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INTRODUÇÃO

O conhecimento sobre a organizacao anatomica e fisiologica do sistema reprodutor


feminino, com as suas modificações ao longo do desenvolvimento e envelhecimento é
essêcial para a compreensão da reprodução humana.

O sistema reprodutor feminino apresenta diversas caracteristicas funcionais diferentes do


sistema reprodutor masculino, por exemplo apresenta ciclos ovarianos onde ocorrem as
ovulações.

Esses ciclos estão presentes na fase reprodutiva da mulher que se inicia na puberdade e
termina com a meno pausa.
PROBLEMATIZAÇÃO

Mais do que transmissão de conhecimentos, a nossa pesquisa visa uma abordagem mais clara no
que tange os conceitos fisiológicos do sistema reprodutor feminino.

Tratando-se de um tema impactante com diversas funcionalidades que contribuem na vida sexual e
reprodutiva da mulher, surge a seguinte pergunta:

Visto que a reprodução é o fenomeno mais importante na vida da mulher , como o mau
funcionamento deste sistema afecta significativamente a função reprodutiva e a saúde geral da
mulher?
Objectivos

Geral

 Copreender a fisiologia do sistema reprodutor feminino.

Especificos

 Descrever anatomicamente os órgãos do sistema reprodutor feminino;


 Explicar os processos de ovogênese, desenvolvimento folicular, regulação humoral
do ciclo reprodutivo feminino.
 Especificar os efeitos do envelhecimento sobre o sistema reprodutor femenino;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Os órgãos genitais femininos diferem dos órgãos masculinos de várias maneiras importantes.
Primeiro, além de produzirem gametas (óvulos), os órgãos genitais femininos preparam-se para dar
suporte ao embrião em desenvolvimento durante a gravidez. Segundo, os órgãos femininos sofrem
mudanças de acordo com o ciclo reprodutivo, o ciclo menstrual, que dura em média 28 dias. Por
definição, o ciclo menstrual é o ciclo mensal feminino, já que afeta todos os órgãos genitais da
mulher. Os órgãos genitais femininos primários são os ovários produtores de óvulos. Os ductos
acessórios incluem as tubas uterinas, onde normalmente ocorre a fertilização; o útero, onde o
embrião se desenvolve; e a vagina, que age como canal de parto e recebe o pênis durante o
intercurso sexual. Os genitais femininos externos constituem o pudendo (ou vulva). As glândulas
mamárias produtoras de leite, que fazem parte, na realidade, do sistema tegumentar, também são
consideradas aqui devido à sua função reprodutora de nutrir o bebê ( MARIEB,WILHELM,
MALLATT, 2014).

Ovários
O par de ovários em forma de amêndoa, localizado lateralmente ao útero, mede em torno de 3 cm
por 1,5 cm por 1 cm. Cada ovário localiza-se contra a parede lateral óssea da pelve verdadeira,
próximo à bifurcação dos vasos ilíacos comuns. As superfícies dos ovários são lisas nas meninas,
mas após a puberdade elas adquirem cicatrizes e depressões decorrentes da liberação mensal dos
óvulos ( MARIEB,WILHELM, MALLATT, 2014).

O ovário é circundado por uma cápsula fibrosa chamada túnica albugínea , que é muito
mais fina do que a túnica albugínea do testículo. A túnica albugínea é coberta por um epitélio
cuboide simples chamado epitélio germinativo. Apesar do nome,esse mesotélio não germina os
óvulos. O parênquima do ovário é dividido em um córtex externo e uma medula interna. O córtex
do ovário abriga os gametas em desenvolvimento, que são chamados ovócitos enquanto estão no
ovário. Todos os ovócitos ocorrem dentro de estruturas multicelulares parecidas com bolsas
chamadas folículos (“pequenos sacos”), que aumentam substancialmente quando amadurecem. Nas
mulheres, em geral um às vezes, dois folículo amadurece todo mês; assim, apenas um ou dois
ovócitos se desenvolvem por mês. A parte do córtex entre os folículos é umtecido conjuntivo rico
em células. A profunda medulado ovário é um tecido conjuntivo frouxo contendo os
maiores vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos do ovário; esses vasos entram no ovário através
do hilo, uma fenda horizontal na superfície ovariana anterior onde se insere o mesovário (
MARIEB,WILHELM, MALLATT, 2014).

