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Sistema reprodutor masculino (Prof.

Allysson)
 Introdução
- O testículo é dividido em vários lobos, divididos pelos septos formados pela túnica
albugínea. Nos lobos temos os túbulos seminíferos, eles se juntam formando a rede
testicular, indo para o ducto eferente, que vai para o túbulo do epidídimo, que vai para o
ducto deferente, que dá a volta por trás da bexiga, onde penetra na próstata após
encontrar a vesícula seminal; dentro da próstata se forma o ducto ejaculatório, vai para a
uretra, e na base do pênis recebe a secreção das glândulas bulbo uretrais (ou de Cowper).
- A uretra é dividida em uretra prostática, membranosa e peniana
- O testículo faz gametogênese (produz espermatozoides) e esteroidogênese (produz
hormônios). No testículo temos os túbulos seminíferos (que contem células de sertoli e
células da linhagem espermatogênica, que são as espermatogônias, espermatócito
primário, espermatócito secundário, espermátide e espermatozoide), envoltos por tecido
intersticial, composto basicamente por células de Leydig.
 Testículos (túbulos seminíferos e tecido intersticial)
- As células da linhagem espermatogênica (células germinativas) vem do saco vitelino, de
onde migram para povoar as gonadas.
- As células de Leydig e de Sertoli ocorrem pela ativação do gene SRY, que ativa o SOX9
(ambos fatores de transcrição), que ativam o gene do hormônio anti Mulleriano (HAM), e
estimula a secreção de fatores que estimulam a diferenciação das células de sertoli, que
induzem a diferenciação das células de Leydig, que produzem testosterona.
- Se alguém XX tiver um gene SRY (por translocação durante o crossing over de um gene Y
para um X) a pessoa pode ter um testículo; da mesma forma, se um indivíduo XY não tiver
o gene SRY ele não forma testículo.
 Histerectomia em homem?
◦ Senhor, 70 anos, pai de 4 crianças com criptorquidismo no lado direito e hérnia inguinal
obstruída no lado esquerdo. Exploração do canal inguinal revela a presença de útero,
tubas uterinas com um testículo direito atrófico embebido no ligamento largo do útero
e fixado à pelvis.
- O paciente ainda tem derivados dos ductos mullerianos, tendo uma persistência
mulleriana (que pode ser tipo I ou tipo II, por alteração do HAM ou no receptor do
HAM)
- Ele tem uma mutação do HAM ou no seu receptor, mas ainda tem XY, SRY, SOX9, etc.
Sendo um homem fértil.
 Descoberta do SRY
- Esse gene só é expresso no testículo
 Evidencias apoiando o papel do SRY
- Cromossomo Y é importante para o desenvolvimento masculino e não depende do
número de cromossomos X
- Mulheres com XY sem SRY são mulheres estéreis, pois no cromossomo Y há outros
genes necessários para a espermatogênese, e para formar ovogenese é preciso ter dois
cromossomo X
- Na síndrome de Turner (X0) também ocorre infertilidade
- Se colocou o SRY num rato XX e ele nasceu macho porém infértil, pois não tinha a parte
do cromossomo Y que contem genes necessários a espermatogênese (apesar de ter o
SRY).
- Ou seja, o SRY só desencadeia a diferenciação da gonada
- SOX 9
