que deseja fortalecer seu conhecimento em bioquímica de uma maneira
mais interativa e menos intimidadora. Seja você um iniciante buscando fundamentos sólidos ou um profissional experiente procurando uma
revisão eficaz.
Nosso objetivo é proporcionar uma jornada de aprendizado que vá além da memorização. Queremos que você realmente entenda e aplique os
conceitos de bioquímica na prática nutricional. Por isso, dividimos o conteúdo em módulos temáticos, abrangendo desde carboidratos, proteínas
e lipídios até bioenergética, água, vitaminas e minerais.
Cada módulo é composto por mapas mentais detalhados, cobrindo tópicos como digestão e absorção, metabolismo, controle hormonal, e muito
mais. Com esta abordagem, você terá uma visão completa e integrada da bioquímica, essencial para a excelência na área da nutrição.
Prepare-se para transformar a maneira como você aprende e aplica a bioquímica. Com "61 Mapas Mentais de Bioquímica", você está a um passo
de aprofundar seu conhecimento, aumentar sua confiança e ter mai segurança com a bioquímica dos nutrientes. Mergulhe nessa experiência de
aprendizado e veja a bioquímica sob uma nova perspectiva!
04 Bioenergética
09 Gliconeogênese 14 51 Vitamina B12 62
10 Via das pentoses fosfato
08 Minerais
15
11 Metabolismo da galactose 16 32 Visão geral 40
12 Metabolismo da frutose 17 33 Sistema ATP-CP 41
52 Ferro 64
13 Controle hormonal da glicose 18 34 Ciclo de Krebs 42
53 Cálcio 65
35 Fosforilação oxidativa 43
54 Zinco
02 Proteínas
66
55 Selênio
05 Água
67
56 Magnésio 68
14 Visão geral 20 57 Cromo 69
15 O que são proteínas 21 36 Propriedades e ionização da água 45 58 Iodo 70
16 Digestão e absorção 22 37 Sistema tampão 46 59 Sódio 71
17 Valor biológico das proteínas 23 38 Funções corporais da água 47 60 Potássio 72
18 Turnover proteico 24 61 Fósforo 73
19 Síntese de proteínas 25
06 Vitaminas Lipossolúveis
BÔNUS
20 Catabolismo de proteínas 26
21 Enzimas 27
22 Oxidação dos aminoácidos 28
62 Fibras solúveis 75
23 Ciclo da ureia 29 39 Vitamina A 49
63 Fibras insolúveis 76
24 Biossíntese de aminoácidos 30 40 Vitamina D 50
64 Metabolismo dos polifenóis 77
41 Vitamina E 51
65 Metabolismo dos Aminoácidos sulfurados 78
42 Vitamina K 52
66 Metabolismo dos Aminoácidos aromáticos 79
67 Metabolismo dos Aminoácidos de cadeia ramificada 80
68 Metabolismo dos Ácidos graxos de cadeia curta 81
69 Metabolismo dos Ácidos graxos saturados 82
70 Metabolismo dos Ácidos graxos trans 83
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01 - VISÃO GERAL DO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
O que são: Carboidratos são moléculas formadas O glicogênio muscular só fornece glicose para o
por carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo próprio músculo, enquanto o glicogênio hepático
classificadas desde unidades menores chamadas fornece glicose para manutenção da glicemia em
monossacarídeos até polissacarídeos (conjunto de momentos de baixa disponibilidade
monossacarídeos)
Músculo Fígado
O amido ingerido deverá ser digerido por A síntese de glicose (gliconeogênese) pode
amilases e dissacaridases para posterior ocorrer a partir de três substratos precursores
absorção intestinal de glicose – Aminoácidos, lactato e glicerol. Os
aminoácidos são os que mais contribuem para
essa via
Cadeia transportadora de elétrons
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02 - O QUE SÃO CARBOIDRATOS
Carboidratos são moléculas formadas por Funções
carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo • Quantidade de carbonos:
- Energia: Substrato para síntese de ATP.
classificadas desde unidades menores - DNA e RNA: Compõe os ácidos nucleicos na Pentoses: Ribose e desoxirribose
chamadas monossacarídeos até polissacarídeos forma de desoxirribose e ribose. Hexoses: Glicose, frutose e galactose
(conjunto de monossacarídeos). - Síntese de aminoácidos.
- Fibras: Auxilia no funcionamento intestinal. • Quantidade de monossacarídeos
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03 - DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS
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04 - CONCEITO DE ÍNDICE E CARGA GLICÊMICA
Índice glicêmico Carga glicêmica
O que é: Consiste em uma ferramenta usada para O que é: Consiste na avaliação do impacto glicêmico
investigar a capacidade de um alimento testado em através do produto entre o IG e a quantidade do
aumentar a glicemia pós-prandial quando comparado CONCEITO DE ÍNDICE carboidrato disponível em uma determinada porção
a um alimento padronizado (glicose ou pão branco) E CARGA GLICÊMICA do alimento
Fórmula
Compreendendo o índice glicêmico
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05 - ABSORÇÃO CELULAR DE GLICOSE
Após digestão e absorção intestinal, a glicose sanguínea A absorção celular de glicose se dá por
deverá ser absorvida pelas células nos tecidos corporais. transportadores especializados chamados de GLUTs:
Alguns tecidos e células do corpo são dependentes
exclusivos de glicose (hemácias e cérebro). Enquanto GLUT1: Hemácias, rins e cérebro (alta afinidade)
outros não. GLUT2: Fígado, Células β, rins e intestino (baixa
afinidade)
GLUT3: Neurônios (alta afinidade)
GLUT4: Músculo e tecido adiposo (média
afinidade)
ABSORÇÃO CELULAR
DA GLICOSE A maioria dos tecidos apresentam em
sua membrana os GLUTs, alguns
dependem da ação de um hormônio,
a insulina, para expressarem e
começarem a captar glicose.
O GLUT 4, presente no músculo e
tecido adiposo é dependente da ação
da insulina.
Captação e transferência
4.) eficiente de glicose para
dentro da célula *Resistência à insulina
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06 - GLICOGÊNESE
Como seu próprio nome já informa, a A glicogênese irá ser estimulada nos momentos
glicogênese consiste em uma via de síntese em que houver disponibilidade de glicose para
(anabolismo) do glicogênio a partir da síntese. Isso acontece principalmente quando
incorporação da glicose em uma molécula ingerimos uma refeição com quantidade Tanto o fígado quanto o músculo
pré-formada. adequada de carboidrato.
sintetizam glicogênio, permitindo
Qual a importância da glicogênese? armazenamento adequado de
glicose.
- Armazenamento de glicose para uso em
momentos de maior necessidade,
permitindo manutenção da glicemia. GLICOGÊNESE
Músculo Fígado
3.)
Incorporação da glicose
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07 - GLICOGENÓLISE
Sangue
Glicemia
Glicose
1.) Degradação do glicogênio 2.) Desramificação Glicose 6
fosfatase
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08- GLICÓLISE
Qual a importância da glicólise?
Consiste em uma via linear com grande
fluxo de carbonos, responsável pela - Produção rápida de ATP sem dependência do
oxidação inicial da glicose em piruvato. oxigênio.
- Local de destino dos compostos de outras vias
metabólicas.
- Oxidação inicial da glicose.
GLICÓLISE
Fase de preparação Fase de pagamento
D
intermediários da via para que as 2 NADH +
(1) Glicose 6 reações posteriores se tornem (2) 1,3
energeticamente favoráveis. É como
2.) Fosfo -hex ose - se a gente gastasse dinheiro (ATP) 2
isomerase Fosfoglicerato-
2 quinase 7.)
Triose-fosfato- 2
5.) Piruvato quinase
10.)
isomerase
SALDO 2
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09- GLICONEOGÊNESE
GLICONEOGÊNESE
Situações práticas que podem aumentar a
gliconeogênese: Cérebro Hemácia
1. Jejum
2. Exercício físico
Glicose
3. Diabetes Mellitus
4. Dieta cetogênica
Glicose 6
Piruvato
Glicose Corpos Glicose NH
cetônic Lactato
Aminoácidos Glicerol
Aminoácidos
Aminoácidos
Ureia
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10- VIA DAS PENTOSES FOSFATO
Qual a importância da via das pentoses?
