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Tarefa de TIC

Nome: Maria Vitória Domingues dos Santos


Tema da Semana: Diferenciação Gonadal Masculina
Data: 03/11/2022

RESPOSTA:

Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de


diferenciação gonadal no sexo masculino?

As células germinativas primordiais não se originam na gônada, elas


migram a partir do saco vitelino para a gônada ao longo do mesentério da
porção caudal do tubo intestinal, aproximadamente na quinta semana do
desenvolvimento embrionário. As células germinativas primordiais estão
presentes no epitélio endodérmico do saco vitelino nas proximidades do saco
alantóide, e dessa estrutura que as células germinativas migram para o
mesênquima adjacente, após um espaço de tempo assumem uma posição e
se incorporam as cristas gonadais. A determinação do sexo gonadal apresenta
suma importância perante o processo de diferenciação das gonadas durante a
preíodo fetal, durante esse processo temas a participação de genes variados
que se correlacionam como SRY e DAX1, estes estão localizados nos
cromossomos sexuais e os autossômicos WT-1, SF-1 e SOX9. A atuação
desses genes diante a determinação das gônadas não foi bem estabelecida até
dado momento, porém modificações observadas nesses mesmos genes
acarretam inexistência da formação gonadal ou na presença de gônadas
disgenéticas.
A diferenciação da genitália interna masculina englobando a descida dos
testículos, necessita que seja secretado e que ocorra uma atuação normal da
testosterona nos ductos de Wolf e do hormônio antimülleriano (HAM) nos
ductos de Müller, impossibilitando sua diferenciação. Embriões que apresentam
cromossomos XY a porção medular da gônada vai se desenvolver em um
testículo e o córtex irá regredir. Embriões com conjuntos de cromossomos XX o
córtex irá se diferenciar em ovário e a medula sofrerá regressão, logo, o gene
SRY visualizado apenas no cromossomo Y é encarregado pela formação
testicular. No sexo feminino não temos cromossomo Y, com isso, temos
ausência do SRY, consequentemente, o tecido ovariano se desenvolverá.
Entretanto, o cromossomo X tem um gene chamado DAX, que atua inibindo a
formação dos testículos. Esse gene atua bloqueando a ação do gene chamado
WNT4, o mesmo ativo paralisa e silencia genes de formação testicular e
aumenta exacerbadamente a regulação do gene DAX1, gerando a inibição de
enzimas esteroidogênicas.
Quando temos uma abstenção de hormônios masculinos ou
andrógenos, vamos ter um quadro em que os ductos genitais internos sigam
uma linha padrão feminina de diferenciação, também estimula a desenvoltura
da genitália externa feminina. Equitativamente, a testosterona e a
diidrotestosterona (DHT) promovem a masculinização da genitália externa. O
gene SRY proporciona o desenvolvimento do testículo que posteriormente irá
produzir os andrógenos e o AMH que são de suma importância para a cascata
de diferenciação sexual masculina.

Figura 1. A imagem demonstra um esquema de diferenciação gonadal, no qual temos


uma gônada indiferenciada que sofrerá uma diferenciação em gônada masculina ou
feminina dependendo de determinados fatores presentes. Fonte: Lecturio.

REFERÊNCIAS:

1º MOORE, K.L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia clínica.


10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

2º Domenice, S et al. Aspectos Moleculares da Determinação e Diferenciação


Sexual. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia [online]. v. 46, n.
4, 2002. [Acessado 2 Novembro 2022] , pp. 433-443. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0004-27302002000400015>. Epub 20 Nov 2002.
ISSN 1677-9487. https://doi.org/10.1590/S0004-27302002000400015.
3º BERNE, R. M.; LEVY, M. N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.

4º Determinação Genética do Sexo. Lecturio, 2022. Disponível em:


https://www.lecturio.com/pt/concepts/determinacao-genetica-do-sexo/. Acesso
em: 02 nov. de 2022.

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