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ENFERMAGEM OBSTETRÍCA E NEONATOLÓGICA

ENF° ESP. LÊDA KELLY ANDRADE

Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino


O sistema genital feminino é dividido em genitália externa e interna.
A genitália externa ou vulva pode ser estudada em conjunto com o períneo,
constituindo a região vulvoperineal. Genitália externa feminina inclui as seguintes
estruturas:
 Monte de vênus, pênil ou monte púbico (mons veneris)
 Pregas tegumentárias ou formações labiais: grandes e pequenos lábios
 Espaço interlabial ou fenda vulvar: vestíbulo, meato uretral, introito vaginal e hímen
 Órgãos eréteis: clitóris e bulbovestibulares
 Glândulas acessórias: parauretrais (ou de Skene) e vulvovaginais (ou de Bartholin).
Períneo Conjunto de partes moles (músculos e aponeuroses) que fecha
inferiormente a cavidade pélvica, é atravessado pelo reto, posteriormente, pela vagina e
pela uretra, anteriormente.
Genitália interna feminina
A genitália interna feminina se compõe, essencialmente, de :
Um longo canal que se estende da superfície externa do corpo até a cavidade
peritoneal: vagina, útero e tubas uterinas, um par de gônadas: ovários.
A vagina é o órgão da cópula destinado a receber o pênis e o sêmen ejaculado
durante o coito. O útero retém o óvulo fecundado (ovo) possibilitando-lhe desenvolvimento
e crescimento, e o expulsa, quando maduro (parto), ou antes disso (abortamento e parto pré-
termo); é o órgão da gestação.
As tubas uterinas recolhem o óvulo na superfície do ovário, após a postura, e o
conduzem ao útero. Os ovários produzem os óvulos; são as gônadas.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
No sistema genital feminino, os ovários são estimulados por um hormônio
produzido pela placenta, chamado de gonadotrofina coriônica humana (HCG), e começam
a funcionar ainda na fase embrionária. Ao nascer, uma mulher possui aproximadamente um
milhão de folículos primários, também chamados de primordiais, em cada ovário. A
maioria desses folículos se degenera e a mulher chega à puberdade com cerca de 400 mil
folículos em cada ovário.
É na puberdade que a menina começa a produzir os principais hormônios sexuais
femininos, que são o estrógeno e a progesterona. O estrógeno é produzido nas células do
folículo ovariano em desenvolvimento, e ele é o responsável pelo aparecimento das
características sexuais secundárias na mulher, como aparecimento das mamas, alargamento
dos quadris, distribuição de pelos pelo corpo, etc. O estrógeno também induz o
amadurecimento dos órgãos genitais, além de promover o impulso sexual. A progesterona é
outro hormônio sexual feminino que estimula o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e
das glândulas do endométrio, tornando-o espesso e preparando o útero para receber o
embrião.
A partir do momento que a menina começa a produzir esses hormônios sexuais,
uma vez por mês ela irá ovular, dando início ao seu ciclo menstrual, que ocorrerá a cada 28
dias aproximadamente. O ovário, no momento da ovulação, lança um ovócito secundário ao
mesmo tempo em que o útero se prepara para receber o embrião. Caso ocorra a fecundação
do ovócito secundário, o embrião se implantará no útero e se desenvolverá, caso contrário,
ele se degenera e é eliminado juntamente com a parede interna do útero, em um processo
chamado de menstruação.
A primeira menstruação ocorre na puberdade e a chamamos de menarca. Após os
50 anos de idade a produção de hormônios sexuais femininos declina, a ovulação e os
ciclos menstruais se tornam irregulares até cessarem completamente. Nessa fase, conhecida
como menopausa, não há mais atividade reprodutiva no corpo da mulher.
Desenvolvimento Embrionário e Fetal
O desenvolvimento inicia-se com a fecundação, quando o espermatozoide se funde
com o óvulo para dar origem ao ovo, célula que representa o surgimento do novo ser.
Embora o desenvolvimento do produto da fertilização seja ininterrupto, pode ser dividido
de forma arbitrária em três fases, de modo a distinguir três grandes períodos bem diferentes.
A primeira fase é a denominada fase embrionária e corresponde ao período que se
inicia no momento da fertilização e termina com a nidificação da blástula na mucosa
uterina. Ao longo desta fase, deve-se falar de ovo ou produto da concepção.
A segunda fase designa-se fase embrionária e engloba o primeiro trimestre de
desenvolvimento, período ao longo do qual todos os órgãos do corpo vão sendo formados.
Durante esta fase, o novo ser é denominado embrião.
A terceira fase, a mais prolongada, é a denominada fase fetal e compreende o
tempo que resta até ao momento do nascimento, correspondendo ao período de
amadurecimento, ao longo do qual os órgãos, já formados na etapa anterior, acabam de
adquirir a sua estrutura definitiva, alcançando a sua plena atividade. Ao longo desta fase, o
produto da fertilização deve ser denominado feto.
Desenvolvimento embrionário
Primeiro mês: A fecundação – união entre o óvulo e o espermatozoide – dá origem
ao zigoto, que se instala no útero após uma série de divisões celulares. Nesse momento, a
placenta também começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico, que
auxilia na alimentação do embrião e o protege caso a mãe sofra uma queda. Ao fim do
primeiro mês, ele mede entre 0,4 cm e 0,5 cm.
Segundo mês: No segundo mês, o coração bate de forma acelerada,
aproximadamente 150 vezes por minuto. É nessa fase que se inicia a formação do sistema
nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os
braços e as pernas também começam a se desenvolver. O comprimento do embrião chega a
4 cm.
Terceiro mês: O período fetal, que começa no terceiro mês de gestação, é marcado
pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos de mãos e pés. Todos os
órgãos internos se formam até o fim do mês, quando o feto mede 14 cm.
Quarto mês: Nessa fase, o bebê mede cerca de 16 cm e começa a se movimentar,
sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos
amargos e doces.
Quinto mês: A partir do quinto mês, nascem os primeiros fios de cabelo, os cílios
e as sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos
meninos podem ser vistos no exame de ultrassom. O bebê tem cerca de 25 cm de
comprimento e consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo.
Sexto mês: O bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos,
especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais
visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.
Sétimo mês:O bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os
olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a
estímulos sonoros, como músicas e conversas.
Oitavo mês: Nesse período, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se
preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Para ajudar a manter a
temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de gordura se forma sob a pele. Os
pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.
Nono mês: O bebê mede entre 45 cm e 50 cm, todos os órgãos estão
completamente formados e ele já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana,
ele está preparado para nascer.
Anexo do embrião e Feto
Placenta
A placenta é um órgão que só existe durante a gestação e tem diversas funções,
como aconchegar o bebê dentro do útero, transferir nutrientes e oxigênio do sangue da mãe
para o bebê e secretar alguns hormônios fundamentais para esta fase. Entretanto, durante a
gravidez podem ocorrer alterações indesejadas da placenta, trazendo riscos e complicações
para a mãe e o bebê.
