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4ª Reação: a 17- hidroxipregnenolona e a 17-hidroxiprogesterona sob A esteroidogênese se processa mediante uma cascara esteroide na
a ação da enzima 17-20- carbono-carbono-liase (anteriormente suprarrenal, no ovário e nos tecidos periféricos, processo que é
controlado parcialmente pela ação do hormônio adrenocorticotrófico progesterona, os androgênios e os estrogênios. No entanto, a síntese
(ACTH) e do hormônio luteinizante (FH). dos principais corticoides impõe o retorno dos precursores às
mitocôndrias para a síntese de cortisol, corticosterona e aldosterona.
No ovário, a testosterona e a androstenediona apresentam produção
máxima no meio do ciclo, sendo produzidas pelo folículo, pelas Esteroidogênese Placentária:
células estromais e, em menor quantidade, pelo corpo lúteo.
A esteroidogênese placentária depende completamente do colesterol
materno, já que não é capaz de sintetizar os esteroides femininos a
partir do acetato. Compõe-se de duas etapas independentes, uma vez
que não dispõe da 17-α-hidroxilase para realizar a transposição do C-
21 para C-19.
A impregnação androgênica resultante, em uma criança do sexo A placenta pode realizar a esteroidogênese até a obtenção da
feminino, conduz ao aparecimento de sinais característicos, como progesterona, sendo essa metabolizada na gestante e no feto e
adrenarca, virilização da genitália externa, acne, odor corporal típico servindo como substrato para a síntese dos hormônios do córtex da
de adultos e aceleração da maturação óssea. suprarrenal. No entanto, não é capaz de sintetizar androgênios, apesar
de metabolizá-los sempre que nela penetrem. Essa peculiaridade
Vias Intracelulares da Esteroidogênese:
parece representar um mecanismo de proteção fetal contra a influência
O colesterol plasmático penetra na célula ao mesmo tempo que é de esteroides sexuais externos. O DHEAS, de origem materna e fetal,
sintetizado no retículo endoplasmático liso a partir de radicais é convertido em androstenediona e testosterona e esses, por sua vez,
acetatos. A clivagem do colesterol acontece em nível mitocondrial, em estrona e estradiol. respectivamente. Esses quatro hormônios se
originando a pregnenolona, a qual desencadeia no retículo elevam na gestação.
endoplasmático liso a síntese de hormônios esteroides, segundo a
diferenciação dos órgãos secretores. Inicialmente são formados a
O aspecto mais significativo da esteroidogênese placentária antrais (folículos secundários) sob a influência do FSH, mantém seu
corresponde à concepção de uma via particular de síntese do estriol, crescimento e produção crescente de estrogênio e determinarão a
utilizando como substrato o DHEAS de origem fetal sob a influência diminuição da secreção de FSH pela hipófise, causando a redução da
da gonadotrofina coriônica e do ACTH. atividade da aromatase e consequentemente a androgenização
intrafolicular e a atresia. Entretanto, um dos folículos recrutados não
Esteroidogênese Ovariana: sofre ação da queda do FSH, passando por transformações que
A formação dos hormônios esteroides é dada a partir do estímulo das permitem o seu crescimento, e passa a apresentar receptores para LH
gonadotrofinas, o FSH e o LH. A esteroidogênese ovariana acontece nas células da granulosa, evento fundamental para que ocorra a
no córtex, mais especificamente nas células da teca e da granulosa, ovulação. A inibina é outra substância, de natureza proteica,
que exercem papéis complementares, formando o “sistema de duas produzida nos ovários e que age sinergicamente ao estrogênio
células”. inibindo principalmente a secreção de FSH e, consequentemente,
aumentando a ação do LH sobre a síntese de estrogênios nas células
1. Esteroidogênese na Fase Folicular: os folículos primários da teca. Portanto, essas células convertem, com eficiência,
armazenados no ovário desde o período intrauterino iniciam seu androgênios em estrogênios, principalmente emestradiol, que é um
desenvolvimento independente da ação hormonal até o estágio pré- estrogênio potente. Já a ativina exerce importante atividade autócrina,
natal. No início de cada ciclo é iniciada a produção hormonal aumentando a ação do FSH e diminuindo a do LH a partir do
estimulada pelo FSH, que possibilita o desenvolvimento folicular. As crescimento da produção de seus receptores.
células da teca contêm apenas receptores para o LH. Quando o LH se
liga a esses receptores, esse hormônio passa a ativar, via AMPc, o
complexo enzimático responsável pela conversão do colesterol em
androstenediona e testosterona. Esses hormônios passam, então, por
difusão, para a célula da granulosa, onde servirão de substrato para a
produção de estrogênios. Nos folículos pré-antrais (ou seja, folículos
primários multilaminares), os androgênios nas células da granulosa
também contribuem para a ativação do complexo de aromatização.
