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CONSULTORIA BRASILEIRA EM PESQUISA,

ENSINO E EXTENSÃO – CBPEX


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SEXUALIDADE
HUMANA

MÓDULO: BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA


SEXUALIDADE HUMANA
Prof. Ms. Rômulo Wanderley de Lima

Enfermeiro graduado - UFRN

Especialista em Saúde da Mulher – IMIP/PE

Especialista Saúde da Família – NESC/UFPB

Mestre em Saúde Pública – NESC/FIOCRUZ/PE


ANATOMIA E
FISIOLOGIA DA MAMA E
DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
Descreva anatofisiologicamente (estrutura e
função das regiões ou orgãos)

O que é são mamas? ►O que é menstruação?


O que é vulva? ►O que é ovulação
O que é vagina? ►O que é libido?
O que é útero? ►O que é cópula?
O que são ovários? ►O que é orgasmo?
MAMAS
São grandes glândulas cutâneas,
embebidas de tecido adiposo e
conjuntivo, supridas por vasos
sanguíneos;

Durante a gravidez, sob influência do


estrogênio e progesterona secretados
pela placenta e de prolactina secretada
pela hipófise, a glândula mamária
aumenta de volume, preparando-se para
produção do leite.
MAMAS
São grandes glândulas cutâneas,
embebidas de tecido adiposo e conjuntivo,
supridas por vasos sanguíneos;

Durante a gravidez, sob influência de


estrogênio e progesterona secretada pela
placenta e de prolactina secretada pela
hipófise, a glândula mamária aumenta de
volume, preparando-se para produção do
leite.
Anatomia Mamária
Superfície Externa ou Cutânea
► Periferia ► Aréola ► Mamilo ► Papila
A
N
A
T
O M
M A
I M
A Á
R
I
A
Anatomia Mamária
Superfície Interna
• Lóbulos Glandulares: cada mama
contém centenas de lóbulos e cada
um deles é dividido em um grande
número de alvéolos que são
revestidos por células glandulares
que formam o epitélio que secreta o
leite.
• Ducto Lactífero: São ductos que
saem dos lóbulos se juntam a
outros, originando ductos mais
calibrosos.
Anatomia Mamária
Superfície Interna
• Seios Lactíferos: são dilatações dos
ductos lactíferos antes de seu término
no mamilo.
• Quando a criança suga a mama as
células mioepiteliais que cercam os
alvéolos, contraem, expulsando o leite
contido nos alvéolos e nos lóbulos
para o seios. Sem a contração dessas
células não haveria leite nos seios,
esse mecanismo é controlado pela
ocitocina.
Sistema Vascular
Rede Arterial
Sistema Vascular
Rede Venosa
Sistema Linfático
Rede Linfática
Anatomia e Fisiologia dos
Órgãos Reprodutores
Femininos
Sistema Redutor Feminino
REGIÕES EXTERNAS DA VULVA
Funções: permitem a entrada do esperma no corpo
e protegem os órgãos genitais internos contra
microrganismos infecciosos.
Monte Pubiano
Grandes Lábios
Pequenos Lábios
Clitóris
Glândula de Bartholin
Vestíbulo
Meato Uretral
Intróito Vaginal
Períneo
REGIÕES EXTERNAS
Monte Pubiano

É o coxim gorduroso que cobre o


osso pubiano e localiza-se abaixo do
abdomen e acima do prepúcio
clitoridiano;

O Monte Pubiano é sensível em


algumas mulheres e protege o osso
pubiano diminuindo o impacto
durante a relação sexual.
REGIÕES EXTERNAS
Grandes Lábios
São as pregas de tecido fibro-gorduroso
que vão do monte pubiano ao períneo.
São geralmente cobertos por pêlos
pubianos e possuem várias glândulas
sudoríparas e sebáceas.
Pequenos Lábios
Constituem-se de fibras elásticas e
conjuntivas e estão localizados entre os
grandes lábios.
Protegem a vagina, a uretra e o clitóris.
REGIÕES EXTERNAS
Glândulas vestibulares
Situam-se lateralmente à abertura vaginal.
Têm a função de secretam muco, que
lubrifica a vulva e vagina durante o ato
sexual.
Vestíbulo
É o espaço elíptico situado internamente em
relação aos pequenos lábios, se estende do
clitóris até a borda posterior do hime.
Intróito Vaginal
Tem sua abertura no vestíbulo. É o local que
ocorre a relação sexual, a expulsão da
menstruação e, na hora do parto, a saída do
bebê.
REGIÕES EXTERNAS
Clitóris
O clitóris fica localizado entre o topo dos
pequenos lábios e o prepúcio clitoriano, é
uma saliência carnuda e muito sensível
correspondente ao pênis. Durante uma
estimulação sexual, o clitóris pode
estender-se e o prepúcio retrair-se
deixando-o mais acessível
Meato Uretral
A abertura da uretra fica logo abaixo do
clitóris, ela não está relacionado com o ato
sexual ou com a reprodução e sim com a
passagem da urina.
REGIÕES EXTERNAS
Vagina
A entrada da vagina é protegida por uma
membrana circular - o hímen - que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase
sempre perfurado no centro, podendo ter formas
diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas
primeiras relações sexuais.