Depois do nascimento do concepto, a placenta, o cordão umbilical e as membranas
(âmnio e cório liso) são expulsos do útero, durante o secundamento.
A forma placentária é variável: achatada, em geral circular ou discoide ovalada. As
dimensões da placenta variam necessariamente com sua forma, seu peso e sua espessura.
Em placentas a termo, delivradas, os diâmetros principais oscilam de 15 a 20 cm, e a
espessura, de 1 a 3 cm. O peso placentário médio de 450 g, no termo, representa 1/6 do
peso do concepto.
Cordão umbilical
Normalmente, está inserido no centro da placenta. Seu diâmetro mede de 1 a 2 cm,
e o comprimento de 50 a 60 cm
Responsável por garantir a nutrição do feto e a troca gasosa que é feita da seguinte
maneira: a veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio proveniente da placenta e as
artérias umbilicais transportam sangue pobre em oxigênio, assim a placenta é responsável
em exercer o papel dos pulmões, já que os mesmos ainda não estão funcionando.
Ao cortar-se o cordão, quando o bebê nasce, a falta de oxigênio faz com que se
abram as artérias que servem de via para o sangue que vem do lado direito do coração para
os pulmões (normalmente quase fechadas durante a vida intrauterina). Esta abertura permite
que o líquido existente nos alvéolos pulmonares seja absorvido, permitindo que se abra uma
via aérea entre a boca do bebê e os seus pulmões por onde se passa a fazer a oxigenação do
seu sangue.
As membranas é o liquido amniótico
As membranas em volta da cavidade amniótica são compostas pelo âmnio e pelo
cório, cujas camadas estão intimamente aderidas. Elas retêm o líquido amniótico. As
membranas normalmente se rompem durante o parto.
O volume amniótico é muito variável de um ovo a outro e, na mesma gestante,
oscilante, embora com tendência geral ao aumento progressivo. Em média, o líquido
amniótico tem 30 mℓ na 10 a semana, aumenta para 350 mℓ na 20 a , próximo ao termo
alcança 1.000 mℓ, para depois diminuir 150 mℓ/semana.
Funções do líquido amniótico. Tem-se afirmado que o líquido amniótico (LA)
pode: proteger o feto da lesão mecânica, possibilitar o movimento do feto, prevenindo a
contratura dos membros, prevenir adesões entre o concepto e o âmnio, possibilitar o
desenvolvimento do pulmão fetal, no qual há movimento de vaivém do líquido para os
bronquíolos. A ausência de LA está associada à hipoplasia pulmonar.
Gravidez
Diagnostico da Gravidez
Na prática clínica, é muito importante o diagnóstico precoce da gravidez. Esse
diagnóstico pode ser clínico, hormonal ou ultrassônico.
Os sintomas da gravidez são classificados em de presunção, de probabilidade e de
certeza.
Sinais de presunção
Quatro semanas
Amenorreia: É o sinal mais precoce. Em mulheres jovens, com ciclos menstruais
regulares e vida sexual ativa, a ausência da menstruação pressupõe gravidez.
Cinco semanas
Náuseas: Durante o primeiro trimestre da gestação, mais de 50% das mulheres
sofrem de náuseas, geralmente matutinas, tendo como consequência imediata vômitos e
anorexia. Outras, ao contrário, apresentam maior apetite.
Congestão mamária: Com 5 semanas, as pacientes relatam que as mamas estão
congestas e doloridas. Nas 8 a semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e
surgem os tubérculos de Montgomery, em torno de 16 semanas, é produzida secreção
amarela (colostro), e pode ser obtida por expressão mamária correta.
Seis semanas
Polaciúria: No segundo e no terceiro mês de gestação, o útero, com maior volume
e em anteflexão acentuada, comprime a bexiga, levando à micção frequente, com emissão
de quantidade reduzida de urina. No segundo trimestre, tal sintomatologia cessa, retornando
nas duas últimas semanas, ao insinuar a apresentação fetal.
Sinais de probabilidade
Seis semanas
Amenorreia :Após 10 a 14 dias de atraso menstrual considera-se provável sinal de
amenorreia, o que nem sempre indica gravidez, pois esse sintoma também ocorre em
diversas circunstâncias fisiológicas e patológicas.
Aumento do volume uterino: O toque combinado infere as alterações que a
gravidez imprime ao útero. Fora da gestação, o órgão é intrapélvico, localizado abaixo do
estreito superior; na gravidez, expande-se.
Oito semanas
Alteração da consistência uterina O útero vazio é firme; na gravidez, com 8
semanas, adquire consistência cística, elástico- pastosa, principalmente no istmo. Alteração
do formato uterino Inicialmente, o útero cresce de modo assimétrico, desenvolvendo-se
mais acentuadamente na zona de implantação.
Sinais de certeza
São dados pela existência do concepto, anunciada pelos batimentos cardiofetais e
pela sua movimentação ativa; a ultrassonografia é capaz de rastreá-los com 7 a 8 semanas.
Auscultação
Trata-se da identificação dos batimentos cardíacos fetais (bcf), o mais fidedigno
dos sinais de gravidez. Sua comprovação, com o estetoscópio de Pinard, atualmente é
obtida com sonar- Doppler
Diagnóstico hormonal
Constitui, atualmente, o melhor parâmetro para o diagnóstico de gravidez
incipiente, de acordo com sua precocidade e exatidão.
 Testes radioimunológicos consistem na dosagem de hCG por método
radioimunológico (RIA), com base na competição do hormônio em questão com traçador
adequado (o próprio hormônio marcado com radioiodo), conforme a quantidade fixa de
antissoro.
 Teste ELISA O enzima-imunoensaio (ELISA) apresenta a mesma base teórica
do RIA; contudo, substitui o hormônio marcado com radioisótopo por enzima, capaz de
atuar sobre um substrato incolor e originar produto colorido.
Diagnóstico ultrassonográfico
Atualmente, é obrigatório o uso da ultrassonografia transvaginal no primeiro
trimestre da gravidez. Com 4 a 5 semanas, na parte superior do útero, começa a aparecer
formação arredondada, anelar, de contornos nítidos, que corresponde à estrutura ovular,
denominada, em ultrassonografia, saco gestacional (SG). A partir de 5 semanas, é possível
visualizar a vesícula vitelina e, com 6 semanas, o eco embrionário e a sua pulsação cardíaca
bcf .
Modificações Gerais do Organismo Materno
1. Postura e Deambulação (caminhar): É comum as gestantes modificarem sua
postura, isto ocorre antes mesmo do útero aumentar seu volume.
A mulher modifica também seu caminhar, sendo este chamado de marcha
anserina, se referindo a forma com que os gansos andam. Tal modificação também ocorre
na tentativa de sustentar o peso que carrega na barriga.
2. Sistema Cardiovascular: Gestantes geralmente apresentam frequência cardíaca
aumentada, porque existe um maior volume de sangue e este precisa ser bombeado para
todo o corpo.
3. Sistema Sanguíneo: Ocorre também uma anemia fisiológica (normal) da
gravidez, já que ocorre primeiramente um aumento da parte líquida do sangue, e só depois
há aumento das células.
