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Licenciado para - Lorrayne Karolyne - 02323992635 - Protegido por Eduzz.

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1- EXAME FÍSICO ..........................................................................................................................01


1.1 ETAPAS DO EXAME FÍSICO ............................................................................................01
2- SINAIS VITAIS ..........................................................................................................................02
3- TEMPERATURA CORPORAL ................................................................................................02
3.1 VALORES DE REFERÊNCIA ............................................................................................02
4- PULSO ........................................................................................................................................02
4.1 CARACTERÍSTICAS DO PULSO .....................................................................................03
5- FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA .............................................................................................04
5.1 VALORES DE REFERÊNCIA ............................................................................................04
5.2 TIPOS DE RESPIRAÇÃO ..................................................................................................04
5.3 MEDIÇÃO DA SATURAÇÃO ARTERIAL DE OXIGÊNIO ...........................................05
6- PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA .......................................................................................05
6.1 FATORES RELACIONADOS COM A PRESSÃO ARTERIAL ......................................05
6.2 VALORES DE REFERÊNCIA ...........................................................................................06
6.3 CLASSIFICAÇÃODA PRESSÃO ARTERIAL .................................................................06
6.4 MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL .............................................................................06
6.5 APARELHO DE PRESSÃO ARTERIAL ..........................................................................06
7- DOR .............................................................................................................................................07
7.1 RESPOSTAS À DOR ..........................................................................................................07
7.2 TIPOS DE DOR ...................................................................................................................08
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8.3 AVALIAÇÃO DA DOR ......................................................................................................08


9- ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ...............................................................................08
9.1 VALORES DE REFERÊNCIA ............................................................................................08
10- EXAME DE GLICEMIA ..........................................................................................................08
10.1 VALORES DE REFERÊNCIA ..........................................................................................09
11- GASOMETRIA ARTERIAL ....................................................................................................09
11.1 VALORES NORMAIS .......................................................................................................09
11.2 DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS .....................................................................................09
11.3 TÉCNICA DE GASOMETRIA ARTERIAL .....................................................................10
12- POSIÇÕES PARA EXAMES ..................................................................................................10
13- EXAMES FÍSICO GERAL .......................................................................................................11
14- PELE E SEUS ANEXOS ..........................................................................................................12
15- CABEÇA E PESCOÇO ............................................................................................................13
16- SISTEMA CIRCULATÓRIO ...................................................................................................14
16.1 AUSCULTA CARDÍACA .................................................................................................15
17- SISTEMA RESPIRATÓRIO ....................................................................................................16
17.1 TÓRAX ................................................................................................................................17
17.2 SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS ..............................................................................20
17.2 RUÍDOS ADVENTÍCIOS .................................................................................................20
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18- SISTEMA DIGESTÓRIO ........................................................................................................21


18.1 TOPOGRAFIA ...................................................................................................................21
18.2 TÉCNICAS DE EXAME DO ABDÔMEN .......................................................................21
18.3 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ......................................................................................22
18.4 RETO, CANAL E ORIFÍCIO ANAL .................................................................................23
19- SISTEMA URINÁRIO .............................................................................................................23
20- SISTEMA GENITAL FEMININO ..........................................................................................24
20.1 EXAME DAS MAMAS .....................................................................................................24
20.2 EXAME DA GENITÁLIA EXTERNA ..............................................................................24
21- SISTEMA GENITAL MASCULINO ......................................................................................25
21.1 EXAME DO PÊNIS ...........................................................................................................25
21.2 EXAME DO ESCROTO E VIRILHA ................................................................................25
22- APARELHO LOCOMOTOR ...................................................................................................26
23- EXAME NEUROLÓGICO .......................................................................................................26
23.1 ANAMNESE NEUROLÓGICA .........................................................................................27
23.2 AVALIAÇÃO RESUMIDA DO ESTADO MENTAL .....................................................27
23.3 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA ...............................................................27
23.4 EXAME DAS PUPILAS ....................................................................................................27
23.5 ESTÍMULOS AUDITIVOS E TÁTEIS ............................................................................28
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23.6 EXAME DO EQUILÍBRIO ................................................................................................28


23.7 AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR .........................................................................29
23.8 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
.........................................................................29
23.10 AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS SUPERFICIAIS .........................................................29
23.11 AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS ................................................................30
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Inspeção: é feita através da observação visual e a


EXAME FÍSICO utilização da palpação.
O Exame Físico se trata de um conjunto de técnicas para a
avaliação física de um paciente.
O objetivo do exame físico é testar as hipóteses
diagnósticas desenvolvidas durante a fase inicial da
coleta de dados - entrevista clínica ou anamnese.
Deve-se confirmar, afastar ou descobrir nova hipótese
diagnóstica.

Percussão: é uma técnica que exige bastante


habilidade manual, o profissional executa um
movimento rápido na área a ser examinada e
produz um som que é avaliado por sua
intensidade, altura, duração e qualidade.

Auscuta: é o ato de ouvir o som gerado pelos


órgãos do corpo humano e através deles detectar
ETAPAS DO EXAME FÍSICO alguma anormalidade.

Palpação: consiste em utilizar o tato para


examinar o paciente, o prossional faz pressões
em diferentes partes do corpo aprofundando de 1
a 2.5 cm; para a melhor interpretação o
profissional deve ser hábil e o paciente deve
estar relaxado e confortável.

Precauções:
1. Lavar as mãos antes e após a execução do
exame.
2. O uso de luvas é obrigatório em pacientes que
apresentem lesões cutâneas, assim como para o
exame da cavidade bucal.
3. É indispensável o uso do jaleco e calçados
fechados.
01
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sinais vitais Locais para medir a temperatura: a temperatura


corporal pode ser medida por via oral, retal,
Os sinais vitais são uma maneira rápida e eficiente de
membrana timpânica, artéria temporal,
controlar a condição de um paciente ou identificar
esofágico, artéria pulmonar, axilar ou até
problemas e avaliar a resposta do paciente à intervenção.
mesmo bexiga.
A avaliação dos sinais vitais fornece dados para
identificar diagnósticos em enfermagem, implementar as
intervenções planejadas e avaliar os resultados do
cuidado.
Os sinais vitais são: temperatura, pulso, frequência
respiratória e pressão arterial.

VALORES DE REFÊRENCIA

temperatura corporal NORMAL 36 °C - 36,5 °C

LEVE: 34 °C - 36°C
A temperatura do corpo é a diferença entre a quantidade HIPOTERMIA MODERADA: 30 °C - 34°C
de calor produzido por processos corporais e a ACENTUADA: T < 30 °C
quantidade perdida para o ambiente externo.
HIPERTERMIA T > ou igual a 37,8 °C
FEBRE 37,6 ºC - 39,5 ºC

FEBRE ALTA 39,6 ºC - 41 ºC

Cuidados ao medir a temperatura:


Higiene das mãos;
Higiene do paciente;
Higiene do termômetro;
Fatore que afetam a temperatura corporal:
Localizar corretamente o sensor do
Ritmo circadiano;
termômetro;
Atividade física;
Registrar sempre os resultados.
Idade;
Estresse; pulso
Ambiente;
Idade; O pulso é o limite palpável do fluxo sanguíneo em uma
Nível hormonal. artéria periférica. O sangue flui através do corpo num
circuito contínuo. O pulso é um indicador indireto do
estado circulatório.
Pode-se avaliar qualquer artéria para a frequência de
pulso.

02
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Anomalias da frequência cardíaca:


Taquicardia/Taquisfigmia: batimentos acima de
100.
Bradicardia/Bradisfigmia: batimentos abaixo de
60.

Ritmo: normalmente, um intervalo regular


ocorre entre cada pulso ou batimento cardíaco.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
Ritmia: ritmo normal.
Disritmia/Arristmia cardíaca: um intervalo
Frequência: corresponde ao número de pulsos em
interrompido por uma batida precoce ou
um minuto, a medida é bpm (Batimentos por
tardia ou uma batida perdida.
minuto).
FREQUÊNCIA CARDÍACA
IDADE
(BATIMENTOS/MIN)
LACTENTE 120 - 160

CRIANÇA PEQUENA 90 - 140 Intensidade: reflete o volume de sangue ejetado


contra a parede arterial com cada contração do
PRÉ-ESCOLAR 80 - 110 coração e a condição do sistema vascular
ADOLESCENTE 60 - 90 arterial que conduz para o local de pulso.
Forte;
ADULTO/IDOSO 60 - 100
Fraco - Filiforme;
Fatores que influenciam a frequência do Imperceptível.
pulso:
Atividade física - Temperatura - Medicamentos Isocronicidade: avaliação dos pulsos em ambos
Emoções - Alterações posturais - Hemorragia lados do sistema vascular periférico,
Condições pulmonares comparando as características de cada um.