Assim como a glicólise, a via das pentoses - Produção de NADPH, coenzima necessária
fosfato também consiste em uma via oxidativa para as reações de síntese dos ácidos graxos e
(retirada de elétrons). No entanto, seu objetivo colesterol. Além da reciclagem de glutationa
bioquímico não é produzir ATP. Mas sim, (função antioxidante)
sintetizar NADPH e ribose 5 fosfato - Síntese de ribose 5 fosfato, importante para a
síntese de síntese de nucleotídeos (RNA e DNA)
Fase não-oxidativa
Fase oxidativa
Xilulose 5
Frutose 6 fosfato
+
2 NADP+
2 NADPH
Glicose 6 fosfato Ribulose 5 fosfato
Gliceraldeído 3 fosfato
Ribose 5 fosfato
A fase oxidativa é responsável pela grande produção A fase não-oxidativa é caracterizada pela síntese de xilulose 5
de NADPH. fosfato e ribose 5 fosfato. Este último é precursor de
Tecidos como fígado, tecido adiposo e glândulas nucleotídeos (RNA e DNA), sendo essencial ao crescimento e
mamárias apresentam intensa atividade nessa via, desenvolvimento celular.
tendo em vista a importância do NADPH para síntese Uma série de outros açúcares são produzidos até a formação
de ácidos graxos e colesterol de frutose 6 fosfato e gliceraldeído 3 fosfato. Como ambos
fazem parte da glicólise, podem voltar a ser glicose novamente.
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11- METABOLISMO DA GALACTOSE
Lactase
Galactose consiste em um carboidrato + H2O
contendo seis carbonos na molécula (hexose).
Sendo obtida através da digestão da lactose
encontrada no leite e seus derivados Lactose Galactose Glicose
UDP-Glicose
Lúmen
intestinal Como podemos ver, o metabolismo da Fosfoglicomutase
galactose no fígado pode gerar glicose 6
fosfato. Como este último é um intermediário
da glicólise, poderá seguir dois destinos: Glicose 6 fosfato
1. Síntese de glicose (gliconeogênese)
2. Síntese de piruvato para obtenção de
ATP Glicose 6 fosfato é um
intermediário da glicólise
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12 - METABOLISMO DA FRUTOSE
A frutose consiste em um carboidrato A frutose pode seguir 4 destinos
contendo 6 carbonos (hexose). Sendo metabólicos principais:
encontrada nas frutas e vegetais, açúcar,
mel e adicionada aos alimentos 1. Conversão em glicose
industrializados 2. Síntese de gordura
3. Conversão em lactato
Frutose dos alimentos 4. Formação de ATP (CO2 e H2O)
METABOLISMO
DA FRUTOSE
= Frutose
A síntese de gordura a partir da frutose AT
parece ser mais fácil quando comparada a Frutoquinase
As frutas e vegetais diferem dos industrializados A
glicose. Isso provavelmente está relacionado
açucarados em qualidade e quantidade. Sabemos a falta de controle inibitório na via da frutose, D
que as frutas e sucos in natura possuem fibras, gerando excesso de acetil-CoA.
micronutrientes e compostos bioativos. Frutose 1 fosfato
Na via da glicose (glicólise), o excesso de
O consumo médio de frutose a partir das frutas é acetil-CoA pode inibir uma enzima da via
4,34 g/dia. Enquanto a partir dos industrializados Frutose 1 fosfato
(fosfofrutoquinase-1), diminuindo o fluxo de aldolase
é 100 a 150 g/dia carbono
Absorção
Enterócito
Fígado
Gliceraldeído + Diidroxiacetona
Lúmen Circulação
intestinal Triose
sanguínea
quinase
GLUT5 GLUT2
Frutose Frutose
Piruvato
O excesso de frutose pode aumentar a Triacilglicerol
síntese de ácido graxo em decorrência
(gordura)
do acúmulo de acetil-CoA. No entanto,
isso só irá ocorrer se quantidades Acetil-CoA
elevadas (alimentos industrializados)
forem ingeridas
Ácido graxo
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13 - CONTROLE HORMONAL DO METABOLISMO DA GLICOSE
O metabolismo dos carboidratos é constantemente Insulina: Consiste em um hormônio produzido pelas células β do pâncreas com
orquestrado por dois hormônios secretados pelo pâncreas. A principal função de aumentar a captação de glicose pelos tecidos corporais.
insulina e o glucagon possuem um objetivo em comum: Glucagon: Consiste em um hormônio produzido pelas células α do pâncreas
Garantir a regulação corporal do metabolismo dos com principal função de estimular vias metabólicas capazes de aumentar os
carboidratos e energético. níveis glicêmicos.
CONTROLE HORMONAL DO
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
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METABOLISMO DAS PROTEÍNAS
Aprofunde-se no mundo das proteínas, abordando sua
composição, digestão, e absorção. Entenda o valor biológico
das proteínas, o turnover proteico, e os processos de síntese e
catabolismo, essenciais para a nutrição e saúde.
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14 - VISÃO GERAL DAS PROTEÍNAS
Primária: Linear
Secundária: α-hélice e folhas-β
Terciária: Dobramento
Quaternária: Conjunto de cadeias polipeptídicas
Você consome
Proteínas
proteína
adequadamente?
Anabolismo Catabolismo
A síntese e degradação de proteínas irá Ureia
depender da necessidade celular no Ácidos graxos
Aminoácidos
momento. O meio externo é determinante
para que a célula sintetizar ou não novas
Lipogênese
proteínas. Desaminação
Cetoácidos de novo
1.)
NH3
As proteínas da dieta são digeridas Transaminação
inicialmente no estômago pela AA glicogênicos AA cetogênicos
Proteínas ação da pepsina. Cetoácidos
Síntese
2.) Piruvato Acetil-CoA
Os polipeptídeos gerados
continuarão a ser digeridos Glicose
pela tripsina e quimiotripsina Gliconeogênese
Polipeptídeo
pancreática até obtenção de di
Dipeptídeo e tripeptídeos menores. Além Os aminoácidos podem ser glicogênicos (formam
3.) dos aminoácidos livres. A glicose produzida poderá abastecer
a glicemia em situações de baixa glicose) ou cetogênicos (formam acetil-CoA).
Os aminoácidos absorvidos serão disponibilidade de glicose Os glicogênicos contribuem significativamente
transportados principalmente ao Aminoácidos para síntese de glicose (gliconeogênese)
fígado pela circulação portal-
hepática
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15 - O QUE SÃO AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
As proteínas são moléculas complexas formadas por Proteína significa primeira substância fundamental: Funções das proteínas
aminoácidos. Protos (grego) = Primeiro • Estrutural (Colágeno e queratina)
Essas unidades menores (aminoácidos) são Ina = Substância fundamental • Transporte de oxigênio (Hemoglobina e
organizadas em formas diferentes para conferir a mioglobina)
composição específica de cada proteína. • Sistema imune (anticorpos ou
imunoglobulinas)
• Sistema endócrino (hormônios)
O QUE SÃO AMINOÁCIDOS • Produção de energia (citocromo C)
• Enzimática (pepsina e demais enzimas)
E PROTEÍNAS
Os aminoácidos são formados por três grupos:
1. Grupo amino: Grupamento que contém
nitrogênio na forma (NH2).
2. Grupo carboxila
3. Cadeia lateral: Grupamento específico de cada As proteínas basicamente consistem em
aminoácido. Os aminoácidos podem se ligar uns com os outros através grandes moléculas formadas por aminoácidos.
de ligações peptídicas. Semelhante a um muro formado por blocos
Como podemos ver na imagem abaixo, essas ligações menores
ocorrem através da reação entre o nitrogênio do grupo
Estrutura do aminoácido amino de um aminoácido com o carbono do grupo carboxila
do outro aminoácido. Proteína
Aminoácido
Ligação peptídica
Cadeia lateral
Aminoácidos essenciais, não-essenciais e
condicionalmente essenciais Estrutura espacial das proteínas
O que diferencia cada aminoácido? Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura
Essencial: Consiste em aminoácidos que nosso organismo não primária secundária terciária quaternária
pode sintetizar. Por isso, é essencial obter através da
Os aminoácidos se diferenciam através das
alimentação.
diferentes cadeias laterais. Cada aminoácido possui
Não-essencial: Consiste em aminoácidos que nosso organismo
a sua cadeia lateral, permitindo que desempenham
pode sintetizar.
diferentes funções para a proteína formada.
Condicionalmente essencial: Consiste em aminoácidos que
podem se tornar essenciais em determinadas condições
específicas. Resíduos de α hélice Cadeia Polipeptídios
aminoácidos polipeptídica agregados
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16 - DIGESTÃO E ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS
2.)