4. Sistema Urinário: Muitas gestantes queixam-se de sentir vontade de urinar
muitas vezes ao dia, isto não é devido ao volume urinário que aumenta, ao contrário existe
grande reabsorção de água pelo organismo materno.
5. Sistema Respiratório: Pelo fato de haver grande reabsorção de água pelo
organismo materno, a mulher torna-se edemaciada (inchada), e isto ocorre também no
nariz, por isso é comum as gestantes reclamarem de congestão nasal (nariz entupido).
6. Sistema Digestivo: É muito comum no início da gestação haver náuseas
(enjôos) e vômitos, denominado hiperêmese gravídica.
7. Pele: É comum haver o aparecimento de estrias no abdome e nas mamas, devido
ao rápido aumento dos mesmos.
8 Modificações Genitais: Há modificação na coloração da vulva, que se torna mais
avermelhada, também torna-se inchada e amolecida.
A maioria das modificações maternas volta ao que era antes da mulher engravidar,
já que estas se relacionam a presença do hormônio da gestação, a progesterona.
Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM)
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) incluí: ações
educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência
à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em
planejamento familiar, IST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras
necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.
As mulheres são a maioria que frequentam os serviços de saúde para o seu próprio
atendimento, mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas,
com deficiência, vizinhos, amigos.
Humanização e Qualidade: Princípios para uma Política de Atenção Integral à Saúde da
Mulher
A humanização e a qualidade da atenção são indissociáveis; A qualidade da
atenção exige mais do que a resolução de problemas ou a disponibilidade de recursos
tecnológicos. E humanização é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou de forma
amigável.
Para atingir os princípios de humanização e da qualidade da atenção deve-se levar
em conta, pelo menos, os seguintes elementos:
 Acesso da população às ações e aos serviços de saúde nos três níveis de assistência; •
definição da estrutura e organização da rede assistencial;
 A melhoria do grau de resolutividade dos problemas;
 O acompanhamento da clientela pelos profissionais de saúde da rede integrada;
 Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos; acolhimento
amigável em todos os níveis da assistência;
Assistência ao Pré-natal
Para que a gravidez transcorra com segurança, são necessários cuidados da própria
gestante e da família e, especialmente, dos profissionais de saúde. A atenção básica na
gravidez inclui a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas que
ocorrem durante o período gestacional e após parto.
Os objetivos básicos da assistência pré-natal são:
 Orientar os hábitos de vida (higiene pré-natal)
 Assistir psicologicamente a gestante
 Preparar a gestante para a maternidade: instruíla sobre o parto (parto humanizado),
dando-lhe noções de puericultura
 Evitar o uso de medicação e de medidas que se tornem prejudiciais para o feto
(anomalias congênitas)
 Tratar os pequenos distúrbios da gravidez
 Realizar a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento das doenças inerentes à gravidez ou
dela intercorrentes.
Educação em Saúde
Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e
os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e
conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de
gestação. As gestantes constituem o foco principal do processo de aprendizagem, porém
não se pode deixar de atuar, também, entre os familiares.
Entre as diferentes formas de realização do trabalho educativo, destacam-se as
discussões em grupo, as dramatizações e outras dinâmicas que facilitam a fala e a troca de
experiências entre os componentes do grupo. Essas atividades podem ocorrer dentro ou fora
da unidade de saúde.
O profissional de saúde, atuando como facilitador, deve evitar o estilo palestra,
pouco produtiva, que ofusca questões subjacentes, na maioria das vezes, mais importantes
para as pessoas presentes do que um roteiro preestabelecido. A equipe deverá estar
preparada para o trabalho educativo.
Calendário de consultas
As consultas de pré-natal poderão ser feitas na unidade de saúde ou durante visitas
domiciliares. O calendário de atendimento pré-natal deve ser programado em função:
− da idade gestacional na primeira consulta;
− dos períodos mais adequados para a coleta de dados necessários ao bom seguimento da
gestação;
− dos períodos nos quais se necessita intensificar a vigilância, pela possibilidade maior de
incidência de complicações;
− dos recursos disponíveis nos serviços de saúde e da possibilidade de acesso da clientela
aos mesmos.
De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem - Decreto nº
94.406/87 -, o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira.
O intervalo entre as consultas deve ser de quatro semanas. Após a 36° semana, a
gestante deverá ser acompanhada a cada 15 dias, visando à avaliação da pressão arterial, da
presença de edemas, da altura uterina, dos movimentos do feto e dos batimentos
cardiofetais.
Cálculo da Idade Gestacional
Para saber exatamente quantas semanas de gravidez você está e quantos meses isso
significa, é necessário calcular a idade gestacional e para isso basta saber a Data da Última
Menstruação (DUM) e contar em um calendário quantas semanas existem até à data atual.
Para calcular a idade gestacional em semanas, deve-se anotar a data da última
menstruação num calendário. A cada 7 dias, a partir desta data, o bebê terá mais uma
semana de vida.
Por exemplo, se o primeiro dia da última menstruação foi o dia 11 de Março e o
resultado do teste de gravidez for positivo, para saber a idade gestacional, deve-se começar
a contar a gravidez a partir do 1º dia da última menstruação e não o dia em que houve a
relação sexual.
Dessa forma, se dia 11 de março, que foi o DUM, foi uma terça feira, na segunda
feira seguinte completa-se 7 dias e somando de 7 em 7, se hoje for dia 16 de Abril, quarta
feira, o bebê está com 5 semanas e 2 dias de gestação, que são 2 meses de gravidez.
O cálculo se faz assim porque apesar da mulher ainda não estar grávida, é muito
difícil de definir exatamente quando ocorreu fecundação, pois os espermatozoides podem
sobreviver até 7 dias no corpo da mulher antes de fecundar o óvulo e iniciar realmente a
gravidez.
Idade gestacional em meses
Segundo o Ministério da Saúde (2014) para saber a idade gestacional, convertendo
as semanas em meses, deve-se observar:
1º Trimestre 1 mês até as 4 semanas e meia de gestação
1º Trimestre 2 meses 4 semanas e meia a 9 semanas
1º Trimestre 3 meses 10 a 13 semanas e meia de gestação
2º Trimestre 4 meses 13 semanas e meia de gestação a 18 semanas
2º Trimestre 5 meses 19 a 22 semanas e meia de gestação
2º Trimestre 6 meses 23 a 27 semanas de gestação
3º Trimestre 7 meses 28 a 31 semanas e meia de gestação
3º Trimestre 8 meses 32 a 36 semanas de gestação
3º Trimestre 9 meses 37 a 42 semanas de gestação
Normalmente a gravidez dura 40 semanas, mas o bebê pode nascer entre as 39 e
41 semanas, sem problemas. No entanto, se o trabalho de parto não começar
espontaneamente até completar as 41 semanas, o médico poderá optar por induzir o parto
com ocitocina na veia.