Cuidados ao medir a temperatura:


Higiene das mãos;
Higiene do paciente;
Contar a frequência em 1 minuto;
Avaliar demais características do pulso em 1
minuto;
Usar o celular para medir 1 minuto;
Registrar sempre os resultados.
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Frequência respiratória Taquipneia: frequência de respiração é regular


mas anormalmente rápida (maior que 20
A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para respirações/minuto).
a troca de gases entre a atmosfera e o sangue e o sangue e
Bradipneia: frequência de respiração é regular
as células.
mas anormalmente lenta (menos de 12
A respiração envolve a:
respirações/minuto).
Ventilação: o movimento de gases para dentro e para
fora dos pulmões. Dispneia: presença de dificuldade ou dor ao
Difusão: o movimento de oxigênio e dióxido de carbono respirar.
entre os alvéolos e os eritrócitos. Apneia: ausência de respiração.
Perfusão: a distribuição de eritrócitos para e a partir
Hiperventilação: frequência e profundidade de
dos capilares pulmonares.
respirações aumenta.
Hipoventilação: frequência respiratória é
anormalmente baixa e profundidade de
ventilação é deprimida.
Respiração de CheyneStokes: frequência
respiratória e profundidade são irregulares,
caracterizadas por períodos alternantes de
apneia e hiperventilação.
O ciclo respiratório começa com respirações
lentas, superficiais que gradualmente
aumentam para frequência e profundidade
Fatores que interferem na respiração:
anormais.
Exercício - Dor aguda - Ansiedade - Tabagismo - Posição
O padrão se reverte; a respiração fica lenta e
corporal - Medicamentos - Lesão neurológica - Quantidade
rasa, concluindo como apneia antes de a
de hemoglobina
respiração ser retomada.
VALORES DE REFÊRENCIA
Respiração de Kussmaul: as respirações são
RECÉM-NASCIDO 30 - 60 anormalmente profundas, regulares e
aumentadas em frequência.
LACTENTE 30 - 50
Respiração de Biot: as respirações são
CRIANÇA 20 - 30 anormalmente rasas por duas a três respirações,
ADOLESCENTE 16 - 20 seguidas de período irregular de apneia.

ADULTO/IDOSO 12 - 20

TIPOS DE RESPIRAÇÃO

Eupneia: respiração normal, entre 12 e 20 rpm


(Respirações/minuto).

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A contração do coração força o sangue sob alta pressão


MEDIÇÃO DA SATURAÇÃO ARTERIAL DE OXIGÊNIO
para a aorta.
A porcentagem de hemoglobina que está ligada ao Pressão sistólica: é o pico de pressão máxima
oxigênio nas artérias é a porcentagem de saturação da quando a ejeção ocorre.
hemoglobina (ou SaO2 ). Ela está geralmente entre 95% e
100%; é afetada por fatores que interferem na ventilação, Pressão diastólica: é a pressão mínima exercida
perfusão ou difusão. contra as paredes arteriais em todos os
momentos.
A unidade-padrão para medir a PA é milímetros de
mercúrio (mmHg).
A unidade-padrão para medir a PA é milímetros de
mercúrio (mmHg).

Um oxímetro de pulso permite a medida indireta da


MEDIÇÃO DA SATURAÇÃO ARTERIAL DE OXIGÊNIO
saturação de oxigênio. A pressão arterial reflete as inter-relações de débito
O oxímetro de pulso é uma sonda com um diodo emissor de cardíaco, resistência vascular periférica, volume de
luz (LED) conectado por um cabo a um oxímetro. sangue, viscosidade do sangue e elasticidade arterial.

Débito cardíaco: quando o volume aumenta em


um espaço fechado tal como um vaso sanguíneo,
a pressão naquele espaço sobe.
Assim como o débito cardíaco aumenta, mais
sangue é bombeado contra as paredes
arteriais, fazendo que a PA se eleve.
pressão arterial sistêmica Resistência periférica: é a resistência ao fluxo
sanguíneo determinada pelo tônus da
A pressão arterial é a força exercida sobre as paredes de musculatura vascular e diâmetro dos vasos
uma artéria pelo sangue pulsando sob pressão a partir do sanguíneos.
coração. O sangue flui através do sistema circulatório por Quanto menor for o lúmen de um vaso, maior
causa das alterações de pressão. é a resistência vascular periférica ao fluxo
sanguíneo.
Conforme a resistência sobe, a PA arterial se
eleva. Conforme os vasos dilatam e a
resistência cai, a PA cai.
Volume de sangue: a maioria dos adultos têm um
volume de sangue circulante de 5.000 mL. Um
aumento no volume exerce mais pressão contra
as paredes arteriais. Quando o volume de sangue
O sangue movimenta-se a partir de uma área de alta circulante de uma pessoa cai, como no caso de
pressão para uma de baixa pressão. A PA sistêmica ou hemorragia ou desidratação, a PA cai.
arterial, a PA no sistema de artérias do corpo, é um bom
indicador da saúde cardiovascular.
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Viscosidade: a espessura ou a viscosidade do Método direto: exige a inserção de um cateter


sangue afeta a facilidade com a qual o sangue fino numa artéria.
flui através de pequenos vasos. O tubo de condução conecta o cateter com o
O hematócrito, ou a percentagem de equipamento de monitoramento
eritrócitos no sangue, determina a hemodinâmico eletrônico.
viscosidade do sangue. Quando o O monitor exibe uma forma de onda da
hematócrito aumenta e o fluxo de sangue fica pressão arterial constante e a leitura.
mais lento, a PA arterial aumenta.
Elasticidade: as paredes de uma artéria são
elásticas e facilmente distensíveis. Conforme a
pressão no interior das artérias aumenta, o
diâmetro das paredes dos vasos aumenta para
acomodar a mudança de pressão.
Fatores que interferem na pressão arterial:
Idade - Estresse - Etnia - Sexo - Variação diária -
Medicamentos - Atovidade física - Peso - Tabagismo - Dor

VALORES DE REFERÊNCIA
Método indireto: exige um esfigmomanômetro e
RECÉM-NASCIDO 40 mmHg estetoscópio.
A ausculta ou palpação com ausculta é a
1 MÊS 85/54 mmHg
técnica mais amplamente utilizada.
1 ANO 95 /65 mmHg
APARELHO DE PRESSÃO ARTERIAL
14 - 17 ANOS 119/75

A PARTIR DE 18 < 120/<80 Um esfigmomanômetro inclui um manômetro de pressão,


um manguito oclusivo que inclui uma bexiga de borracha
CLASSIFICAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL inflável e um bulbo de pressão com uma válvula de escape
que enche a parte inflável do manguito.
CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA
NORMAL <120 <80

PRÉ-HIPERTENSÃO 120 - 139 mmHg 80-89 mmHg


HIPERTENSÃO I ≥ 140 mmHg ≥ 90 mmHg

HIPERTENSÃO II ≥ 160 mmHg ≥ 90 mmHg

MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

As medições de PA arterial são obtidas diretamente (de


modo invasivo) ou indiretamente (de modo não invasivo).