O pH ácido estômago inicia a digestão A absorção de tri e dipeptídeos é mediada por
química das proteínas promovendo transportador dependente de íons H+.
sua desnaturação, além de permitir a A bomba de Na+ e K+ gera um gradiente de concentração
3.) conversão do pepsinogênio em de Na+ que também contribui para a geração do
O pâncreas pode secretar zimogênios pepsina, responsável pela “quebra” gradiente de concentração de H+ via transportador de
inativos que serão convertidos nas das ligações peptídicas entre os Na+ e H+.
proteases ativas: Tripsina, aminoácidos, formando
quimiotripsina, carboxipeptidases e oligopeptídeos 6.) Enterócito
elastase que continuam a digestão das Bomba de
Membrana Membrana
proteínas no intestino. Na+ e K+
luminal basolateral
Transportador
4.) de Na+ e H+
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17 - VALOR BIOLÓGICO DAS PROTEÍNAS
Score Digestibilidade
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18 - TURNOVER PROTEICO
TURNOVER PROTEICO
Degradação de
Ingestão dietética
(-) Catabolismo (+) proteínas endógenas
“Pool” de aminoácidos
(+) (-)
Anabolismo Anabolismo
A ingestão excessiva de proteínas pela dieta pode
aumentar a síntese de ureia pela desaminação dos
aminoácidos adicionais que não serão aproveitados O anabolismo está associado com a existência de um
pelo organismo (lembrem que nós não armazenamos balanço nitrogenado positivo. Permitindo que a
aminoácidos). síntese de proteínas seja maior que sua degradação.
Síntese de aminoácidos
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19 - SÍNTESE DE PROTEÍNAS
O DNA é composto por nucleotídeos que contém
bases nitrogenadas combinadas especificamente
A síntese de proteínas acontece a partir de uma ordem de em pares por meio de pontes de hidrogênio.
aminoácidos organizadas previamente pelo código Como podemos ver:
genético estruturado em nosso DNA na forma de um gene 1. Adenina se combina com timina
2. Guanina se combina com citosina
Pontes de hidrogênio
SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
A expressão dos genes para a síntese de Após a expressão do gene será necessário que o Citosina Guanina
uma proteína irá depender das RNA mensageiro possa ser mantido estabilizado
para que ocorra a fase de tradução pelo RNA Adenina Timina
necessidades celulares, tipo de célula e
interação com o ambiente externo. transportador, permitindo a síntese proteica na
presença de aminoácidos e ATP
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20 -DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS
Em nosso organismo, existe dois sistemas celulares
A degradação de proteínas consiste em um processo de responsáveis pela degradação de proteínas:
hidrolise ou “quebra” das ligações peptídicas que ligam
cada aminoácido de uma determinada proteína. 1. Sistema lisossomal (não dependente de ATP)
2. Sistema ubiquitina proteassoma (dependente
de ATP)
CATABOLISMO PROTEICO
Peptídeos e aminoácidos
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21 - ENZIMAS
As enzimas aumentam a velocidade das reações através
da diminuição na energia de ativação necessária para
que uma determinada reação ocorra. Isso é crucial para Como aumentamos a velocidade de uma reação?
que a célula possa se reorganizar bioquimicamente.
1. Aumento da concentração do substrato
As enzimas são proteínas essenciais a vida. Sua (reagente): Aumentar a quantidade do reagente
principal função é catalisar diversas reações químicas pode contribuir para aumento da
dentro de nossas células. velocidade da reação que forma o produto.
Sem as enzimas, tais reações poderiam demorar 2. Aumento da temperatura: Contribui para
longos períodos para acontecerem, sendo ENZIMAS aumentar a energia até o ponto necessário a
biologicamente inviável para manutenção da vida. ocorrência da reação
3. Diminuir a energia de ativação: Diminuir a energia
de ativação necessária para que a
reação aconteça.
Especificidade Complexo
enzima-substrato Energia de ativação
As enzimas se ligam especificamente aos (ES)
substratos utilizados na reação química. Isso As enzimas atuam diminuindo a energia de
permite que apenas as moléculas reagentes ativação das reações químicas. Esse é o
específicas sejam utilizadas na reação, mecanismo pelo qual as enzimas podem
garantindo maior eficiência. agir para acelerar as velocidades das
Enzima (E) milhares de reações que acontecem nas
Enzima (E) Substratos (S) céculas.
Produtos (P)
E+S ES E+P
Equilíbrio
Ambiente ideal
A formação do produto é dependente do equilíbrio
existente entre a concentração da enzima (E) e As enzimas atuam em um ambiente ideal específico para cada classe enzimática. O pH e a
substrato (S) com o complexo (ES). Sendo assim, o temperatura são os dois principais determinantes desse ambiente.
aumento da concentração de substrato pode Cada enzima atua em uma faixa de pH e temperatura que não prejudique sua estrutura e
induzir o fluxo da reação para formação dos função.
produtos. Exemplo: A pepsina é uma enzima proteolítica que pode atuar no pH ácido do estômago,
enquanto a glicoquinase atua no hepatócito em pH celular mais próximo do neutro.
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22 - OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
OXIDAÇÃO DOS
1º Passo: Transporte de aminoácido AMINOÁCIDOS
Cada aminoácido quando oxidado poderá seguir seus
Demais tecidos
destinos metabólicos.
Músculo
O grupo amino dos aminoácidos
Alguns aminoácidos poderão gerar intermediários
corporais é transportado ao
fígado na forma de alanina e capazes de originar glicose (aminoácidos glicogênicos).
glutamina Outros, por sua vez, poderão gerar acetil-CoA e corpos
cetônicos (aminoácidos cetogênicos).
Aminoácidos da
Destino metabólico dos aminoácidos
dieta
No fígado, os aminoácidos captados doam
o seu grupo amino para formação do
glutamato a partir de α-Cetoglutarato.
O glutamato é o principal doador de
grupo amino e íon amônia para a síntese
de ureia
Alanina
Glicose
Glutamina
Síntese de ureia
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23 - CICLO DE UREIA
Consiste em uma via bioquímica cíclica
especializada na produção de ureia a partir do íon A ureia consiste em uma molécula utilizada como
amônia obtido a partir da desaminação dos forma de excretar nitrogênio do organismo
aminoácidos através dos rins.
CICLO DA UREIA
Glutamina Glutamato
2b.)
Cerca de 50% da ureia filtrada nos O aspartato se combina com o intermediário-
rins é excretada na urina. Sendo citrulil com liberação do AMP no meio,
assim, consiste no principal garantindo a síntese de arginino-succinato
mecanismo de eliminação do
nitrogênio corporal.
3.)
Excreção renal
Arginino succinato é clivado (separado) em
duas moléculas: Fumarato e Arginina.
4.)
Arginina sofre uma hidrólise (adição de H2O),
permitindo a formação de ureia e ornitina.
Esta última deve retornar a mitocôndria para
reiniciar o ciclo.
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24 -BIOSSÍNTESE DE AMINOÁCIDOS
Aminoácidos não-essenciais: Consiste em aminoácidos que nosso organismo é capaz de
A biossíntese de todos os aminoácidos ocorre a partir do produzir.
esqueleto de carbono da glicose.
Aminoácidos essenciais: Consiste em aminoácidos que nosso organismo não é capaz de
As plantas são capazes de produzir os aminoácidos
essenciais consumidos pelos animais para que seja produzir. Sendo necessária sua obtenção através da alimentação. Podemos destacar 9
possível a síntese de suas proteínas. tipos: Leucina, isoleucina, valina, triptofano, fenilalanina, metionina, lisina, histidina e
treonina.
Glicose 6 fosfato
Aspartato
Ciclo de Krebs Glutamato
Oxaloacetato α-cetoglutarato
Asparagina
Por serem de alto valor biológico, as proteínas animais Metionina Glutamina
fornecem o maior fluxo de obtenção dos aminoácidos Treonina Prolina
essenciais Lisina Arginina
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METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
Explore o metabolismo dos lipídios, desde a digestão até a
absorção e transporte no corpo. Aprenda sobre o
metabolismo das lipoproteínas, a biossíntese de ácidos
graxos, e os processos de lipólise e oxidação.
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25 -VISÃO GERAL DO METABOLISMO LIPÍDICO
O que são: Lipídeos são substâncias com Os lipídeos podem ser armazenados
Classificação características hidrofóbicas (insolúveis em água) eficientemente no tecido adiposo na forma de
constituídas por átomos de carbono, hidrogênio e triglicerídeos (TG). Garantindo uma grande
• Lipídeos simples: Composto exclusivamente lipídico oxigênio. reserva de energia para nosso corpo
(Exemplo: Ácidos graxos e triglicerídeos
Tecido adiposo
• Lipídeos compostos: Contém outra molécula não
lipídica (Exemplo: fosfolipídio e lipoproteína) Triglicerídeo
VISÃO GERAL DO
• Lipídeos derivados: Substância derivada a partir de
METABOLISMO LIPÍDICO
um lipídeo (Exemplo: Vitamina D).