o SRY é membro de uma família de genes chamada SOX
o Descoberta de mutações no gene SOX em mulheres XY revela que SOX9 é alvo
de SRY
o SRY ativa SOX9
o Mamíferos possuem um gene relacionado a SRY no cromossomo X – SOX3 –
Expressão de SOX3 em gônada indiferenciada de humanos direciona o
desenvolvimento masculino em embriões XX.
- Determinação do sexo sumário
- Testosterona faz os ductos de Wolff se desenvolverem
- A 5 alfa redutase faz a testosterona se converter num hormônio mais potente, a 5
DHT, que faz a formação da próstata, do pênis e a descida do testículo para o escroto
- Se não temos SRY, predomina a ação dos genes WNT4 e RSPO1
- NÃO PRECISA DE ESTROGENO PARA DIFERENCIAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA (está
errado no slide).
- Sem testosterona o ducto de wolff (um ducto mesonefrico) regenera
- Sem HAM o ducto de muller (um ducto paramesonefrico) se desenvolve
- O ducto de wolff faz a formação do sistema reprodutor e o sistema urinário, pois o
mesonefro estimula o desenvolvimento do metanefro que forma o broto do rim, por
isso é necessário a formação do ducto de wolff em homens e mulheres. Na mulher ele
degenera, mas antes forma o broto do rim.
- SRY e SOX9 para formação dos testículos
- Duplicação do SOX9: mesmo sem ter SRY o SOX9 se ativa por ser duplicado (O SOX 9
não está nem no gene X ou Y, está num gene autossômico).
- Uma boa porção dos homens XX não tem SRY, pois tem SOX9 duplicado.
- WNT e RSPO1 para formação dos ovários
- A deleção do WNT4 leva a masculinização (mesmo sem SRY para reforçar ele, sem a
inibição pelo WNT4 o SOX9 predomina, formando testículo).
- A duplicação do WNT4 em indivíduos XY leva a reversão sexual, formando ovário (pois
ele supera a ação do SRY, não forma testículo).
- *Desordem do desenvolvimento sexual ovotesticular (DDS ovotesticular) – forma
testículo e ovário, pode ocorrer por vários motivos; o paciente pode ser quimera (dois
ovulos fecundados por dois espermatozoides diferentes ficaram proximos e formaram
um embrião só) XX/XY, formando ovoteste; mas o mais comum é o indivíduo ser XX e
ser ovoteste, por ter um SRY num X, mas um X é inativado aleatoriamente durante a
embriogenese (e seus descendentes terão esse X inativado), tendo tecido de ovário e
testículo na mesma gonada (lembrando que sem o resto do gene Y ele não consegue
produzir espermatozoide, mas por ter dois X ele pode formar óvulo).
- 2 grupos independentes…
- Sem o gene Isn3 o testículo não migra
- Se colocarmos esse gene numa fêmea, o ovário desce
- 46XY DDS – deficiência de 5 alfa redutase
- por não ter 5 alfa redutase, ele não forma pênis, não forma próstata, o testículo não
desce, não forma 5DHT
- foi criada como menina, mas teve formação de testículo, só não desceu
- Na puberdade, o testículo começou a fazer testosterona, fazendo o desenvolvimento
da genitalia externa
- Se der inibidor da 5 alfa redutase (finasterida) ocorre castração química, reverte isso.
- HCA por deficiência de 21 hidroxilase
- masculinização da genitália externa
- Tem que tratar o indivíduo senão ele perde sal e pode morrer em 1 semana; temos
que dar dexacortisona.