Nas células da granulosa, o FSH, também via AMPc, ativa o
complexo enzimático denominada aromatização. A partir de uma
cadeia de reações enzimáticas, a androsterona e a testosterona são
convertidas em estrona e estradiol. No folículo pré-natal (folículo
primário multilaminar), a produção de estrogênio estimula a
2. Esteroidogênese na Fase Lútea: após a ovulação, o folículo roto
proliferação das células da granulosa e é verificado aumento do
passa por uma série de transformações estruturais, bioquímicas e
líquido folicular, formando uma cavidade no folículo e
hormonais, transformando-se em corpo lúteo. Na fase lútea, as células
transformando-o em folículo antral (folículo secundário). Os folículos
da granulosa se tornam mais proeminentes do que as da teca. Assim,
passam a produzir estradiol e progesterona sob o estímulo de LH, DESENVOLVIMENTO PUBERAL NORMAL:
mesmo em baixas doses. Apesar do sistema de duas células continuar
existindo, o papel do FSH no estímulo à produção de estradiol passa A puberdade é a transição da infância para a fase adulta, caracterizada
a ser substituído pelo do LH. No corpo lúteo, a secreção de estradiol por um sequência de eventos que culminam com o desenvolvimento
e progesterona ocorre de modo intermitente, acompanhando os pulsos da capacidade reprodutiva. Entre as modificações observadas nesse
de LH. Para que a produção hormonal na fase lútea seja adequada é período, destacam-se o aparecimento dos caracteres sexuais
preciso que a fase folicular tenha ocorrido normalmente. O acúmulo secundários (mamas e pelos pubianos), a aceleração da velocidade de
de receptores de LH nas células da granulosa na fase folicular garante crescimento (estirão do crescimento linear), profundas mudanças
a luteinização do folículo roto e, portanto, a adequada esteroidogênese psicológicas e produção de gametas maduros.
do corpo lúteo. Um dos importantes papéis do LH na fase lútea inicial O eixo hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO) se torna funcional antes
é estimular a produção de receptores de membrana para LDL no corpo do nascimento. Na 10ª semana de vida embrionária, o hormônio
lúteo. Esses receptores garantem a entrada, nas células, do colesterol, liberador de gonadotrofinas (GnRH) é produzido. As concentrações
substrato para a produção de estradiol e progesterona. As células do hipofisárias dos hormônios FSH e LH aumentam progressivamente,
corpo lúteo também produzem sob o efeito do LH, a inibina A que em atingindo o pico entre a 20ª semana e a 24ª semana e diminuindo nas
associação com o estradiol e a progesterona, será responsável por últimas semanas de gestação – por retroalimentação negativa de
inibir a liberação de FSH, consequentemente impedirão um novo estrogênio e progesterona. Após o nascimento, com a perda dos
desenvolvimento folicular. Com a luteinização aumentam as esteroides sexuais maternoplacentários, ocorre liberação de GnRH e
concentrações da desmolase da 17-hidroxidesidrogenase, ampliando, as concentrações plasmáticas das gonadotrofinas aumentam.
assim, a produção de estrogênio e progesterona, com a progesterona
apresentando seu pico máximo cerca de 8 dias após o pico de LH. A puberdade normal consiste numa progressão, em sequência
Após 14 dias, o corpo lúteo deve continuar sendo estimulado pela ordenada, de processos, sendo eles: crescimento somático acelerado,
gonadotrofina coriônica humana (HCG), que contém uma molécula maturação dos caracteres sexuais primários (gônadas e genitais),
muito semelhante à do LH e, portanto, ocupa seus receptores. Caso aparecimento dos caracteres sexuais secundários, menarca.
isso não se verifique, o corpo lúteo se degenera, transformando-se em
Estágios de Tanner:
corpo albicans.
P1 – fase de pré-adolescência (não há pelugem).
Telarca Precoce: