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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
SAÚDE DA MULHER
O monte púbico (ou de Vênus) é uma elevação firme e acolchoada de tecido adiposo;
está recoberta por pelos pubianos.
Os grandes lábios são duas pregas arredondadas de tecido adiposo recobertas por pele.
A superfície externa é recoberta com pelos pubianos. A superfície interna possui folículos
sebáceos, a mucosa é úmida, lisa e rosada.
Os pequenos lábios são duas pregas de pele, de aparência mucosa, rosada e lisa. Na
frente se unem, formando o prepúcio do clitóris. Atrás, os pequenos lábios diminuem de
largura e se unem em uma comissura chamada fúrcula.
O Clitóris é uma projeção em forma de ervilha, de tecido erétil, com nervos e vasos
sanguíneos. É altamente sensível à estimulação tátil, sendo importante para excitação sexual da
mulher.
A abertura externa da uretra, o óstio uretral, está localizado entre o clitóris e a vagina.
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As glândulas uretrais de Skene são múltiplas e circundam o orifício da uretra. A
ejaculação acontece no clímax do contato íntimo e o líquido é liberado através do canal da
uretra pelas glândulas de Skene.
Tipos de hímen
A genitália interna.
Órgãos internos estão no interior da pelve e consistem dois ovários, tubas uterinas,
útero e vagina.
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Os Ovários
São órgãos pares localizados na cavidade pélvica. Produzem os óvulos e secretam
estrogênio e progesterona.
Tubas uterinas
As duas tubas uterinas, ou trompas de Falópio, encaminham os óvulos liberados na
superfície dos ovários até o útero. É na luz das tubas uterinas que ocorre a fertilização.
Corpo do Útero
Compreende os dois terços superiores do órgão e aparece no sentido anteroposterior. O
corpo do útero tem 3 camadas. A camada interna ou de revestimento chamada endométrio. A
serosa que é a camada de tecido que cobre a parte externa do útero e uma parte medial,
camada espessa de músculo que é o miométrio. Esta camada muscular é necessária durante o
parto.
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Istmo do Útero
Porção mais estreita, de forma cilíndrica, mais inferior.
Anatomia Externa
Mamilo: é uma pequena projeção que contém uma coleção de ductos provenientes das
glândulas secretoras;
Aréola: área pigmentada que circunda o mamilo, pode variar de tamanho e cor. A aréola possui
glândulas sudoríparas (suor), para manter a temperatura da pele, glândulas sebáceas (sebo),
para manter os mamilos lubrificados e limpos e o folículo piloso, localizado ao redor da aréola e
forma pequenas proeminências chamadas de glândulas de Montgomery;
Pele: é composta por tecido de sustentação e revestimento que protege a glândula mamária.
Anatomia Interna
Lobos – é o conjunto de vários lóbulos;
Lóbulos – conjunto de vários alvéolos;
Alvéolos – unidade funcional da mama onde encontramos as células produtoras do leite;
Ductos – são vasos que conectam os alvéolos de um lóbulo até a ampola;
Ampola ou seio lactífero – reservatório de leite;
Ligamento de Cooper – tecido fibroso que promove a sustentação das glândulas mamárias.
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Tipos de mamilos
Fisiologia
PROLACTINA
REFLEXO DE PRODUÇÃO DE LEITE
✔ Faz os alvéolos produzirem leite;
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✔ Faz a mãe sentir-se relaxada e confortável;
✔ Os níveis sobem quando o bebê suga;
✔ Mais prolactina é produzida à noite;
✔ Suprime a ovulação.
OCITOCINA
O ciclo menstrual
O ciclo menstrual se caracteriza por uma ordenada sequência de eventos que ocorre
pela interação dinâmica e cíclica no eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Essa interação inclui a
produção de hormônios e alterações morfológicas em diversos órgãos, especificamente na
genitália interna feminina, que resultam na ovulação e no preparo do útero para um possível
processo de implantação embrionária.
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Sob ação dos hormônios ovarianos produzidos por estímulo da hipófise, o endométrio
sofre modificações estruturais cíclicas que constituem o ciclo menstrual.
Dessa forma, para melhor compreensão, o ciclo menstrual pode ser dividido em dois
segmentos: ciclo ovariano e ciclo uterino.
O ciclo ovariano pode ainda ser dividido em duas fases: folicular e lútea. Já o ciclo
uterino pode ser dividido em três fases: endométrio proliferativo, endométrio secretor e
endométrio menstrual.
Quando ocorre a menstruação, depois da queda dos níveis de estrogênio e progesterona,
inicia-se um novo ciclo menstrual, com o aumento do hormônio folículo-estimulante (FSH) e
hormônio luteinizante (LH).
Menstruação
É a descamação do endométrio pela privação hormonal.
► Sangue venoso e sangue arterial se misturam e se mantêm por dois ou três dias.
► Para evitar perda excessiva de sangue, as prostaglandinas estimulam a contração uterina.
► Novos folículos vão sendo estimulados pela ação do FSH.
*Quando ocorre a nidação, o útero produz hormônio HCG, que estimula o ovário a
produzir estrogênio e progesterona, que estimulam a hipófise a inibir a liberação de FSH e LH,
suspendendo o ciclo menstrual.
DISTÚRBIOS DA MENSTRUAÇÃO
Existem variações individuais que não são patológicas, entretanto, é preciso estar atento
caso ele se encurte ou se alongue excessivamente, ou quando a ovulação avança ou se retarda.
Nas adolescentes os ciclos anovulatórios são comuns, assim como na fase de menopausa. A
perda sanguínea média é de aproximadamente 100 a 150 mL.
Classificação
Quanto à duração:
► Hipermenorreia: quando a menstruação dura mais de 5 dias.
► Hipomenorreia: quando a menstruação dura menos de 2 dias.
Quanto à quantidade:
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► Menorragia: hemorragia durante o período menstrual (alterações endócrinas, tumores,
etc.).
► Oligomenorreia: diminuição da quantidade do fluxo menstrual.
Quanto ao intervalo
► Polimenorreia: ocorrência de ciclos a cada 15 dias (em geral anovulatórios);
► Menóstase: suspensão brusca da menstruação, antes do tempo normal;
► Metrorragia: hemorragia fora do período menstrual (geralmente associada a patologias).
O CLIMATÉRIO E A MENOPAUSA
Ocorre dos 45 aos 60 anos, provavelmente quando se esgota o estoque ovariano de
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folículos. Durante este período ocorre a última menstruação: menopausa (no Brasil entre 48 e
50 anos). A expectativa de vida para 2022 alcançou 80 anos.
Climatério
Em geral o esgotamento de folículos ovarianos se faz por etapas resultando no
espaçamento das menstruações ou períodos grandes de amenorreias. O esgotamento ovariano
repercute diretamente sobre o útero e ocasiona reações hipofisárias.
O endométrio pode produzir fenômenos hemorrágicos anovulatórios – metrorragias da
“síndrome pós-menopausa”, até a sua atrofia. A vagina se atrofia lentamente. Seu epitélio fica
reduzido a uma camada basal e o meio se torna alcalino, mais vulnerável a infecções.
Menopausa
► Repercussões clínicas (alterações da pele, esqueleto, mucosas, metabolismo lipoproteico, e
função emocional;
► Fogachos, suores e sufocações (queixas mais predominantes e penosas);
► Vaginite atrófica, prurido vulvar;
► Dispareunia;
► Alterações na libido;
► “Nervosismo” intenso, irritação, insônia, fadiga, choro, medo;
► Pele seca e pouco elástica, fragilidade e queda de cabelos;
► Urgência urinária;
► Alteração de memória;
► Osteoporose e doenças cardiovasculares.
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Riscos da TRH
► Câncer de endométrio (estrogênio sem progesterona associada);
► Câncer de mama;
► Doença tromboembólica;
► Hipertensão.
Sistematização do atendimento
► Atividades clínicas e educativas;
► Propedêutica da síndrome climatérica;
► Atentar para histórico familiar de câncer, obesidade, diabetes e hipertensão;
► Identificar doenças crônicas, como as cardiovasculares;
► Realizar rastreamento de câncer;
► Propedêutica da osteoporose: alimentação e exercícios físicos.
Puberdade
Tem início em diferentes idades em função do clima, sexo, hereditariedade, cultura.
Caracteriza-se pela maturação dos folículos ovarianos e liberação de estrógenos que provocam
as modificações morfológicas no organismo. Com a maturação da córtex cerebral, o hipotálamo
lança os “hormônios liberadores” que estimulam a hipófise anterior a liberarem as
gonadotrofinas FSH e LH.
Outros hormônios hipofisários, como o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), atuam
sobre a supra-renal provocando o aparecimento de pilosidade. O hormônio somatotrófico STH,
atua sobre a estatura. O hormônio tireoestimulante TSH, estimula a tireoide. Podemos
classificar de puberdade precoce quando a menstruação ocorre antes dos 9 anos, e a
puberdade tardia quando ocorre após os 16 anos. Os ovários sofrem sucessivos impulsos de
maturação de folículos até que um deles atinge a maturidade e ocorre a ovulação, é o fim da
puberdade.
Adolescência
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência começa aos 10 e vai até os 19
anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos,
onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. No mundo todo,
hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase 20% da
população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes, 21,84% da
população total do país.
O endométrio, exposto a maturação ovariana, pode sofrer descamação (menarca),
mesmo antes da ovulação. São regras puberais anovulatórias que tem como característica a
irregularidade na duração e no volume. Os estrogênios provocam modificações na mucosa
vaginal que se espessa pouco a pouco. A vagina da jovem contém mucosidade espessa e branca
caracterizada por leucorreia funcional.
A protrusão dos mamilos é o fenômeno mais precoce em relação a caracteres
secundários (deposição de gordura nos quadris e tórax; pelos pubianos e axilares; alargamento
do quadril); mudança de entonação da voz; desenvolvimento e maturação de ovários, útero,
trompas e vagina).
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Cuidados de saúde
Em geral, as adolescentes não precisam de tratamento de pequenas queixas e
orientação em relação à saúde geral e educação sexual.
Não há necessidade de se procurar assistência médica apenas porque a menina entrou
na adolescência.
- Atividade sexual;
- Suspeita de IST;
- Suspeita de gravidez;
- Sangramento anormal;
- Puberdade anormal;
- Abuso sexual;
- Dor abdominal ou pélvica.
- Atividade sexual;
- Anticoncepção;
- Gravidez e suas consequências;
- Desenvolvimento físico;
- IST;
- Drogas;
- Higiene corporal e atividade esportiva.
- Distúrbios menstruais;
- Leucorreias;
- Dismenorreias;
- Dor pélvica;
- Queixa relacionada ao desenvolvimento mamário.
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Endometriose
► A endometriose é uma doença crônica, caracterizada por lesões benignas com células
semelhantes àquelas que revestem o útero, que crescem de maneira anormal na cavidade
pélvica, fora do útero.
► Observa-se alta incidência entre clientes que têm filhos em uma idade mais avançada e
aquelas com menos filhos. Em geral, é encontrada em mulheres nuliparas, entre 25 e 35
anos de idade e em adolescentes, particularmente aquelas com dismenorreia que não
responde aos anti-inflamatórios não esteroides nem aos contraceptivos orais. Parece existir
uma predisposição familiar à endometriose.
► Trata-se de uma importante causa de dor pélvica crônica e infertilidade.
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
► Os sintomas variam, mas incluem dismenorreia, dispareunia e desconforto ou dor pélvica
(alguns clientes não apresentam nenhuma dor).
► Podem ocorrer disquezia e irradiação da dor para as costas ou para as pernas.
► Em consequência, podem ocorrer depressão, incapacidade de trabalhar devido à dor e
dificuldades nos relacionamentos pessoais.
► Pode ocorrer infertilidade.
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Avaliação e achados diagnósticos
► É necessário obter uma história de saúde, incluindo um relato do padrão menstrual, para
identificar os sintomas específicos. No exame pélvico bimanual, nódulos hipersensíveis
fixos são palpados eventualmente, e a mobilidade uterina pode ser limitada, indicando
aderências.
► O exame laparoscópico confirma o diagnóstico e possibilita ao médico determinar o estágio
da doença.
Manejo clínico
► O tratamento depende dos sintomas, do desejo de engravidar da cliente e da extensão da
doença. Nos casos assintomáticos, o exame de rotina pode ser suficiente.
► Outra terapia para graus variáveis de sintomas pode incluir anti-inflamatórios não
esteroides contraceptivos orais, agonistas do hormônio de liberação das gonadotropinas ou
cirurgia.
► Com frequência, a gravidez alivia os sintomas, visto que não há nem ovulação nem
menstruação.
Terapia farmacológica
► É possível instituir medidas paliativas (p. ex., uso de medicamentos, como agentes
analgésicos e inibidores das prostaglandinas) para a dor.
► São utilizados contraceptivos orais.
► O androgênio sintético, o danazol, provoca atrofia do endométrio e amenorreia
subsequente (o danazol é de elevado custo e pode causar efeitos colaterais desagradáveis,
tais como fadiga, depressão, ganho de peso, pele oleosa, diminuição do tamanho das
mamas, acne leve, ondas de calor e atrofia vaginal).
