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UERJ 2022 - APE 2021.

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CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA II

ATIVIDADE PÓS-AULA (Questionário)

Diferenciação Sexual

1) Quando se avalia a diferenciação sexual, quais os tipos de sexo que


caracterizam um indivíduo?
Gabarito: Quando avaliamos o desenvolvimento sexual normal, levamos em
consideração o sexo genético (XX, XY), o sexo gonadal (testículos ou ovários) e o
sexo fenotípico (aspecto da genitália externa, podendo se estender à avaliação da
genitália interna por exames de imagem).

2) Qual a importância do SRY para a diferenciação sexual?


O SRY é um gene presente no braço curto do cromossoma Y, que induz a expressão
de uma proteína, que auxiliada por genes autossômicos SOX-9 + DMRT1/2, induz a
formação da gônada indiferenciada em testículos. Isso ocorre entre a 6ª e 7ª
semana de vida intrauterina.

3) Qual a importância do Hormônio Antimulleriano para a diferenciação sexual?


O Hormônio antimulleriano é uma glicoproteína da família do TGFβ, produzida
pelas células de Sertoli por volta da 8ª semana de vida intrauterina, que
promove a apoptose dos ductos de Muller, impedindo o desenvolvimento
dessa estrutura em genitália interna feminina. Se liga à receptor do tipo II nas
células alvo. Além disso ajuda na descida dos testículos e induz enzimas
importantes para a biossíntese de androgênios testiculares.

4) Qual a importância da enzima 5-alfa redutase na diferenciação sexual?


Essa enzima está presente nas células alvo da genitália externa indiferenciada. Quando
a testosterona produzida nas células de Leydig, cai na corrente sanguínea, chega às
células alvo do tubérculo genital e seio urogenital, ele é transformada pela enzima 5-
alfa redutase, em DHT – Dihidrotestosterona. O DHT tem alta afinidade pelos receptor
de androgênios e induz o desenvolvimento da genitália externa masculina – pênis,
escroto e próstata.
5) O que ocorre com o desenvolvimento sexual quando um embrião tem o sexo genético
XX?
Na ausência do cromossoma Y e portanto do gene SRY, a gônada indiferenciada se
diferencia em ovários por volta da 9ª semana de vida intrauterina, com a presença de gene
como DAX-1. Na ausência de testículos e de testosterona, não há desenvolvimento dos
ductos de Wolff e portanto, genitália interna masculina não se forma. Por outro lado, com
a ausência de HAM, não há involução dos ductos de Muller, que se desenvolvem e formam
a genitália interna feminina – útero, trompas e 1/3 superior da vagina. Na ausência de
Testosterona e de DHT, o seio urogenital e tubérculo genital se desenvolvem em genitália
externa feminina – clitóris, grandes e pequenos lábios e 2/3 inferiores da vagina.

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