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1. Colocar o indivíduo em local calmo com o braço 13. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação
apoiado a nível do coração e deixando-o à vontade, do sangue. Repetir a medida no mesmo braço anotando
permitindo 5 minutos de repouso. Usar sempre o os valores observados;
mesmo braço para a medida; 14. Registrar a posição do paciente, o tamanho do
2. Localizar o manômetro de modo a visualizar manguito, o braço usado para a medida e os menores
claramente os valores da medida; valores de pressão arterial Sistólica e Diastólica
3. Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou encontrados em mmHg. Retirar o aparelho do braço e
crianças. A largura do manguito deve corresponder a guarda-lo cuidadosamente afim de evitar danos.
40% da circunferência braquial e seu comprimento a
80%;
4. Localizar a artéria braquial ao longo da face interna
superior do braço palpando-a;
5. Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em
torno do braço, centralizando o manguito sobre a
artéria braquial. Manter a margem inferior da
braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo.
Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio;
6. Determinar o nível máximo de insuflação palpando o
pulso radial até seu desaparecimento, registrando o
valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais
dor
30 mmHg; É uma experiência sensorial e emocional desagradável,
7. Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a associada a dano real ou potencial, ou descrita em
30 segundos antes de insuflá-lo de novo; termos de tal dano.
8. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial
RESPOSTAS À DOR
palpada abaixo do manguito na fossa antecubital.
Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o Estimulação simpática (dor leve, moderada e
contato com a pele em todos os pontos. As olivas superficial):
devem estar voltadas para frente; Dilatação dos brônquios e aumento da FR (frequência
9. Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito respiratória);
rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica Aumento da FC (frequência cardíaca);
registrada; Vasoconstrição periférica (palidez, elevação da PA);
10. Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de Elevação do nível de glicemia no sangue (ocorre quebra da
2 a 3 mmHg por segundo; glicose armazenada para utilizar caso seja necessário)
11. Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, Diaforese;
observando no manômetro o ponto correspondente ao Aumento da tensão muscular;
primeiro batimento regular forte audível (sons de Dilatação pupilar;
Korotkoff); Diminuição da motilidade gastrointestinal.
12. Identificar a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg,
observando no manômetro o ponto correspondente ao
último batimento regular audível. Desinsuflar
totalmente o aparelho com atenção voltada ao
completo desaparecimento dos batimentos;
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Estimulação parassimpática (dor intensa ou


profunda):
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Palidez; (IMC)
Tensão muscular;
Diminuição da PA e FC; IMC é a sigla para Índice de Massa Corpórea, parâmetro
Respiração rápida e irregular; adotado pela Organização Mundial de Saúde para
calcular o peso ideal de cada pessoa.
TIPOS DE DOR

Dor aguda/ transitória: protetora, tem causa


identificável, curta duração, tem resposta
limitada de dano tecidual e emocional. VALORES DE REFERÊNCIA
Dor crônica / persistente: não possui finalidade
ABAIXO DO PESO ENTRE 17 E 18,49
de proteção, permanece por mais tempo, nem
sempre tem causa identificável, em geral leva a NORMAL ENTRE 18,5 E 24,99
grande sofrimento pessoal. ACIMA DO PESO ENTRE 25 E 29,99
Dor crônica episódica: dor que só está presente OBESIDADE I ENTRE 30 E 34,99
em crises de determinada doença.
OBESIDADE II ENTRE 35 E 39,99
Dor nociceptiva: dor causada por alguma lesão
OBESIDADE III ACIMA DE 40
nos tecidos, onde existem os nociceptores. É o tipo
de dor que conhecemos mais a sua fisiologia.
Responde aos analgésicos.
Dor neuropática: responde apenas à tratamento
coadjuvante, como analgésico associado à um
antiinflamatório.
Dor idiopática: dor de origem obscura, não
conhecemos bem sua fisiologia e é de difícil
tratamento.
AVALIAÇÃO DA DOR exame de glicemia
O exame de glicemia ou glicemia em jejum é aquele que
Ao avaliar um paciente com dor, deve-se investigar os
mede o nível de glicose (taxa de açúcares) na corrente
seguintes pontos sobre este sinal vital:
sanguínea, feito a partir de uma coleta do sangue venoso
- Inicio e duração;
e de um período de 8 horas de jejum sem alimentos ou
- Localização;
bebidas, exceto água.
- Qualidade/ características (ex.: dor em pontada; dor
“cansada”);
- Padrão da dor (posição em que dói, horário que mais
dói); - Intensidade (escalas numérica, descritiva, de faces).

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VALORES DE REFERÊNCIA VALORES NORMAIS

GLICEMIA GLICEMIA PH 7,35 – 7,45


DIABETES
NORMAL ALTERADA
PACO²: 35 – 45 mmHg
Menor que 100 De 100-126 Maior que 126
Em jejum HCO3 22 – 26 mEq/L
mg/dL mg/dL mg/dL
Após 2 horas Menor que 140 De 140-200 Maior que 200 AG 6 – 12 mEq/L
das refeições mg/dL mg/dL mg/dL
PAO² 80-100mmHg
Qualquer hora Menor que 100 Não é possível Maior que 200
SATO² 90-100%
do dia mg/dL definir mg/dL

GASOMETRIA ARTERIAL DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS


A gasometria arterial é um exame de sangue que é
Acidose metabólica: ocorre uma queda do
coletado a partir de uma artéria, com o objetivo de avaliar
HCO3 na gasometria e, consequentemente,
os gases presentes no sangue, como o oxigênio o gás
redução do pH (acidose). *HCO³ < 22mEq/L.
carbônico, assim como sua distribuição, do pH e do
equilíbrio acidobásico. Importante lembrar que se o Alcalose metabólica: ocorre um aumento de
objetivo for apenas medir o pH é possível fazer a HCO3 na gasometria e, consequentemente,
gasometria venosa. elevação do pH (alcalose). *HCO³ > 26mEq/L.
Acidose respiratória: existe uma dificuldade
de ventilação do paciente, isso leva a uma
hipoventilação e, consequentemente,
retenção do CO2. *PaCO²: > 45mmHg.

Alcalose respiratória: o paciente está


Os principais parâmetros que observamos no exame de hiperventilando e, consequentemente,
gasometria arterial são: pH, SatO2 (saturação de “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2.
oxigênio), pCO2 (pressão parcial do gás carbônico), HCO3 *PaCO² < 35mmHg.
(bicarbonato), Ânion Gap (AG). Acidose: é uma condição em que há um
Entretanto, outros parâmetros também podem ser desequilíbrio nos níveis de ácido presentes
encontrados como, por exemplo, a dosagem de alguns no sangue. *pH < 7,35.
eletrólitos, são eles: sódio, potássio, cálcio iônico e cloreto,
Alcalose: é o nome de um distúrbio
podendo variar devido ao gasômetro usado.
metabólico, ou seja, é o processo que o corpo
Gasômetro: é o aparelho de gasometria que sofre quando seus fluídos tomam
mede o pH e os gases sanguíneos sob a forma consistência mais alcalina. *pH > 7,45.
de pressão parcial do gás (pO2 e pCO2), ao
passo que os demais parâmetros são Recomendações para a coleta:
calculados. Que o paciente esteja sentado, exceto
pacientes acamados.
O paciente em repouso pelo menos 10
minutos antes da punção.
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Importante comprimir o local de punção Posição de Sims: posição em decúbito lateral


por 5 minutos, devido o risco de causar esquerdo , na qual a perna de perna debaixo fico
espasmo vascular, formação de trombo estendida e a de cima fica flexionada. O objetivo
intramural ou aparecimento de é facilitar o acesso a órgãos do sistema digestivo
hematoma periarterial. e excretor. Entre eles, o reto, intestino grosso e
O local preferencial para a punção é a rins.
artéria radial ao nível do túnel do carpo
devido a facilidade de acesso ao vaso.

TÉCNICA DE GASOMETRIA ARTERIAL


Posição em decúbito dorsal: coloca o paciente
1. Explicar o procedimento ao paciente; deitado sobre as costas, com a cabeça levemente
2. Escolher o local de punção; acima do nível dos pés, braços e pernas
3. Hiperestender o punho do paciente; estendidos.
4. Limpeza da pele com álcool ou outra solução
antisséptica (Ex: clorexidina);
5. Injetar via SC pequena quantidade de anestésico local
(Lidocaína) sem adrenalina e fazer o botão anestésico
Posição de Trendelenburg: posição utilizada em
(opcional);
operações do abdôme inferior e pelve, onde a
6. Usar seringas lubrificadas com heparina;
parte superior do dorso é abaixada e os membros
7. Introduzir agulha (de insulina) com bisel voltado
inferiores são elevados.
contra a corrente em um ângulo de 45º (se for femoral,
introduzir 90º) com a pele;
8. Colher entre 2-3 mL;
9. Comprimir o local da punção por 5 minutos;

posições para exames Posição de Trendelenburg invertida: posição


O curativo é o tratamento clínico mais frequentemente onde a parte superior do dorso fica em nível mais
utilizado para o tratamento de feridas. A escolha do elevado do que os membros inferiores.
material adequado para o curativo decorre do
conhecimento fisiopatológico e bioquímico da reparação
tecidual.
Posição em decúbito ventral: posição mais
incômoda ao paciente, pois interfere em sua
condição respiratória. Indicada em
Posição de Fowler: útil em cirurgias plásticas na
procedimentos na coluna vertebral,
face e no tórax.
proctológicos ou em suprarrenais.