► Os agonistas do hormônio de liberação das gonadotropinas diminuem a produção de
estrogênio e provocam amenorreia subsequente. Os efeitos colaterais estão relacionados
com os baixos níveis de estrogênio.
Manejo cirúrgico
► Laparoscopia para visualizar os implantes endometriais e liberar as aderências.
► Cirurgia com laser para vaporizar ou coagular os implantes endometriais, destruindo,
assim, o tecido.
► Outros procedimentos cirúrgicos, incluindo eletrocoagulação, laparotomia, histerectomia
abdominal, ooforectomia, salpingo-ooforectomia bilateral e apendicectomia; a
histerectomia constitui uma opção possível para algumas mulheres.
Manejo de enfermagem
► Obter história de saúde e realizar exame físico, concentrando-se em estabelecer quando e
por quanto tempo os sintomas específicos têm sido incômodos, o efeito dos medicamentos
prescritos e os planos de engravidar da mulher.
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► Explicar os vários procedimentos diagnósticos, com o objetivo de aliviar a ansiedade.
► Proporcionar apoio emocional à mulher e a seu parceiro que desejem ter filhos.
► Respeitar e abordar o impacto psicossocial do reconhecimento de que a gravidez não é
facilmente possível. Discutir alternativas, tais como fertilização in vitro ou adoção.
► Incentivar a cliente a procurar tratamento se houver dismenorreia ou padrões de
sangramento anormais.
Ovários Policísticos
► A SOP, abreviação usada para a Síndrome dos Ovários Policísticos, é um distúrbio que
interfere no processo normal de ovulação em virtude de desequilíbrio hormonal que leva à
formação de cistos. O aparecimento de cistos durante o processo de ovulação faz parte do
funcionamento dos ovários, mas eles desaparecem a cada ciclo menstrual.
► Em portadoras da Síndrome de Ovários Policísticos (SOP), esses cistos permanecem e
modificam a estrutura ovariana, tornando o órgão até três vezes mais largo do que o
tamanho normal. A disfunção pode levar à secreção de hormônios masculinos
(androgênios) em excesso. A portadora da síndrome ovula com menor frequência e tem
ciclos, em geral, irregulares. Calcula-se que a SOP afeta 20% das mulheres durante a fase de
vida reprodutiva.
ORIGEM DA SOP
Os fatores que levam ao desenvolvimento da SOP não são totalmente conhecidos, mas
ela tem origem genética, em parte, pois irmãs ou filhas de uma mulher portadora do distúrbio
tem 50% de chance de desenvolvê-la. Tudo indica que sua origem está associada com a
produção da insulina em excesso pelo organismo. O aumento da quantidade dessa substância
no sangue (a hiperinsulinemia) provocaria o desequilíbrio hormonal.
DIAGNÓSTICO
► Critérios clínicos;
► Níveis de testosterona, FSH, prolactina e TSH;
► Ultrassonografia pélvica.
TRATAMENTOS
► É uma síndrome que pode ser controlada por medicamentos. Estes variam de acordo com o
quadro de sintomas da paciente e suas complicações. A utilização de anticoncepcionais
hormonais como pílulas, anéis vaginais, implantes protegem os ovários contra a formação
dos microcistos e diminuem os níveis de hormônios masculinos e de insulina. Mulheres que
planejam engravidar também devem utilizar anticoncepcionais hormonais, em um primeiro
momento do tratamento, para regularizar a menstruação.
► A suspensão do anticoncepcional depois da regularização dos ciclos menstruais aumenta a
chance de ovulação e gravidez.
► Outra forma de intervenção para aumentar as chances de gravidez são os produtos
indutores da ovulação. Quando a portadora da SOP apresenta altos níveis de insulina, os
médicos usam medicamentos específicos para reduzir a produção dessa substância.
OUTROS CUIDADOS
► Para manter os sintomas sob controle, os médicos costumam orientar suas pacientes sobre
a manutenção de dietas mais leves, especialmente quando elas apresentam obesidade,
acompanhada da prática de exercício físico, que beneficia todas as portadoras da SOP. E,
dependendo do caso, tratamentos cosméticos com dermatologista.
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Miomas uterinos
O que são?
• Miomas são tumores uterinos benignos formados por tecido muscular.
• Acometem as mulheres principalmente na fase reprodutiva da vida.
• A causa é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais,
diminuindo de tamanho após a menopausa.
• Podem ser únicos ou múltiplos e desde bem pequenos até atingir enormes volumes.
Sintomas:
• A grande maioria dos miomas não provoca sintomas.
• Alguns provocam aumento do fluxo menstrual, muitas vezes com coágulos, podendo
resultar em anemia.
• Outro sintoma importante é o aumento do volume abdominal.
• Às vezes, mulheres magras parecem grávidas por causa do aumento do abdômen
provocado pelo crescimento do mioma; dor pélvica é mais um sintoma frequente.
• Alguns sintomas compressivos podem ocorrer, tais com:
Diagnóstico:
• O diagnóstico pode ser realizado pelo exame físico, mas a ecografia pélvica transvaginal
confirma o diagnóstico e exclui outras patologias.
Tratamento:
• O tratamento deve ser individualizado, dependendo da presença ou não de sintomas
importantes e da idade da paciente.
• Na conduta, deve-se controlar o crescimento do mioma.
• O tratamento pode ser medicamentoso ou através de cirurgia: miomectomia (retirada só do
mioma) ou histerectomia (retirada de todo o útero).
Cuidados de enfermagem
A Enfermagem torna-se crucial também na atuação de esclarecimento de dúvidas da
paciente sobre efeitos que podem surgir após o tratamento cirúrgico, como por exemplo, a
diminuição da libido sexual e alterações de humor com fácil irritabilidade decorrente de
alterações hormonais, uma vez que o profissional de enfermagem acompanha diariamente e
tem um contato direto com a paciente e seu acompanhante (FARIA, 2008).
O planejamento familiar deve estar inserido de maneira integrada nos aspectos que
envolvem a saú de da mulher e ter como principal objetivo a garantia à s mulheres, assim como
aos homens, de um direito bá sico de cidadania, previsto na Constituiçã o brasileira: o direito de
ter ou nã o filhos (Brasil, 2009).
Nesse sentido, a atuaçã o dos profissionais de enfermagem na assistê ncia à
anticoncepçã o envolve, necessariamente, as atividades educativas, de aconselhamento, e as
atividades clínicas, que garantam à mulher, ao homem ou ao casal os elementos necessá rios
para a opçã o livre e consciente do mé todo que a eles melhor se adapte.
Levando em consideraçã o os seguintes aspectos:
A escolha da mulher, do homem ou do casal.
■ Fatores individuais e situacionais relacionados com os usuá rios do mé todo.
■ Características dos mé todos: eficá cia, efeitos secundá rios, aceitabilidade, disponibilidade,
facilidade de uso, reversibilidade, proteçã o à s doenças sexualmente transmissíveis (DST) e
infecçã o pelo HIV.
Método Ogino-Knaus
Conhecido como “tabelinha”, “calendá rio” ou “ritmo”, esse mé todo é indicado para
mulheres com ciclo regular e requer abstinê ncia sexual no período fé rtil.
A mulher deve ser orientada a registrar a duraçã o do seu ciclo menstrual por, pelo
menos, 6 meses e, a partir daí, deve ser calculada a diferença entre o ciclo mais longo e o ciclo
mais curto.
Caso a diferença seja superior a 10 dias, o mé todo nã o deve ser usado.
Apó s realizar a contagem e o registro da duraçã o de seis ciclos menstruais consecutivos,
o cá lculo do período fé rtil é realizado pela subtraçã o de 18 do ciclo mais curto e 11 do ciclo
mais longo.
Logo, consegue-se determinar a duraçã o do período fé rtil da seguinte maneira:
• Subtraindo-se 18 do ciclo mais curto, obtém-se o dia do inicio do período fé rtil.
• Subtraindo-se 11 do ciclo mais longo, obtém-se o dia do fim do período fé rtil.
OBS: Uma vez que o tempo mé dio de vida de um espermatozoide dentro do trato genital
feminino é de 2 a 3 dias e o ó vulo tem tempo de vida de 24-48h, o casal deve permanecer em
abstinê ncia sexual por 3 dias antes e depois da data presumida da ovulaçã o.
Exemplo: Uma mulher negra, 24 anos, realizou os registros dos seus ciclos menstruais em um
período de seis meses, conforme orientaçõ es da enfermeira em sua ú ltima consulta
ginecoló gica.
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A enfermeira deve esclarecer na consulta que ante cede o início da contagem dos ciclos
que cada mulher tem um padrã o menstrual pró prio e que pode ser alterado na presença de
doenças, estresse, depressã o, modificaçõ es no ritmo e tempo de trabalho, dentre outros
aspectos.
Apó s essa consulta, recomenda-se o primeiro retorno apó s 30 dias e retornos
subsequentes a cada seis meses.
Muco cervical
També m conhecido como mé todo de Billings, identifica o período fé rtil por meio da
auto-observaçã o das características do muco cervical e da sensaçã o por ele provocada na vulva.
No início do ciclo menstrual, o muco cervical apresenta-se mais espesso, opaco e
grumoso, o que dificulta a ascensã o dos espermatozoides pelo canal cervical.
Ao longo do ciclo, o muco cervical, sob açã o estrogê nica, torna-se transparente, elá stico,
escorregadio e fluido (semelhante à clara de ovo), produzindo na vulva uma sensaçã o de
umidade e lubrificaçã o, indicando o tempo da fertilidade, momento em que os espermatozoides
tê m mais facilidade de penetraçã o no colo uterino.
Resumidamente, as trê s fases que compreendem as características do muco cervical a
qual a mulher deve conhecer sã o:
• Fase pré -ovulató ria: seca, muco pegajoso e opaco;
• Fase ovulató ria: o muco é elá stico e lubrificante;
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• Fase pó s-ovulató ria: ocorre quatro dias apó s a fase ovulató ria, quando se inicia o período
de infertilidade.
Esse mé todo é contraindicado para mulheres que apresentam alteraçõ es psicoló gicas.
Alé m disso, cabe destacar que as principais causas de falha desse mé todo sã o: prá tica
sexual no período fé rtil, á pice do muco muito precoce, avaliaçã o confusa do muco devido à
leucorreia ou presença de sê men.
Para acompanhamento desse mé todo, é importante que as consultas sejam semanais
durante o primeiro mê s; quinzenais nos trê s meses seguintes e mensais nos seis meses
subsequentes.
Apó s esse período de acompanhamento do mé todo, recomenda-se que a periodicidade
de retorno seja semestral.
Sintotérmico
Esse mé todo baseia-se na combinaçã o de mú ltiplos indicadores da ovulaçã o, com a
finalidade de determinar o período fé rtil com maior precisã o e confiabilidade.
Ou seja, o mé todo combina a observaçã o dos sinais e sintomas relacionados com a
temperatura basal corporal e com o muco cervical, associado ainda a parâ metros subjetivos
(físicos e ou psicoló gicos) indicadores de possível ovulaçã o.
A identificaçã o do té rmino de período fé rtil deve ser realizada por meio da temperatura
corporal basal, quando, no 4°dia apó s a manutençã o da temperatura elevada (aumento entre 3
e 8°C), considerase o período infé rtil.
Para as alteraçõ es do mé todo do muco cervical, considera-se o período infé rtil a 4ª noite
apó s o á pice do muco.
Os parâ metros subjetivos relacionados com a ovulaçã o variam de uma mulher para
outra.
Contudo, na grande maioria podem ser suspeitados na presença de: dor no baixo
abdome – també m descrita como “dor no meio” (Mittelschmerz – dor à ovulaçã o), sensaçã o de
peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas (hipersensibilidade mamá ria), variaçõ es de
humor e/ou da libido.
Algumas mulheres també m apresentam queixas de sinais e sintomas, mais específicos
como: enxaqueca, ná useas, acne, aumento de apetite, ganho de peso, sensaçã o de distensã o
abdominal, sangramento intermenstrual, dentre outros.
O mé todo nã o tem eficá cia para mulheres com ciclos menstruais irregulares,
amenorreia, lactaçã o e alteraçõ es psíquicas. Para acompanhamento desse mé todo, é importante
que as consultas sejam semanais durante o primeiro mê s, quinzenais nos trê s meses seguintes,
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mensais nos seis meses subsequentes e trimestrais no decorrer de um ano.
Apó s esse período de acompanhamento do mé todo, recomenda-se que a periodicidade
de retorno seja semestral.
Ejaculação extravaginal.
També m conhecida como mé todo do “coito interrompido”, envolve a prá tica sexual na
qual o casal interrompe a penetraçã o momentos antes da ejaculaçã o.
O uso desse mé todo necessita de grande controle do homem com relaçã o ao momento
de ejacular; alé m disso, normalmente a retirada do pê nis antecipadamente deixa o casal com a
sensaçã o de ansiedade e de ato sexual incompleto.
É vá lido ressaltar que esse mé todo demonstra um elevado índice de falhas e que, com a
finalidade de minimizar os riscos, é de extrema importâ ncia que o homem urine antes de iniciar
a relaçã o sexual, na tentativa de retirar restos de sê men de relaçã o sexual anterior.
Sã o mé todos que colocam obstá culos mecâ nicos ou químicos à penetraçã o dos
espermatozoides no canal cervical, imobilizando-os e impedindo o contato com o ó vulo e,
consequentemente, a fecundaçã o.