Lipogênese
Quilomícrons de novo
Ácido graxo
Insaturado saturado
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26 -O QUE SÃO LIPÍDIOS
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27 -DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDIOS
Cada tipo de lipídio sofre a ação específica de um tipo de
A digestão dos lipídios da dieta ocorre através da
enzima lipolítica durante o processo digestivo. Segue
eficiente ação das enzimas lipolíticas presentes em
abaixo os principais lipídios ingeridos em nossa dieta:
nosso trato gastrointestinal. Antes de tudo, os lipídios
devem ser solubilizados no nosso intestino Fosfolipídios
Triglicerídeo Colesterol esterificado
DIGESTÃO E ABSORÇÃO
DOS LIPÍDIOS
Lipases Colesterol esterase Fosfolipase
Para que ocorra a digestão eficiente dos lipídios, a bile é Triglicerídeos: São hidrolisados pelas lipases em ácidos graxos
secretada na porção inicial do intestino (duodeno) com livres e glicerol.
o objetivo de solubilizar as gorduras através da Colesterol esterificado: É digerido pela colesterol esterase em
formação de micelas. Isso torna possível a ação
colesterol livre e ácido graxo.
enzimática.
Fosfolipídios: São digeridos em ácidos graxos e lisofosfoacilglicerol
Lado Lado
hidrofóbico hidrofílico
Gorduras
ingeridas da
dieta
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28 - METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
O que são: Lipoproteínas são moléculas contendo A densidade das lipoproteínas é determinada Tipos de lipoproteínas:
lipídios e proteínas responsáveis por solubilizar e pelo conteúdo de lipídios e proteínas.
1. Quilomícrons
transportar os lipídios na corrente sanguínea em Quanto maior os lipídios e menor for as
2. VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa
direção aos órgãos e tecidos. proteínas, menor será a densidade.
3. IDL (lipoproteína de densidade intermediária)
4. LDL (lipoproteína de baixa densidade)
5. HDL (lipoproteína de alta densidade)
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29 -BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS
Os ácidos graxos são produzidos principalmente no
A síntese de ácidos graxos geralmente ocorre a partir fígado a partir do acúmulo celular do acetil e malonil-
do excesso de carboidrato, mas também através das CoA.
proteínas. Situações caracterizadas por excesso Fígado
calórico geralmente aumentam a síntese de ácidos
graxos
Você sabia que podemos A síntese de ácidos graxos ocorre a partir da incorporação
produzir gordura a partir
de carboidrato?
Ainda bem que de grupos de dois carbonos através de um complexo
minhas calorias chamado sintase de ácido graxo. Inicialmente o acetil-
estão ajustadas
CoA é incorporado, depois apenas o malonil-CoA é
HS-CoA Acetil
utilizado.
Malonil-CoA Malonil
Acetil-CoA
Citrato CO2
Malato
Glicose Repetição das
etapas
Piruvato (4C) Butirato
Butiril-CoA
Citrato Malato
O excesso de ATP induz inibição do Acetil-CoA
ciclo de Krebs e acúmulo de acetil- Ciclo de Krebs Oxaloacetato O grupo acetil e o malonil devem inicialmente ser
CoA na mitocôndria. A transferência incorporado a proteína carreadora de acila (ACP).
de acetil-CoA para o citosol se dá Oxaloacetato Posteriormente, uma série de reações de
ATP/ADP
através da saída de citrato. Este descarboxilação, oxidação e desidratação
último é novamente convertido em finalizam a formação do ácido graxo com adição
acetil-CoA no citosol de dois carbonos a mais
Mitocôndria
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30 - LIPÓLISE E OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
O que é lipólise O que é oxidação
Consiste apenas na “quebra” das ligações dos Consiste no processo essencial de retirada de elétrons
triglicerídeos armazenados no tecido adiposo. Esse do ácido graxo para que seja possível a produção de
processo é importante para a disponibilização dos ATP. A oxidação ocorre na mitocôndria da célula que
ácidos graxos para o sangue. necessita de energia.
LIPÓLISE E OXIDAÇÃO DE
ÁCIDOS GRAXOS
1.) 3.)
2.)
Inicialmente, um sinal deve ser gerado para que a A PKA fosforila e inibe a perilipina. Isso permite que o A lipase de diglicerídeo e a LHS finalizam a liberação
célula inicie a lipólise dos triglicerídeos armazenados. a proteína CGI possa ativar a primeira enzima da dos ácidos graxos livres. Ao atingir o sangue, devem
A adrenalina é um hormônio com capacidade de lipólise: A lipase de triglicerídeo. ser transportados pela proteína albumina até o
estimular esse processo por meio da ativação da PKA. A PKA pode ativar diretamente a LHS. músculo que irá oxidá-lo para produção de ATP.
Adipócito
Sangue Célula muscular
Adrenalina
Carnitina
CoA
(+) Fosforilação e Acil-CoA
inibição da perilipina graxo
P
PKA
Acil-carnitina ATP + H2O
P Acil-CoA
P graxo
(+) 4.)
Carnitina
Na célula muscular, o ácido graxo é
transportado para mitocôndria por meio da
Ácidos graxos carnitina. Dentro da matriz mitocondrial
livres Albumina ocorrerá a beta-oxidação e demais vias
resultantes na síntese de ATP.
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31 - PRODUÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
Os corpos cetônicos são substratos produzidos em situações Existem três tipos de corpos cetônicos produzidos na
metabólicas caracterizadas pela baixa disponibilidade de glicose. cetogênse:
Isso é extremamente importante, pois permite que os órgãos e 1. Acetoacetato
tecidos corporais tenham acesso a mais um substrato energético 2. β-Hidroxibutirato
3. Acetona
PRODUÇÃO DE CORPOS
CETÔNICOS
Acetoacetato Acetona
Passo a passo
1.)
A produção inicia pelo acúmulo de acetil-CoA dentro β-Hidroxibutirato
da mitocôndria. Nesse momento, dois grupos acetil
provenientes de dois acetil-CoA se ligam para
formação do acetoacetil-CoA
Aproveitamento
2.) energético
Mais um grupo acetil se liga ao acetoacetil-CoA para
que seja formado o composto HMG-CoA.
5.)
3.) O β-Hidroxibutirato e acetoacetato podem ser
utilizados como fonte de energia nos tecidos
O HMG-CoA sofre uma divisão (clivagem) da
corporais para produção de ATP
molécula, liberando acetil-CoA e formando o primeiro
corpo cetônico: Acetoacetato.
6.)
O processo de utilização dos corpos cetônicos se dá
4.) pela conversão direta do acetoacetato em
O acetoacetato pode seguir dois destinos: 1.) Quando acetoacetil-CoA, permitindo que esse último possa
descarboxilado (perda de carbono) é convertido na gerar novamente duas moléculas de acetil-CoA.
acetona. 2.) Quando for reduzido (receber elétrons), Grande parte da acetona parece se volatilizar na
será convertido em β-Hidroxibutirato. respiração. Conferindo um hálito característico de
cetose
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METABOLISMO ENERGÉTICO
Mergulhe na bioenergética, compreendendo como o corpo
gera energia. Este módulo cobre o sistema ATP-CP, o Ciclo de
Krebs, e a fosforilação oxidativa, fundamentais para o
entendimento da bioquímica energética.
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32 - VISÃO GERAL
O que significam os termos oxidação e redução?
O metabolismo energético é composto por Existem três etapas para produção de ATP a partir da
• Oxidação consiste na retirada de elétrons de
vias integradas que possuem uma função em oxidação dos macronutrientes:
uma molécula.
comum: Produção de ATP a partir da oxidação • Redução consiste na captação ou acepção de 1. Oxidação inicial da glicose (glicólise),
da glicose, aminoácidos e ácidos graxos. elétrons por uma molécula. ácidos graxos (β-oxidação) e aminoácidos
com produção de acetil-CoA.
2. Oxidação da acetil-CoA no ciclo de Krebs.
3. Cadeia transportadora de elétrons
Vias do GERAL
VISÃO metabolismo energético
DO METABOLISMO
ENERGÉTICO
A 1ª etapa do metabolismo energético oxidativo
consiste na retirada de elétrons da glicose, O fluxo das vias metabólicas ao lado é influenciado pela
ácidos graxos e aminoácidos para a síntese do disponibilidade de ATP e de macronutrientes.
composto de dois carbonos chamado acetil-CoA.
Quanto menor a disponibilidade de ATP, maior o fluxo de
reações para sua síntese.