anular complacente fenestrado Intróito pós parto


REGIÕES INTERNAS
Vagina
É um canal de 8 a 10 cm de
comprimento, de paredes elásticas, que
liga o colo do útero aos genitais
externos;

Na sua abertura inferior que é o intróito


vaginal estão localizados os músculos
bulbocavernosos ou constritores da
vagina

Contém de cada lado de sua abertura,


internamente, duas glândulas
denominadas glândulas de
Bartholin, que secretam um muco
REGIÕES INTERNAS
ÓRGÃOS INTERNOS
View of the uterus, ovaries, Fallopian tubes, and round ligament through a laproscope.

http://yoursurgery.com/ProcedureDetails.cfm?BR=7&Proc=56
ÓRGÃOS INTERNOS
Útero
Órgão oco situado na cavidade pélvica
anteriormente à bexiga e posteriormente ao
reto, de parede muscular espessa e com
formato de pêra invertida. É revestido
internamente por um tecido vascularizado
rico em glândulas;

Na mulher adulta, pesa de 40 a 50 gramas,


se esta ainda não teve filhos. Após a
gestação seu peso poderá variar entre 60 a
70 gramas. Seu comprimento é de 6 a 7 cm
antes de qualquer gestação, podendo passar
para 8 a 9 cm após a gestação.
ÓRGÃOS INTERNOS
Útero
Miométrio:

Endométrio
COLO UTERINO
O colo possui entre 2 cm a 4 cm
de comprimento, seguindo do
istmo à vagina, com a
extremidade voltada para o
períneo e se sobressai na cavidade
vaginal. Relaciona-se
anteriormente com a bexiga e
posteriormente com o reto e na
face superior com o corpo uterino.
Estrutura do Útero
Endométrio: mucosa que reveste internamente o
útero, apresenta numerosas glândulas secretoras
de substancias lubrificantes. É a camada que
descama durante a menstruação;

Miométrio: é formado por uma espessa camada de


fibras musculares lisas que se distribuem, da
periferia para a profundidade, em 3 planos:
longitudinal, plexiforme e circular;

Perimétrio: é representado pelo peritonio visceral


que recobre tanto a parte visceral como a
intestinal do órgão ao nível das bordas laterais do
mesmo, os dois folhetos expandem-se
lateralmente para constituir os ligamentos largos
do útero.
ÓRGÃOS INTERNOS
TUBAS Uterinas
São dois ductos que unem o ovário
ao útero, apresenta
aproximadamente 10cm de
comprimento;
Ela vai se dilatando á medida que se
afasta do útero, abrindo-se
distalmente por um verdadeiro funil
de borda franjada;
Possui duas funções que é
transportar o óvulo do ovário ao
útero e é local onde ocorre a
fertilização do óvulo pelo
espermatozóide
ÓRGÃOS INTERNOS
OVÁRIOS
São glândulas ovóide com
aproximadamente 3cm de comprimento,
2cm de largura e 1,5cm de espessura;
Ele está situado por trás do ligamento
Ovário largo do útero e logo abaixo da trompas
uterinas, sendo que seu grande eixo se
Ovário coloca paralelamente a esta;
O ovário está preso ao útero e à
cavidade pélvica por meio de
ligamentos, o segmento que liga à
parede pélvica é denominado ligamento
suspensor do ovário e a porção que vai
até o útero é o ligamento próprio do
ovário.
Estrutura do Útero
Útero

O útero é mantido em
sua posição por três
ligamentos:

Ligamento redondo
Ligamento largo
Ligamento útero-
sacral.
Aparelho Reprodutor Feminino
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
FEMININA
Fisiologia sexual feminina
A Inervação dos genitais internos é assegurada pelo
sistema nervoso autônomo. A porção simpática do sistema
nervoso autônomo tem origem nas regiões torácicas e
lombares da medula espinhal e os gânglios simpáticos
estão adjacentes ao sistema nervoso central.