Calcular a data provável do parto
Para calcular a data provável do parto, que deverá ser por volta das 40 semanas
depois da DUM, é necessário acrescentar 7 dias à DUM, depois contar 3 meses pra trás e
depois colocar o ano seguinte.
Por exemplo, se a DUM foi o dia 11 de Março de 2018, ao somar 7 dias, o
resultado é 18 de Março de 2018, e a seguir diminui 3 meses o que significa 18 de
Dezembro de 2017 e acrescenta mais 1 ano. Por isso neste caso a Data Prevista do Parto é
18 de Dezembro de 2018.
Este cálculo não dá a data exata do nascimento do bebê porque o bebê pode nascer
entre as 37 e as 42 semanas de gestação, no entanto, a mãe já fica informada da época
provável do nascimento do bebê.
Altura Uterina
A altura uterina é usada para avaliar o crescimento do bebê intra útero através de
uma fita métrica, se está adequado à idade gestacional. Mede-se desde a pelve até onde ela
está alcançando naquele momento. Normalmente usa-se as semanas de gestação para levar
em consideração a altura uterina correta, proporcionalmente uma a outra, ou seja, a altura
uterina deve estar no mesmo número que as semanas de gestação. Um exemplo:
 25 semanas de gestação = 25 cm de AU
 30 semanas de gestação = 30 cm de AU
Avaliação do estado nutricional
Têm como objetivo conhecer o estado nutricional da gestante antes da gravidez e
programar o ganho de peso durante a evolução da gestação.
Para avaliar o estado nutricional, deve-se utilizar o peso anterior à gestação. Caso o peso
seja desconhecido, utilizar o peso do primeiro trimestre da gestação.
Controle da pressão arterial (PA)
Considera-se hipertensão arterial sistêmica na gestação o aumento de 30 mmHg ou
mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15 mmHg ou mais na pressão diastólica
(mínima), em relação aos níveis tensionais previamente conhecidos
Verificação da presença de Edema
O edema é comum no final da gestação. Tipicamente, envolve as extremidades
inferiores, mas, algumas vezes, manifesta-se por inchaço ou intumescência nas mãos e face.
O edema fisiológico resulta da retenção de sódio induzida por hormônio. Também
pode ocorrer edema quando o útero aumentado comprime intermitentemente a veia cava
inferior na posição supina, obstruindo a via de saída de ambas as veias femorais.
As causas patológicas de edema são menos comuns, mas geralmente perigosas.
Incluem trombose venosa profunda (TVP) e pré-eclâmpsia.
Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF)
Com o objetivo de constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a
normalidade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). É considerada normal a frequência
cardíaca fetal entre 120 e 160 batimentos por minuto.
Exames laboratoriais na assistência pré-natal
Na primeira consulta alguns exames serão solicitados, visando à detecção precoce
de algum problema materno que possa afetar a saúde do bebê e o bom andamento da
gestação. Os exames realizados pela coleta de sangue e considerados obrigatórios são:
Hemograma: serve para avaliar situações de infecção e possível anemia.. Glicemia
em jejum: tem o intuito de identificar a presença da diabetes mellitus;
Tipagem sanguínea: permite conhecer o tipo de sangue e o fator Rh correspondente.
VDRL: exame sorológico para detecção de sífilis. Resultado negativo, repetir o exame no
3º trimestre.
HbSAg: exame sorológico para detecção de hepatite B;
HIV: exame sorológico para detecção do vírus HIV.
Exame de urina tipo I: é por meio deste que se identifica a proteinúria. Se o exame
acusar traços e a gestante não apresentar nenhum sintoma, repetir o mesmo em 15 dias; se
houver traços + hipertensão e/ou edema: referir ao pré-natal de alto risco.
Funções do Técnico de enfermagem
• Orienta as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal e da
amamentação;
• Verifica o peso e a pressão arterial e anota os dados no Cartão da gestante;
• Fornece medicação, mediante receita médica ou medicamentos padronizados
para o programa;
• Aplica vacina antitetânica;
• Participa das atividades educativas.
Fatores de risco de complicações na gestação incluem
 Doenças maternas preexistentes
 Características físicas e sociais
 Idade
 Problemas nas gestações anteriores (p. ex.; aborto espontâneo)
Relação útero fetal
Atitude
Denomina-se atitude ou hábito fetal a relação das diversas partes do feto entre si.
Graças à flexibilidade da coluna vertebral e à articulação occipitovertebral, o feto se aloja
na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, isso é, a coluna vertebral encurvada
no seu todo e a cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax, o que dá ao
concepto a forma ovoide, o ovoide fetal, que apresenta então dois polos: o cefálico e o
pélvico, esse maior que aquele .
Situação
Denomina-se situação a relação entre os grandes eixos longitudinais fetal e
uterino. Quando ambos se coincidem, a situação será longitudinal; quando perpendiculares,
a situação é transversa; e, se cruzados, a situação será oblíqua ou inclinada. A primeira
ocorre em 99,5% das vezes, e a última representa fase de transição da situação fetal, que no
momento do parto se estabilizará em longitudinal ou transversa.
Apresentação
É a região fetal que se localiza na área do estreito superior, ocupando-a em seu
todo, e aí tende a insinuar-se. Durante o parto, é sede de mecanismo bem determinado.
Posição
A relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno, dificilmente
podendo essa região fetal localizar-se francamente para a frente ou para trás em virtude da
lordose lombar materna.
Nomenclatura obstétrica
Permite designar de maneira exata a situação, a apresentação, a posição e a
variedade de posição
 GESTANTE: mulher que está grávida
 NULIGESTA: 0 G – mulher que nunca gestou
 I G = primigesta, II G = secundigesta, III G = tercigesta
 PARTURIENTE: termo designado à mulher grávida, que se encontra em trabalho de
parto.
 NULÍPARA (0 Para): mulher que nunca pariu (nunca deu a luz a um feto vivo ou
morto)
 MULTÍPARA: mulher que deu a luz duas ou + vezes
 PUÉRPERA: mulher que já deu à luz
 NUTRIZ: mulher que está amamentando
 ABORTO: é o produto de uma gravidez que não atingiu período de viabilidade (20
semanas) desenvolvimento fetal (24 semanas): produção de surfactante nos pulmões,
movimentos respiratórios definidos, 800 g, 34 cm
 IVG IP IIA: mulher que ficou grávida 4 X (inclui a gestação atual), teve 1
parto e 2 abortos
Admissão da paciente no Centro obstétrico
A assistência de enfermagem no trabalho de parto e parto refere-se ao período em
que a gestante apresenta contrações uterinas em intervalos regulares, que aumentam
progressivamente em termos de frequência e intensidade, com o passar do tempo são
concomitantes ao apagamento (esvaecimento) e dilatação progressiva do colo uterino.
A paciente é acolhida pela equipe de enfermagem, orientando-a sobre o setor e a presença
dos acompanhantes, conforme Protocolo de Acompanhantes da instituição.
O banho de aspersão é oferecido à paciente que recebe orientações sobre como proceder
com a vestimenta (camisola e touca) e a seguir é direcionada ao leito.