Espermaticida
Sã o substâ ncias químicas adicionadas no canal vaginal antes do ato sexual, recobrindo
tanto a vagina como o colo do ú tero, impedindo a penetraçã o dos espermatozoides no canal
cervical e, tanto mecâ nica como bioquimicamente, imobiliza e destró i os espermatozoides. Sã o
encontradas nas formas de cremes, geleias, sprays e supositó rios.
Contudo, o produto espermaticida é a base de nono xinol9 (N9) a 2%, o que pode ainda
aumentar o risco de transmissã o sexual do HIV e outras DST, em virtude dessa substâ ncia
provocar lesõ es (fissuras ou micro fissuras) na mucosa vaginal e retal, dependendo da
frequê ncia de uso e do volume aplicado.
Para utilizar esse mé todo, é necessá rio que o profissional de enfermagem esclareça a
mulher ou o casal que o espermaticida é efetivo por um período de uma a duas horas apó s sua
aplicaçã o.
Portanto, a orientaçã o deve ser complementada quando a relaçã o sexual nã o ocorrer
dentro desse período de tempo e uma nova dose deve ser aplicada antes do coito, assim como
se deve reaplicar uma nova dose a cada relaçã o.
Nesse período devem ser evitadas as duchas vaginais, a fim de nã o comprometer a
eficá cia do mé todo.
É vá lido ressaltar que os espermaticidas sã o comumente indicados para serem usados
juntamente com o diafragma.
Diafragma
É um mé todo contraceptivo de uso feminino que consiste em um anel flexível, coberto
no centro com uma delgada membrana de lá tex ou silicone em forma de cú pula que se coloca
pela vagina cobrindo completamente o colo uterino, impedindo a penetraçã o dos
espermatozoides no ú tero e nas tubas uterinas.
A vida mé dia ú til do diafragma é em torno de trê s anos, se observadas as
recomendaçõ es do produto. Para maior eficá cia desse mé todo, antes da sua introduçã o,
recomenda-se colocar creme espermaticida na parte cô ncava.
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Entretanto, mesmo com a utilizaçã o desses mé todos de barreira, a mulher nã o se previne
contra DST.
Existem diafragmas de diversos tamanhos, sendo necessá ria a mediçã o por profissional
de saú de treinado, para determinar o tamanho adequado a cada mulher, que corresponde
exatamente ao comprimento diagonal do canal vaginal, desde a face posterior da sínfise pú bica
até o fundo do saco vaginal posterior.
O diafragma pode ser colocado minutos ou horas antes da relaçã o sexual, assim como a
mulher també m pode utilizá-lo de maneira contínua.
Nessa ú ltima modalidade, é aconselhá vel retirar o diafragma uma vez/dia, lavá-lo
(preferencialmente durante o banho, desde que esse ocorra pelo menos 6h apó s o coito) e
imediatamente recoloca-lo.
Quando nã o utilizado de forma contínua, apó s o uso, o diafragma deve ser lavado em
á gua corrente com sabã o neutro, seco e guardado no estojo pró prio.
Durante a menstruaçã o, o diafragma deve ser retirado, evitando a possibilidade de
acú mulo de sangue na vagina/ú tero, o que pode favorecer o risco de infecçã o genital.
Todavia, a remoçã o do diafragma nã o deve ser antes de um período de 6h apó s a ú ltima
relaçã o sexual, como també m nã o deve ultrapassar 24h apó s a sua inserçã o.
Seu índice de falha é inferior a 20% e durante o período de uso desse mé todo devem-se
evitar duchas vaginais (Brasil, 2002).
É contraindicado para mulheres que nunca tiveram relaçã o sexual, com diagnó stico de
cistocele* ou retocele (projeção da parede anterior do reto) acentuada, configuraçã o anormal
da vagina, desvios uterinos acentuados tanto em anteversã o como retroversã o.
Apó s a instituiçã o desse mé todo, recomenda-se que o profissional de saú de realize
consultas para acompanhamento apó s a primeira semana e retorno subsequente em um mê s;
depois, retornos anuais.
Minipílula
Sã o pílulas que contê m uma dose muito baixa de progestó genos, que promovem o
espessamento do muco cervical, dificultando a penetraçã o dos espermatozoides, alé m de
reduzir a ovulaçã o em pouco mais da metade dos ciclos menstruais.
Segundo a OMS, a minipílula inibe a ovulaçã o em aproximadamente 60% dos ciclos.
A cartela desse contraceptivo contém 35 minipílulas indicadas para mulheres que
ainda estão amamentando, pois não prejudica a amamentação ou a produção de leite.
Nas mulheres lactantes, o seu uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e devem ser
244
tomadas diariamente, sempre no mesmo horá rio e sem intervalos.
Ou seja, nã o deve haver interrupçã o entre uma cartela e outra nem durante a
menstruaçã o.
Mesmo tendo menor eficá cia, a baixa concentraçã o hormonal da minipílula é
compensada pelo efeito hormonal da lactaçã o.
Além disso, no período da lactaçã o a mulher apresenta-se com a fertilidade diminuída.
Durante a consulta, a mulher deve ser orientada quanto a possíveis alteraçõ es no padrã o
menstrual: intervalo, duraçã o e sangramentos intermenstruais.
A enfermeira também deve orientar sobre casos de vômitos dentro de uma hora
após a tomada da minipílula, quando a mulher deverá ingerir outra pílula (de outra
cartela).
Em caso de diarreia grave ou vô mitos durante mais de 24h, orientar a mulher para
continuar o uso da pílula se for possível, usar o preservativo (masculino ou feminino) ou evitar
relaçõ es sexuais até que tenha tomado uma pílula por dia, durante 7 dias seguidos, depois que a
diarreia e os vô mitos cessarem.
As contraindicaçõ es para o uso desse mé todo incluem:
• amamentaçã o com menos de 6 semanas do parto;
• câ ncer de mama atual;
• sangramento vaginal inexplicado;
• doença cardíaca isquê mica atual ou passada;
• histó ria de AVC;
• enxaqueca com aura;
• cirrose descompensada;
• hepatite aguda;
• uso de rifampicina e anticonvulsivantes.
Contraceptivos injetáveis
Sã o anticoncepcionais hormonais que contê m progestó geno ou associaçã o de
estrogê nios e progestó genos, para administraçã o intramuscular, com doses hormonais de
longa duração.
Contracepção de emergência
A contracepçã o de emergê ncia, també m conhecida como “pílula do dia seguinte”, é um
uso alternativo do mé todo contraceptivo hormonal oral para evitar gravidez depois da relaçã o
sexual desprotegida.
Contudo, para a eficácia desse método, é necessário que a mulher faça a ingestão VO
desse medicamento antes de completar 72 h após o coito.
A probabilidade mé dia de ocorrer gravidez decorrente de uma ú nica relaçã o sexual
desprotegida na segunda ou terceira semana do ciclo menstrual é de 8%; com a anticoncepçã o
oral de emergê ncia, essa taxa cai para 2% (Brasil, 2002).
Esse mé todo atua basicamente inibindo ou adiando a ovulaçã o, podendo ainda interferir
na capacitaçã o espermá tica e possivelmente na maturaçã o do ovó cito.
Alé m disso, pode interferir na produçã o hormonal normal apó s a ovulaçã o, interferindo
no processo de nidaçã o.
A anticoncepçã o oral de emergê ncia nã o tem nenhum efeito apó s a implantaçã o ter se
completado, assim como nã o interrompe uma gravidez em andamento.
O profissional de saú de deverá esclarecer, durante o atendimento à mulher, que a
anticoncepçã o de emergê ncia nã o protege contra posteriores relaçõ es sexuais desprotegidas e,
dessa maneira, a mulher deverá utilizar algum mé todo regular de anticoncepçã o para futuras
245
relaçõ es sexuais, já que o mé todo nã o deve ser utilizado rotineiramente.
Os efeitos colaterais mais comuns sã o: ná useas, diarreia, mastalgia, cefaleia, fadiga,
tontura, vô mitos, dor abdominal e irregularidades menstruais.
O mé todo funciona pela inibiçã o da ovulaçã o, uma vez que a amamentaçã o altera
temporariamente a secreçã o dos hormô nios naturais que desencadeiam o processo de
maturaçã o folicular e, consequentemente, a ovulaçã o.
Para indicaçã o desse mé todo, a mulher deverá estar ciente do cumprimento de algumas
condiçõ es: que a menstruaçã o nã o tenha retornado.
Que o bebê esteja sendo alimentado em seio materno de forma exclusiva* ou quase e
que seja amamentado com frequê ncia, dia e noite.
Que o bebê tenha menos de 6 meses de idade. Ou seja, para a eficá cia do mé todo, a
mulher deverá cumprir as trê s condiçõ es citadas.
Contudo, é vá lido ressaltar que o mé todo de lactaçã o e amenorreia nã o fornece proteçã o contra
DST.
Dispositivos intrauterinos
Sã o dispositivos intrauterinos (DIU) em artefatos de polietileno e nã o medicados, com
ou sem adiçã o de substâ ncias metá licas ou hormonais que exercem efeito contraceptivo quando
inseridos na cavidade uterina.
Esse mé todo contraceptivo atua impedindo a fecundaçã o, pois torna mais difícil a
passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de
fertilizaçã o do ó vulo.
246
Para a OMS, o DIU interfere nas diferentes etapas do processo reprodutivo que ocorrem
previamente à fertilizaçã o, como por exemplo: atrofia endometrial e inibiçã o da passagem do
espermatozoide pela cavidade uterina.
Diferente dos mé todos hormonais injetá veis, as concentraçõ es das substâ ncias
metá licas ou hormonais sofrem uma queda abrupta apó s a remoçã o do DIU e, dessa forma, a
recuperaçã o da fertilidade é imediata.
O DIU pode ser inserido a qualquer momento do ciclo, desde que haja a certeza de que a
mulher nã o esteja grá vida, que ela nã o tenha malformaçã o uterina e nã o existam sinais de
infecçã o.
Contudo, os profissionais, preferencialmente, realizam esse procedimento durante a
menstruaçã o, pois o colo do ú tero está mais entreaberto fisiologicamente, tornando a inserçã o
mais fá cil e menos incô moda e dolorosa.
O profissional de saú de que realiza a inserçã o do DIU deve ser especializado e
capacitado para esse procedimento, alé m de receber um treinamento especial a fim de evitar
perfuraçõ es uterinas e mal posicionamento, que pode levar à expulsã o do DIU.
No hospital, em situaçõ es de pó sparto, o DIU também pode ser inserido por
profissionais capacitados e o momento mais indicado é logo apó s a expulsã o de placenta.
Poré m, pode ser inserido també m a qualquer momento dentro de 48h apó s o parto.
Passado esse período, deve-se aguardar, pelo menos, quatro semanas. Em pó s
abortamento, espontâ neo ou induzido, a inserçã o do DIU pode ser feita imediatamente, se nã o
houver infecçã o.
Recomenda-se o retorno da mulher à Unidade de Saú de para avaliaçã o do
posicionamento do DIU a cada 90 dias no 1° ano, assim como respeitar o tempo de validade do
mesmo (geralmente cinco anos), devendo ainda ser retirado quando a mulher solicitar.
A remoçã o do DIU é relativamente simples. Pode ser feita em qualquer momento do
ciclo menstrual, embora possa ser um pouco mais fá cil durante a menstruaçã o, quando o canal
cervical está dilatado. Para removê -lo, o profissional de saú de deve puxar delicadamente os
seus fios com uma pinça.
Em situaçõ es de dificuldade de retirada do DIU ou se os fios nã o estiverem visíveis, a
mulher deverá ser encaminhada para um serviço de maior complexidade.
Em outras situaçõ es específicas, o DIU deve ser removido, por indicaçã o mé dica, nos
casos de doença inflamató ria pé lvica (DIP); na gestaçã o, avaliar o risco; sangramento vaginal
anormal e volumoso que põ e em risco a saú de da mulher; perfuraçã o do ú tero e expulsã o
parcial do DIU.
O profissional de saú de deve esclarecer à mulher que é frequente a ocorrê ncia de
có licas, menstruaçã o volumosa e um pouco de secreçã o vaginal apó s a inserçã o do DIU.
Alé m disso, a mulher deve ser orientada a procurar o serviço de saú de nas seguintes
situaçõ es: ausê ncia de menstruaçã o; exposiçã o à DST; dor intensa no baixo ventre;
sangramento volumoso; prazo de validade do DIU vencido e/ou se percebe um objeto de
247
consistê ncia dura na vagina ou no colo uterino.
O EXAME COLPOCITOPATOLÓGICO
Efetividade da detecção precoce do câncer do colo do útero: quando associada ao
tratamento do câncer em seus estádios iniciais, tem resultado em uma redução das taxas de
incidência de câncer cervical invasor que pode chegar a 90%, quando o rastreamento
apresenta boa cobertura (80%, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS) e é realizado
dentro dos padrões de qualidade.
O rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil, recomendado pelo Ministério da
Saúde, é o exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos. A rotina é a repetição do exame
Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um
intervalo de um ano.
Material
❑ Espéculos de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis.
❑ Espátula de Ayre.
❑ Luvas descartáveis.