Tubas uterinas

As tubas uterinas, também chamadas ovidutos, recebem o ovócito, sendo o local da


fertilização. Cada tuba uterina inicia-se lateralmente perto de um ovário e termina
medialmente, onde se abre na parte superior do útero. A região lateral ampla e aberta da
tuba uterina é chamada infundíbulo (“funil”) e abre-se para a cavidade peritoneal. A
margem do infundíbulo é circundada por projeções ciliadas chamadas fímbrias (“franja”),
que se dobram sobre o ovário. Medial ao infundíbulo encontra-se uma expansão que recebe
o nome de ampola (“frasco”), que representa a metade do comprimento da tuba uterina e é
o local onde costuma ocorrer a fertilização. Por fim, o terço medial da tuba uterina é o
istmo (“passagem estreita”).

Útero

O útero localiza-se na cavidade pélvica, em posição anterior ao reto e posterossuperior à


bexiga urinária (Figura 25.11). Trata-se de um órgão oco e com paredes espessas, cujas
funções são receber, reter e nutrir o óvulo fertilizado (ovo) durante a gravidez. Em uma
mulher que nunca ficou grávida, o útero tem o tamanho e o formato aproximados de uma
pequena pera invertida, mas é um pouco maior nas mulheres que tiveram filhos.
Normalmente, o útero é inclinado na direção anterior, ou antevertido, na parte superior da
vagina. No entanto, nas mulheres mais velhas ele costuma se inclinar posteriormente, ou
seja, é retrovertido. A parte principal do útero chama-se corpo (Figura 25.12). A região
arredondada superior próxima à entrada das tubas uterinas é o fundo, e a região
ligeiramente estreitada inferior ao corpo é o istmo. Abaixo dessa região, a parte cuja
extremidade inferior se projeta na vagina é o colo do útero. Contendo muito colágeno, o
cérvice forma um anel fibroso rígido que mantém o útero fechado e o feto dentro dele
durante a gravidez.

Parede uterina

A parede do útero é composta por três camadas básicas. O perimétrio (“em volta do útero”),
a membrana serosa externa, é peritoneal. miométrio (“músculo do útero”), a camada
intermediária volumosa, consiste em feixes entrelaçados de músculo liso que se contraem
para expelir o bebê durante o parto.

O endométrio (“dentro do útero”) é o revestimento mucoso da cavidade uterina e consiste


em um epitélio colunar simples contendo células secretórias e ciliadas sustentadas por uma
lâmina própria de tecido conjuntivo. Se ocorrer fertilização, o embrião abriga-se no
endométrio e ali permanece pelo resto de seu desenvolvimento, até o nascimento.

Vagina

A vagina (“bainha”) é um tubo de paredes finas situado inferiormente ao útero,


anteriormente ao reto e posteriormente à uretra e à bexiga. A vagina é chamada
frequentemente canal do parto, pois proporciona uma passagem para o nascimento do bebê.
Ela também recebe o pênis e o sêmen durante o intercurso sexual.

Mamas

As mamas são glândulas sudoríferas modificadas presentes em ambos os sexos, mas que
funcionam apenas nas mulheres lactantes (Figura 25.21), quando produzem leite para nutrir
o bebê em resposta à estimulação hormonal. Em termos embrionários, as mamas formam-se
como parte da pele, surgindo ao longo das linhas bilaterais que passam entre a axila e a
virilha, lateralmente no tronco do embrião. Essas cristas mamárias embrionárias persistem
apenas na parte média do tórax, onde se formam as mamas definitivas. Aproximadamente
uma pessoa em 500 desenvolve mamilos ou mamas adicionais (acessórios), que podem
ocorrer em qualquer lugar ao longo da crista mamária
Órgãos genitais externos e períneo feminino