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Posição ginecológica (ou de litotomia): é utilizada Estado geral: uma avaliação subjetiva, baseada
para o acesso aos órgãos pélvicos e genitais. O no conjunto de dados exibidos pelo paciente e
paciente é colocado em posição dorsal; a seção interpretados de acordo com a experiência de
dos pés da mesa cirúrgica é abaixada cada um.
completamente, e os membros inferiores são É realizada por meio da inspeção geral.
elevados e abduzidos em perneiras metálicas, Em geral, faz-se uma classificação entre bom,
para haver exposição da região perineal. regular e mau estado geral.
Nível de consciência e do estado mental: implica
principalmente na avaliação neurológica e tem
como finalidade o fornecimento de dados acerca
do estado cognitivo do paciente, de modo que seja
identificada qualquer alteração.
Tipo morfológico: pois muitas doenças estão
associadas ao biotipo do paciente.
Posição de canivete (ou de Kraske): o paciente se Classifica-se o indivíduo como:
encontra em decúbito ventral, com as coxas e (A)brevilíneo, (B) normolíneo e (C) longilíneo.
pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, Colocando-o preferencialmente em pé, para
a qual está levemente inclinada no sentido que se faça a relação de proporcionalidade
oposto das pernas, e os braços estendidos e entre o pescoço, os braços, os ossos frontais,
apoiados em talas. as mãos e os dedos.
(A) (B) (C)

EXAME FÍSICO GERAL


O exame físico geral consiste no exame externo do
paciente, incluindo as condições globais, como: Dados antropométricos: por meio da verificação
Estado geral; principalmente do peso e da altura.
Estado mental;
Tipo morfológico; Avaliação da postura e da capacidade de
Dados antropométricos; locomoção: é importante observar o
Postura; posicionamento preferencial adotado pelo
Locomoção; paciente no leito, bem como o ritmo, a amplitude
Expressão facial (fácies); e a natureza dos movimentos.
Sinais vitais (Já discutidos nesse material);
Pele, mucosas e anexos.

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Avaliação da expressão facial (fácies): engloba o As alterações da pele podem ser classificadas em lesões
conjunto de aspectos exibidos na face do elementares primárias e secundárias.
paciente, sendo de fundamental importância, Lesões primárias são aquelas que causam mudanças
pois o formato do rosto e a fisionomia expressa na estrutura da pele, não necessariamente originadas
pelo paciente podem ser sinais indicativos de de alguma alteração anterior.
algumas patologias ou do uso de alguns Lesões secundárias geralmente ocorrem devido à
medicamentos. evolução natural de comprometimentos já existentes.

Método:
Inspeção: deve-se observar na pele alterações
da cor, uniformidade, hidratação, higiene,
perdas e outras alterações teciduais. Nas
Avaliação dos sinais vitais: devem ser unhas: cor, consistência, configuração e
verificados e anotados no início do exame ou aderência. Nos cabelos: quantidade,
mesmo de forma integrada, quando realizados distribuição, cor, textura e aderência.
outros exames. Palpação: deve ser realizada na área
acometida. Verificar a presença de lesões
sólidas, assim como sua localização, volume,
textura, elasticidade, turgor, espessura e
temperatura.
As glândulas sebáceas, as unhas, os cabelos e os pelos são
chamados de anexos da pele.
Glândulas sebáceas: a acne é uma das afecções
mais frequentes dos folículos pilossebáceos.

pele e seus anexos


A avaliação da pele constitui uma ferramenta da
propedêutica fundamental para a detecção da
necessidade de cuidados com a saúde de qualquer pessoa.
A semiologia dermatológica consiste na investigação
Unhas: podem ter alterações quanto à espessura,
subjetiva ou sintomática da história clínica da doença e
curvatura, adesão ao leito, modificação da
da anamnese, conduzida pelo exame físico objetivo
superfície e coloração, as quais recebem o nome
(Inspeção, palpação, compressão, digitopressão e
de onicodistrofias.
vitropressão).
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Mucosas: devem ser inspecionadas com Método de avaliação da cabeça:


bastante rigor, verificando-se sua coloração Avalia-se a posição da cabeça do
(a normal é róseo-avermelhada) e paciente, que deve está ereta e em
hidratação. perfeito equilíbrio e sem movimentos
involuntários.
Pelos: é fundamental a avaliação por meio da
inspeção da distribuição, quantidade e cor Crânio: observa-se tamanho, que varia de
dos pelos, que podem variar com a acordo com a idade e o biotipo, lesões
maturidade sexual, a idade, o sexo e a raça. localizadas, presença de cistos,
Alterações nos pelos podem estar características do cabelo (Distribuição,
relacionadas a algumas doenças ou ao quantidade, alterações na cor, higiene,
uso de alguns medicamentos. seborreia e presença de parasitos).

Face: é importante observar alterações na


coloração da pele que indiquem doenças,
Edema: pode-se avaliar na pele a presença de
manchas, presença de fácies (Conjunto de
edema , que poderá apresentar variações em
alterações na expressão da face que
sua:
caracteriza uma doença).
Localização;
Distribuição (localizado ou generalizado); Olhos: o exame dos olhos pode revelar
Consistência (mole ou duro); afecções locais ou manifestações oculares de
Duração; doenças sistêmicas. É importante examinar
Horário de aparecimento; as estruturas que compõem o olho, assim
Origem; como das funções desses órgãos.
Intensidade (Sinal de Godet):

cabeça e pescoço
Para a realização do exame físico da cabeça e do pescoço,
o profissional deve iniciar, de preferência, pela cabeça,
examinar as principais estruturas dessa região, bem
como avaliar e a mensurar as respectivas funções.
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Nariz e seios paranasais: deve-se observar a Boca: deve ser inspecionada com o auxílio de
forma e o tamanho do nariz, que poderão luvas e espátula, observando-se a coloração
estar alterados em casos de traumatismos, da cavidade oral e o hálito. Os lábios podem
tumores ou doenças endócrinas. apresentar deformações congênitas. Deve-se
Deve-se examinar a superfície externa do inspecionar as gengivas.
nariz, observando a simetria e a presença
de deformidades e o movimento das asas
do nariz durante a respiração.
Por meio da palpação, deve-se verificar
se há hipersensibilidade (dor) nos seios
paranasais.

Pescoço: deve-se observar seu tamanho, que


varia conforme o biotipo, e sua simetria.
Para a realização desse exame, o paciente
deve permanecer sentado e em posição
ereta.
Na inspeção do pescoço, é importante
atentar-se à presença de cicatrizes,
Ouvidos: cianose e ingurgitamento das veias
Pavilhão auricular devem-se verificar a jugulares e verificar se há aumento das
forma e o tamanho, a presença de glândulas parótidas ou submaxilares.
deformações congênitas ou adquiridas,
como nódulos, tumorações e hematomas.
Conduto auditivo externo: quantidade de
cerume presente no canal auditivo (Em
excesso pode comprometer a audição).

SISTEMA CIRCULATÓRIO
A avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada
a partir de dados obtidos na anamnese do paciente, no
exame físico e em outros recursos diagnósticos.
As manifestações clínicas mais comuns das doenças
cardiovasculares são falta de ar (dispneia), fadiga, dor no
peito (precordialgia), desconforto no peito, palpitações,
desmaio, edemas, variações na pressão arterial e na
frequência cardíaca, diurese, cianose e alterações
periféricas.
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É necessário obter informações precisas sobre cada um Alguns itens do exame físico geral que se relacionam
dos sintomas referidos pelo paciente. diretamente ao sistema cardiovascular:
Pressão arterial;
Verificar: Pulso arterial;
O início (desde quando ele existe); Frequência cardíaca;
O quanto é desconfortável; Temperatura;
Omotivo que desencadeia as crises de dor Respiração.
ou falta de ar;
O quanto as atividades diárias foram
alteradas (Consegue cuidar das
atividades domésticas? Interferiu no
desempenho sexual? Nos cuidados de
higiene?);
AUSCULTA CARDÍACA
As atitudes tomadas para que diminuam,
É o método semiológico que oferece informações valiosas
aliviem ou cessem os sintomas (como, por
acerca dos sons cardíacos, que são chamados de bulhas
exemplo, deitar-se, sentar-se,
cardíacas, do enchimento ventricular e do fluxo
interromper a atividade iniciada, etc).
sanguíneo pelas valvas cardíacas, bem como do ritmo.
Dor: a investigação da dor é fundamental. É A ausculta do coração deve ser realizada com o
importante sempre caracterizar: paciente relaxado e com o precórdio descoberto.
Tipo (em aperto, em pontada, facada,
latejante, surda);
Localização (valorização da queixa
precordial);
Intensidade (escala de 0 a 10);
Irradiação (pescoço, braço esquerdo,
região epigástrica, costas);
Duração (início e término, se é contínua
ou intermitente);
Fatores relacionados ao
desencadeamento ou à piora (pequenos,
médios e grandes esforços ou emoções) e Classicamente, a ausculta cardíaca é realizada em pontos
à melhora (repouso e/ou medicamentos). do tórax nos quais é captado o ruído das valvas.
Esses pontos são chamados de focos de ausculta, são:
Foco mitral, que corresponde ao choque de ponta e
está localizado no cruzamento do quinto espaço
intercostal esquerdo com a linha hemiclavicular;
Foco tricúspide, localizado na base do apêndice
xifoide;
Foco aórtico, que fica no segundo espaço intercostal à
direita, junto ao esterno;
Foco pulmonar, no segundo espaço intercostal à
esquerda, junto ao esterno.
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Interpretação dos sons da ausculta: Dispneia: significa dificuldade respiratória.