ASCUS e AGUS
Estes termos foram introduzidos na nomenclatura citopatológica nacional em 1993 e
correspondem às atipias de significado indeterminado em células escamosas (ASCUS) e em
células glandulares (AGUS). Sob esses diagnósticos estão incluídos os casos com ausência de
alterações celulares que possam ser classificadas como Neoplasia Intraepitelial Cervical, porém
com alterações citopatológicas que merecem uma melhor investigação e acompanhamento.
Recomenda-se a repetição do exame citopatológico (Papanicolau) após 6 meses.
Carcinoma e Adenocarcinoma
Ocorrem quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo
do epitélio é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio.
Fatores Associados
254
Situação Atual da Doença
Dentre todos os tipos, o câncer de colo do útero é o que apresenta um dos mais altos
potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente.
Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena
porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos.
Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países do mundo a introduzir o exame de
Papanicolau para detecção precoce do câncer do colo do útero, a doença continua a ser um
problema de saúde pública, porque apenas 30% das mulheres submetem-se ao exame pelo
menos 3 vezes na vida, o que resulta um diagnóstico já na fase avançada em 70% dos casos.
Observações:
Cuidados prévios à realização do exame de Papanicolau:
a) não ter relações sexuais, não usar duchas ou medicamentos vaginais até 48h. antes do
exame;
b) não realizar o exame menstruada.
No caso de mulheres histerectomizadas, recomenda-se verificar se o colo foi mantido.
Havendo colo, o exame deve ser procedido regularmente.
No caso de pacientes grávidas, a coleta não é contra-indicada, mas deve ser realizada de
maneira cuidadosa, podendo seguir-se de um pequeno sangramento.
CÂNCER DE MAMA
Prevenção
É recomendado que alguns fatores de risco, especialmente a obesidade e o tabagismo,
sejam alvo de ações visando à promoção à saúde e a prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis, em geral.
Detecção Precoce
Recomendações (Brasil, 2004):
◦ Rastreamento por meio do exame clínico da mama, para todas as mulheres a partir de 40
anos de idade, realizado anualmente. Este procedimento é ainda compreendido como parte
do atendimento integral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas
clínicas, independente da faixa etária;
◦ Rastreamento por mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o
máximo de dois anos entre os exames;
◦ Exame clínico da mama e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres
pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama;
◦ Garantia de acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com
alterações nos exames realizados.
Grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama:
- Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou
filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
- Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou
filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa
etária;
255
- Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
Cirurgia
A indicação de diferentes tipos de cirurgia depende do estadiamento clínico e do tipo
histológico, podendo ser conservadora ressecção de um segmento da mama (setorectomia,
tumorectomia alargada e quadrantectomia), com retirada dos gânglios axilares, ou não-
conservadora (mastectomia).
São modalidades de mastectomia:
- Mastectomia simples ou total (retirada da mama com pele e complexo aréolo papilar);
- Mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais acompanhada de
linfadenectomia axilar (radical modificada);
- Mastectomia com retirada do(s) músculo(s) peitoral (is) acompanhada de linfadenectomia
axilar (radical);
- Mastectomia com reconstrução imediata;
- Mastectomia poupadora de pele.
Radioterapia
É utilizada com o objetivo de destruir as células remanescentes após a cirurgia ou para
reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia. Após cirurgias conservadoras deve ser aplicada
em toda a mama da paciente, independente do tipo histológico, idade, uso de quimioterapia ou
hormonioterapia ou mesmo com as margens cirúrgicas livres de comprometimento neoplásico.
Seguimento
No seguimento das pacientes com câncer de mama após tratamento deve-se proceder à
história, exame físico, mamografia e exame ginecológico. Não há indicação de realização de
hemograma, bioquímica no sangue, radiografia de tórax, ultrassonografia abdominal ou trans-
vaginal, cintilografia óssea e marcadores tumorais na ausência de sintomas ou de indicações
clínicas que justifiquem sua solicitação.
Intervenções Interdisciplinares
Início: a partir do diagnóstico (atuação conjunta entre todos os profissionais de saúde, junto
aos pacientes e familiares).
Objetivo: unir conhecimentos e disciplinas, que intercedam efetivamente na qualidade de vida
após o tratamento, favorecendo o seu retorno às atividades físicas, sociais e profissionais.
A equipe interdisciplinar: médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional, assistente social e nutricionista.
257
Atuação: prevenção de complicações decorrentes do tratamento em todas as fases
(diagnóstico; durante e após o tratamento; na recorrência da doença e nos cuidados paliativos),
conhecendo e identificando as necessidades da mulher, os sintomas e suas causas, e o impacto
destes no seu cotidiano.
A intervenção visa à orientações domiciliares, tratamento ambulatorial, tratamento
hospitalar específicos e grupos educativos. Deve ser garantido o acesso às informações
relacionadas aos direitos previstos em lei e adequação dos recursos que garantam uma atenção
integral.
Enfermagem
Início: logo após o diagnóstico, por meio da consulta de enfermagem, na internação e antes de
cada modalidade terapêutica.
Pós-operatório: avaliar a ferida operatória e orientar para a alta, direcionando a mulher para
o autocuidado (cuidados com o sítio cirúrgico, dreno, além do membro homolateral).
Alta hospitalar: encaminhar a mulher para grupos de apoio interdisciplinar que discutem
aspectos educativos, sociais e emocionais, visando à reintegração à vida cotidiana.
Seguimento ambulatorial da ferida operatória: avaliar e realizar os curativos, retirar dreno,
realizar punção de seroma e acompanhar a mulher durante todo o período de cicatrização.
ABORTO ESPONTÂNEO E CONCEPTO NATIMORTO
Terminologia
Precoce: perda do feto antes da 12ª semana de gestação.
Tardio: perda do feto entre a 12ª e a 20ª semana de gestação.
Espontâneo: perda do feto ocorrida naturalmente.
Induzido: interrupção médica da gravidez.
Terapêutico: remoção do feto para salvar a vida da mãe ou preservar sua saúde.
Ameaça de Aborto: sangramento ou cólicas nas primeiras 20 semanas da gestação, indicando
que o feto está em perigo.
Inevitável: dor ou sangramento intoleráveis com dilatação do colo útero que indicam a perda
do feto.
Incompleto: expulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou ruptura das membranas.
Completo: expulsão de todo o conteúdo uterino.
Habitual: três ou mais abortos espontâneos.
Oculto: retenção de um feto morto no útero por 4 semanas ou mais.
Séptico: Infecção do conteúdo uterino antes, durante ou após um aborto.
Sintomas e diagnóstico
Antes de um aborto espontâneo, a gestante geralmente apresenta perdas sanguíneas
discretas ou um sangramento mais importante e algum tipo de secreção vaginal. O útero
contrai, provocando cólica. Quando o abortamento prossegue, o sangramento, a secreção e a
cólica tornam-se mais intensos.
258
Finalmente, pode ocorrer a expulsão de parte ou de todo o conteúdo uterino. Nos
estágios iniciais de um aborto espontâneo, a ultrassonografia pode determinar se o feto ainda
está vivo. A ultrassonografia e outros exames podem ser realizados após um aborto espontâneo
para se determinar se todo o conteúdo uterino foi realmente expelido.
Fatores maternos
Útero anormal
• Colo do útero fraco (incompetente), o qual pode dilatar à medida que o útero aumenta de
volume;
• Hipotireoidismo;
• Diabetes;
• Infecções (p.ex., infecção por citomegalovírus ou rubéola);
• Uso de cocaína, especialmente o crack;
• Lesões;
• Deficiências dietética.
Tratamento
Aborto completo – nenhum.
Aborto incompleto – curetagem.
Aborto oculto – curetagem com aspiração (no aborto oculto tardio usa-se ocitocina).
Ameaça de aborto – repouso no leito, abstinência sexual.
Aborto séptico – curetagem com aspiração e antibioticoterapia.
Cerclagem – fechamento cirúrgico no orifício cervical.
259
Diagnóstico na gravidez.
Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério da Saúde, por intermédio da
Rede Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina do pré-natal, que pode
ser realizado na própria UBS, o que acelera o processo necessário para a confirmação da
gravidez e o início do pré-natal.
Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com história de atraso
menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste
Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo médico ou enfermeiro. Este teste é
considerado o método mais sensível e confiável, embora seja também um teste caro.
Alguns testes urinários têm baixa taxa de resultados falsos positivos, mas elevada taxa
de resultados falsos negativos, o que pode atrasar o início do pré-natal.
A dosagem de gonadotrofina coriônica humana (ßHCG) para o diagnóstico precoce da
gravidez, com a utilização de medidas quantitativas precisas e rápidas, tornou este teste
mundialmente reconhecido para confirmar a ocorrência de gravidez.
O ßHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias
após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico entre 60 e
90 dias de gravidez.
A maioria dos testes têm sensibilidade para detecção de gravidez entre 25 a 30 mUI/mL.
Resultados falsos positivos ocorrem na faixa entre 2 a 25mUI/mL. Do ponto de vista prático,
níveis menores que 5 mUI/mL são considerados negativos e acima de 25mUI/mL são
considerados positivos.
Pode-se oferecer à gestante, quando possível, o exame ultrassonográfico, que, além de
melhor determinar a idade gestacional, auxilia na detecção precoce de gestações múltiplas
260
(inclusive, evidencia o tipo de placentação nestes casos) e de malformações fetais clinicamente
não suspeitas.
Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas, utilizando-se o
comprimento cabeça–nádega para determinar a idade gestacional.
A partir da 15ª semana, a estimativa de idade gestacional será feita pela medida do
diâmetro biparietal.
• Para realizarmos o cálculo da idade gestacional devemos tomar como referência a data da
última menstruação (DUM) que é o primeiro dia de sangramento da última menstruação.
• Como calcular a Idade Gestacional quando a DUM é desconhecida mas se conhece o período
do mês que ela ocorreu. A mulher não se lembra qual foi o primeiro dia da sua última
menstruação mas se lembra que ela teve sangramento no início, no meio ou no final do
referido mês.
• Assim, vamos considerar: No início do mês – DUM será no dia 05 do respectivo mês; No
meio do mês – DUM será no dia 15 do respectivo mês; No fim do mês – DUM será no dia 25
do respectivo mês.
• A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da
altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade
gestacional. Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o
mais precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
Sinal de Nobile-Budin
Apesar de o diagnóstico hormonal ser utilizado com grande frequência para certificar
uma gestação, cabe destacar que a presença do hormônio gonadotrófico tanto na urina como
no sangue, não representa certeza de uma gravidez, pois o processo patológico conhecido como
mola hidatiforme, caracterizado pela proliferação anormal do trofoblasto na cavidade uterina,
promove alterações significativas no níveis de gonadotrofina coriônica. Cabe esclarecer que a
gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um hormônio sintetizado pelo sinciciotrofoblasto,
composto por duas subunidades: alfa e beta. A segunda subunidades é específica da
gonadotrofina coriônica. Uma de suas principais funções é inibir a involução do corpo Lúteo,
que é a principal fonte de progesterona nas primeiras 8 a 10 semanas de gravidez. Após esse
período, essa função é assumida pela placenta.
• Teste imunológico de gravidez (TIG) e teste para gravidez (Beta-hCG) – sua detecção,
respectivamente na urina ou no sangue, indica probabilidade de gravidez. No sangue, é
possível detectar a presença do hormônio no primeiro dia após a implantação do ovo
fertilizado no endométrio, o que ocorre aproximadamente entre o 8ª ao 10ª dia após a
fecundação.
Observação: a produção de hCG se inicia logo no primeiro dia após a fecundação e seus
valores ascendem no primeiro trimestre, atingindo níveis máximos (100.000 mUI/mL) entre a
10ª e 12ª semanas, depois diminuem gradativamente, declinando para valores de 10.000 a
20.000 mUI/mL com 20 semanas.
Sinais de certeza
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais a partir de 12 semanas pelo Sonar – Doppler; ou
com o estetoscópio de Pinard em gestantes não obesas: a partir da 20ª semana, segundo o
Manual de Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada (Brasil, 2006).
266
267
Observação: alguns referenciais citam o sinal de Puzos como diagnóstico de certeza. Esse sinal
consiste em realizar uma manobra no colo do útero, tornando possível sentir o choque do feto
quando impulsionado pelo dedo do examinador. Após impulsionado, o feto volta a ocupar a sua
268
posição, mergulhado no líquido amniótico e na cavidade uterina.
Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a
5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6
semanas gestacionais.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Fecundação humana
► Nos seres humanos, a fecundação compreende o período que vai desde o encontro do
espermatozoide com o ovócito até a fusão dos núcleos;
► Normalmente, o processo acontece na parte mais dilatada da tuba uterina, em uma região
denominada de ampola.
O processo da fecundação humana pode ser dividido em algumas etapas:
► 1. Penetração do espermatozoide pela corona radiata, um grupo de células do folículo
ovariano que envolve o ovócito;
► 2. Penetração do espermatozoide na zona pelúcida, isto é, na camada de glicoproteína que
circunda o ovócito;
► 3. Fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito.
► Após a penetração do espermatozoide, a membrana do ovócito torna-se impenetrável para
outros espermatozoides. O ovócito, então, retoma a segunda divisão meiótica, e forma-se o
pró-núcleo feminino e o masculino, que se fundem.