As estruturas reprodutoras femininas situadas fora da vagina constituem os órgãos genitais


externos, também chamada vulva (“cobertura”) ou pudendo. Elas incluem o monte do
púbis, os lábios, o clitóris e as estruturas associadas ao vestíbulo. O monte do púbis é uma
almofada gordurosa que repousa sobre a sínfise púbica. Após a puberdade, os pelos púbicos
cobrem a pele dessa área. Estendendo-se posteriormente a partir do monte do púbis existem
duas pregas gordurosas de pele e cobertas de pelos, os lábios maiores, que são a contraparte
feminina, ou homóloga, do escroto; isto é, derivam da mesma estrutura embrionária. Os
lábios maiores envolvem outras duas pregas finas e sem pelos chamadas lábios menores,
que delimitam um espaço chamado vestíbulo (“hall de entrada”), que abriga os óstios
(aberturas) externos da uretra e da vagina. No vestíbulo, o óstio da vagina é posterior ao
óstio da uretra. A cada lado do óstio da vagina encontram-se as glândulas vestibulares
maiores, pares, do tamanho de uma ervilha, situadas profundamente na parte posterior dos
lábios maiores em cada lado; essas glândulas secretam muco lubrificante no óstio da vagina
durante a estimula- ção sexual, facilitando a penetração do pênis. No ponto extremo
posterior do vestíbulo, os lábios menores direito e esquerdo unem-se e formam uma prega
chamada frênulo dos lábios (ou fúrcula). Imediatamente antes do vestíbulo se encontra o
clitóris (“colina”), uma estrutura saliente composta basicamente de tecido erétil sensível ao
toque e que incha com sangue durante a estimulação sexual. O clitóris é homólogo ao
pênis, tendo glande e corpo (embora não exista uretra em seu interior). É encapuzado por
uma prega de pele, o prepúcio do clitóris, formado pela junção anterior dos dois lábios
menores (Figura 25.20a). Assim como no pênis, o corpo do clitóris contém pares de corpos
cavernosos, que continuam posteriormente nos ramos que se inserem ao longo do arco
púbico ósseo. O clitóris não contém corpo esponjoso. Os homólogos bulbos do vestíbulo
situam-se em cada lado do óstio da vagina e profundos aos respectivos músculos
bulboesponjosos. Durante a estimulação sexual, esses tecidos eréteis se enchem de sangue e
podem ajudar a manter o pênis dentro da vagina. Os bulbos do vestíbulo e a base do clitóris
também comprimem o orifício uretral, mantendo-o fechado durante o intercurso. Isso fecha
a uretra, talvez para evitar que as bactérias entrem e alcancem a bexiga, infectando-a. O
períneo feminino é uma região em forma de diamante (losangular) entre o arco púbico
anteriormente, o cóccix posteriormente e os túberes isquiáticos lateralmente. No centro
exato do períneo, imediatamente posterior ao frênulo, situa-se o corpo do períneo, um
tendão de inserção da maioria dos músculos que suportam o assoalho pélvico.

Ovogénese e desenvolvimento folicular

Segundo Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014, “A formação de gametas nos ovários é


denominada oogénese. Em contraste com a espermatogênese, que no sexo masculino
começa na puberdade, a oogénese nas mulheres começa antes mesmo de elas nascerem. A
oogénese ocorre essencialmente do mesmo modo que a espermatogênese; ocorre uma
meiose e as células germinativas resultantes sofrem maturação”.

Durante o início do desenvolvimento fetal, as células germinativas primordiais (primitivas)


migram do saco vitelino para os ovários. Lá, as células germinativas se diferenciam no
interior dos ovários em oogónias. As oogónias são célulastronco diploides (2n) que se
dividem por mitose produzindo milhões de células germinativas. Mesmo antes do
nascimento, a maior parte destas células germinativas se degenera em um processo
conhecido como atresia. Algumas, no entanto, se desenvolvem em células maiores
chamadas oócitos primários, que entram na prófase da meiose I durante o desenvolvimento
fetal, mas não concluem essa fase até depois da puberdade. Durante esta pausa na fase de
desenvolvimento, cada oócito primário é circundado por uma camada única de células
foliculares planas, e a estrutura como um todo é chamada folículo primordial. O córtex
ovariano em torno dos folículos primordiais consiste em fibras colágenas e células
estromais semelhantes a fibroblastos. Ao nascer, aproximadamente 200 mil a 2 milhões de
oócitos primários permanecem em cada ovário. Destes, aproximadamente 40 mil ainda
estão presentes na puberdade, e aproximadamente 400 vão amadurecer e ovular durante a
vida fértil da mulher. A parte restante dos oócitos primários sofre atresia (MARIEB;
WILHELM; MALLATT, 2014).
A cada mês, da puberdade até a menopausa, gonadotrofinas (FSH e LH) secretadas pela
adenohipófise estimulam adicionalmente o desenvolvimento de vários folículos
primordiais, embora apenas um geralmente alcance a maturidade necessária para a
ovulação. Alguns folículos primordiais começam a crescer, tornandose folículos primários.
Cada folículo primário consiste em um oócito primário, que em um estágio posterior de
desenvolvimento estará circundado por várias camadas de células cuboides e colunares
baixas chamadas de células granulosas. As células granulosas mais externas repousam
sobre uma membrana basal. À medida que o folículo principal cresce, ele forma uma
camada glicoproteica transparente chamada zona pelúcida entre o oócito primário e as
células granulosas. Além disso, as células estromais em torno da membrana basal começam
a formar uma camada organizada chamada teca folicular (MARIEB; WILHELM;
MALLATT, 2014).