A primeira bulha cardíaca (B1) está O entrevistador deve perguntar ao paciente
ligada ao fechamento das valvas mitral e se a dispneia:
tricúspide (valvas atrioventriculares Surge quando ele se movimenta, está em
[AVs]). Ela marca o início da sístole repouso ou realiza atividade física
(contração ventricular). (leve/moderada)?
A segunda bulha (B2) guarda uma relação Se ocorre quando se deita (ortopneia)
com o fechamento das valvas pulmonar Se é constante, se o acorda à noite e se
e aórtica (semilunares). Ela marca o final existem outros sinais e/ou sintomas que
da sístole e o início da diástole ocorrem com a dispneia (dor, tontura,
(enchimento ventricular). tosse, aperto no peito, sudorese).

sistema respiratório
Os enfermeiros contribuem significativamente para o
tratamento de pacientes/ clientes com problemas
respiratórios, mediante a realização da anamnese e do
exame físico do tórax.

Tosse: é uma resposta reflexa a estímulos


irritantes na laringe, na traqueia ou nos
brônquios.
Esses estímulos podem ser decorrentes de
processos inflamatórios (hiperemia,
Algumas questões são fundamentais para avaliar os edema e secreções), mecânicos (poeira,
sintomas respiratórios. Dentre elas, podem-se citar: corpo estranho), químico (gases
Quando e em que situações os sintomas ocorrem com irritantes) e térmicos (ar quente ou frio
maior frequência? demais).
O aparecimento é gradual ou súbito?
Há quanto tempo ocorrem?
O que os alivia?

As queixas respiratórias mais comuns são a dispneia, a


tosse, a expectoração, a hemoptise, a dor torácica e a
rouquidão.

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Expectoração: doenças do sistema Rouquidão: em geral é resultante de


respiratório em geral resultam na produção alterações da laringe e das cordas vocais.
de escarro. Contudo, pode ser proveniente, também,
Deve-se investigar suas características de tumor pulmonar ou de aneurisma da
quanto à coloração, odor, qualidade e aorta, que lesionam o nervo laríngeo
quantidade. recorrente, ocasionando paralisia da
corda vocal.

Hemoptise: corresponde à expectoração de


sangue pela boca proveniente da ruptura dos
TÓRAX
vasos brônquicos ou ruptura dos capilares
O tórax é um arcabouço osteomuscular. Para avaliá-lo
ou transudação de sangue.
verticalmente, é necessário numerar as costelas e os
espaços intercostais.

Dor torácica: pode estar associada a


problemas pulmonares ou cardíacos.
A localização, a duração, a intensidade e
o tipo de dor são dados importantes a
serem pesquisados.

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Na inspeção estática pode-se identificar algumas Tórax cifótico: consiste na acentuação da


variações das formas do tórax. curvatura torácica normal. O paciente adota
Tórax chato ou plano: tem como uma postura encurvada ou um aspecto
característica o reduzido diâmetro corcunda.
anteroposterior, com sobressaliência das
escápulas no relevo torácico.

Tórax cifoescoliótico: presença de cifose e


também do desvio lateral da coluna
(escoliose).
Tórax em tonel ou globoso: é aquele em que o
diâmetro anteroposterior iguala-se ao
transversal.

Tórax peito de pombo (pectus carinatum: é o


oposto de tórax em funil. O esterno projeta-se
Tórax em funil ou infundibuliforme (pectus para a frente, aumentando o diâmetro
escavatum): é uma deformidade na qual o anteroposterior.
esterno fica deprimido no nível do terço
inferior e os órgãos que se situam abaixo
dele são comprimidos.

Na inspeção dinâmica a movimentação da caixa


torácica é observada durante a respiração.
A movimentação respiratória é observada quanto à sua
amplitude ou profundidade de expansão e ritmo, podendo
alterar-se, o que torna a respiração superficial ou
profunda. 18
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A técnica de palpação é empregada para avaliar os


seguintes parâmetros: traqueia, estrutura da parede
torácica, expansibilidade e frêmito.

Traqueia: posiciona suavemente o dedo da


mão em um dos lados da traqueia e observa o
espaço entre ele e o esternocleidomastóideo.
Os espaços devem ser simétricos em ambos
os lados.
MÚSCULO
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO

Frêmito torocovocal: é a transmissão da


vibração do movimento do ar através da
parede torácica durante a fonação.
A palpação deve ser realizada junto à
parede posterior do tórax, enquanto o
paciente pronuncia palavras que
Parede torácica: a palpação é realizada com produzem intensa vibração.
a base palmar ou com a face ulnar da mão,
Frêmito brônquico: é provocado pela
que é posicionada contra o tórax do paciente.
vibração das secreções nos brônquios de
As anormalidades observadas na
médio e grosso calibre durante a respiração
inspeção são investigadas mais
(fase inspiratória e expiratória).
detalhadamente durante a palpação.
Pode desaparecer, diminuir ou mudar de
localização com a mobilização das
secreções.
Realiza-se a percussão dígito-digital do tórax em
localizações simétricas, dos ápices em direção às
bases; primeiro, em um dos lados do tórax e, em
seguida, no outro, no mesmo nível.

Expansibilidade torácica: Os sons encontrados podem ser


O examinador se coloca atrás do Claro pulmonar: com timbre grave e oco.
paciente, posicionando as mãos Hipersonoro: mais intensos e de timbre mais grave do
espalmadas nas regiões dos ápices que o claro pulmonar.
pulmonares, de tal modo que os polegares Timpânico: é oco, semelhante ao rufar de um tambor.
se toquem em ângulo quase reto no nível Maciço: são ruídos surdos e secos.
da vértebra proeminente. Submaciço: são suaves, de alta frequência.
Os demais dedos permanecem justapostos O paciente deve inspirar profundamente e manter-se
e semifletidos. assim enquanto o profissional percute todo o campo
Solicita-se que o paciente respire fundo e, pulmonar.
enquanto isso, o examinador observa a
movimentação simétrica ou não de suas
mãos. 19
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SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS

Os sons respiratórios normais resultam da transmissão


de vibrações produzidas pela movimentação do ar nas
vias respiratórias.
São denominados de som traqueal, som brônquico,
murmúrio vesicular e som broncovesicular.

Som traqueal: é auscultado nas áreas de


projeção da traqueia, isto é, fenda glótica e
região supraesternal. São intensos, agudos e
têm qualidade pouco sonora.
Som brônquico: é auscultado na região de
projeção dos brônquios de maior calibre,
próximo ao esterno. Tem timbre agudo,
intenso e oco.
Murmúrio vesicular: é auscultado em toda a
extensão do tórax, sendo mais intenso nas
bases pulmonares. Tem timbre grave e suave.
Som broncovesicular: é auscultado, em
condições normais, no primeiro e no segundo
espaços intercostais no tórax anterior e
entre as escápulas no nível da terceira e
Na ausculta o profissional consegue ouvir os ruídos
quarta vértebras dorsais.
torácicos com o diafragma do estetoscópio durante
todo o ciclo respiratório (inspiração e expiração). RUÍDOS ADVENTÍCIOS
A ausculta pulmonar deve ser realizada
preferencialmente com o paciente sentado, com o tórax São sons anormais que se superpõem aos sons
parcial ou totalmente descoberto, enquanto ele respira respiratórios normais.
com a boca entreaberta e um pouco mais profundamente. Crepitações ou estertores finos: são sons
SEQUÊNCIA DA PERCURSÃO E AUSCULTA agudos, de curta duração e mais audíveis na
inspiração, que não se modificam com a tosse
e podem mudar de acordo com a posição.
Crepitações grossas ou estertores grossos ou
bolhosos: são sons mais graves, de maior
duração, audíveis no início da inspiração e
ao longo da expiração; eles se modificam com
a tosse e não são influenciados pelas
mudanças de posição.