► A fecundação garante que o número diploide de cromossomos da nossa espécie seja
restaurado, que o sexo do indivíduo seja determinado e que se inicie o
desenvolvimento embrionário.
► O embrião é uma estrutura originária da fertilização de um óvulo (gameta feminino) por
um espermatozoide (gameta masculino).
► Logo após a fertilização, a estrutura gerada passa a ser chamada de zigoto, em seguida,
começa a dividir-se em várias células, iniciando o desenvolvimento de vários órgãos e
tecidos, recebendo então o nome de embrião até o final da 8° semana após a fertilização.
269
► O processo que ocorre após a formação do zigoto é denominado de clivagem, que tem
início cerca de 30 horas após a fertilização, sendo formados os blastômeros. Após 45 horas
de realizada a fertilização, atinge-se o estágio de quatro blastômeros, cerca de três dias após
é atingido o estágio de 12 a 16 blastômeros, passando a receber o nome de mórula (massa
compacta de células).
► Durante a clivagem, esta estrutura desce pela tuba uterina até chegar ao útero, evento que
acontece nesta última fase.
► Após atingir o útero, a mórula começa a receber fluidos uterinos, cerca de quatro dias após,
começando a surgir também pequenos espaços cheios de líquidos.
270
► Começa a haver um rearranjo das células, formando um aglomerado em forma de botão e,
no interior, será formada uma cavidade cheia de líquido.
► Esta é a fase do blastocisto, onde as células periféricas irão formar o trofoblasto, o botão
polar forma o embrioblasto, enquanto a cavidade repleta de líquido forma a blastocele. O
trofoblasto contribuirá para a formação de parte da placenta e o embrioblasto irá originar o
embrião.
► Entre o quinto e o sexto dia, o blastocisto estabelece contato com o epitélio endometrial e,
ao final da primeira semana, há a implantação superficial deste no endométrio uterino. A
implantação sempre é iniciada pelo pólo embrionário.
271
► Ao final da primeira semana, o embrioblasto apresenta-se organizado em duas lâminas
celulares justapostas. A que está voltada para o trofoblasto está constituída por células
colunares e forma o epiblasto; a outra, voltada para a cavidade do blastocisto, formada por
células cuboides, formam o hipoblasto. Acredita-se que o epiblasto embrionário contém
todas as células que darão origem ao embrião.
Sexto mês
► O bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a
respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos
dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.
Sétimo mês
► O bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os olhos, dorme e se
movimenta.
► Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como
músicas e conversas.
Oitavo mês
► Nesse período, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se preparar para ficar em
posição de parto – de cabeça para baixo.
► Para ajudar a manter a temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de
gordura se forma sob a pele.
► Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.
Nono mês
► O bebê mede entre 45 cm e 50 cm, todos os órgãos estão completamente formados e ele já
consegue controlar a respiração.
► Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer.
274
Atenção: Não existe alta do pré-natal. A alta é dada pela maternidade, após o nascimento do
bebê que, para tal, precisa ser avaliado pela equipe de saúde e realizado a triagem neonatal e
outros exames que forem necessários.
✔ Hemograma;
✔ Tipagem Sanguínea e fator RH;
✔ Coombs indireto se fator RH negativo;
✔ Glicemia em jejum;
✔ Eletroforese de Hemoglobina (mulheres negras, antecedente familiares de anemia
falciforme ou história de anemia crônica);
✔ Testes rápidos para Sífilis e/ou VDRL;
275
✔ Teste rápido para HIV – Anti HIV;
✔ Toxoplasmose IgM e IgG;
✔ Sorologia para Hepatite B ( HbsAg);
✔ Urina I/Urocultura;
✔ Ecografia obstétrica com função de verificar a idade gestacional (não é obrigatório) ou de
acordo com a necessidade clínica (decisão do profissional assistente);
✔ Citopatológico de colo do útero ( se necessários);
✔ Exame de secreção vaginal (se indicação);
✔ Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica).
● Fator Rh: se a gestante for sabidamente Rh+ , deve-se solicitar apenas a pesquisa de
anticorpos irregulares (PAI) e finaliza-se a investigação. Se não há o conhecimento do fator
RH dessa gestante ou se ela for RH-, deve-se confirmar a tipagem e solicitar o fator RH do
pai, nesse caso se o pai for RH- não é necessário solicitar mais exames, finaliza-se a
investigação. Caso o pai da criança seja RH+ ou desconhecido, deve-se solicitar nova
pesquisa de anticorpos irregulares a cada 4 semanas (mensalmente) a partir da 24ª semana
de gestação. Sempre que se tem uma pesquisa de anticorpos irregulares POSITIVA é
mandatório referenciar essa gestante para pré-natal de alto risco, em unidade de referência,
para tratamento.
276
● Hemograma: quando 8g/dl < hemoglobina < 11 g/dl, considera-se como caso de anemia de
leve a moderada. Nesses casos é importante orientar dieta, investigar parasitoses e realizar
tratamento com ferro elementar, o hemograma precisa ser repetido de 30 a 60 dias para
278
avaliar a necessidade de manter ou aumentar a dose . Caso a hemoglobina tenha entrado
em uma padrão de normalidade seguir com a profilaxia. Hemoglobina ≤ 8 g/dl indica uma
anemia grave, a gestante deve ser encaminhada para o pré-natal de alto risco.
● Glicemia em jejum no pré-natal que se inicia antes da 20ª semana de gestação o
exame a ser solicitado para a avaliação da glicemia é a glicemia de jejum, caso o resultado
seja ≥ 126 mg/dl, considera-se como Diabetes Pré-Gestacional. Nesse caso a gestante já
deve ser submetida a tratamento. Se a glicemia em jejum apresenta resultado 92 mg/dl ≤
glicemia de jejum ≤ 126 mg/dl, considera-se como uma Diabetes Gestacional. Nesse caso a
gestante, também já é submetida a tratamento. Se a glicemia de jejum apresentar resultado
≤ 92 mg/dl, entre a 24ª e a 28ª semana deve ser solicitado o TOTG 75g e no seu resultado,
caso haja pelo menos um valor alterado, já se considera Diabetes Gestacional. Nesse caso a
mulher, também, precisa ser tratada.
● Glicemia em jejum no pré-natal que se inicia depois da 20ª e antes da 28ª semana
de gestação: deve ser solicitado o TOTG 75g e atentar para os seguintes resultados:
● HIV: realizar no pré-natal o teste que estiver disponível, em alguns estados o teste rápido
está disponível para essa avaliação. Caso o resultado seja não reator, o exame deve ser
repetido entre a 28ª e 30ª semana de gestação. Caso o resultado seja reator, a gestante deve
ser encaminhada para iniciar o tratamento o mais precocemente possível.
● Toxoplasmose: atentar para história prévia da paciente. Se ela tem IgG ou IgM positivas
antes da gravidez ela deve ser considerada imune. Caso o IgG e o IgM sejam desconhecidos
ou não reagentes, deve ser solicitada a sorologia para toxoplasmose. Caso o resultado do
exame seja IgG + e IgM -, isso indica que a mulher é imune, se IgG e IgM foram não reagentes
essa mulher é suscetível à infecção, nesse caso devem ser orientadas as medidas de
prevenção e repetir a sorologia entre a 28ª e 30ª semana de gestação.
● Toxoplasmose: caso haja durante a gestação mudança de status sorológico, com resultado
IgG + e IgM + é importante solicitar o teste de avidez e discutir/personalizar o
acompanhamento e tratamento caso a caso.
279
● Hepatite B: avaliar história prévia (Anti HBS) e checar status vacinal (3 doses de vacina
contra a Hepatite B, disponível nas unidades básicas de saúde), caso Ag Hbs, Anti Hbs e
Anti Hbc não reatores, essa mulher deve ser imunizada, caso não seja imunizada ou fazer
a complementação de doses faltosas. Anti Hbs reator, em qualquer situação, a gestante é
considerada imune, não é necessário (re)vacinar a mulher. Caso o Ag Hbs seja
reator, essa gestante precisa ser encaminhada à infectologia e ser realizada
a sorovacinação no nascimento da criança.
● Hepatite C: não é um exame de rotina no pré-natal. Não existe uma recomendação para
a realização desse exame como uma rotina. Porém, algumas populações merecem
especial atenção no que diz respeito a solicitação desse exame: usuário de drogas,
parceiros de usuários de drogas, múltiplos parceiros, transfusão, situação de risco.
● Rubéola: não existe tratamento para essa infecção durante a gestação. Deve ser
solicitado em mulheres com risco de contrair a infecção e realizar vacinação no puerpério
para a proteção de gestações futuras. Atenção: as consultas de pré-concepção e/ou de
planejamento sexual e reprodutivo, podem ser a oportunidade para atualização da
caderneta de vacinação do casal.
● Citopatológico do colo do útero: caso a mulher esteja com atraso na coleta deste exame
recomenda-se realizá-lo durante o pré-natal. O Ministério da Saúde recomenda a coleta de
material celular somente da ectocérvice. As alterações devem ser encaminhadas para a
colposcopia de acordo com protocolos estabelecidos.
280
Introdução
Durante o período da gravidez, o organismo materno vivencia inúmeras alterações
fisiológicas na tentativa de se adaptar às necessidades do produto de concepção em
desenvolvimento. As adaptações anatômicas e bioquímicas normalmente ocorrem como forma
de reação orgânica à presença do concepto, da sobrecarga hormonal experimentada pela
gestante ou da ação mecânica desencadeada pelo útero gravídico.
De maneira geral, todas as alterações visam promover condições para um
desenvolvimento fetal adequado e vem completo equilíbrio com o organismo materno. No
entanto, algumas modificações, mesmo que fisiológicas, podem causar situações e sintomas
incômodos para mulher grávida.
Mamas
Nas primeiras semanas da gravidez, surgem sintomas mamários característicos, tais
como a hipersensibilidade, que muitas vezes se manifesta como relato doloroso e tensão
mamária. A hipersensibilidade mamária em geral diminui até a 10ª semana.
À medida que a mama aumenta de tamanho, geralmente ao longo do segundo trimestre
gestacional, em decorrência da hipertrofia alveolar mamária, as veias subcutâneas tornam-se
mais visíveis (rede de Haller). Além disso, as papilas e aréolas tornam-se mais pigmentadas e
aumentam em número as glândulas sebáceas dispersas na região areolar (tubérculos de
Montgomery).
É importante recomendar o uso de sutiã com orifício central e de alças largas para uma
boa sustentação da mama.
Útero
● Hipertrofia, elasticidade e contratilidade uterina
O útero se modifica intensamente na consistência, no volume, no peso, na forma, na
283
posição e na coloração no decorrer da gestação. Além de apresentar extrema sensibilidade a
estímulos hormonais e nervosos, outro aspecto relevante na gestação é a capacidade de o útero
aumentar de tamanho, acompanhando o crescimento do concepto, assim como de involuir
rapidamente ao seu tamanho habitual em apenas algumas semanas após o parto. Isso ocorre
em função da disposição simétrica dos feixes musculares entrelaçados do órgão, que é
constituído de musculatura lisa - miométrio.
* Em geral, o útero tem seu peso modificado após uma gestação. Sendo este uma
estrutura quase maciça, com formato de uma pera invertida, pesa cerca de 60g em uma mulher
nuligesta, e pode alcançar um peso médio de 70g, em uma mulher que já vivenciou o período
gestacional.
Durante a gravidez, esse órgão de volume crescente, transforma-se em uma cavidade de
parede fina capaz de comportar o feto, a placenta e o líquido amniótico, podendo alcançar, ao
término da gravidez, um tamanho de 15 a 20 vezes maior do que seu estado pré-gravídico. Ou
seja, com a distensão e hipertrofia das células musculares uterinas, ao final da gravidez o útero
pode chegar a pesar cerca de 1.100g (Ziegel, 1985).
Vagina e períneo
Os músculos do períneo e da vulva sofrem aumento da vascularização durante a
gravidez, assim como o amolecimento do tecido conjuntivo desta região. Esse aumento do fluxo
sanguíneo proporciona uma diferença na coloração da mucosa, tornando-a mais arroxeada ou
violácea (sinal de Chadwick).
Como preparo para a distensão a que serão submetidas no processo do trabalho de
parto e parto, as células musculares lisas das paredes vaginais ficam hipertrofiadas,
aumentando a sua espessura e perdendo sua rugosidade característica. A vascularização
também aumentada causa mudança de tonalidades das paredes vaginais para um tom
arroxeado, denominado sinal de Kluge.
As secreções cervicais e vaginais estão consideravelmente aumentadas na gravidez e
consistem em um muco espesso, de coloração branca, com pH ácido (3,5-6,0) que resulta de um
aumento da produção de ácido láctico a partir do glicogênio do epitélio vaginal por ação do
Lactobacillus acidophilus (Cunningham, 2000).
286
Sistema circulatório
A alteração hemodinâmica é a mais importante modificação da gravidez. O débito
cardíaco * normal de 5 L da mulher não grávida começa a aumentar com 5-6 semanas,
alcançando níveis mais elevados a partir da 24ª semana e pico em torno da 32ª – 34ª semanas,
com níveis de 30 a 50% acima do normal. Permanece nesses níveis até a 36ª – 38ª semanas,
com pequena queda até o parto. Contudo, o aumento volêmico dependerá especificamente de
cada mulher, relacionado com fatores como peso e estatura, número de gestações e paridades,
assim como gestação de feto único ou gemelar. Além disso, o débito cardíaco torna-se muito
sensível a alterações posturais. Essa sensibilidade aumenta ao longo da gravidez, visto que o
útero comprime a veia cava inferior, diminuindo o retorno venoso.