Quanto maior a disponibilidade de glicose, ácido graxo ou
Os elétrons retirados dessa oxidação inicial são aminoácidos, maior será suas respectivas reações
captados e transportados pelas coenzimas NAD+ e oxidativas. Por isso, aumentamos a oxidação de gordura
FAD+, formando NADH e FADH2, respectivamente. quando consumimos dieta cetogênica (rica em gordura)
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33 - SISTEMA ATP-CP
Creatina
fosfato ADP A creatina, um membro da família dos fosfagênios da
guanidina, é um composto de aminoácido não proteico
de ocorrência natural, sintetizad a partir da glicina,
Contração arginina com participação da metionina.
ATP CK CK muscular
Creatina ATP
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34 - CICLO DE KREBS
O ciclo de Krebs não serve apenas para o processo de produção de ATP.
É uma série de reações químicas que ocorrem na Muitos compostos podem ser produzidos a partir de intermediários do
matriz mitocondrial. O nome é devido bioquímico ciclo de Krebs, por isso ele é chamado de uma via “anfibólica. Ou seja,
alemão Hans Adolf Krebs, que descreveu pela que serve a processos catabólicos e anabólicos
primeira vez em 1938. Também é chamado de clico
do ácido cítrico ou do ácido tricarboxílico.
O ciclo de Krebs representa, principalmente, o segundo grande O NADH e FADH2 são utilizados na cadeia transportadora de elétrons para gerar
estágio da respiração celular. É importante para oxidação do energia. Então, basicamente, o ciclo de Krebs tem papel crucial na geração de
acetil-CoA proveniente dos carboidratos, proteínas e lipídios energia através dos nutrientes da dieta. A energia dos nutrientes é conservada
gerando moléculas como NADH e FADH2. Dois carbonos em forma de ATP
entram (acetil-CoA) e dois carbonos saem (CO2).
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35 - FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
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ÁGUA
Entenda a importância da água no corpo humano, suas
propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este
módulo destaca a relevância da água em diversas funções
corporais.
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36 - PROPRIEDADES E IONIZAÇÃO DA ÁGUA
A molécula de água possui uma característica Em uma solução, pequena quantidade das moléculas
importante na solubilização de outras moléculas de água pode se dissociar no meio. Os produtos
polares em uma solução. Ou seja, moléculas que obtidos a partir dessa dissociação consiste nos íons
possuem cargas elétricas positivas ou negativas (polos). positivos H+ e negativos OH- (hidroxila).
Ionização da água
PROPRIEDADES E IONIZAÇÃO
DA ÁGUA
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37 - SISTEMA TAMPÃO E CONTROLE DE ÁCIDO-BASE
Sistema tampão consiste em uma substância, órgão ou
O sistema tampão corporal é baseado na Segue abaixo os principais sistemas tampões do nosso
sistema que possui a função de amenizar variações no
interação de substâncias químicas e órgãos. organismo:
pH.
Isso permite um eficiente controle do pH no
Em nosso organismo, o objetivo do sistema tampão é organismo Intracelular:
prevenir variação do pH dentro das células e no sangue.
• Fosfato
SISTEMA TAMPÃO E
• Carnosina
CONTROLE ÁCIDO-BASE
Segue abaixo a interação entre o nosso
tampão sanguíneo (bicarbonato) e os órgãos
(rins e pulmão) no controle do pH
Cadeia lateral
Maior exigência do sistema
Sanguíneo:
respiratório
• Fosfato
A adição de OH- (base) irá induzir uma diminuição
dos níveis de H+ no sangue. Em decorrência
• Adição de OH- (base) disso, o sistema tampão sanguíneo irá se
comportar para formar e dissociar o ácido
carbono em bicarbonato e H+ (observar a direção
da seta no esquema a esquerda).
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38 - FUNÇÕES CORPORAIS DA ÁGUA
A água (H2O) consiste em um composto essencial a A necessidade hídrica deve ser ofertada A água possui características químicas extremamente
vida. Suas inúmeras funções no organismo permite em torno de 30 – 35 mL/dia. No entanto, importantes para o organismo vivo. Sendo seu ponto
o desempenho da capacidade em garantir a essa oferta pode variar de acordo com o de ebulição: 100ºC e fusão: 0ºC, apresenta-se na
homeostase corporal. clima e dia a dia do indivíduo. forma líquida em temperatura ambiente.
FUNÇÕES CORPORAIS
Exemplo: Indivíduo de 70 kg DA ÁGUA
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VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
Descubra o papel vital das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K)
no corpo humano. Aprenda sobre suas funções, metabolismo,
e importância na nutrição e saúde.
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39 - METABOLISMO DA VITAMINA A
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40 - METABOLISMO DA VITAMINA D
Existem diversas formas de vitamina D:
Vitamina D2: Sintética e prevalente em alimentos vegetais.
Estrutura molecular
Vitamina D3: Produzida através da pela através dos raios
O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade associada solares UVB. 1. Vitamina D3
a melhora do metabolismo ósseo e funções extra 25(OH) Vit. D3: Obtida após a primeira hidroxilação (forma 2. 25(OH) Vit. D3
esqueléticas. prevalente no sangue). 3. 1,25(OH)2 Vit. D3
1,25(OH)2 Vit. D3: Forma biologicamente ativa, obtida após a
Seu principal mecanismo de ação se dá através do segunda hidroxilação.
controle da expressão gênica.
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41 - METABOLISMO DA VITAMINA E
Estrutura molecular
De modo geral, a vitamina E pode ser organizada em 4
formas (α, β, γ, ômega) de tocoferóis ou tocotrienóis. 1. Anel de cromanol
O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade 2. Cadeia lateral
Os α-tocoferóis consistem na forma ativa preferencialmente Tocoferóis: Possuem cadeia lateral saturada
importante atividade antioxidante, prevenindo danos
utilizada pelo organismo.
causados por espécies reativas de oxigênio nos lipídeos, Tocotrienóis: Possuem cadeia lateral insaturada
proteínas e ácidos nucleicos essenciais para
funcionamento normal das células.
A vitamina E é liberada pelo fígado principalmente na forma Se o paciente apresentar níveis elevados de lipídeos
de 2R-α-tocoferol através das lipoproteínas de muito baixa plasmáticos (colesterol e TG), será necessário dividir o α-
densidade (VLDL), podendo ser transferida para outras tocoferol pela soma do colesterol + TG para identificar uma
lipoproteínas (LDL ou HDL) antes de chegar aos tecidos. medida mais precisa. (< 1,1 μmol de α-tocoferol/g de lipídeos
pode indicar insuficiência da vitamina)
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42 - METABOLISMO DA VITAMINA K
Existem diversas formas de vitamina K:
O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade funcional Estrutura molecular
Vitamina K1 (filoquinona): Principal forma dietética
associada a ativação dos fatores de coagulação Vitamina K2 (menaquinona): Produzida por bactérias 1. Contém unidades isoprenóides na
necessária para formação do coágulo anaeróbias no intestino grosso. cadeia lateral
Vitamina K3 (menadiona): Forma sintética. Pode ser convertida As menaquinonas possuem diversas unidades
em menaquinona-4.
isoprenóides insaturadas. A filoquinona é
saturada
Digestão e absorção intestinal
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VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
Entenda a importância da água no corpo humano, suas
propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este
módulo destaca a relevância da água em diversas funções
corporais.
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43 - METABOLISMO DA VITAMINA C
METABOLISMO DA
VITAMINA C
Digestão e absorção intestinal
Funções
Local de absorção: Intestino delgado
Antioxidante: Doa elétrons para inativar e prevenir os
A vitamina C é absorvida principalmente na forma de danos causados pelas espécies reativas de oxigênio.
ascorbato e, em menor quantidade, como ácido Enzimática: A vitamina C serve como cofator
deidroascórbico. enzimático para a correta ação de enzimas diversas do
O ascorbato é absorvido na membrana luminal do metabolismo. Seu mecanismo de ação também
enterócito através do transportado de vitamina C ocorre através da doação de elétrons.
dependente de sódio (SVCT1). O mecanismo de absorção
para o sangue ainda não foi totalmente compreendido.
O ácido deidroascorbico é absorvido na membrana O processo de reciclagem do ácido deidroascórbico
luminal através do GLUT 1 e 3, sendo convertido em oxidado gerado após os elétrons doados pelo ascorbato
ascorbato dentro do enterócito ou absorvido diretamente ocorre principalmente nos eritrócitos. Sendo assim, os
para o sangue através do GLUT 1 e 2. eritrócitos funcionam como a usina que mantém a
função antioxidante da vitamina C presente no corpo
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44 - METABOLISMO DA VITAMINA B1
A tiamina geralmente está presente nos tecidos e no Estrutura molecular
O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator sangue na forma fosforilada (difosfato e trifosfato de
enzimático em reações do metabolismo da glicose, via tiamina). 1. Anel de pirimidina
das pentoses fosfato e produção de energia. Além de A forma livre da tiamina geralmente é excretada na 2. Grupo tiazol
estar presente nas membranas de neurônios do urina. 3. Grupos fosfato
sistema nervoso. A quantidade de fosfato ligados a tamina, determina
seu nome (di ou trifosfato de tiamina) e sua função.