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Roncos: são sons mais graves, de maior


duração, audíveis na inspiração e ao longo
da expiração, com predomínio nesta última
fase, e se modificam com a tosse.
Sibilos: são ruídos musicais ou sussurrantes,
mais agudos, de maior duração, audíveis na
inspiração e ao longo da expiração e que não
se modificam com a tosse.
Atrito pleural: é descrito como um ruído
semelhante a um estalo ou a um “roçar”
entre dois pedaços de couro. Decorre de
inflamação pleural e, com frequência,
associa-se a pleurite, pneumonia e infarto TOPOGRAFIA
pleural.
As manobras ou técnicas utilizadas no exame físico são
Cornagem ou estridor: é a respiração ruidosa
realizadas por meio da parede anterior do abdome.
devido à obstrução no nível da laringe e/ou
da traqueia, percebida mais marcadamente Para a realização do exame físico, é necessário dividir
na fase inspiratória. topograficamente o abdome, de modo a facilitar a
descrição e a localização dos órgãos e de pontos de
sistema digestório referência relativos à dor ou à presença de massas.
DIVISÃO EM DIVISÃO EM
Antes do exame físico do abdome, ou de qualquer outro
QUATRO QUADRANTES QUATRO QUADRANTES
segmento corporal, é de extrema importância entrevistar
o paiente, de modo a obter dados que forneçam subsídios
a serem relacionados com os demais achados clínicos.
O enfermeiro deve incluir questões sobre os hábitos
relacionados ao funcionamento do sistema digestório e
aos sinais e sintomas manifestados.
Roteiro para coleta de alguns dados:
Hábito alimentar: número de refeições
diárias, tipos de alimentos ingeridos,
preferências e aversões alimentares,
intolerância a alimentos, e outros.
Alteração de peso: peso corporal
habitual, se o peso aumentou ou diminuiu
TÉCNICAS DE EXAME DO ABDÔMEN
ultimamente e em quanto tempo.
Dor – tipo, intensidade, propagação para Para um exame sistematizado do abdome, utilizam-se as
outras regiões, sinais e sintomas técnicas propedêuticas, obedecendo à sequência:
associados, fatores que a precipitam ou inspeção, ausculta, percussão e palpação.
que a melhoram e pioram.

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Inspeção: a observação da forma, simetria e Os sons produzidos pela percussão são descritos como
características da pele da superfície do abdome, timpânicos, hipertimpânicos, maciços ou submaciço.
incluindo outros acidentes anatômicos como
abaulamentos, retrações, cicatrizes, circulação
colateral, hérnias e movimentos peristálticos visíveis
na parede.
Tipos de abdômen:
Plano e simétrico - Globoso - Batráquio -
Escavado - Avental
Ausculta: a avaliação dos ruídos intestinais,
denominados ruídos hidroaéreos, que são decorrentes
dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar
A palpação do abdome pode ser superficial e
e líquidos ao longo das alças intestinais, constitui a
profunda, e auxilia na determinação do tamanho,
principal finalidade da ausculta abdominal.
forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos,
Quando presentes, os ruídos hidroaéreos devem ser
além da identificação de massas e acúmulo de fluidos.
descritos quanto à frequência e intensidade.
Os quatro quadrantes devem ser palpados em sentido
Ruídos hipoativos: podendo estar inaudíveis horário, reservando-se para o final do exame aquelas
em distúrbio eletrolítico, em pós-operatório áreas previamente mencionadas como dolorosas ou
de cirurgia abdominal, no íleo paralítico, na sensíveis.
peritonite, na isquemia do cólon e na
obstrução intestinal avançada. Palpação superficial: pressiona-se de forma
Ruídos hiperativos: são ruídos altos, sonoros, delicada a superfície do abdome, em
em gargarejo ou tinidos que refletem aproximadamente 1 cm, com movimentos
hipermotilidade e acompanham quadros de suaves e em sentido horário, evitando-se
diarreia, uso de laxantes ou na fase inicial da golpes súbitos.
obstrução intestinal. Palpação profunda: a parede do abdome é
A percussão direta ou indireta do abdome auxilia na deprimida em profundidade
determinação do tamanho e da localização de (aproximadamente 5 cm) a cada expiração,
vísceras sólidas e na avaliação da presença e procurando-se perceber, com maior pressão
distribuição de gases, líquidos e massas. dos dedos.

Percussão direta: é realizada utilizando-se PROCEDIMENTOS ESPECIAIS


uma das mãos, ou os dedos, a fim de
estimular diretamente a parede do abdome Sinal de Murphy: deve ser pesquisado quando
por meio de tapas. a dor ou a sensibilidade no quadrante
Percussão indireta: coloca-se a mão não superior direito sugerir colecistite.
dominante estendida sobre o abdome e, com Sinal: dor intensa no ponto pressionado e
o dedo médio da mão dominante, flexionado e interrupção súbita da inspiração.
usado como se fosse um martelo, percute-se
sobre um dedo da mão estendida.

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Sinal de Jobert: surge quando a percussão da Entrevista: deve-se investigar os dados que
linha axila média sobre a área hepática podem auxiliar na resolução de possíveis
produz sons timpânicos ao invés de maciços. queixas abdominais relacionadas à
Indica ar livre na cavidade abdominal disfunção miccional, como:
por perfuração de víscera oca. Queimação, dor, urgência ou hesitação
para urinar;
RETO, CANAL E ORIFÍCIO ANAL Hematúria;
Cor e odor da urina alterados;
A inspeção e a palpação são os passos da propedêutica Dores nas costas do lado direito ou
utilizados nesses segmentos. esquerdo ;
Perdas urinárias aos esforços (tossir,
Inspeção:
espirrar, carregar peso);
Com as mãos enluvadas o profissional
Necessidade de acordar frequentemente à
segura e afasta as nádegas.
noite para urinar.
O paciente é orientado a fazer força para
Inspeção: pode-se observar:
baixo (como se fosse evacuar).
Abaulamentos localizados no flanco e na
Para que o examinador possa inspecionar
fossa ilíaca correspodente, em caso de
o esfíncter anal e detectar possíveis
grandes aumentos dos rins (hidronefrose
alterações.
e tumores);
Palpação:
Presença de abaulamentos bilaterais
Com as mãos enluvadas o profissional
típicos nos casos de rins policísticos;
deve pesquisar formações tumorais e
Coloração, o aspecto e o odor da urina;
hipersensibilidade.
Edema periorbital, sacral e de
É importante que o paciente seja avisado
extremidades;
sobre os passos do exame a ser realizado
Mudança na coloração e turgescência da
e de que, durante esse procedimento,
pele;
poderá sentir desejo de evacuar pelo
Hálito urêmico, alterações do peso e do
estímulo causado na área.
volume urinário.
sistema urinário Percussão: os rins não são delimitáveis pela
percussão dígito-digital, mas, nos processos
A avaliação do sistema urinário e renal é realizada por inflamatórios agudos, renais e perirrenais, a
meio da entrevista e do exame físico (inspeção, percussão pesquisa por meio de punho-percussão é de
e palpação). grande valia para determinar alguns dados
sindrômicos.
Sinal de Giordano: é positivo na presença
de dor e negativa na ausência.