Dessa maneira, o débito cardíaco eleva-se por aumento da volemia e por diminuição da
resistência vascular periférica, ocasionando, consequentemente, aumento da frequência
cardíaca em 10-15 batimentos por minuto.
Sistema respiratório
No decorrer da gravidez acontecem alterações funcionais no sistema respiratório a fim
de atender às necessidades metabólicas da mãe e do feto. Tais alterações são mais
pronunciadas no termo da gestação e retornam ao normal após o parto.
De acordo com Cunningham (2000), a função pulmonar não é comprometida pela
gravidez, entretanto, doenças do trato respiratório podem ser mais sérias se desenvolvidas
nesse período.
Nas vias respiratórias superiores ocorre vasodilatação, edema da mucosa, congestão
nasal e aumento das secreções.
A caixa torácica apresenta um aumento médio de 2 cm em seu diâmetro transverso, e a
circunferência torácica pode aumentar em até 6 cm. Assim, há maior movimentação do
diafragma e do tórax, que leva a gestante ao aumento da frequência respiratória em resposta a
um aumento progressivo do consumo de oxigênio.
287
Sistema urinário
As alterações morfológicas do sistema urinário durante a gestação estão enfocadas: no
aumento do peso do rim, de aproximadamente 30%, e um discreto aumento no seu
comprimento (cerca de 1 cm), ambos resultantes de maior vascularização; nos ureteres
dilatados, provavelmente pelo efeito da progesterona, geralmente ocasiona estase urinárias,
elevando a suscetibilidade às infecções urinárias; na compressão da bexiga anteroposterior
mente, o que faz aumentar a frequência das micções (polaciúria).
288
Sistema gastrintestinal
Geralmente, a mulher tende a repousar durante mais tempo, conservando energia e
melhorando a nutrição fetal.
As náuseas e os vômitos são sintomas comuns do primeiro trimestre gestacional,
normalmente relacionados com os níveis elevados da gonadotrofina coriônica, e tendem a
desaparecer ao término do primeiro trimestre, quando os níveis desse hormônio começam a
decair.
A salivação excessiva, também denominada sialorreia ou ptialismo, pode surgir por
causa da dificuldade na deglutição associada a náuseas.
A arcada dentária pode sofrer degradação de peças dentárias e as gengivas podem
sangrar facilmente por efeito da carência de cálcio nos dentes, visto que o mesmo é mobilizado
para o desenvolvimento ósseo do feto.
É comum a queixa de pirose (azia), normalmente acompanhada de refluxo gástrico,
devido à diminuição dos tônus e ao relaxamento do esfíncter esofágico inferior, em resposta ao
deslocamento do estômago e ao aumento da pressão abdominal.
A motilidade gastresofágica, intestinal e biliar, bem como a tonicidade dos esfíncteres,
parece estar diminuída durante a gravidez devido ao aumento de progesterona.
O esvaziamento gástrico é lento e o tempo do trânsito alimentar intestinal pode levar a
uma reabsorção de água superior ao normal, levando a situações de constipação intestinal.
A queixa de hemorroidas é comum durante a gravidez e deve-se, em grande parte, à
constipação intestinal e ao aumento da pressão nas veias abaixo do nível do útero.
289
Sistema tegumentar
No decorrer da gestação, muitas mulheres desenvolvem um aumento da pigmentação
cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: na face (cloasma ou melasma
gravídico), nas aréolas mamárias e também no abdome. Além do estímulo dos melanócitos, que
favorecem o surgimento de manchas, existe também o aumento da secreção das glândulas
sebáceas, tornando a pele mais oleosa, predispondo a proliferação de acne.
As alterações pigmentares desencadeadas pela condição hormonal da gestação,
especificamente pelo aumento na produção de estrogênio e progesterona, fazem com que a
hipófise libere maiores concentrações de alfamelatropina (exerce uma ação estimulante sobre
os melanócitos). Esse é um importante fator que desencadeia as alterações pigmentares que
tendem a aumentar de acordo com a exposição solar.
A “linha nigra” corresponde à pigmentação de cor preto-acastanhada na linha média do
abdome, resultante da ação estimulante sobre os melanócitos.
290
Sistema musculoesquelético
As alterações posturais alteram a anatomia da coluna vertebral da grávida, sobretudo da
coluna lombar, o que possibilita a ocorrência frequente de lombalgia.
O peso adicional da gravidez (útero, feto e anexos) desestabiliza o equilíbrio materno ao
colocar seu centro de gravidade para frente. Para corrigir seu eixo corporal, a gestante assume
a atitude involuntária de lordose lombar. Dessa maneira, posiciona seu tórax para trás e volta a
coincidir seu centro da gravidade com o eixo do seu corpo.
Na medida em que o volume uterino aumenta, acentua-se a lordose lombar e desloca-se
o eixo da gravidade para os membros inferiores. Assim, a gestante amplia a sua base de
sustentação, afastando discretamente um pé do outro, em uma tentativa compensatória de
manter o eixo de equilíbrio, e tem, assim, modificada sua marcha. O andar oscilante, com
passos curtos e lentos, base de sustentação alargada e maior ângulo dos pés com a linha média
descreve a marcha típica da gestante denominada marcha anserina.
291
Sistema endócrino
O organismo materno experimenta inúmeras alterações hormonais desde as primeiras
semanas de gestação, sendo essas mudanças fundamentais para dar continuidade do processo
gestacional, assim como para atender as necessidades do feto em crescimento e
desenvolvimento.
Progesterona
É um hormônio de grande importância, responsável diretamente pela instalação e
manutenção do crescimento e desenvolvimento fetal na cavidade uterina até o momento do
nascimento.
292
Estrogênio
A produção de estrogênio também aumenta na gravidez, e esse hormônio é responsável
por estimular o crescimento contínuo do miométrio uterino, preparando este órgão para
desempenhar uma importante função de contratilidade durante o trabalho de parto.
Relaxina
A relaxina humana é secretada inicialmente pelo corpo lúteo durante a gravidez, por
estimulação do hormônio gonadotrófico, até o momento da placenta assumir a sua produção.
FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
INCOMPATIBILIDADE Rh
A incompatibilidade de Rh é a incompatibilidade do grupo Rh entre o sangue da
gestante e do feto. Como resultado da incompatibilidade de Rh, a gestante pode produzir
anticorpos contra os eritrócitos do concepto. Os anticorpos provocam a ruptura dessas células,
causando algumas vezes a doença hemolítica no concepto.
● Prevenção e tratamento
Na primeira consulta durante a gravidez, é solicitada a tipagem sanguínea da gestante.
O sangue da mãe e o do concepto podem entrar em contato durante o parto, fazendo
com que a mãe produza anticorpos. Por essa razão, como precaução, anticorpos anti-Rh sob a
forma de imunoglobulina Rh (D) são administrados através de uma injeção à mãe com sangue
Rh negativo dentro das 72 horas que sucedem o parto de um concepto com sangue Rh positivo,
inclusive após um aborto espontâneo ou induzido.
Este tratamento destrói qualquer célula do concepto que possa sensibilizar a mãe.
Consequentemente, as gestações posteriores geralmente não são ameaçadas.
Para evitar a sensibilização precoce, administra-se à mãe uma injeção de anticorpos
anti-Rh na 28ª semana de gestação e também após o parto. Ao mensurar periodicamente as
variações da concentração dos anticorpos anti-Rh na mãe, pode-se prever se o concepto
apresentará problemas.
Quando a concentração de anticorpos anti-Rh maternos aumenta demasiadamente
durante a gestação, uma amniocentese pode ser realizada. Neste procedimento, uma agulha é
inserida através da pele para coletar líquido da bolsa amniótica, a qual envolve o feto no
294
interior do útero. A concentração de bilirrubina no líquido amniótico é mensurada.
Quando esta concentração encontra-se demasiadamente elevada, é realizada uma
transfusão sanguínea no feto. Transfusões adicionais geralmente são realizadas a cada 10 a 14
dias até em torno da 32ª a 34ª semana de gestação. O trabalho de parto geralmente é induzido
neste momento e, após o nascimento, uma ou mais transfusões são administradas ao recém-
nascido. Nos casos menos graves, não são realizadas transfusões até após o nascimento.
Pré-eclâmpsia
É um distúrbio idiopático específico da gravidez e do período puerperal caracterizado
por uma Tríade clássica: hipertensão, edema (mãos e face) e proteinúria significativa. Essas
manifestações geralmente surgem a partir da segunda metade da gravidez e em situações mais
graves a Tríade pode evoluir com a manifestação de uma crise convulsiva classificando a
eclâmpsia.
O edema gestacional é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos que
podem ser limitado aos membros inferiores e superiores ou generalizado.
O edema é representado pelo símbolo + podendo em situações mais graves alcançar até
+ + + +.
Quando o edema localiza-se apenas em tornozelo registre-se +/4+ ou ++/4+ com cacifo
e é importante que a enfermeira verifique se essa condição está relacionada com a postura ou o
tipo de calçado usado pelas pela gestante.
Por outro lado, a proteinúria é um sinal de formas mais graves de pré-eclâmpsia quando
mais vezes é necessária internação hospitalar para melhor acompanhamento da gestante assim
a proteinúria significante é definida como pelo menos 3 g/l em urina de 24 horas ou 1g/l em
amostra simples.
Na pré-eclâmpsia grave a gestante apresenta pressão arterial diastólica igual ou maior
que 110 mmHg mais 2 g de proteína na urina de 24 horas diurese inferior a 500 mL ao dia ou
15 mL por hora cefaleia importante vômito distúrbios visuais escotomas epigastralgia ou dor
abdominal principalmente sobre a região do fígado além da síndrome HELLP.
A sigla HELLP na língua inglesa é uma complicação potencialmente fatal da gravidez.
Hemólise H - hemolysis.
Elevação de enzimas hepáticas EL elevated liver fubctions test.
Contagem baixa das plaquetas plaquetopenia LP Low platelets count.
300
Eclampsia
A eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia e é caracterizada por crises
convulsivas associadas a Tríade hipertensão, edema e proteinúria.
As crises convulsivas que habitualmente podem ser prevenida e são caracterizados por
contrações faciais que progridem para contrações generalizadas acometendo todos os
músculos do corpo com flexão extensão dos membros acompanhada de breve pausa
respiratória o episódio possui duração variável e regride espontaneamente cerca de 1 a 3
minutos após o seu aparecimento a repetição dessas conjunções podem comprometer a mãe e
principalmente do concepto.
Conduta terapêutica
A conduta nos Estados hipertensivos durante a gravidez deve ser individualizada com
base em duas variáveis: gravidade da doença e idade gestacional.
Para a DHEG a conduta geralmente é conservadora até que o concepto atinja
maturidade por isso é necessário que o acompanhamento no pré-natal seja semanalmente
realizado por um profissional médico que irá solicitar exames laboratoriais rotineiros função
renal proteinúria de 24 horas urocultura oftalmoscopia ECG dentre outros além de solicitar
exames de avaliação da vitalidade fetal a partir de 34 semanas ou antes se houver necessidade.
O diagnóstico precoce e preciso e o tratamento adequado são fundamentais para
melhorar os resultados maternos e perinatais, além do rigoroso acompanhamento no pré-natal
a gestante deve ser encaminhada ao serviço nutricional especializado. A fim de realizar
acompanhamento do ganho de peso semanal correção dos desvios nutricionais obesidade e
desnutrição e receber orientações dos alimentos que devem ser evitados massas doces
alimentos gordurosos e que tenham cafeína em sua composição e manutenção de uma dieta
normossódica.
O profissional que acompanha a gestante também deve orientá-la quanto a necessidade
de períodos de repouso durante o dia além do período noturno de preferência de decúbito
lateral esquerdo, pois tende a melhorar o fluxo sanguíneo útero placentário. Pode diminuir a
pressão arterial além disso a gestante deverá ser informada sobre os sinais clínicos de
agravamento da Hipertensão e os possíveis efeitos sobre a gestação e o feto.
Essas medidas associadas à terapia farmacológica tem como objetivos o controle e o
manejo da hipertensão arterial. Além disso, visa a proteção materna frente aos efeitos danosos
da síndrome hipertensiva sustentar a circulação uteroplacentária, diminuir a incidência de
prematuridade, o crescimento intra-uterino restrito e a consequente redução de mortalidade
materna e perinatal.
Para os casos de DHEG o medicamento de escolha mais utilizado durante a crise
hipertensiva é a hidralazina dilatador arterial direto que reduz a pressão arterial por meio do
relaxamento direto da musculatura lisa arterial. Esse fármaco é indicado sempre que a pressão
diastólica for maior ou igual a 110 mmHg cada ampola de hidrazina. Contém 20 MG 1 mL e a
sua administração deve ser feita com a diluição do conteúdo da ampola em 9 mL de SF, o efeito
dura de 2 a 4 horas e podem surgir como efeitos colaterais (rubor facial, cefaleia e taquicardia).