De forma geral, as fibras simpáticas na pelve feminina


levam a contrações musculares e vasoconstrição,
enquanto as fibras parassimpáticas causam efeito
oposto.
Fisiologia sexual feminina
O nervo pudendo e seus ramos são a origem da
maioria das fibras motoras e sensitivas para os
músculos e pele da região vulvar.
A pele do anus, clitóris e porções da vulva são
inervados pelos ramos distais do nervo pudendo. A região
vulvar recebe inervação sensitiva de três nervos:
ilioinguinal, gênito-femoral, femuro-cutâneo.

A resposta sexual feminina é mediada por reflexos da


medula espinhal sob o controle do tronco cerebral.
Fisiologia sexual feminina
Foram implicados três hormônios no comportamento
sexual feminino: estrogênio, progesterona e
androgênios.

Estudos recentes sugerem que os estrogênios e a


progesterona tem pouca influência no desejo sexual
feminino. Mas, tem mostrado que a falta de estrogênios
afeta indiretamente a função sexual pela diminuição da
congestão vascular e lubrificação vaginais e pela atrofia
do epitélio vaginal.
Fisiologia sexual feminina
As mulheres produzem 0,3mg de testosterona por dia.
50% da testosterona produzida pelas mulheres origina-
se nos ovários e nas suprarrenais, sendo os outros
50% produzidos a partir de precursores de
testosterona, como a androstenediona em tecidos
periféricos.
Apenas 2% da testosterona total se apresenta na sua
forma livre, enquanto que 98% encontra-se ligada a
albumina ou a globulina ligadora dos hormônios
sexuais (SHBG).
Fisiologia sexual feminina
Além do envelhecimento, várias outras condições
clinicas em mulheres pre-menopausa estão associadas
a níveis baixos de testosterona. Os sintomas incluem
disforia, astenia, diminuição da libido, da receptividade
sexual, excitação, orgasmo, instabilidade vasomotora e
diminuição da lubrificação vaginal.
Ciclo de Resposta Sexual
Feminina
A Função sexual feminina apresenta o ciclo de resposta
com quatro fases lineares e sucessivas: excitação,
plateau, orgasmo e resolução.

A excitação origina-se da intimidade e sedução e muitas


vezes precede o desejo. A fase de excitação começa
com a tumefação da mucosa vaginal, espessamento das
paredes vaginais e transudação de fluido para a vagina.
Há tumefação dos lábios, clitóris e vagina.
Ciclo de Resposta Sexual Feminina
 As mamas aumentam ligeiramente de volume por
tumefação e as aréolas ficam eretas. A tensão muscular,
frequência cardíaca e pressão arterial aumentam.

 Na fase de plateau os lábios ficam mais entumecidos, o


clitóris retrai e o terço externo da vagina fica mais
congestionado e estreito.
Ciclo de Resposta Sexual Feminina
O orgasmo caracteriza-se por contrações rítmicas dos
músculos elevadores do anus, vagina e útero e
libertação da tensão muscular.

Durante a fase de resolução há diminuição da tensão


muscular e detumescência dos lábios, clitóris e vagina.
OBRIGADO!
Descreva anatofisiologicamente (estrutura e
função das regiões ou orgãos)

O que é são testículos? ►O que é ejaculação?


Qual a função do pênis? ►O que é ereção
O que é próstata? ►O que é esperma?
O que é epidídimo? ►?
Qual a célula sexual masculina?
Sistema Reprodutor Masculino
Sistema Reprodutor Masculino
Os órgãos sexuais
principais ou essenciais
Os testículos

Os órgãos sexuais


acessórios
Epidídimos, ductos deferentes,
vesículas seminais, próstata,
glândulas bulbouretrais, escroto
e o Pênis
Sistema Reprodutor Masculino
É o órgão copulador masculino. Em
seu interior há três tipos de tecido
erétil: dois corpos cavernosos,
localizados lateralmente ao pênis, e
um corpo esponjoso, localizado
medianamente ao redor da uretra.

Com capacidade de aumentar


substancialmente quando repleto de
sangue, delimitados por tecido
fibroso e coberto por pele.
Sistema Reprodutor Masculino
A pele do pênis é mais fina e
mais pigmentada do que a pele do
resto do corpo, coberta de pêlos
apenas na base.