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A inspeção estática envolve os seguintes aspectos:


Palpação: algumas técnicas, como as
Número de mamas;
descritas a seguir, auxiliam na avaliação
Localização das mamas;
quanto a forma, tamanho e presença de
Divisão da mama: a mama deve ser dividida
massas e líquido.
topograficamente em quadrantes.
Método de Devoto: coloca-se uma mão
Forma: globosa, periforme, discoide e pendente.
contrária ao rim a ser examinado,
Mamilos: protuso, semiprotuso, pseudoumbilicado,
exercendo pressão de trás para a frente,
umbilicado e hipertrófico.
enquanto a outra mão, espalmada sobre o
abdome abaixo do rebordo costal,
procura sentir e pinçar o polo inferior do
rim na sua descida inspiratória.
Método de Israel: o paciente é
posicionado em decúbito lateral, oposto
ao lado do rim que será palpado. A coxa
Na inspeção dinâmica, solicita-se que a mulher eleve os
correspondente ao órgão que vai ser
braços e, depois, coloque as mãos no quadril.
examinado deverá ficar fletida sobre a
bacia, e o outro membro deverá Realiza-se movimentos e contrações musculares para
permanecer em extensão. E repete-se o diante, podendo fazer também pressão com as palmas das
mesmo movimento realizado no método mãos para facilitar a compressão do músculo peitoral
de Devoto. maior.
Na palpação da bexiga deve ser Realiza-se movimentos e contrações musculares para
prosseguida após ele ter urinado. Inicia- diante, podendo fazer também pressão com as palmas das
se a aproximadamente 2 cm da sínfise mãos para facilitar a compressão do músculo peitoral
púbica, onde o enfermeiro pode sentir maior.
uma região firme e lisa.
EXAME DA GENITÁLIA EXTERNA
sistema genital feminino
Para a realização do exame da genitália e do exame
O exame físico dos genitais deve ser realizado em ginecológico, a posição ginecológica ou de litotomia é a
ambiente limpo e organizado, com temperatura constante mais adequada.
e luminosidade adequada.
A privacidade é essencial em respeito à exposição do
corpo, à manutenção da atitude profissional e ao
desempenho rápido, eficiente e gentil do examinador.

EXAME DAS MAMAS

A inspeção estática deve ser realizada na mulher com os


membros superiores ao longo do corpo, sentada, tronco O esvaziamento prévio espontâneo da bexiga é
desnudo, voltada para o examinador e para a fonte de luz. importante para o relaxamento durante o exame.

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Inspeção da genitália externa: deve-se


inspecionar estaticamente toda a vulva, o
períneo e o monte púbico ou de Vênus.

sistema genital masculino


Para a realização do exame físico da genitália masculina,
é necessária a completa exposição da região da virilha.
É conveniente também que o paciente esteja despido e o
examinador sentado a sua frente. Caso não seja possível o
paciente pode ser colocado na posição supina.

Clitóris: tamanho e forma; EXAME DO PÊNIS


Meato uretral: presença de secreção;
Grandes e pequenos lábios: simetria, 1. Deve-se iniciar observando a distribuição dos pelos
coloração, integridade do tecido, púbicos.
presença de secreção; 2. Deve-se observar o tamanho e a forma do pênis.
Introito vaginal: em mulheres que nunca 3. Passa-se à palpação de toda a extensão do pênis.
tiveram relação sexual, este se apresenta 4. O paciente deve ser orientado quanto ao acúmulo de
recoberto pelo hímen. esmegma (secreção normal), que pode ocorrer no caso
Exame especular: deve preceder o toque de higiene deficiente.
vaginal.
EXAME DO ESCROTO E VIRILHA
1. Paciente em posição ginecológica, com
bexiga vazia; 1. Deve- -se observar a presença de edema, zonas de
2. Proceder à colocação das luvas; despigmentação, lesões ou cistos.
3. Expor o introito vaginal afastando as 2. O exame da virilha é realizada procurando-se
formações labiais com os dedos da mão hérnias, pedindo ao paciente para tossir ou realizar
esquerda; algum esforço e observando o aparecimento de
4. Introduzir o espéculo com a mão direita; qualquer alteração.
5. Procede-se a rotação no sentido horário,
para a abertura das valvas.
Avaliam-se, no exame especular
Canal vaginal: amplitude, comprimento,
distensibilidade e superfície.
Colo uterino: forma, volume, superfície,
orifício externo e direção.

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aparelho locomotor A força muscular pode ser avaliada


solicitando-se ao paciente algumas
O exame do sistema musculoesquelético emprega as atividades: aperto de mão, extensão do
técnicas de inspeção, palpação óssea, palpação dos bíceps, flexão do braço e palpação do
tecidos moles por segmentos, grau de mobilidade e exame músculo.
de força motora e sensibilidade (neurológico). Escala para a avaliação da força
muscular:

Mobilidade: ativa ou passiva.


Palpação nas articulações:
Devem ser valorizados os dados de identificação, Palpação de partes moles: avalia-se as
principalmente quanto a: queixas álgicas, as intumescências, a
Idade: existem doenças comuns em determinadas natureza de qualquer edema, o gradiente
fases da vida; térmico, o tônus muscular, a consistência
Sexo: certas doenças acometem com maior frequência e o contorno de cada músculo, além da
o sexo masculino do que o sexo feminino, e o contrário rigidez articular, verificando se há dor e
também. se existe ou não sensibilidade na região.
Raça: a anemia falciforme é predominante na raça Palpação da parte óssea: procura avaliar
negra. as protuberâncias, a forma, as
Profissão: existem doenças musculoesqueléticas deformidades, a presença de estalidos e
relacionadas ao trabalho, que no Brasil tornaram-se crepitação, a perda de continuidade
conhecidas como Lesões por esforço repetitivo (LER) óssea e as áreas doloridas.
ou doença do trabalho (DOT).
exame neurológico
Inspeção: pode-se verificar a simetria dos
O exame do neurológico segue os seguintes aspectos:
membros inferiores e superiores, da coluna e
Anamnese neurológica;
da pelve.
Avaliação resumida do estado mental;
Exame estático: pela anatomia de
Distúrbios das funções cerebrais superiores;
superfície, comparando cada área
Inspeção e avaliação do nível de consciência, das
bilateralmente, sempre no sentido
pupilas, da coluna, do equilíbrio, da função motora, da
cefalocaudal.
função sensitiva, da função cerebelar (coordenação),
No sistema muscular, deve ser percebida
dos reflexos superficiais e profundos e dos nervos
a capacidade do paciente em mudar de
cranianos.
posição, sua força e coordenação motora,
além do tamanho dos músculos
individuais. 26
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ANAMNESE NEUROLÓGICA Despertar: a capacidade de abrir os olhos e


de despertar indica o estado de alerta ou de
A história da doença atual deve incluir fatos como início e vigília da pessoa examinada.
modo de instalação e evolução, alterações do ritmo de Mediado pelo sistema reticular ativador
sono, perdas de consciência, possíveis acidentes e ascendente (SRAA).
traumatismos, cirurgias, parasitoses, alergias e doenças Conteúdo da consciência: abrange o conjunto
venéreas. integrado e dinâmico de funções mentais
AVALIAÇÃO RESUMIDA DO ESTADO MENTAL, (Capacidade cognitiva e afetiva do indivíduo
- linguagem, memória, crítica, humor, etc)
Deve-se avaliar a orientação alopsíquica, a memória e a que possibilita a pessoa estar ciente de si,
linguagem. perceber e interagir com o meio ambiente.
Para essa avaliação, utiliza-se o Mini-Mental State
Examination.
Orientação temporal (0-5): ano, estação, mês e dia do mês
e da semana.
Orientação espacial (0-5): estado, rua, cidade, local e
andar.
Registro (0-3): nomear pente, rua e caneta.
Cálculo (0-5): por exemplo, subtrair 7: 100-93-86-79-72-65.
Evocação (0-3): três palavras anteriores: pente, rua e
caneta.
Linguagem 1 (0-2): nomear um relógio e uma caneta.
EXAME DAS PUPILAS
Linguagem 2 (0-1): repetir: nem aqui, nem ali e nem lá.
Linguagem 3 (0-3): siga o comando: pegue o papel com a O exame das pupilas deve ser realizado observando-se o
mão direita, dobre-o ao meio e coloque-o em cima da mesa. diâmetro, a simetria e a reação à luz.
Linguagem 4 (0-1): ler e obedecer: feche os olhos.
Pupilas isocóricas: com o mesmo diâmetro.
Linguagem 5 (0-1): escrever uma frase completa.
Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho.
- A pontuação normal deve estar entre 27 e 30.
- Pontuações abaixo de 23 são consideradas anormais.
Pupilas anisocóricas: uma pupila maior do
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA que a outra.

O nível de consciência é o indicador mais sensível de


disfunção cerebral que pode ser resultante de alterações
Pupilas mióticas: pupilas contraídas e não
encefálicas estruturais ou metabólicas.
fotorreagentes.
A consciência trata-se da capacidade da pessoa reagir
quando está em perigo ou de interagir para satisfazer
suas necessidades biológicas e psicossociais.
Pupilas midriáticas: pupilas dilatadas.
O fenômeno da consciência é dividido em dois
componentes: o despertar e o conteúdo de consciência.