302
Conforme o manual gestação de alto risco Brasil 2010 o medicamento anti-hipertensivo
mais utilizado na fase aguda além da hidrazina e a nifedipina administrar-se dose de 10 mg por
via oral e repete-se em 30 minutos se necessário esse medicamento tem a desvantagem de
levar a quedas bruscas dos níveis tensionais.
Importante: os fármacos inibidores da ECA Captopril enalapril etc são totalmente
contra indicados devido a comprovação do seu efeito nocivo ao feto como oligodramnia
anomalias renais insuficiência renal neonatal hipoplasia pulmonar retardamento mental e
óbito.
Observação: o uso de diuréticos também deve ser evitado pois a gestante com DHEG pode
desenvolver hipovolemia com a piora da perfusão placentária contudo a indicação é válida
frente ao diagnóstico de edema agudo de pulmão ou insuficiência cardíaca congestiva.
Para casos de pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia, além dos medicamentos anti-
hipertensivos, associa-se o sulfato de magnésio que tem ação profilática e terapêutica para o
controle da crise convulsiva. Contudo, antes de administrar a dose prescrita a enfermeira deve
atentar para os seguintes achados.
✔ Avaliar a frequência respiratória que deve estar maior ou igual a 16 incursões respiratórias
por minuto;
✔ Testar o reflexo patelar que deve estar presente;
✔ Medir a diurese que deve ser maior de 100 mL hora durante as 4 horas procedente.
Nas circunstâncias em que apenas um desses achados não estiver presente a medicação
não pode ser administrada e o médico deve ser informado já que o Sulfato de Magnésio pode
causar depressão respiratória e parada cardíaca, o antídoto para essas situações é
administração de gluconato de cálcio a 10% intravenoso.
O magnésio é importante na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular, a
deficiência acentuada de magnésio causa principalmente sintomas neurológicos, tais como:
irritabilidade muscular e tremores. Logo a terapêutica de reposição com Sulfato de Magnésio,
por via parenteral, reparar o déficit plasmático do eletrólito e ceasa os sintomas de deficiência.
HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO
Diabetes gestacional.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) é definida como uma alteração no metabolismo
dos carboidratos, resultando em hiperglicemia de intensidade variável, que é diagnosticada
pela primeira vez ou se inicia durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto.
303
Fora do período gestacional, estas pacientes, na maioria dos casos, não são classificadas
como portadoras de DMG, mas como pessoas com tolerância diminuída à glicose.
A hiperglicemia pode aumentar a incidência de:
● pré-eclâmpsia na gravidez atual, além de aumentar a chance de desenvolver diabetes e
tolerância diminuída a carboidratos no futuro;
● No feto, a DMG está associada às possíveis morbidades decorrentes da macrossomia (como
a ocorrência de distocia durante o parto) e, no bebê, está associada à hipoglicemia, à
icterícia, ao sofrimento respiratório, à policitemia e à hipocalcemia.
Fatores de risco
- Idade > que 25 anos;
- Obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação atual;
- Disposição central da gordura corporal;
- Baixa estatura (< que 1,50);
- História familiar de diabetes em parentes de 1º grau;
- Polidrâmnio;
- Crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclampsia na gravidez atual;
- Antecedentes obstétricos de macrossomia, morte fetal ou neonatal ou de diabetes
gestacional.
Recomendação:
O exame, quando solicitado, deve ser oferecido na primeira consulta e/ou em 24 a 28
semanas de gestação.
Para o diagnóstico do diabetes gestacional, a OMS recomenda o emprego do mesmo
teste indicado para o diagnóstico do diabetes fora da gestação (nos casos de intolerância à
glicose): teste oral de tolerância à glicose, com 75g de glicose (TTG 75g – 2h) e com duas
304
medidas da glicose plasmática, uma em jejum e outra 2h após a sobrecarga.
Orientações gerais.
● O diagnóstico de DMG pode exigir da paciente um aumento considerável de exames e
monitoramento durante o pré-natal e o pós-parto;
● Na grande maioria dos casos, os efeitos relacionados ao DMG para a mãe e para o feto em
formação não são graves;
● Para a maioria das mulheres, o DMG responde bem somente à dieta e aos exercícios físicos;
● Pode-se utilizar adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, acessulfame-K e neotame) com
moderação;
● Algumas mulheres necessitarão usar insulina caso as medidas não farmacológicas não
controlarem o DMG, principalmente as de ação rápida e intermediária;
● A conduta obstétrica de uso de corticosteroides para maturação pulmonar fetal não é
contraindicada, mas deve-se administrá-los de forma concomitante ao monitoramento
intensivo da glicemia e aos ajustes da dose de insulina;
● Indica-se também, se necessário, o uso de tocolíticos para inibir trabalho de parto
prematuro;
● O uso de antiglicemiantes orais está formalmente contraindicado na gravidez. A atividade
física é uma conduta que pode fazer parte do tratamento do diabetes gestacional, devendo
ser incentivadas as caminhadas regulares.
SÍFILIS
A sífilis congênita é uma infecção causada pela disseminação hematogênica do
Treponema pallidum, da gestante infectada para o seu concepto. Sabe-se que:
- A transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase gestacional;
- A taxa de transmissão vertical da sífilis, em mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, durante
os primeiros 4 anos de evolução da doença;
- Ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas.
305
Acreditava-se que a infecção do feto por mãe sifilítica não ocorresse antes do 4º mês de
gestação. Entretanto, já se constatou a presença de T. pallidum em dois fetos de 9 a 10 semanas
de gestação. As alterações patológicas observadas na mulher grávida são as mesmas que
ocorrem naquela não grávida. A sífilis congênita apresenta, da mesma forma que a sífilis
adquirida, dois estágios: precoce quando as manifestações clínicas são diagnosticadas até o
segundo ano de vida, e tardia, após esse período.
● Quadro clínico
- Sífilis congênita precoce: sinais e sintomas surgem até os 2 anos de vida. Os principais
são: baixo peso, rinite purulenta/coriza, obstrução nasal, prematuridade, osteocondrite,
periostite ou osteíte, choro ao manuseio, pênfigo palmo-plantar, fissura peribucal, hepato-
esplenomegalia, alterações respiratórias/pneumonia, icterícia, anemia severa, hidropisia,
edema, pseudoparalisia dos membros, condiloma plano. Lesões cutâneas precoces, quando
presentes nas nádegas, podem ser responsáveis por um quadro semelhante ao de
"dermatite de fraldas", da qual se diferencia também por não responder a medidas locais,
habitualmente eficazes.
- Sífilis congênita tardia: os sinais e sintomas surgem a partir dos 2 anos de vida: tíbia em
lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz em sela, dentes incisivos medianos superiores
deformados (dentes de Hutchinson), mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez
neurológica, dificuldade no aprendizado.
306
Tratamento
Em gestantes virgens de tratamento, o esquema preferencial de primeira linha deve ser
feito com: TDF + 3TC + EFV*.
✔ Realize banho imediatamente após o nascimento com água corrente e limpe com
compressas macias sangue e secreções visíveis no RN;
✔ Aspire delicadamente as vias aéreas do RN, evitando traumatismos em mucosas;
✔ Aspire delicadamente conteúdo gástrico de líquido amniótico com sonda oral, evitando
traumatismos. Se houver presença de sangue, realize lavagem gástrica com soro fisiológico;
✔ Coloque o RN junto à mãe o mais breve possível.
309
ORIENTAÇÕES PARA ALTA DA MATERNIDADE DE PARTURIENTES REAGENTES PARA O
HIV
✔ Reforce a contraindicação ao aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra
nutriz) e o uso de leite humano com pasteurização domiciliar;
✔ Oriente sobre o direito da criança em receber a fórmula láctea infantil, pelo menos, até
completar seis meses de idade.
✔ Anote no resumo de alta do RN informações sobre:
- Pré-natal;
- Condições do nascimento;
- Tempo de uso do AZT injetável na mãe;
- Momento do início do AZT xarope e da NVP no RN, dose utilizada, periodicidade e data de
término;
- Mensurações antropométricas, tipo de alimento fornecido à criança e outras informações
importantes relativas ao parto.
✔ Preencha as fichas de notificação da “Criança exposta ao HIV” e envie ao núcleo de
vigilância epidemiológica competente;
✔ Atente para as anotações feitas na carteira do RN referentes a dados relativos à exposição
ao HIV (comprometendo o sigilo). A caderneta da criança é um documento comumente
manuseado pela família e algumas vezes requerido no trabalho dos progenitores para
liberação do salário-família e para frequência à creche;
✔ Referencie/contrarreferencie, com consulta agendada, para a Atenção Primária à Saúde
(APS) e para o serviço especializado do cuidado de pessoas vivendo com HIV;
✔ Enfatize a importância de comparecer à consulta de acompanhamento da criança exposta
ao HIV.
Polidramnia
O diagnóstico de polidrâmnio é apontado quando o volume de líquido amniótico é
superior a 2000 mL no termo de uma gestação com todo esse volume excessivo varia levando-
se em consideração a idade gestacional.
Em geral e a ruptura da membrana ovular como a forma mais comum desta patologia
gestacional outra observação relevante é a associação com malformações do trato urinário fetal
que também possuem participações na etiopatogenia desse distúrbio.
Ao exame físico observam-se medidas de fundo de útero menores do que o esperado
para a idade gestacional, diminuição da circunferência abdominal e partes fetais facilmente
palpáveis.
Como conduta terapêutica o profissional deve atentar para a necessidade de interrupção
da gestação pela frequente associação da oligodramônia com sofrimento fetal.
Quando o bem-estar fetal não estiver muito comprometido, avalia-se a possibilidade de
âmnio transfusão por meio de infusão de solução cristaloide por via transvaginal para
compensar o líquido amniótico perdido, prática em comum na assistência obstétrica. Além
disso, está indicada a prescrição de corticosteroides para a gestante visando acelerar a
maturidade pulmonar fetal intraútero caso a idade gestacional esteja entre 28 a 34 semanas.
Aborto inevitável:
- Caracteriza-se por perda da integridade do ovo, sangramento moderado a acentuado
contendo coágulos e/ou restos ovulares, colo uterino permeável, dor em cólica de forte
intensidade e redução do volume uterino em relação à idade gestacional. Pode culminar em
abortamento completo ou incompleto.
Conduta: encaminhe a paciente para o hospital de referência obstétrica, para a realização de
curetagem uterina, quando necessária, e ofereça tratamento de suporte, se for preciso, para
estabilização hemodinâmica.
Aborto retido:
- Caracteriza-se pela interrupção da gestação com permanência do produto conceptual na
cavidade uterina.
- Pode ocorrer discreto sangramento, com colo impérvio, regressão dos fenômenos gravídicos e
redução do volume uterino em relação à idade gestacional.
- Conduta: encaminhe a paciente para o hospital de referência obstétrica, para a realização de
curetagem uterina.
Aborto infectado:
- Caracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de ovo íntegro ou não e quadro
hemorrágico variável. Associa-se, habitualmente, à manipulação uterina. Pode apresentar
secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor local e febre, além de
comprometimento variável do estado geral. Na dependência do estádio clínico, pode ser
dividido em:
Grau 1: é o mais frequente; a infecção está limitada ao conteúdo da cavidade uterina;
Grau 2: a infecção já se expande à pelve (pelviperitonite);
Grau 3: peritonite generalizada e infecção sistêmica com grave comprometimento do estado
geral, coagulação intravascular generalizada, insuficiência renal, falência de múltiplos órgãos e
choque séptico.
Conduta: fluidoterapia (para a estabilização hemodinâmica) e encaminhamento para o hospital
de referência obstétrica, além de antibioticoterapia, para a cobertura da infecção
polimicrobiana. (esquema sugerido: penicilina cristalina, 5.000.000 UI, EV, 4h/4h +
gentamicina, 1mg/kg de peso, IM ou EV, 8h/8h + metronidazol, 500mg, EV, 6h/6h ou
clindamicina, 600mg, EV, 6h/6h). Na dependência da gravidade do quadro clínico, pode ser
empregado tratamento cirúrgico.
Estática fetal.
A acomodação entre o feto e a sua passagem pela pelve materna é denominada
315
relação feto pélvica. O conhecimento da relação exata entre a posição do feto e a pelve
materna durante o processo de parturição é importante na condução do trabalho de parto e
parto. Portanto, a seguir descreveremos alguns conceitos comuns que são usados na prática
obstétrica para descrever a relação que caracteriza a estática fetal. Esses aspectos se referem
especificamente às relações dos diversos segmentos fetais entre si e com as estruturas
maternas.
Situação fetal.
É a relação entre os maiores eixos vertebrais do feto e da mãe. Ou seja, indica a relação
entre o eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe.
Quando os dois eixos vertebrais estiverem paralelos, o feto estará em uma postura
longitudinal. Quando as colunas vertebrais estiverem perpendiculares, o feto estará em uma
postura transversal. Quando a coluna vertebral do feto formar um ângulo entre as posições
paralela e perpendicular, o feto estará em uma postura oblíqua.
Posição fetal.
É a relação existente entre o dorso fetal e o lado direito ou esquerdo da mãe.