Com a continuidade da maturação, um folículo primário se desenvolve em folículo


secundário. Em um folículo secundário, a teca se diferencia em duas camadas: (1) a teca
interna, uma camada interna bem vascularizada de células cuboides secretoras que secretam
hormônios estrogênicos, e (2) a teca externa, uma camada exterior de células estromais e
fibras colágenas. Além disso, as células granulosas começam a secretar líquido folicular,
que se acumula em uma cavidade chamado antro, no centro do folículo secundário. A
camada mais interna das células granulosas tornase firmemente ligada à zona pelúcida e
agora é chamada de coroa radiada (TORTORA; DERRICKSON, 2016).

O folículo secundário aumenta de tamanho e se torna um folículo maduro (Figura 28.14D).


Enquanto neste folículo, e pouco antes da ovulação, o oócito primário diploide completa a
meiose I, produzindo duas células haploides (n) de tamanho desigual – cada uma com 23
cromossomos. A célula menor produzida pela meiose I, chamada de primeiro corpo polar, é
essencialmente material nuclear descartado. A célula maior, conhecida como oócito
secundário, recebe a maior parte do citoplasma. Uma vez que um oócito secundário é
formado, ele começa a meiose II, mas em seguida, para na metáfase. O folículo maduro
rompe-se e libera rapidamente seu oócito secundário, em um processo conhecido como
ovulação (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
Na ovulação, o oócito secundário é expelido para o interior da cavidade pélvica, juntamente
com o primeiro corpo polar e a coroa radiada. Normalmente estas células são
impulsionadas para dentro da tuba uterina. Se a fertilização não ocorrer, as células
degeneram. Se houver espermatozoides na tuba uterina e um deles penetrar o oócito
secundário, no entanto, a meiose II é retomada. O oócito secundário se divide em duas
células haploides, novamente de tamanhos desiguais. A célula maior é o óvulo, ou ovo
maduro; a menor é o segundo corpo polar. Os núcleos do espermatozoide e do óvulo então
se unem, formando um zigoto diploide. Se o primeiro corpo polar sofrer outra divisão para
produzir dois corpos polares, então o oócito primário por fim dá origem a três corpos
polares haploides, que se degeneram, e um único óvulo haploide. Assim, um oócito
primário dá origem a um único gameta (um óvulo). Por outro lado, é importante lembrar
que nos homens um espermatócito primário produz quatro gametas (espermatozoides)
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).

Ciclo reprodutivo feminino

Durante os anos férteis, as mulheres não grávidas normalmente apresentam alterações


cíclicas nos ovários e útero. Cada ciclo dura aproximadamente 1 mês e envolve tanto a
oogénese (ou ovogénese) quanto a preparação do útero para receber um óvulo fertilizado.
Hormônios secretados pelo hipotálamo, adenohipófise e ovários controlam os principais
eventos. O ciclo ovariano consiste em uma série de eventos nos ovários que ocorrem
durante e após a maturação do oócito. O ciclo uterino (menstrual) é uma série concomitante
de alterações no endométrio do útero para preparálo para a chegada de um óvulo
fertilizado, que ali vai se desenvolver até o nascimento. Se a fertilização não ocorrer, os
hormônios ovarianos diminuem, o que faz com que o estrato funcional do endométrio
descame. O termo geral ciclo reprodutivo feminino abrange os ciclos ovariano e uterino, as
alterações hormonais que os regulam e as mudanças cíclicas relacionadas nas mamas e no
colo do útero (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).