METABOLISMO DA
VITAMINA B1 (TIAMINA)
Digestão e absorção intestinal
Lúmen intestinal
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45 - METABOLISMO DA VITAMINA B2
Estrutura molecular
A riboflavina exerce sua função no organismo através
O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator das suas formas ativas: Flavina adeninadinucleotídeo 1. Riboflavina
enzimático em reações dependentes de flavoproteínas (FAD) e flavina mononucleotídeo (FMN). 2. Flavina adeninadinucleotídeo (FAD)
importantes para o metabolismo energético, 3. Flavina mononucleotídeo (FMN)
funcionamento antioxidante e apoptose celular.
METABOLISMO DA VITAMINA
B2 (RIBOFLAVINA)
Digestão e absorção intestinal
A riboflavina pode ser obtida através da dieta ou A deficiência de riboflavina geralmente ocorre por
sintetizada pelas bactérias da microbiota intestinal. menor capacidade de ingestão ou absorção:
A forma dietética encontra-se como FAD ou FMN, Sinais clínicos leves: Queda de cabelo, inflamação - A riboflavina possui apenas o anel de isoaloxazina e a cadeia
devendo ser hidrolisada pela fosfatase alcalina
da pele e dor de garganta. lateral.
intestinal para absorção na sua forma livre.
Sinais clínicos graves: Anemia, língua inchada e - FMN consiste na riboflavina fosforilada após ação da flavoquinase
Riboflavina livre é absorvida na membrana luminal pelo
comprometimento da função nervosa - FAD consiste na FMN ligada a adenina após ação da enzima FAD
transportador RFVT3. Posteriormente atingindo o
sintetase.
sangue pelos transportadores RFVT1 e 2.
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46 - METABOLISMO DA VITAMINA B3
Estrutura molecular
O termo niacina é somente utilizado para designar os
O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator precursores das suas formas ativas NAD+ e NADP+: 1. Anel de piridina: Consiste em uma estrutura
enzimático em reações de oxidação e redução de 1. Ácido nicotínico comum presente no ácido nicotínico e
moléculas inseridas no metabolismo. 2. Nicotinamida nicotinamida.
NAD+ e NADP+ consistem nas formas ativas utilizadas 3. Aminoácido triptofano 2. NAD+ e NADP+ contém tanto adenina quanto
como cofator enzimático das reações. nicotinamida na molécula. A única diferença
consiste na adição de outro grupo fosfato no
NADP+
METABOLISMO DA
VITAMINA B3 (NIACINA)
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47 - METABOLISMO DA VITAMINA B5
Forma ativa:
O que é: Vitamina hidrossolúvel com atividade - Coenzima A consiste na forma ativa do ácido pantotênico Estrutura molecular
funcional associada ao metabolismo energético (β- dentro das células. Desempenhando funções no
oxidação, ciclo de Krebs, síntese de moléculas metabolismo celular como cofator enzimático em vias 1. Coenzima A
(colesterol, ácidos graxos e corpos cetônicos) e demais metabólicas. 2. Ácido pantotênico
reações dependentes da coenzima A (CoA). 3. Panteteína
METABOLISMO DA VITAMINA
Digestão e absorção intestinal B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO)
Local de absorção: Intestino delgado e grosso
Sangue CoA
Eritrócitos
Os eritrócitos possuem uma função extremamente
importante no transporte de ácido pantotênico,
captando a maioria da vitamina que é absorvida no
intestino. Dentro dos tecidos, o ácido pantotênico transportado
Uma pequena parte é transportada na circulação pelos eritrócitos devem ser rapidamente convertidos
sanguínea em sua forma livre. em sua forma ativa (coenzima A) para posterior
utilização como cofator enzimático em reações
dentro e fora da mitocôndria.
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48 - METABOLISMO DA VITAMINA B6
METABOLISMO DA VITAMINA
B6 (PIRIDOXINA)
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49 - METABOLISMO DA BIOTINA
A biotina não é organizada em diferentes formas ativas. Estrutura molecular
O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator
Sua ação se dá pela conversão da biotina livre em uma forma 1. Anel com grupo ureido e enxofre
enzimático em reações de enzimas carboxilases.
ligada a carboxilase que irá utilizá-la como cofator da reação 2. Cadeia lateral de ácido valérico
Na bioquímica, existem 5 carboxilases conhecidas que na transferência do carbono para um substrato específico
são dependentes da biotina:
- Acetil-CoA Carboxilase I e II
- Piruvato Carboxilase
- Metilcrotonil-CoA Carboxilase
- Propionil-CoA Carboxilase METABOLISMO DA BIOTINA
Local de absorção: Intestino delgado e grosso De forma geral, a deficiência de biotina é incomum na população. No entanto, podem existir condições
associadas a deficiência nutricional:
A biotina ingerida geralmente encontra-se ligada a - Dieta crônica contendo ovo cru
proteínas. Após ação das proteases e peptidases, a - Anormalidades absortivas intestinais
biotina é liberada na forma de biocitina. - Nutrição parenteral sem suplementação
A enzima biotinidase hidrolisa a biocitina em biotina
livre disponível para absorção. Sinais clínicos: Dermatite periorificial, conjuntivite, pele escamosa, letargia e depressão
Biotina livre é absorvida na membrana luminal do
enterócito através do transportador multivitamínico Funções biotina
dependente de sódio (SMVT). Após absorção pela membrana basolateral, Como relatado inicialmente, a biotina é cofator enzimático
a maioria da biotina será transportada no das enzimas carboxilases presentes em vias metabólicas
sangue em sua forma livre até ser específicas no citosol e nas mitocôndrias.
transportada ao fígado e tecidos extra-
Segue abaixo as enzimas e as suas respectivas vias
hepáticos pelo mesmo transportador
metabólicas que atuam para manutenção do metabolismo:
SMVT.
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50 - METABOLISMO DA VITAMINA B9
METABOLISMO DO
ÁCIDO FÓLICO Ácido fólico
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51- METABOLISMO DA VITAMINA B12
Estrutura molecular
O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator O termo cobalamina designa a estrutura inativa da
enzimático em duas reações conhecidas no vitamina. As formas ativas consiste: O tipo de grupo que se liga a posição X da molécula de
metabolismo. 1. Metilcobalamina (cofator da metionina sintase) cobalamina determina qual seu nome e cofator específico.
1. Reação de conversão da homocisteína em 2. Desoxiadenosilcobalamina (cofator da 1. Metil (metilcobalamina)
metionina catalisada pela metionina sintase. metilmalonil-CoA mutase)
2. 5´desoxiadenosina (desoxiadenosilcobalamina)
2. Reação de converção do L-Metilmalonil-CoA em 3. Cianeto (cianocobalamina)
Succinil-CoA catalisada pela metilmalonil-CoA 4. Hidroxila (hidroxicobalamina)
mutase
METABOLISMO DA VITAMINA
Digestão e absorção intestinal B12 (COBALAMINA)
Local de absorção: Intestino delgado (íleo)
Reações da cobalamina
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MINERAIS
Entenda a importância da água no corpo humano, suas
propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este
módulo destaca a relevância da água em diversas funções
corporais.
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52 - METABOLISMO DO FERRO
Funções do ferro no organismo:
1. Transporte de oxigênio para os tecidos através do O ferro consiste em um metal de transição na
O que é: Ferro consiste em um metal de transição que pode ser grupo heme da hemoglobina e mioglobina. tabela periódica.
encontrado em dois estados de oxidação em nosso organismo. 2. Síntese de ATP através de proteínas Heme da cadeia Número atômico: 26
Ferroso (Fe2+) e férrico (Fe3+). transportadora de elétrons
Forma encontrada no organismo:
Em sua forma orgânica, o ferro encontra-se aderido em um 3. Cofator enzimático de enzimas
- Inorgânica: Ferroso (Fe2+) e férrico (Fe3+)
grupamento heme (ferro heme). - Orgânica: Ferro heme
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53 - METABOLISMO DO CÁLCIO
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54 - METABOLISMO DO ZINCO
A maioria do conteúdo de zinco corporal encontra-se nos
Zinco é classificado no grupo dos metais de transição
tecidos. Uma pequena parte é encontrada no plasma ligado a
na tabela periódica:
albumina ou livremente disponível.