O enfermeiro realiza a anamnese da paciente.
Avaliação de enfermagem
Pré-natal (realizada na ME / UBS/ não realizou).
Queixa principal.
Antecedência obstétrica (número de gestações, paridades e abortos).
Avaliação obstétrica (contrações / perdas transvaginais/ movimentos fetais).
Alergias /uso de drogas/ vítima de violência.
Período clinico do parto
As fases do trabalho de parto normal ocorrem de forma seguida e, incluem a
dilatação do colo do útero, período expulsivo e a saída da placenta.
A primeira fase do parto é da dilatação caracterizada pela presença de contrações
e ao processo de dilatação do colo do útero e do canal de parto até que atinja 10 cm.
2ª Fase é a da fase ativa do trabalho de parto se dá pela fase de expulsão, em que o
colo do útero já atingiu a dilatação máxima e se inicia a fase do período expulsivo, que
pode demorar até 2 horas. Nesse momento, a mulher deve começar a fazer força para a
descida da apresentação fetal. Para facilitar o nascimento, pode ser necessário fazer um
pequeno corte no períneo, que é espaço entre a vagina e o ânus para facilitar a saída do feto.
A fase da dequitação é a fase 3 do trabalho de parto e ocorre depois do nascimento
do bebê, sendo caracterizada pela saída da placenta, que pode sair espontaneamente ou ser
retirada pelo médico.
Mecanismos do Parto
Os Mecanismos do Parto são adaptações fetais efetuadas pelo feto por meio de
mecanismos passivos e ativos para passar pelo canal de parto e desprender na vulva. Mais
uma dica: se a questão pedir sobre mecanismos do parto está relacionando ao feto. Os
mecanismos do parto são: Insinuação, Descida, Flexão, Rotação interna, Extensão, Rotação
externa e Desprendimento Fetal Final.
Distorcia fetal
A distorcia fetal pode ocorrer quando o feto é muito grande para a abertura da
pelve (desproporção cefalopélvica) ou está em posição anômala (p. ex., apresentação
pélvica). A posição fetal habitual é a cefálica, com o occipício anterior.
Na apresentação de face, a cabeça é hiperestendida, e a posição é designada pela
posição do queixo (mento). Quando o queixo é posterior, é menos provável que a cabeça
rotacione e, menos ainda, o parto vaginal, necessitando de cesariana.
A segunda apresentação fetal anormal mais comum é a pélvica (região glútea antes
da cabeça).
A apresentação fetal é dita transversa quando o eixo longitudinal fetal encontrar-se
oblíquo ou perpendicular, em vez de paralelo, ao eixo longitudinal materno.
Nesta rara condição, a apresentação é cefálica, mas o ombro anterior do feto torna-
se alojado atrás da sínfise púbica depois do parto da cabeça fetal, dificultando o parto
vaginal. A distócia de ombro é identificada após o desprendimento do polo cefálico,
quando a cabeça parece estar sendo puxada de volta em direção à vulva (sinal da tartaruga).
Assistência de enfermagem durante o parto
A equipe deve esclarecer as dúvidas da parturiente com relação aos procedimentos
pré- operatórios, tais como retirada de próteses e de objetos (cordões, anéis, roupa íntima),
realização de tricotomia em região pubiana, manutenção de acesso venoso permeável,
realização de cateterismo vesical e colheita de sangue para exames laboratoriais (solicitados
e de rotina).
Após verificação dos sinais vitais, a parturiente deve ser encaminhada à sala de
cirurgia, onde será confortavelmente posicionada na mesa cirúrgica, para administração da
anestesia.
Durante toda a técnica o técnico de enfermagem deve estar atento para a segurança
da parturiente e, juntamente com o anestesista, ajudá-la a se posicionar para o processo
cirúrgico, controlando também a tensão arterial.
No parto, o técnico de enfermagem desenvolve ações de circulante ou
instrumentador. Após o nascimento, presta os primeiros cuidados ao bebê e encaminha-o ao
berçário.
A seguir, o técnico de enfermagem deve providenciar a transferência da puérpera
para a sala de recuperação pós- anestésica, prestando- lhe os cuidados relativos ao processo
cirúrgico e ao parto.
Fórceps
O fórcipe, utilizado na prática obstétrica desde a Antiguidade, continua tendo lugar
de destaque na obstetrícia moderna. Quando bem utilizado é instrumento valioso,
colaborando de forma efetiva e importante na realização do parto vaginal. Infelizmente, o
estigma negativo que lhe foi imputado pelas antigas práticas obstétricas persiste entre os
leigos e entre aqueles que não foram adequadamente treinados para seu uso.
Hoje, encontram-se afastadas da prática obstétrica as aplicações de fórcipe em
cabeças altas ou encravadas no estreito médio do canal do parto (contraindicação absoluta).
Tem como principais funções a apreensão, tração, ocasionalmente rotação do polo
cefálico fetal e correção de assinclitismos. Varia consideravelmente em forma e tamanho,
mas basicamente é constituído de dois ramos que se articulam após serem introduzidos
sequencialmente na vagina, de acordo com a posição do polo cefálico.
O abortamento
É definido como a interrupção da gravidez antes de atingida a viabilidade fetal. A
Organização Mundial da Saúde estabelece como limite para caracterizá-lo a
Anormalidades cromossômicas: são as causas mais comuns, responsáveis por até
50% das perdas gestacionais precoces.
Qualquer doença materna grave, traumatismo ou intoxicação, além de inúmeras
infecções, pode levar ao abortamento.
Cuidados de enfermagem
1. Acolher a mulher, desde sua chegada à unidade de saúde, responsabilizando-se
por ela, ouvindo suas queixas, permitindo que ela expresse suas preocupações, angústias,
compreendendo os diversos significados do aborto para aquela mulher e sua família;
2. Orientar e preparar a paciente para consulta médica, exame físico e
ginecológico;
3. Informar a equipe médica sobre os dados relevantes coletados durante a
consulta de enfermagem;
Gravidez ectópica
A gravidez comum começa com um óvulo fertilizado. Normalmente, o óvulo
fertilizado se prende ao revestimento do útero. No caso da gravidez ectópica, o óvulo
fertilizado se implanta em algum lugar fora do útero.
Uma gravidez ectópica tipicamente ocorre em uma das trompas de falópio, um
tubo que conduz os óvulos dos ovários para o útero.
Uma gravidez ectópica não pode prosseguir normalmente. O ovo fertilizado não
sobrevive, e o feto em crescimento pode destruir várias estruturas maternas. Se não for
tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais. O tratamento precoce de uma
gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade.
Tratamento de Gravidez ectópica
Na maioria dos casos, uma gravidez ectópica é tratada imediatamente para evitar
uma ruptura dos tecidos e hemorragias. A decisão sobre qual o tratamento depende de quão
cedo a gravidez é detectada e seu estado geral. Para uma gravidez ectópica detectada
precocemente que não está causando sangramento, você pode ter uma escolha entre o uso
de medicamentos ou cirurgia para interromper a gravidez.