Regulação hormonal do ciclo reprodutivo feminino

O hormônio libertador de gonadotrofina (GnRH) secretado pelo hipotálamo controla os


ciclos ovariano e uterino. O GnRH estimula a liberação do hormônio folículo estimulante
(FSH) e do hormônio luteinizante (LH) pela adenohipófise. O FSH inicia o crescimento
folicular, enquanto o LH estimula o desenvolvimento adicional dos folículos ovarianos.
Além disso, o FSH e o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar estrogênio. O LH
estimula as células da teca de um folículo em desenvolvimento a produzir androgênios. Sob
influência do FSH, os androgênios são absorvidos pelas células granulosas do folículo e,
em seguida, convertidos em estrogênios. No meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e,
então, promove a formação do corpo lúteo, a razão para o nome hormônio luteinizante.
Estimulado pela LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios, progesterona, relaxina e
inibina (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).

Tortora e Derrickson (2016, p.1458) afirmam que “Foram isolados pelo menos seis
estrogênios diferentes do plasma de mulheres, mas apenas três estão presentes em
quantidades significativas: beta (β)estradiol, estrona e estriol. Em uma mulher não grávida,
o estrogênio é o estradiol mais abundante, que é sintetizado a partir do colesterol nos
ovários.”

Os estrogênios secretados pelos folículos ovarianos têm várias funções importantes, dentre
elas:

Promover o desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas femininas,


características sexuais secundárias e mamas. As características sexuais secundárias incluem
a distribuição do tecido adiposo nas mamas, no abdome, no monte do púbis e nos quadris;
tom da voz; uma pelve ampla; e o padrão de crescimento de pelos no corpo, Aumentar o
anabolismo proteico, incluindo a formação de ossos fortes. Em relação a isso, os
estrogênios são sinérgicos com o hormônio do crescimento (hGH). Baixar o nível
sanguíneo de colesterol, que provavelmente é o motivo de as mulheres com menos de 50
anos correrem risco muito menor de doença da artéria coronária (DAC) do que os homens
de idade semelhante. Níveis sanguíneos moderados inibem tanto a liberação de GnRH pelo
hipotálamo quanto a secreção de LH e de FSH pela adenohipófise (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).

A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo lúteo, coopera com os


estrogênios para preparar e manter o endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado
e preparar as glândulas mamárias para a secreção de leite. Altos níveis de progesterona
também inibem a secreção de LH e GnRH. A pequena quantidade de relaxina produzida
pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal relaxa o útero inibindo as contrações do
miométrio. Presumivelmente, a implantação de um óvulo fertilizado ocorre mais facilmente
em um útero “tranquilo”. Durante a gestação, a placenta produz muito mais relaxina, e isso
continua relaxando o músculo liso do útero. No final da gestação, a relaxina também
aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e pode ajudar a dilatar o colo do útero, que
facilitam a saída do bebê adenohipófise (TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Fases do ciclo reprodutivo feminino

De acordo com Tortora e Derrickson (2016, p.1459) “A duração do ciclo reprodutivo


feminino normalmente varia de 24 a 36 dias. Para essa discussão, assume-se uma duração
de 28 dias e divide-se o ciclo em quatro fases: a fase menstrual, a fase pré-ovulatória, a
ovulação e a fase pós-ovulatória”

Fase menstrual

Tortora e Derrickson (2016, p.1459) Afirmam que “A fase menstrual, também chamada de
menstruação, perdura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. (Por convenção, o
primeiro dia da menstruação é o dia 1 de um novo ciclo.)”

Para Tortora e Derrickson (2016, p.1459) EVENTOS NOS OVÁRIOS. Sob influência do
FSH, vários folículos primordiais se desenvolvem em folículos primários e, então, em
folículos secundários. Este processo de desenvolvimento pode levar vários meses para
ocorrer. Portanto, um folículo que começa a se desenvolver no início de um dado ciclo
menstrual pode não alcançar a maturidade e ovular até vários ciclos menstruais mais tarde.

EVENTOS NO ÚTERO. O fluxo menstrual do útero consiste em 50 a 150 mℓ de sangue,


líquido tecidual, muco e células epiteliais do endométrio descamado. Esta eliminação
ocorre porque os níveis decrescentes de progesterona e estrogênios estimulam a liberação
de prostaglandinas que fazem com que as arteríolas espirais do útero se contraiam. Como
resultado, as células que elas irrigam são privadas de oxigênio e começam a morrer. Por
fim, todo o estrato funcional descama. Nesta altura, o endométrio está muito fino, com
cerca de 2 a 5 mm, porque apenas o estrato basal permanece. O fluxo menstrual passa da
cavidade uterina pelo colo do útero e vagina até o meio externo (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).