O que é: Zinco consiste em um metal de transição Número atômico: 30
amplamente distribuído no organismo. Sua biodisponibilidade é influenciada pela dieta, sendo mais Encontra-se presente no organismo na forma de um
aproveitado através do consumo de alimentos de origem cátion Zn2+ com facilidade em captar elétrons.
Desempenha função celular de caráter estrutural, catalítica
animal.
e regulatória que interferem no crescimento e
desenvolvimento do indivíduo. Distribuição eletrônica do zinco
METABOLISMO DO ZINCO
Digestão e absorção intestinal
O zinco obtido pela dieta geralmente encontra-se ligado 1. Estrutural: Zinco pode formar complexos
a moléculas orgânicas (proteínas e carboidratos). Para Deficiência de zinco chamados “fingers” de zinco nas estruturas de
ser absorvido deve ser antes liberado por ação proteínas celulares, conferindo função específica
enzimática e solubilizado no lúmen intestinal. Dieta vegana estrita, má absorção, alcoolismo crônico para cada molécula proteca.
Em sua forma livre (Zn2+), pode ser absorvido por e outros desfechos que afetam absorção e perda do 2. Reguladora: Regula atividade de moléculas
transporte ativo através do transportador ZIP4 ou por zinco corporal podem gerar deficiência: através do mecanismo de
difusão passiva. fosforilação/desfosforilação. Além de
Sinais clínicos: Dermatite, retardo no crescimento,
Transportadores de zinco realizam seu transporte no sinalizadores celulares conhecidos como STAT,
hipogonadismo e comprometimento imune.
enterócito até que ser exportado para o meio NFAT e CREBP.
extracelular pelo transportador ZnT1 3. Catalítica: Pode melhorar a atividade de enzimas
importantes para a célula (RNA polimerases).
Outros exemplos são a fosfatase alcalina e
anidrase carbônica.
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55 - METABOLISMO DO SELÊNIO
O que é: Selênio consiste em um mineral componente Podemos obter selênio a partir de formas orgânicas
de proteínas celulares conhecidas como (selenocisteína e selenometionina) e inorgânicas Fósforo é classificado no grupo dos não-metais, grupo
selenoproteínas. (selenato e selenito). dos calcogênios na tabela periódica.
Apenas o aminoácido selenocisteína representa a forma Número atômico: 34
Sua função depende da ação das respectivas
ativa de atuação do selênio presente nas
selenoproteínas. Podemos destacar a glutationa
selenoproteínas.
peroxidase e iodotironina deiodinases como exemplos
principais
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56 - METABOLISMO DO MAGNÉSIO
METABOLISMO DO MAGNÉSIO
Função do magnésio
Deficiência de magnésio pode gerar alterações:
Digestão e absorção intestinal
Por atuar como cofator enzimático em reações essenciais, o
Local de absorção: Jejuno, íleo e cólon 1. Bioquímicas: Hipocalcemia, hipocalemia e/ou magnésio é importante para:
hipomagnesemia. 1. Metabolismo energético: Forma o complexo MgATP2-
90% do Mg2+ obtido pela dieta pode ser absorvido por 2. Neuromusculares: Epilepsia, tremores e
utilizado nas reações dependentes de ATP. Além de ser
transporte passivo paracelular. Os 10% restantes são espasmos musculares.
essencial para o ciclo de Krebs
absorvidos por transporte ativo mediado pelo 3. Cardiovasculares: Arritmia e HAS
2. Metabolismo da glicose: Importante para secreção de
transportador (TRPM6).
insulina e na via glicolítica (glicólise)
3. Crescimento e desenvolvimento celular: Cofator
enzimático das RNA e DNA polimerases
4. Controle de canais iônicos: Essencial para funcionamento
da bomba de sódio e potássio
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57 - METABOLISMO DO CROMO
METABOLISMO DO CROMO
Transferrina
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58 - METABOLISMO DO IODO
Regulação homeostática
A disponibilidade de iodo causa alterações no organismo
para ajustar a captação e utilização do iodo para síntese do
T3 e T4.
Tireoide
Seu transporte no sangue ocorre principalmente na
forma de iodeto, sendo destinado aos tecidos
periféricos, principalmente tireoide. Ou excretado
pelo rim.
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59 - METABOLISMO DO SÓDIO
O sódio é classificado como metal alcalino na tabela
O que é: O sódio consiste em um eletrólito importante periódica.
Sódio encontra-se no corpo em sua forma iônica como
para que as células e o organismo possam Número atômico: 11
cátion (Na+).
desempenhar suas funções normais: Forma iônica: Na+
Essa característica permite que possa realizar funções
1. Controle da osmolaridade extracelular importantes através de sua contribuição para geração
Distribuição eletrônica do sódio
2. Transmissão de impulsos nervosos de um gradiente eletroquímico.
3. Transporte de substâncias pela membrana
celular.
METABOLISMO DO SÓDIO
Local de absorção: Intestino delgado e grosso O sódio desempenha funções essenciais a vida, sendo
imprescindível que sua disponibilidade seja mantida de
O sódio é absorvido em uma quantidade elevada Deficiência de sódio forma constante:
(~98%), principalmente no intestino delgado através de 1. Regula a osmolaridade do líquido extracelular,
um gradiente eletroquímico e de concentração. A diminuição plasmática de sódio é conhecida como
evitando alterações no volume e
Sua absorção é constantemente acoplada ao transporte hiponatremia. Podendo ser causada por perda de Na+
funcionamento das células.
de outros nutrientes (vitaminas, glicose e aminoácidos). ou retenção excessiva de água.
2. Transporte de substâncias pela membrana
No intestino grosso, o Na+ é absorvido em menor A menor osmolaridade extracelular pode contribuir para
celular em resposta ao gradiente eletroquímico
quantidade contra um gradiente de concentração. o inchaço celular.
e de concentração.
3. Transmissão de impulsos nervosos
4. Contração muscular, sendo importante para
função cardíaca e muscular esquelética.
A ingestão de sódio deve ser restrita a valores
menores que 2,3 g. Contribuindo para uma menor Transmissão de impulso nervoso
interferência no aumento da pressão arterial,
principalmente a indivíduos sensíveis ao sódio.
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60 - METABOLISMO DO POTÁSSIO
Funções do potássio
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61 - METABOLISMO DO FÓSFORO
Assim como ocorre com o cálcio, a maior parte do Fósforo é classificado no grupo dos não-metais, grupo
conteúdo de fósforo encontra-se no esqueleto em do nitrogênio na tabela periódica.
forma de cristais de hidroxiapatita. Número atômico: 15
O que é: Fósforo consiste em um mineral amplamente Presente no organismo principalmente na forma de
distribuído no organismo. Podendo atuar em funções Além dessa reserva corporal, o fósforo é facilmente
íons fosfato e fosfato inorgânico (Pi).
vitais para sobrevivência (aproveitamento energético, absorvido por mecanismo dependente da quantidade
manutenção do DNA e RNA, sinalização e regulação ingerida, conferindo boa disponibilidade para sua
adequação no organismo. Distribuição eletrônica do fósforo
das reações celulares).
METABOLISMO DO FÓSFORO
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BÔNUS!
A partir de agora você terá acesso a 09 mapas mentais adicionais:
62 Fibras solúveis
63 Fibras insolúveis
64 Metabolismo dos polifenóis
65 Metabolismo dos Aminoácidos sulfurados
66 Metabolismo dos Aminoácidos aromáticos e arginina
67 Metabolismo dos Aminoácidos de cadeia ramificada
68 Metabolismo dos Ácidos graxos de cadeia curta e média
69 Metabolismo dos Ácidos graxos saturados
70 Metabolismo dos Ácidos graxos trans
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62 - METABOLISMO DAS FIBRAS SOLÚVEIS
O que é: Fibras solúveis são carboidratos não digeridos por Os alimentos abaixo são fontes conhecidamente
enzimas do trato gastrointestinal com característica de se importante de fibras solúveis que podem ser incluídos em
solubilizar em água, formando géis e conferindo nossa dieta.
viscosidade importante para conferir benefícios específicos
a saúde.
Podemos destacar as fibras: Beta glucana, psyllium, amido
resistente, inulina.
FIBRAS SOLÚVEIS
Fibras solúveis
Aveia psyllium Farinha de
banana
Alterada
Normal
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63 - METABOLISMO DAS FIBRAS SOLÚVEIS
As fibras são carboidratos resistentes ao processo de
digestão química em nosso trato gastrointestinal, sendo As fibras insolúveis estão presentes nas cascas de alimentos
possivelmente fermentadas no microbioma intestinal. integrais, folhosos e sementes.