Mola hidatiforme
É o crescimento de um óvulo fertilizado anormal ou crescimento excessivo do
tecido da placenta. Mulheres parecem estar grávidas, mas o útero aumenta muito mais
rápido do que em uma gravidez normal.
A maioria das mulheres tem náuseas e vômitos intensos, sangramento vaginal e
pressão arterial muito alta.
Ultrassonografia, exames de sangue para medir a gonadotrofina coriônica humana
(que é produzida no início da gravidez) e uma biópsia são realizados.
Mulheres com mola hidatiforme sentem como se estivessem grávidas. Mas como
molas hidatiformes crescem muito mais rápido que um feto, o abdômen fica maior muito
mais rápido do que em uma gravidez normal. Náuseas e vômitos severos são comuns, e
pode ocorrer sangramento vaginal.
Cuidados de Enfermagem
1. Monitorar os sinais vitais maternos, observar a presença de hipertensão.
2. Avaliar a quantidade e o tipo de sangramento vaginal; observar a presença de
qualquer outra secreção vaginal.
O descolamento prematuro da placenta
Essa separação pode ser parcial ou total e é classificada em três graus, levando em
conta os achados clínicos e laboratoriais.
Grau1 : Sangramento genital discreto sem hipertonia uterina significativa.
Vitalidade fetal preservada.
Grau2: Sangramento genital moderado e contrações tetânicas. Presença de
taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial. Alterações iniciais da
coagulação com queda dos níveis de fibrinogênio. Batimentos cardíacos fetais presentes,
porém com sinais de comprometimento de vitalidade.
Grau3: Sangramento genital importante com hipertonia uterina. Hipotensão
arterial materna e óbito fetal.
Sua etiologia ainda é desconhecida, no entanto, há diversos fatores de risco
associados, tais como: extremos etários <20 anos ou >35 anos; nutrição inadequada;
tabagismo materno; gestação múltipla; pressão intrauterina excessiva causada por
hipertensão arterial.
O descolamento prematuro da placenta pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. O
quadro clínico depende da extensão da área descolada, podendo apresentar dor repentina
com intensidade variável, localizada, em geral, no fundo do útero. A hipertonia uterina é
um sinal frequente nos graus mais intensos de DPP.
Placenta Prévia
A etiologia da Placenta Previa não e conhecida. O processo é iniciado pela
implantação do embrião no segmento inferior do útero.
.Alguns cuidados de enfermagem podem ser apropriados para a mulher que
apresenta placenta prévia:
 Posicionar a mulher em decúbito lateral para maximizar a perfusão placentária;
 Coletar a história detalhado para obter informações sobre o inicio do
sangramento, sua duração, a quantidade e os sintomas associados;
Toxemia gravídica
Também chamada gestose gravídica, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, consiste na
presença de toxinas no sangue da gestante.
A toxemia gravídica é doença multissistêmica, ocorrendo habitualmente no final
da gravidez, e caracterizada por manifestações clínicas associadas e peculiares: hipertensão,
edema e proteinuria. Nas suas formas graves, em virtude da irritabilidade do sistema
nervoso central, instalam-se convulsões e a doença é denominada eclampsia; ausente às
crises convulsivas trata-se de pré-eclampsia.
As toxemia gravídicas constituem a entidade clínica mais importante da
Obstetrícia atual, ponto-de-vista que se apóia na incidência relativamente grande, no
desconhecimento de sua etiologia e no elevado obituário materno e fetal ainda existente,
traduzindo a inocuidade dos recursos terapêuticos. Juntamente com as hemorragias e as
infecções, estão entre as três principais causas de morte materna no ciclo gestatório.
Considera-se a hipertensão ocorrida na gestação dividida em quatro categorias:
Hipertensão crônica (de qualquer etiologia, mas quase sempre essencial).
Pré-eclampsia sobreposta à hipertensão crônica.
Hipertensão transitória (gestacional ou tardia).
Cuidados de enfermagem
•Orientar a paciente sobre a importância da assistência pré-natal, de fazer controle
de pressão arterial, peso e proteinúria e de procurar um médico ao perceber edema ou
outras alterações; seguir orientações de repouso, dieta e medicamentos;
•Proporcionar ambiente adequado ao repouso no caso de pré-eclâmpsia;
•Controlar rigorosamente peso e pressão arterial.
Assistência de Enfermagem no Puerpério
Puerpério sobreparto ou pós-parto é o período cronologicamente variável, de
duração imprecisa, que se inicia logo após o parto e termina quando as modificações locais
e gerais determinadas pela gestação no organismo materno retornam às condições normais.
Popularmente é também conhecido como resguardo ou quarentena.
Complicações
Hemorragias
Apesar de a sua incidência ter diminuído significativamente, sobretudo devido ao
facto de a maioria das mulheres permanecerem internadas na maternidade e serem
submetidas a exames médicos quase permanentes ao longo dos dias seguintes ao parto, as
perdas bruscas ou persistentes de sangue originadas por várias circunstâncias continuam a
constituir uma das complicações mais graves do puerpério.
As hemorragias no puerpério, que se manifestam quase sempre durante as
primeiras horas após o parto.
.
Aleitamento materno
O aleitamento materno, geralmente, é considerado o melhor método de alimentar
um bebê. Seus efeitos positivos são vistos não somente no bebê, mas também na mãe, nos
pais e, em última análise, no sistema de saúde.
Fatores que influencias para o declínio do aleitamento materno
- Influência de pessoas do contexto social;
- Introdução precoce de outros alimentos;
- Crença no mito do leite fraco ou insuficiente para alimentar o bebê;
- O fato da mãe ainda ser estudante;
- Rejeição do bebê ao peito da mãe;
Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamarias
As mamas são constituídas por tecido adiposo, tecido conjuntivo e tecido
glandular, além de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas. Sua função das
mamas é produzir o leite que serve de alimento para os bebês.
Exteriormente, a mama é coberta por uma pele lisa. Em seu centro, aparecem a
aréola, que tem forma arredondada e coloração mais escura, e as papilas, pequenos furos no
mamilo onde desembocam os ductos lactíferos. Em volta do mamilo se encontram as
glândulas areolares ou glândulas de Montgomery, que produzem secreções sebáceas que
mantêm o mamilo lubrificado.
A função das mamas é produzir o leite que serve de alimento para os bebês. São
constituídas por tecido adiposo, tecido conjuntivo e tecido glandular, além de vasos
sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas.
As glândulas mamárias se distribuem por toda a mama, porém se concentram na
área próxima ao mamilo.
Os mamilos têm capacidade erétil e respondem a estímulos sexuais e ao frio, tanto
nas mulheres quanto nos homens, que também têm glândulas mamárias, embora menos
desenvolvidas.
As mamas começam a se desenvolver na puberdade graças aos hormônios
femininos, principalmente a progesterona e o estrógeno, produzidos nos ovários.
O tamanho e o formato das mamas variam de mulher para mulher e não interferem na
produção do leite.
Na gravidez, o aumento dos hormônios estrogênio e progesterona estimulam o
desenvolvimento das glândulas mamárias. Após o parto, o leite começa a ser produzido.