316
Atitude fetal
► A atitude fetal é a relação entre as diversas partes fetais entre si, assim, próximo ao
termo da gravidez, o feto apresenta uma atitude habitual no útero materno: a cabeça
flexionada de modo que o mento (queixo) repouse sobre o tórax, flexão das coxas sobre o
ventre e flexão das pernas sobre as coxas. A coluna vertebral também se encontra
discretamente curvada para a frente.
Apresentação do feto
De uma maneira simplificada, a apresentação corresponde à parte do corpo fetal que
ocupa o estreito superior da bacia no momento do exame obstétrico, e a partir daí, no trabalho
de parto, irá se insinuar no canal.
Portanto, é válido ressaltar que, estando o feto em situação longitudinal, a apresentação
pode ser cefálica ou pélvica; e na situação transversa a apresentação é sempre córmica
(ombro).
Apresentação cefálica
Nesta apresentação, que corresponde ao maior percentual dos partos e termo, a cabeça
do feto encontra-se para baixo, ou seja, em contato com o estreito superior da pelve materna.
De acordo com a relação mantida entre a cabeça fetal e o seu corpo, é possível classificar a
apresentação cefálica em:
- Apresentação cefálica fletida ou flexão completa: quando o mento está totalmente encostado
sobre o tórax.
- Apresentação de 1 ° grau ou pequena deflexão quando o ponto de referência ao toque vaginal
e a fontanela bregmática.
- Deflexão de 2 °grau ou deflexão moderada: quando, ao toque vaginal, o ponto de referência
encontrado é a fronte.
- Deflexão de 3 ° grau ou deflexão total: quando ocorre extensão máxima do pescoço e a
apresentação é de face, tendo como referência o momento.
317
Apresentação pélvica
A apresentação pélvica, que corresponde a um pequeno percentual das gestações a
termo (menor que 5%), caracteriza-se quando a cabeça fetal está em contato com o fundo
uterino e a pelve fetal está em contato com o estreito superior da pelve materna.
Dilatação
A dilatação corresponde ao primeiro estágio clínico do parto e é considerado o período
mais longo e mais variável, transcorrendo desde o início das contrações regulares até o final da
dilatação.
As contrações uterinas são as forças musculares vigorosas que provocam o nascimento
do bebê, e o profissional identifica seu início por meio da dinâmica uterina, quando coloca a sua
mão sobre o fundo uterino e avalia:
Fase ativa
Nesta fase, as contrações tornam-se mais vigorosas e mais longas, aumentando para
aproximadamente 30 a 40s, resultando em uma dilatação de 8 cm e um apagamento a partir de
80% do colo do útero. O feto prossegue a sua descida pelo canal de parto.
Fase transição
A dilatação desta fase contínua em um ritmo mais lento, seguindo de 8 para 10 cm, e as
contrações ficam mais frequentes, mais intensas e mais longas alcançando em média entre 45 a
90s, com intervalos de 1 a 2 min entre as contrações. O colo uterino, em geral, mostra-se com
100% de apagamento.
Geralmente, na fase de transição, acontece a ruptura espontânea das membranas
caracterizada pela saída de parte do líquido amniótico que envolve o feto. Esse momento é
chamado de amniorrexe.
A amniorrexe pode ocorrer de forma prematura, quando se dá antes do início do
trabalho de parto; também pode se apresentar de forma precoce, quando se rompe no início do
trabalho de parto, especificamente na fase latente e ativa do primeiro estágio clínico do parto;
oportuna, quando ocorre na fase de transição; e por último pode se apresentar de forma tardia,
quando ocorre somente no momento da expulsão do feto.
A placenta, no entanto, não se reduz e, como no local em que ela está inserida começa a
pregar, ela se solta e é expelida. Em aproximadamente 85% a placenta é expulsa
espontaneamente cerca de 5 a 10 min após a expulsão fetal. O tempo de expulsão placentária
torna-se prolongada quando esta ocorre entre 10 a 30 min, considera-se retenção placentária.
Contudo, algumas manobras palpatórias podem favorecer o desprendimento placentário, tais
como: manobra de Febre (ou pescador) que consiste em movimentos delicados e massagem em
fundo uterino com a mão não dominante e ao mesmo tempo, o profissional mantém com a mão
dominante uma suave tração e rotação (movimentos circulares) no cordão umbilical.
Outro procedimento que favorece o deslocamento das membranas ovulares é conhecido
como manobras de Jacob-Dublin e pode ser realizado pelo profissional quando realiza a
apreensão bimanual da placenta e segue com movimento rotatório (torção) da placenta que já
está fora da cavidade uterina.
324
Período Puerperal
O período pó s-parto, também denominado período puerperal, é considerado o intervalo
entre o parto e o restabelecimento do corpo da mulher ao estado anterior à gestaçã o.
Nesse tempo, ocorrem ajustes fisiológicos logo após o parto e que decorrem por cerca
de 42 dias (ou 6 semanas).
328
ESCALA de Apgar
Avaliação
► no 1º e 5º minutos.
► na cena do nascimento.
Valores de APGAR entre:
► de 0 a 3 – Asfixia grave.
► de 4 a 6 – Asfixia moderada.
► de 7 a 10 – Boa vitalidade, boa adaptação.
Em recém-nascido com Apgar < 7 é indicada a continuidade da avaliação até o 20º
minuto de vida. O Apgar não deve ser utilizado para decidir o início de reanimação, nem as
329
manobras a serem instituídas no decorrer da assistência. Isto significa que os procedimentos
deverão ser feitos à medida que se avaliam as condições clínicas do recém-nascido e suas
respostas a tais intervenções.
Cuidados
► Proceder ao clampeamento do cordão umbilical após cessadas suas pulsações
(aproximadamente 1 a 3 minutos), exceto nos casos de mães isoimunizadas ou HIV /HTLV
positivas. Nesses casos o clampeamento deve ser imediato.
► Manter o RN sobre o abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte de
calor, garantindo que o posicionamento da criança permita movimentos respiratórios
efetivos. O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em temperatura ambiente
de 26°C, reduz o risco de hipotermia em RNs a termo com respiração espontânea e que não
necessitam de ventilação, desde que cobertos com campos pré-aquecidos.
► Identificar o RN com pulseira e clamp umbilical contendo o nome da mãe, número de
prontuário, data de nascimento, sexo e hora.
► Realizar o aleitamento precoce para promoção do contato mãe-bebê imediato após o parto,
evitando intervenções desnecessárias que interferem nessa interação nas primeiras horas
330
de vida. Deve ser estimulado o contato pele a pele e o aleitamento materno na primeira
hora de vida, exceto em casos de mães HIV ou HTLV positivos.
Menos de 36 37 – 41 Mais de 42
semanas semanas semanas
Cabelo Fino e lanoso Intermediário Sedoso e ralo
Pavilhão Sem Presente Cartilagem bem
auricular cartilagem desenvolvida
Mamilos
Pregas da 1/3 anterior 2/3 anteriores Completa
planta do pé
Testículos Canal inguinal Intermediário No escroto
Escroto Sem rugas Intermediário Com rugas
Grandes Grandes lábios Intermediário Recobrindo os
Lábios não recobrindo pequenos lábios
os pequenos
Clitóris Proeminente Intermediário Recoberto
Cuidados mediatos.
Higienizaçã o corporal
• O primeiro banho, justificado por motivos esté ticos, deve ser postergado até o RN atingir a
estabilidade té rmica (Ricci, 2008);
• Estudos sugerem que o primeiro banho seja realizado apó s 6 h do nascimento, com exceçã o
de casos em que o RN está banhado em mecô nio espesso ou é filho de mã e portadora do
vírus da hepatite B, herpes-vírus e HIV, com o objetivo de remover resíduos de sangue
materno, minimizando a exposiçã o do RN a esses agentes etioló gicos. Ao manusear o RN,
deve-se tomar as precauçõ es-padrã o necessá rias, como uso de luvas de procedimento, para
evitar contaminaçã o por sangue e secreçõ es maternas;
• O banho deve ser de imersã o (banheira) com á gua morna, por causar menos perda de calor
por evaporaçã o, acalmar e confortar o RN. Os olhos e o rosto do RN devem ser lavados
primeiro, sem sabã o, apenas com á gua morna;
• O uso de xampu e sabonete suave é indicado para o banho do RN, desde que em banhos
espaçados (p. ex., 2 a 3 vezes na semana), pois o uso frequente desses produtos causa
irritaçã o cutâ nea e remove a camada de estrato có rneo da superfície da pele;
• O corpo do RN deve ser banhado em sentido cefalocaudal. A cabeça deve ser lavada em
separado, prioritariamente, com o RN seco e aquecido;
• Todo o xampu deve ser removido do couro cabeludo, pois o acú mulo desse produto pode
causar dermatite seborreica. Apó s a lavagem da cabeça, deve-se secá -la completamente,
pois é a maior á rea de perda de calor do bebê ;
• A seguir, higieniza-se o bebê de frente e de bruços (com o RN sempre apoiado
confortavelmente no antebraço do cuidador);
• A posiçã o de bruços deve ser deixada para o final, pois conforta o RN e ele sai da á gua
tranquilo;
• A regiã o de fraldas (períneo) deve ser deixada para o final. Algumas unidades utilizam o
“banho embrulhado”, em que o RN é progressivamente desenrolado do cueiro já imerso na
banheira;
• Apó s o banho, o RN deve ser enrolado em cobertores e aquecido sob fonte de calor radiante
332
para evitar hipotermia e gasto excessivo de energia.
• Os Lactobacillus bifidus impedem que outras bacté rias cresçam e causem diarreia;
• A lactoferrina (proteína presente no soro do leite humano) se junta ao ferro, impedindo o
crescimento de algumas bacté rias patogê nicas;
• O posicionamento é muito importante para que seja mantida a amamentaçã o. Posiçõ es
desconfortá veis para a mã e e o lactante podem interferir no sucesso do aleitamento;
• A melhor posiçã o é sempre a que proporciona mais conforto para o binô mio mã e e filho, e
cada mã e, mediante experimentaçã o, pode decidir quais as posiçõ es mais adequadas para
amamentaçã o;
• Para que a posiçã o escolhida seja adequada, é preciso que a criança esteja de frente e tenha
todo o seu corpo encostado no corpo da mã e. Seu rosto deve estar perto da mama, seu
queixo encostado na mama e a boca bem aberta;
• O lá bio inferior deve estar virado para fora, a maior parte da aré ola deve aparecer acima do
333
lá bio superior da criança;
• A criança deve engolir lenta e profundamente, e a mã e nã o deve sentir dor no mamilo (King,
2001). Para que a amamentaçã o seja satisfató ria, a mã e deve procurar um lugar tranquilo
para amamentar;
• O relaxamento e a tranquilidade do ambiente ajudam na descida do leite. Ela pode sentar-se
e segurar a criança de frente, manter a criança embaixo do braço, deitar-se com ela ao seu
lado, ou, se preferir, també m pode usar um travesseiro para apoiar. A enfermeira deve
auxiliar a mã e na amamentaçã o, observar a mamada e esclarecer quaisquer dú vidas.
Para a criança:
• melhor acuidade visual; desenvolvimento neuromotor; desenvolvimento cognitivo;
• quociente intelectual;
• desenvolvimento social;
• acalma e conforta a criança;
• diminui o índice de mortalidade infantil;
• desnutriçã o;
• doenças respirató rias.
Alojamento conjunto
Apó s o parto, especificamente no puerpé rio mediato, quando a mulher e o recé m-
nascido estã o está veis e em condiçõ es satisfató rias de recuperaçã o e adaptaçã o, ambos seguem
para o alojamento conjunto.
Conforme o Ministé rio da Saú de, o alojamento conjunto é o sistema hospitalar em que o
recé m-nascido sadio, logo apó s o nascimento, permanece com a mã e em um mesmo ambiente
(24 h por dia) até o momento da alta hospitalar (Portaria no 1.016 de 26 de agosto de 1993).
CADERNO DE EXERCÍCIOS
14. Quais os tipos de Endométrio durante o processo ovulatório? Comente cada um.
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
b. Progesterona:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
c. LH:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
d. FSH:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
e. Sth:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
f. Acth:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
g. Hcg:
337
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
h. Ocitocina:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
i. Prolactina:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
b. Quanto ao intervalo?
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
b. Dismenorreia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
c. Polimenorreia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
d. Oligomenorreia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
e. Menorragia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
f. Metrorragia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
g. Menostase:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
h. Amenorreia:
338
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
i. Dispareunia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
j. Nidação:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
20. Qual tipo de tratamento hormonal que a mulher pode fazer na menopausa e suas
complicações?
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
28. Defina Endometriose e qua faixa etária ocorre com mais frequência:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
b. Sinal de Halban:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
d. Sinal de kluge:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
e. Sinal de Hegar:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
g. Sinal de Nobile-Budin:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
h. Sinal de Puzos:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
i. Sinal de Goodell:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
j. Sinal de Piskacek:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
57. Monte, em seu caderno, um mapa cronológico até a 20ª semana gestacional:
66. Além da eclâmpsia, qual a outra complicação que pode ocorrer com a Pré-eclâmpsia?
344
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
b. Oligodramnia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
c. Nuligesta:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
d. Nulípara:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
e. Primigesta:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
f. Multigesta:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
g. Episiotomia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
h. Episiorrafia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
i. Perineorrafia:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
j. Puxo:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________