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ESTÍMULOS AUDITIVOS E TÁTEIS Escala de Coma de Glasgow (ECG): tem sido


amplamente utilizada para determinar e
Estímulos verbais, ruídos e dor são utilizados para a avaliar a profundidade e a duração do coma
obtenção de respostas, que podem ser abertura dos olhos, e prognosticar a evolução dos pacientes com
verbalização e/ou movimentação. ou sem trauma craniencefálico.
Estímulo auditivo: se inicia com o tom de voz
normal. Ao obter a resposta verbal do
paciente, o enfermeiro deve avaliar o nível
de orientação, bem como a função cognitiva.

EXAME DO EQUILÍBRIO
Estímulo tátil: inicia-se com um leve toque no
O equilíbrio estático é o mecanismo responsável por nos
braço do paciente, chamando-o pelo nome; se
manter de pé inclui o sistema proprioceptivo (cordão
não responder, o estímulo doloroso deve ser
posterior), a visão, o sistema vestibular e cerebelar, além
aplicado.
da integridade dos sistemas osteoarticular e muscular.
Modo de pesquisar:
1. Paciente em pé, com pés unidos e mãos juntas à coxa,
olhos abertos e depois fechados.
2. O sinal de Romberg indica que há lesão no cordão
posterior, se ao fechar os olhos, o paciente oscilar e
cair sem direção.
Entre a consciência e o coma há vários estados TESTE DE ROMBERG
intermediários de alteração da consciência,
representando depressões menores ou maiores do sistema
reticular ativador ascendente e/ou do córtex cerebral.

Paciente consciente: é aquele que está


acordado, alerta, que responde
adequadamente ao estímulo verbal e que
está orientado no tempo e no espaço.
Indivíduo em coma: está em sono profundo,
inconsciente, com os olhos fechados, não
emite som verbal, não interage consigo ou
com o ambiente.
OLHOS OLHOS
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ABERTOS FECHADOS
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3. Na lesão cerebelar, o paciente balança e cai para o A técnica utilizada para a avaliação da força muscular
lado da lesão, com instabilidade do tronco. depende do nível de consciência do paciente.
4. Na lesão do sistema vestibular, ocorre queda para o
Indivíduo consciente: pede-se para que o
lado da lesão após um período de latência, de relativa
mesmo estenda os membros superiores e
lentidão e de constância da direção do desvio, se não
aperte as mãos do avaliador. O aperto em
houver alteração na posição da cabeça.
cada mão deverá ser forte, firme e igual.
Equilíbrio dinâmico: Nos membros inferiores pede-se ao
1. Solicita que o paciente caminhe normalmente; paciente que deite sobre a cama,
2. A princípio, em marcha normal; depois, nas pontas estendendo e flexionando, bem como
dos pés; e, enfim, nos calcanhares, andar elevando e abaixando, um membro de
rapidamente, voltar rapidamente, ir para a frente e cada vez.
para trás; Deve-se, também, observar o modo de
caminhar do paciente, os movimentos de
balanço dos braços e a firmeza na
deambulação.
Indivíduo inconsciente: é aplicado o estímulo
doloroso e avaliada a resposta motora,
considerando, principalmente, sinais de
decorticação e de descerebração..

AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS SUPERFICIAIS

Reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de


qualquer natureza.
Reflexo cutâneo plantar: pesquisa-se
AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR estimulando a região plantar próximo à
borda lateral. A resposta normal é a flexão
O tônus muscular é avaliado palpando-se grupos dos dedos.
musculares tanto em repouso como em sua
movimentação ativa.
As alterações no tônus incluem:
Flacidez: reflete lesões no neurônio motor inferior;
Espasticidade está associada a lesões no neurônio
motor superior;
Rigidez, a lesões de gânglios basais.
Reflexo cutâneo abdominal: o examinador
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR estimula o abdome no sentido da linha
mediana em três níveis: superior, médio e
A avaliação da função motora mede a força dos membros inferior. A resposta normal é a contração dos
superiores e inferiores, com a finalidade de verificar a músculos abdominais.
dependência ou independência do paciente para realizar
atividades diárias.
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AVALIAÇÃO DO NERVOS CRANIANOS V par de nervos cranianos (Nervo trigêmeo):


Para verificar a sensibilidade, o
É necessário que o paciente esteja consciente e examinador deve instruir o paciente a
colaborativo, a fim de se verificar, de modo objetivo, as fechar os olhos.
alterações das funções dos nervos cranianos. Com uma gaze, toca a fronte do indivíduo,
seu queixo e a face lateral do rosto,
comparando sempre as duas metades do
rosto.
O paciente deve descrever que tipo de
toque lhe está sendo feito.
VII par de nervos cranianos (Nervo facial):
O examinador avalia a simetria dos
movimentos faciais enquanto o paciente
sorri, assobia, franze as sobrancelhas e
I par de nervos cranianos (Nervo olfatório):
cerra as pálpebras.
durante o exame físico, devem-se observar
Testa-se, ainda, a diferenciação entre
possíveis obstruções das vias nasais. Com os
doce e salgado, examinando, dessa forma,
olhos fechados, o paciente deve identificar
a sensibilidade gustativa da língua.
odores familiares (café, cravo-da-Índia,
limão, sabonete). VIII par de nervos cranianos (Nervo
Cada narina deve ser testada vestibulococlear):
separadamente. No exame da acuidade auditiva, deve-se
cobrir um dos condutos auditivos e testar
II par de nervos cranianos (Nervo óptico):
a audição por meio do som de um relógio,
responsável pela visão.
um sussurro ou estalar dos dedos. O
Para avaliar o campo visual, o paciente
paciente deve estar apto a ouvir o som e a
deve cobrir um dos olhos, fixando seu
fazer a sua diferenciação.
olhar no nariz do examinador.
A avaliação de equilíbrio instruie o
Este, por sua vez, move o seu dedo na
paciente para que fique de olhos fechados
frente do paciente, do campo temporal ao
e em pé, com as pernas aproximadas,
campo nasal.
posicionando os braços e as mãos
O paciente deverá informar quando
paralelamente ao corpo. A posição é
estiver visualizando o dedo do
mantida por 10 segundos, sem perder o
examinador
equilíbrio. Logo em seguida, o paciente é
III, IV e VI pares de nervos cranianos (Nervos
orientado a assumir a posição normal
oculomotor, troclear e abducente): distúrbios
para andar, unindo o calcanhar de um pé
desses nervos podem provocar dilatação
com o dedo do outro, e dar 10 passos.
pupilar, com perda do reflexo luminoso
IX par de nervos cranianos (Nervo
hemilateral, alteração do movimento ocular,
glossofaríngeo):
diplopia (visão dupla), paralisia do olhar,
O paciente deve ser instruído para que
ptose palpebral (queda da pálpebra) e
abra a boca e diga “ah”. Observa-se a
nistagmo (abalo rítmico do globo ocular).
elevação e a contração do palato mole e
da úvula. 30
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Avalia-se o reflexo de deglutição,


percebendo sinais de disfagia.
Deve-se anotar alguma dificuldade de
fonação e articulação de palavras.
É importante avaliar a capacidade do
paciente de discriminar entre o gosto
doce e o salgado no terço posterior da
língua.
X par de nervos cranianos (Nervo vago):
No caso de lesão unilateral do vago, as
funções vegetativas não são
comprometidas.
O examinador deve tocar a parte
posterior da língua com um abaixador, ou
estimular a faringe posterior para
desencadear o reflexo de vômito.
O examinador deve tocar a parte
posterior da língua com um abaixador, ou
estimular a faringe posterior para
desencadear o reflexo de vômito.
XI par de nervos cranianos (Nervo acessório):
O examinador deve avaliar a capacidade
do paciente de encolher os ombros e de
fazer rotação com a cabeça contra uma
resistência imposta.
XII par de nervos cranianos (Nervo
hipoglosso):
A força da língua é testada pedindo-se ao
paciente para que empurre sua ponta
contra a bochecha, para ambos os lados,
contra resistência do dedo do
examinador.
Deve-se observar a presença de desvio,
atrofia ou tremores na protusão da
língua.

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DANIELLY XAVIER
NATÁLIA PORTO
ÍTALO SABINO
POR:
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