Na menopausa, as glândulas mamárias se atrofiam, fazendo com que as mamas se
tornem menos firmes.
Benefícios do aleitamento materno
A amamentação não é boa apenas sob o ponto de vista da saúde física do bebê: é
por meio do ato de amamentar que a mãe estabelece seu primeiro elo com a criança,
construindo mais rapidamente uma relação de afeto e carinho.
Para a saúde do bebê.
É o melhor dos alimentos para o bebê e o mais completo. Isto é tão verdadeiro que
a criança pode alimentar-se apenas com o leite materno, não precisando comer ou beber
mais nada.
Enquanto amamenta, a mulher geralmente fica mais protegida de uma nova
gravidez nos primeiros meses após o parto, bem como apresenta menor probabilidade de
desenvolver câncer de mama.
Do ponto de vista econômico é de graça. Calcula-se que, quando não amamentada,
uma criança representa um gasto de cerca de quinhentos reais com a sua alimentação, no
primeiro ano de vida - o que é muito elevado para a maioria das famílias brasileiras.
Técnica do Aleitamento Materno
Figura 2. Técnica adequada de amamentação.
Dificuldades mais comuns e orientações
Grande parte das dificuldades iniciais da amamentação está relacionada ao
esvaziamento mamário inadequado durante o ato de sucção do bebê.
Desta forma é preciso estar capacitado para orientar tanto a técnica adequada de
esvaziamento das mamas, como também oferecer suporte emocional e compreensão dos
desconfortos que as lactantes sentem neste momento tão importante para o binômio mãe-
filho.
Composição do leite materno
Aqui estão alguns dos outros constituintes do leite humano presentes em todas as
sessões de alimentação, muitos dos quais não podem ser replicados:
 Milhões de células vivas. Estas incluem glóbulos brancos, que reforçam o sistema
imunitário e células estaminais, que podem ajudar no desenvolvimento e regeneração
dos órgãos.
 Todas essas proteínas do leite materno são compostas de aminoácidos. Existem mais
de 20 destes compostos no seu leite. Alguns deles, denominados nucleotídeos, aumentam
durante a noite e os cientistas pensam que podem provocar o sono.
 Mais de 40 enzimas. As enzimas são catalisadores que aceleram as reações químicas no
corpo.
 Vitaminas e minerais – nutrientes que sustentam o crescimento saudável e o
funcionamento dos órgãos, além de ajudarem na formação dos dentes e dos ossos do
seu bebé.
 Anticorpos, também conhecidos como imunoglobinas. Existem cinco formas básicas
de anticorpos e todas podem ser encontradas no seu leite.Protegem o seu bebé de doenças
e infeções, neutralizando bactérias e vírus.
Os primeiros dias: Colostro
O primeiro leite que os seus seios produzem depois do nascimento do seu bebé
chama-se colostro. Este leite materno espesso e pegajoso é muitas vezes denominado
"ouro líquido", não só devido à sua cor amarela ou alaranjada, mas também por ser tão
importante para a alimentação e proteção do seu vulnerável recém-nascido.
O colostro tem os mesmos ingredientes que o seu leite virá a ter mais tarde – só
que as quantidades destes ingredientes são diferentes, pois vai-se adaptando às
necessidades do seu recém-nascido.
Desmame
Desmame é o período em que o bebê ou o filhote deixa de mamar o leite materno.
Todas que amamentamos já ouvimos as mais loucas histórias sendo contadas e
muitas vezes isto nos assombrou um pouco.
Sendo o desmame um período entre a introdução de qualquer alimento líquido ou
pastoso ou sólido e a interrupção definitiva da amamentação, há muito tempo e muita coisa
que acontece neste intervalo.
Alimentação de crianças
Do nascimento aos seis meses de idade (lactentes)
Aqui ainda não há pratos, pois é a fase de aleitamento materno exclusivo. Nesses
primeiros meses, a mãe deve ter cuidado redobrado com a própria alimentação, pois tudo o
que ingerir será ingerido pelo bebê através do leite.
De sete a onze meses (complementação do aleitamento)
Intercalados com as mamadas, os alimentos pastosos começam a ser introduzidos na vida
do bebê.
De um a três anos (primeira infância) Fase crucial para a definição do futuro
alimentar e também para o crescimento das crianças, aqui a quantidade de carboidratos
aumenta, assim como a de frutas. Leites e seus derivados e açúcares podem ser introduzidos
na alimentação.
De quatro a 12 anos (pré-escolar e escolar) A quantidade de frutas deve diminuir
levemente e a de óleos e gorduras pode ser cortada pela metade. Dos 13 anos em diante
(adolescência)
A adolescência é aquela fase em que o apetite aumenta, principalmente entre os
meninos. As diferenças de biotipo ficam ainda mais evidentes – quem é grande dá a famosa
espichada por volta dos 13 ou 14 anos, quem tem natureza menor mantém-se em
crescimento moderado, e cada corpo passa a ter suas necessidades nutricionais.
Programa Nacional de Imunizações (PNI)
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil é uma referência
internacional de política pública de saúde. O país já erradicou, por meio da vacinação,
doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil). A
população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). Desde que foi criado, em 1973, o programa busca a inclusão
social, assistindo todas as pessoas, em todo o país, sem distinção de qualquer natureza. As
vacinas do programa estão à disposição de todos nos postos de saúde ou com as equipes de
vacinação, cujo empenho permite levar a imunização mesmo aos locais de difícil acesso.
Vacinas da gestante
Influenza (gripe)
A vacina contra a gripe é uma das mais importantes durante a gestação. Além de
imunizar contra o vírus da gripe, também protege de quadros mais graves, como
pneumonia, devido à queda da imunidade.
H3 Tríplice bacteriana (dTpa-difteria, tétano e coqueluche)
Além da proteção contra a coqueluche, a vacina dTpa também protege contra o
tétano neonatal, infecção que pode ocorrer com instrumentos inadequados e contaminados
usados para cortar o cordão umbilical..
Hepatite B
A doença não apresenta sintomas bem definidos, mas o indivíduo que a contrai
pode ter vômito, dores musculares, náuseas e mal-estar (sintomas pertinentes a outras
complicações também).
Pneumocócicas
Esquema sequencial de vacinas pneumocócicas pode ser feito em gestantes de
risco para doença pneumocócica invasiva.
Meningocócica e meningocócica B
Neste caso, considera-se a situação epidemiológica, que varia de região para
região.
Contraindicadas para grávidas
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
A vacina tríplice viral não pode ser tomada por gestantes, mas pode ser aplicada
no puerpério e durante a amamentação.
HPV e varicela (catapora)
Também só podem ser aplicadas no puerpério e durante a amamentação.
Dengue
Esta é contraindicada não só para gestantes, mas também durante a amamentação.