Na sua porção terminal


distal, o corpo esponjoso
expande-se para formar a
glande do pênis, sobre o qual se
encontra o óstio externo da
uretra.
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO MASCULINA
TESTOSTERONA
Tem efeito no aumento dos testículos, na
Espermatogênese e nos caracteres sexuais
masculinos:
Tem efeito na formação e desenvolvimento de todo
sistema genital masculino.
Faz com que os pêlos cresçam , aumenta a massa
muscular, deixa a voz mais grave, promove uma
secreção anormal das glândulas sebáceas da pele.
FISIOLOGIA SEXUAL MASCULINA
FISIOLOGIA DA EREÇÃO:
Envolve estados hormonais, psicogênicos e sensoriais que
são processados pelo sistema nervoso central, transmitidos até
os tecidos penianos, onde serão determinados fenômenos
neuronais, vasculares e veiculares.
É o estado de rigidez peniana necessário para a
penetração sexual. Para que a ereção ocorra são necessárias
uma serie de estruturas interligadas entre si: sistema nervoso
central, sistema nervoso periférico e estruturas penianas,
existindo para isso uma rede de aferências e eferências.
Vias Periféricas
O pênis é inervado pelo sistema nervoso simpático e
parassimpático. A estimulação parassimpática causa
ereção e a atividade simpática causa ejaculação e
detumescência peniana.

Vias supra espinhais e Centros Nervosos


Para que a ereção peniana possa iniciar e manter é
necessária a integração e processamento de todas as
impressões sensoriais e psicológicas nos centros supra
espinhais.
Existem classicamente cinco fases de
ereção:
Fase de flacidez, fase latente ou de
enchimento, fase de tumescência, fase de
ereção completa, fase de ereção esquelética e
fase de detumescência.
PÊNIS
1. Ele pode sofrer uma fratura durante a relação?

Segundo Valter Javaroni, chefe do departamento de


andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, essa
situação é mais comum do que se imagina. Quando o
pênis está ereto, os dois cilindros que ficam no seu interior
–os corpos cavernosos– estão rígidos e cheios de
sangue. Se um grande impacto dobrar os cilindros, a
parede deles pode se romper., ficando arroxeado e
disforme.
O tamanho Grande do pênis afasta as parceiras?

Na opinião dos especialistas, quem se preocupa


com as dimensões do pênis são os próprios homens. As
mulheres não só não ligam para isso como se sentem
incomodadas com os chamados superdotados.
"Geralmente, a parceira se queixa de dor durante a
penetração, o que torna a relação sexual, muitas vezes,
frustrante e pouco satisfatória“.
Cristina Romualdo, 2015.
O tamanho Pequeno não é problema para ela?
A dificuldade é conseguir manter a penetração, pois
muitas vezes, o pênis escapa da vagina”. Para evitar, o
ideal é que a mulher suba no parceiro deitado de
barriga para cima. A posição com a parceira de quatro
também garante prazer. A área inicial da vagina, logo
na entrada, é a parte mais rica em terminações
nervosas e mede cerca de 2 a 3 cm.
Cristina Romualdo, 2015.
FISIOLOGIA DA EJACULAÇÃO
A ejaculação constitui a fase final do ciclo sexual
do homem e representa um reflexo que engloba
estímulos sensoriais, centros cerebrais, espinhais e
vias eferentes.
Existem vários neurotransmissores envolvidos:
serotonina, dopamina, oxitocina, adrenalina,
acetilcolina e oxido nítrico. A regulação da ejaculação
é em grande medida determinada pela Serotonina e
Dopamina.
Existem 2 fases na ejaculação: Emissão e
Expulsão.

A fase de emissão é a fase inicial, e consiste num


reflexo espinhal definido pela deposição de fluido
seminal na uretra prostática.
Já a fase de expulsão representa uma ação
combinada contrações do musculo peri-uretral e
relaxamento do esfíncter urinário externo.
O orgasmo e geralmente síncrono com a
ejaculação, e é a reação de prazer resultante do
processo cerebral desencadeado com o aumento de
pressão da uretra posterior e contração da uretra bulbar
e das glândulas sexuais acessórias.

A composição do ejaculado obedece a seguinte


ordem: secreções das glândulas bulbo--uretrais,
espermatozoides, fluido das vesículas seminais e fluido
prostático.
Ejacular é diferente de gozar?
Do pondo de vista fisiológico são dois fenômenos
distintos, comandados por sistemas neurológicos
diferentes. "Ejacular é uma vivência física de prazer,
com a eliminação do sêmen. Já o orgasmo é a
percepção psíquica intensa do prazer desencadeado
pela estimulação física associada à emoção que pode
acompanhar o momento”,.
Cristina Romualdo, 2015.

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