Fase pré-ovulatória

Segundo Tortora e Derrickson (2016, p.1460) A fase pré-ovulatória é o período entre o fim
da menstruação e a ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo tem comprimento mais
variável do que as outras fases e representa a maior parte das diferenças na duração do
ciclo. Tem a duração de 6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias.

Eventos Nos Ovários

Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a secretar estrogênios e inibina. Por
volta do dia 6, um folículo secundário único em um dos dois ovários superou todos os
outros para se tornar o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina secretados pelo
folículo dominante diminuem a secreção de FSH, o que faz com que os outros folículos
menos bem desenvolvidos parem de crescer e sofram atresia. Os gêmeos ou trigêmeos
fraternos (não idênticos) ocorrem quando dois ou três folículos secundários se tornam
codominantes e mais tarde são ovulados e fertilizados aproximadamente ao mesmo tempo.
Normalmente, um folículo secundário dominante único passa a ser o folículo maduro, que
continua aumentando até que tenha mais de 20 mm de diâmetro e esteja pronto para a
ovulação. Este folículo forma uma protuberância em forma de vesícula decorrente da
tumefação do antro na superfície do ovário. Durante o processo de maturação final, o
folículo maduro continua aumentando a sua produção de estrogênios externo (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).

Eventos No Útero.

Os estrogênios liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em crescimento estimulam


o reparo do endométrio; as células do estrato basal sofrem mitose e produzem um novo
estrato funcional. Conforme o endométrio se espessa, desenvolvem-se glândulas uterinas
retas e curtas, e as arteríolas se espiralam e alongam à medida que penetram no estrato
funcional. A espessura do endométrio aproximadamente dobra, alcançando cerca de 4 a 10
mm. Em relação ao ciclo uterino, a fase pré-ovulatória também é denominada fase
proliferativa, porque o endométrio está proliferando ( MARIEB; WILHELM; MALLATT,
2014).

Ovulação

A ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para o interior


da cavidade pélvica, geralmente ocorre no 14º dia em um ciclo de 28 dias. Durante a
ovulação, o oócito secundário permanece cercado por sua zona pelúcida e coroa radiada. Os
níveis elevados de estrogênios durante a última parte da fase pré-ovulatória exercem um
efeito de feedback positivo sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de
gonadotrofina (GnRH) e induzem à ovulação, como se segue:

1. Uma alta concentração de estrogênios estimula a liberação mais frequente de GnRH pelo
hipotálamo. Também estimula diretamente os gonadotropos na adenohipófise a secretar
LH.

2. O GnRH promove a liberação adicional de FSH e LH pela adenohipófise 3. O LH


provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão de um oócito secundário
aproximadamente 9 h após o pico de LH. O oócito ovulado e suas células da coroa radiada
geralmente são deslocados para a tuba uterina (TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Segundo Tortora e Derrickson (2016, p.1460) “De tempos em tempos, um oócito é perdido
na cavidade pélvica, onde depois se desintegra. O pequeno volume de sangue que, às vezes,
extravasa para a cavidade pélvica do folículo rompido pode causar dor, conhecida como dor
intermenstrual (do alemão mittelschmerz), no momento da ovulação. Um teste de venda
livre que detecta um aumento no nível de LH pode ser usado para predizer a ovulação com
1 dia de antecedência”

Fase pós-ovulatória
Segundo Tortora e Derrickson (2016, p.1461) “A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo
feminino é o período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. Em duração, é a
parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Tem a duração de 14 dias em um ciclo
de 28 dias, do 15 o ao 28 o dias”.

Eventos No Ovário.