Assistência de Enfermagem a criança hospitalizada
O momento da admissão no hospital é vivenciado pelas crianças, acompanhantes e
equipe de saúde por meio de sentimentos de ansiedade, ambos compartilham esta
experiência e valorizam as interações que são desenvolvidas. Situações estressoras para a
criança e sua família relacionam a doença associada à hospitalização e aos tratamentos
realizados pela equipe de saúde. Estas situações ocasionam repercussões emocionais em
todos que estão envolvidos, assim, verifica-se a necessidade de que a tríade (criança,
família, equipe de saúde) desenvolva ações integradas.
Nos casos de hospitalização infantil, o ambiente hospitalar é percebido de maneira
hostil, e a família vivencia períodos de insegurança em relação ao quadro clínico da
criança, devido à possibilidade de agravamentos da condição clínica com risco de morte.
A família deve ser acolhida de maneira personalizada por meio da escuta que
possibilite identificar as principais queixas visando humanizar o cuidado.
Característica Clinica e Obstétricas
Ingurgitamento mamário
O ingurgitamento mamário é uma condição caracterizada pelo acúmulo de leite
nas mamas, causando dor e aumento do volume das mamas. O leite acumulado sofre uma
transformação molecular, ficando mais viscoso, o que dificulta a sua saída, recebendo o
nome de leite empedrado.
Fissuras Mamárias
Fissuras mamárias podem ser definidas como a ruptura do tecido epitelial que
cobre a papila mamária (mamilo). Essas levam a mulher a sentir dor nos mamilos, e até
podem sangrar. Causas da fissura mamária: A principal causa da fissura mamária é a pega
incorreta do bebê no momento da amamentação.
Mastite
Mastite é uma infecção que geralmente causa dor e desconforto nos peitos. É mais
comum entre as mães que estão nas primeiras semanas de amamentação de seus recém-
nascidos, mas algumas também podem passar por isso mais tarde. O tratamento precoce
dessa infecção é crucial para evitar complicações.
Infecção puerperal
É aquela que afeta o aparelho genital feminino no período pós-parto. Estima-se
que entre 1% a 7,2% das gestantes apresentam esta afecção nesse período, sendo, no Brasil,
uma das principais causas de morte materna.
Deiscência
O sinal mais evidente da deiscência é a abertura parcial ou total da ferida cirúrgica,
no entanto, quando a ferida se encontra num local de difícil observação outros sinais que se
deve estar atento, e que sempre devem ser avaliado por um profissional de saúde, incluem:
Flebite
É um processo inflamatório que acomete a parede de uma veia superficial,
sobretudo nas pernas. Sem um tratamento adequado, a flebite pode evoluir para
uma tromboflebite, com a formação de coágulos sanguíneos (trombos).
Características fisiológicas do recém-nato
Criança prematura requer sempre de mais cuidados, principalmente se o bebê
apresentar risco de morte.
Por isso, os profissionais da enfermagem precisam conhecer cada sistema do corpo
de feto, assim como as outras partes do corpo humano.
Sistema cardiovascular: a conversão da circulação fetal para neonatal ocorre
quando há o clampeamento do cordão umbilical e o neonato tem sua primeira respiração. O
volume sanguíneo do RN a termo varia de 80 a 90 ml/Kg de peso corporal, em contraste
com o volume do RN prematuro, que varia de 90 a 105 ml/Kg.
O clampeamento tardio do cordão umbilical aumenta o volume de sangue,
causando aumento de freqüência respiratória, cardíaca e da pressão arterial, isto pode levar
as crepitações e cianose.
Sistema respiratório: durante a gestação, características respiratórias bioquímicas
se desenvolvem progressivamente, preparando o feto para as alterações respiratórias
abrutas trazidas pelo nascimento. Entre as 24 e 30 semanas de gestação, os pneumócitos do
tipo II começam a secretar surfactante. O surfactante é um fosfolipídio, que diminui a
tensão superficial e evita o colapso alveolar ao final da expiração, essa redução facilita as
trocas gasosas e diminui o trabalho respiratório.
Sistema Hematopoiético: tal como os outros sistemas corporais, o sistema
hematopoiético não está totalmente desenvolvido após o nascimento, e as características
hematológicas que garantiram a oxigenação tissular adequada intra-útero precisam ser
substituídas por alguns elementos mais maduros após o nascimento.
Assistência de enfermagem ao recém-nascido na sala de parto
Administração da vacina contra Hepatite B. A administração desta faz parte do
calendário vacinal mínimo obrigatório e inicia o esquema de imunização do indivíduo
contra a Hepatite B. Tem como objetivo proteger o recém-nascido contra o vírus da
Hepatite B.
Realizar antropometria, incluindo peso, comprimento e o perímetro cefálico
Realizar a aferição dos sinais vitais (temperatura, pulso e respiração) do recém-
nascido devem ser verificados assim que o neonato é admitido na unidade. O exame de
enfermagem também é realizado, a fim de detectar a presença de malformação ou
patologias que exijam providências imediatas. A temperatura ambiente da sala de admissão
deverá ser mantida em torno de 26 graus.
Berçário
Estruturas básicas de um berçário:
1. Sala de repouso: esse ambiente deve proporcionar um bom descanso, para isso
necessita de boa ventilação e luz baixa.
2. Sala de atividades: essa é um dos principais ambientes, deve oferecer uma série
de materiais como giz de cera, papéis, livros, brinquedos, tintas, sempre ao alcance de
todos, mas com supervisão.
3. Fraldário: ambiente de higiene, orienta-se colocar bebê-conforto para deixar a
criança de forma segura enquanto algumas tomam banho e são trocadas, mas somente nesse
momento, pois não é aconselhável colocar a criança o tempo todo presa a esse.
4. Lactário: ambiente de alimentação necessita de fogão, geladeira, microondas,
esterilizador, ventilador, o ideal é que seja um teto de laje que torna o ambiente fresco.
5. Solário: espaço reservado para tomar sol, sugere-se que tal atividade seja
praticada antes das 10 e após 15 horas, podendo utilizar mangueiras e torneiras. Brinquedos
grandes como balanços, triciclos, casa de boneca, entre outros são ideais para esse
ambiente.
Alojamento Materno
Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar em
que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia,
num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Este sistema possibilita a prestação de todos os
cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômia mãe e filho.
Objetivos do alojamento conjunto
Aumentar os índices de Aleitamento Materno; Estabelecer vínculo afetivo entre
mãe e filho; Permitir aprendizado materno sobre como cuidar do RN; Reduzir o índice de
infecção hospitalar cruzada; Estimular a participação do pai no cuidado com o RN;
Possibilitar o acompanhamento da Amamentação, sem rigidez de horário, visando
esclarecer às dúvidas da mãe e incentiva-lá nos momentos de insegurança.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
REZENDE, Obstetrícia fundamental/ Jorge de Resende Filho - 12° ed.- Rio de Janeiro,
2012.
MANUAL DE GINECOLOGIA da sociedade de ginecologia e obstetricia - 2° ed – junho
de 2017.
ADAMIN. P.A. A Enfermagem de saúde publica na atuação brasileira, 2014.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL MANUAL TÉCNICO, 2000. Ministério da saúde. Saúde
da mulher - ministério da saúde

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