As distinções entre fibras solúveis e insolúveis se dá por Celulose, hemicelulose e lignina são as principais fibras insolúveis
meio da sua solubilidade em água. Sendo assim, um encontradas nos seguintes exemplos de fontes alimentares:
alimento rico em fibras geralmente pode apresentar os
dois tipos, diferindo na composição e quantidade.
FIBRAS INSOLÚVEIS
Fibras insolúveis
Alface e Arroz e Feijão e
folhosos cereais leguminosas
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64 - METABOLISMO DOS POLIFENÓIS
O que são: Polifenóis consiste em um grande grupo de Os polifenóis são organizados em grupos de compostos, contendo subgrupos.
compostos presentes nas plantas contendo anel Podemos destacar: Flavonóides, ácidos fenólicos, Estilbenos e lignana, sendo os
aromático e com atividade antioxidante. flavonóides os mais estudados e presentes na dieta humana.
Esses compostos também podem ser referidos como
metabolitos secundários produzidos nas plantas como
forma de proteção.
METABOLISMO DOS
Metabolismo dos POLIFENÓIS
polifenóis
Flavonóides
Lignanas
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65 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS SULFURADOS
O que é: Aminoácidos sulfurados consiste naqueles Estrutura molecular da metionina e cisteína. Ambos
aminoácidos que possuem enxofre em sua estrutura. Os contendo enxofre.
dois aminoácidos essenciais que pertencem a esse grupo
consistem na metionina e na cisteína. Abordaremos a
função de cada um destes em nosso organismo.
METABOLISMO DOS
Metabolismo dos aminoácidos
AMINOÁCIDOS SULFURADOS
sulfurados (metionina e cisteína)
(METIONINA E CISTEÍNA)
Metionina Cisteína
Função da metionina
A importância desse ciclo de reações não se dá somente pela transferência de A glutationa pode alternar entre dois estados redox para que seja possível sua ação
grupos metil, mas também pela capacidade do metabolismo da metionina antioxidante. Quando recebe elétron a partir do NADPH, a glutationa torna-se
contribuir para a ressíntese de tetrahidrofolato, prevenindo que a falta dessa reduzida e pronta para doar o elétron para inativar o H2O2. Após esse evento a
molécula precursora e, consequentemente, prevenindo a anemia glutationa torna-se oxidada, necessitando de mais elétrons a partir do NADPH.
megaloblástica.
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66 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS AROMÁTICOS E ARGININA
O que são: A fenilalanina e tirosina são considerados
Estrutura molecular da fenilalanina, tirosina e
aminoácidos aromáticos em decorrência da presença de
arginina.
um anel aromático em suas moléculas.
A arginina consiste em um aminoácido precursor de óxido Anéis aromáticos
nítrico no endotélio vascular. Veremos a seguir as possíveis
funções de cada um dos três aminoácidos no organismo. METABOLISMO
MetabolismoDOS
da AMINOÁCIDOS
fenilalanina,
AROMÁTICOS
tirosina e Earginina
ARGININA
A tirosina consiste em um aminoácido versátil, pois pode dar origem a diversas A imagem ao lado demonstra a síntese de ON no
endotélio de um vaso sanguíneo a partir da ação da
moléculas essenciais ao funcionamento do nosso corpo, principalmente
enzima eNOS na presença de L-Arginina, NADPH e O2.
neurotransmissores e hormônios conhecidos por todos nós. Abaixo temos um resumo
O produto final dessa reação é a citrulina.
das moléculas produzidas a partir da tirosina.
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67 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA
Além de fazer parte das proteínas, os BCAAs Resumidamente, os BCAAs são metabolizados inicialmente
ganharam destaque após a descoberta do seu pelas aminotransferases de cadeia ramificada, transferindo
O que são: Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs)
metabolismo ativo no músculo esquelético, tendo o grupo amino dos aminoácidos para o α-cetoglutarato.
consistem em três aminoácidos essenciais: Leucina, valina e
em vista a maior atividade desempenhada pelas Posteriormente, cada respectivo cetoácido gerado sofrerá
isoleucina conhecidos por apresentarem uma atividade
aminotransferases de cadeia ramificada. uma descarboxilação oxidativa, dando um destino
muscular distinta dos demais aminoácidos.
metabólico aos seus esqueletos de carbono.
O metabolismo dos BCAAs consiste em duas etapas
resumidas (transaminação dos aminoácidos por meio das
aminotransferases e descarboxilação oxidativa por meio das
desidrogenases dos cetoácidos formados). METABOLISMO
Metabolismo DOS AMINOÁCIDOS
dos aminoácidos
DEde
CADEIA RAMIFICADA
cadeia ramificada
• Desempenho: Existem dois mecanismos pelo qual os BCAAs são utilizados como
aminoácidos diretamente associados ao desempenho nos treinamentos e competição.
1º Alguns autores defendem que os BCAAs são mais facilmente metabolizados no
músculo para ressíntese de ATP. 2º Os BCAAs poderiam retardar o aparecimento da Após a descarboxilação oxidativa, podemos verificar na imagem abaixo que cada um dos
“fadiga central” por meio do seu transporte na barreira hematoencefálica, competindo três cetoácidos são destinados a formação de algum composto.
com o triptofano para chegada ao sistema nervoso central. Consequentemente,
impedindo a formação da serotonina a partir desse último aminoácido. Apesar disso, Leucina -> α-cetoisocaproato
não temos boas evidências de melhora na performane a partir dos BCAAs. Isoleucina -> α-ceto-β-metilvalerato
• Hipertrofia muscular: Essa hipótese surgiu quando foi descoberta a relação entre a Valina -> α-cetoisovalerato
leucina e o início da síntese proteica muscular. No entanto, além de não podermos
extrapolar um mecanismo de síntese proteica para o desfecho hipertrofia muscular, é Por ser convertida em acetil-CoA e acetoacetato, a leucina é considerada cetogênica.
necessário que exista à disponibilidade dos demais aminoácidos essenciais para uma Isoleucina é tanto glicogênica quanto cetogênica por sua conversão a acetil-CoA e succinil-
síntese proteica sustentada. Tornando assim uma hipótese inverossímil ou irrelevante CoA. A valina é exclusivamente glicogênica, pois é convertida em succinil-CoA.
do ponto de vista clínico.
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68 - METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA E MÉDIA
Ácidos graxos de cadeia curta e média são ácidos graxos com menor quantidade de Classificação dos ácidos graxos
carbono. Sendo assim, são metabolizados de uma forma diferente quando
Ácidos graxos de cadeia curta: Entre 2 – 6 carbonos
comparados aos ácidos graxos de cadeia longa.
Ácidos graxos de cadeia média: Entre 8 – 12 carbonos
Tanto o processo de digestão quanto absorção e uso como fonte de energia ocorrem Ácidos graxos de cadeia longa: 14 – 18 carbonos
por mecanismos alternativos. Essas características levaram alguns pesquisadores a
criarem hipóteses com bases no uso desses ácidos graxos, na área clínica ou esportiva.
Absorção intestinal
Ácido graxo de
cadeia curta
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69 - METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
Ácidos graxos saturados são moléculas lipídicas caracterizadas por não Na imagem abaixo podemos perceber a cadeia molecular de um ácido graxo
apresentarem insaturações em toda a cadeia de carbono. O ácido palmítico saturado. Diferentemente do ômega 3, 6 e 9, os saturados não possuem
contendo 16 carbonos consiste no ácido graxo mais conhecido na bioquímica. nenhuma ligação dupla em suas moléculas:
Apesar de toda a discussão sobre os possíveis malefícios associados ao Ácidos graxos saturados
consumo de gordura saturada, devemos compreender os mecanismos e a
quantidade de gordura saturada associada ao aumento do risco de
anormalidades clínicas.
Ácido graxos trans consiste em um grupo de lipídios naturais ou A configuração trans ocorre quando um ácido graxo contendo insaturações
artificiais que possuem uma estrutura diferente dos demais ácidos (ligações duplas) apresenta os hidrogênios em lados opostos em
graxos com configuração cis. determinadas insaturações. Diferentemente, na configuração cis, os
hidrogênios encontram-se no mesmo lado nas insaturações do ácido graxo.
A gordura trans artificialmente obtida a partir do processo de
Hidrogênios no mesmo
biohidrogenação parcial foi associada nos estudos observacionais com
um maior risco de doenças crônicas. Além de evidências experimentais lado da ligação
demonstrando maior resposta pró inflamatória e estresse oxidativo.
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61 MAPAS MENTAIS
BIOQUÍMICA
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