Depois da ovulação, o folículo maduro colapsa, e a membrana basal entre as células


granulosas e a teca interna se rompe. Uma vez que um coágulo se forma pelo pequeno
sangramento do folículo rompido, o folículo se torna o corpo rubro. As células da teca
interna se misturam com as células granulosas conforme todas estas células se transformam
nas células do corpo lúteo sob a influência do LH. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo
secreta progesterona, estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas também absorvem o
coágulo de sangue. Em relação ao ciclo ovariano, esta fase é chamada de fase lútea
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Os eventos posteriores em um ovário que ovulou um oócito dependem se o óvulo foi


fertilizado. Se o óvulo não foi fertilizado, o corpo lúteo tem uma vida útil de apenas 2
semanas. Em seguida, a sua atividade secretora declina, e ele se degenera em um corpo
albicante. À medida que os níveis de progesterona, estrogênios e inibina diminuem, a
liberação de GnRH, FSH e LH aumenta, em decorrência da perda da supressão por
feedback negativo pelos hormônios ovarianos. O crescimento folicular é retomado e
começa um novo ciclo ovariano (TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste além de
sua duração normal de 2 semanas. Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina
coriônica humana (hCG). Este hormônio é produzido pelo cório do embrião, começando
aproximadamente 8 dias após a fertilização. Como o LH, o hCG estimula a atividade
secretora do corpo lúteo. A determinação de hCG no sangue ou na urina materna é um
indicador de gravidez e é o hormônio detectado pelos testes de gravidez de venda livre
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Envelhecimento sisistemas genitais

Durante a primeira década da vida, o sistema genital se encontra em um estado juvenil. Por
volta dos 10 anos de idade, alterações controladas por hormônios começam a ocorrer em
ambos os sexos. A puberdade é o período em que as características sexuais secundárias
começam a se desenvolver e o potencial para a reprodução sexual é alcançado. O início da
puberdade é marcado por pulsos ou picos de secreção de LH e FSH, cada um desencadeado
por um pulso de GnRH. A maior parte dos pulsos ocorre durante o sono. Conforme a
puberdade avança, os pulsos hormonais ocorrem durante o dia, bem como à noite. Os
pulsos aumentam em frequência durante um período de 3 a 4 anos, até que o padrão adulto
é estabelecido. Os estímulos que causam os pulsos de GnRH ainda não são claros, mas a
participação do hormônio leptina está começando a ser descoberta. Pouco antes da
puberdade, os níveis de leptina aumentam em proporção à massa de tecido adiposo.
Curiosamente, existem receptores de leptina tanto no hipotálamo quanto na adenohipófise.
Camundongos sem um gene da leptina funcionante desde o nascimento são estéreis e
permanecem em um estado de prépuberdade. Administrar leptina a estes camundongos
provoca a secreção de gonadotropinas, e eles se tornam férteis. A leptina pode sinalizar ao
hipotálamo que as reservas de energia a longo prazo (triglicerídios no tecido adiposo) são
adequadas para o início das funções reprodutivas (TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Nas mulheres, o ciclo reprodutivo normalmente ocorre uma vez por mês a partir da
menarca, a primeira menstruação, até a menopausa, a cessação permanente da menstruação.
Assim, o sistema genital feminino tem um período de tempo limitado de fertilidade entre a
menarca e a menopausa. Durante os primeiros 1 a 2 anos após a menarca, a ovulação ocorre
apenas em aproximadamente 10% dos ciclos e a fase lútea é curta. Gradualmente, a
porcentagem de ciclos ovulatórios aumenta, e a fase lútea alcança o seu período normal de
14 dias. Com a idade, a fertilidade declina. Entre os 40 e 50 anos de idade, a reserva de
folículos ovarianos é esgotada. Como resultado, os ovários tornamse menos sensíveis à
estimulação hormonal. A produção de estrogênios cai, apesar da secreção abundante de
FSH e LH pela adenohipófise. Muitas mulheres sentem ondas de calor e transpiração
intensa (fogacho), que coincidem com pulsos de liberação de GnRH. Outros
sinais/sintomas da menopausa são cefaleia, queda de cabelo, mialgia, ressecamento vaginal,
insônia, depressão, ganho ponderal e alterações de humor. Ocorre discreta atrofia dos
ovários, das tubas uterinas, do útero, da vagina, dos órgãos genitais externos e das mamas
depois da menopausa. Em decorrência da perda de estrogênios, muitas mulheres
apresentam diminuição da densidade mineral óssea após a menopausa. O desejo sexual
(libido) não mostra declínio paralelo; ele pode ser mantido por esteroides sexuais
suprarrenais. O risco de câncer do útero alcança seu pico por volta dos 65 anos de idade,
mas o câncer de colo do útero é mais comum em mulheres mais jovens (TORTORA;
DERRICKSON, 2016)

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