 Testiculos (túbulos seminíferos e tecido intersticial)


- Sertoli e linhagem germinativa ficam dentro dos túbulos
- Entre os túbulos ficam as células de Leydig e células intersticiais
- Da base do alantoide migram as células germinativas, para povoar a gonada
- A Gonada tem células epiteliais e mesenquimais que na presença do gene SRY e SOX 9
viram células de sertoli (as epiteliais) e células de Leydig (as mesenquimais). As células
germinativas ficam dentro dos túbulos e geram as espermatogônias
- As células de sertoli ficam ligadas formando um epitélio e entre elas ficam as células
germinativas
 Testiculos (tipos celulares)
◦ Células da linhagem espermatogênica
◦ Células de Sertoli: secretam hormônio mulleriano – HAM (embriogênese)
- As células de sertoli se ligam umas as outras por zonas de oclusão, nutrem as células
da linhagem espermatogênica
- Espermiogênese: é a diferenciação da linha germinativa, com perda de material
intracelular, que é fagocitado pelas células de sertoli.
◦ Células intersticiais ou de Leydig: secretam testosterona

 The sertoli cells


- A testosterona dispara a produção de espermatozoides na puberdade
- LH: faz a células de leydig secretar testosterona (um esteroide, um lipidio)
- FSH: faz as células de sertoli produzirem ABP
- A testosterona por ser um lipidio entra no túbulo por dentro das células, mas para ela não
sair é preciso ABP (se liga a testosterona), ela impede que a testosterona saia do túbulo
seminifero
- antes da puberdade o menino tem apenas espermatogônias, que só se desenvolvem na
presença de testosterona na puberdade, mas quando se produz espermatozoide o corpo
reconhece ele como um corpo estranho; por isso as células de sertoli impedem que os
anticorpos atinjam os espermatozoides (se essa barreira hematotesticular for quebrada, pode
ocorrer infertilidade).
 Tubulos seminíferos
-
 Espermiogenese
- Diferenciação de espermatide para espermatozoide; a célula não se divide mais, só muda o
formato
 Desenvolvimento gonadal
- O mesonefro (mesenquima) começa a se epitelizar, formando ducto de wolff (ducto
mesonéfrico), com transformação mesenquimal para epitelial (tubulogênese)
- Ao lado ocorre uma invaginação do epitélio da superficie do mesonefro para formar o ducto
de Muller (ducto paramesonéfrico)
- O ducto de wolff dá origem a túbulos seminíferos e ducto deferente, e no fim dele ocorre o
broto das vesiculas seminais
- O ducto de muller degenera no homem, mas na mulher forma tuba uterina, útero e parte
superior da vagina
- Na insensibilidade a testosterona a pessoa não forma nem derivados do ducto de wolff nem
de Muller, só tem testículo que faz a primeira parte da descida (transabdominal, por ação do
ISNL-3, insulin like hormone 3), não a segunda (inguinoescrotal, depende do 5 DHT); já os
órgãos externos são feminilizados mas com fundo cego
 Ducto de wolff surge do aspecto dorsal…
-
 Wolffian duct development
- O broto do rim surge do mesonefro, que vai subir e formar o rim no metanefro
 Ducto mesonefricoo
- Os ductos eferentes conectam os ductos seminíferos ao epidídimo
 Testosterona secretada pelas células de Leydig estabiliza ductos de wolff
- Sem testosterona essas células sofrem apoptose
 intermediate mesoderm formation
- Uma parte do ducto de wolff começa a se enovelar para formar o epidídimo
- Essa enovelação permite que 6m de epidídimo se encontrem no escroto
- Função do epidídimo: armazenar e amadurecer espermatozoides (antes de amadurecer ele
não é capaz de fecundar o óvulo). Isso se chama capacitação.
- O epitélio do epidídimo é pseudoestratificado com estereocilios; em volta tem músculo liso
para transporte do espermatozoide; no ducto deferente é igual, mas tem muito mais músculo
liso (para transporte ascendente dos espermatozoides).
 Glândulas sexuais acessórias
- vesiculas seminais
- próstata
- glândulas bulbouretrais (glândulas de cooper)
- As glândulas produzem o fluido seminal
*a prostaglandina é derivada da vesícula seminal e dá viscosidade ao semen
*ela tbm dá acido ascorbico
 Presença de concreções
- Aparecem na próstata com a idade
 Hiperplasia prostática benigna
- A testosterona é convertida em 5DHT pela 5 alfa redutase
 Hiperplasia prostática benigna
-
 Glândulas bulbouretrais
- Neutraliza restos de urina que estão na uretra
- alguns homens produzem uma secreção antes de ejacular, e essa secreção contem
espermatozoides
 Penis
- corpos cavernosos
- corpo esponjoso
- uretra
- Corpos eréteis: artérias que se enchem de sangue.

Cavidades (Prof. Elaine)


 Intro
- O celoma vira a cavidade pericardica, a cavidade pleural e a cavidade abdominal
- Quando o embrião se dobra na 4ª semana, se forma o celoma
- O tubo digestório se forma a partir do endoderma e o celoma intraembrionário se origina
do mesoderma lateral (composto por mesoderma visceral que fica grudado ao tubo
digestivo, e o mesoderma esplancnico, que reveste a cavidade). O mesoderma dorsal
mantém o endoderma do tubo digestório suspenso no celoma intraembrionário. A região
ventral do mesoderma desaparece, exceto no estomago (mesogastrio) e na região onde se
formará o figado.
 Cavidades
 Dobramento do embrião
 Mesoderma lateral
◦ Formação de mesentério dorsal
◦ Formação de mesentério ventral – se rompe
 Mesentério ventral permanece
◦ Estômago- mesogástrio ventral;
◦ Fígado- ligamento falciforme.
O celoma tem um formato de ferradura, mas seu vertice fica em frente a regiao cardíaca;
no inicio o celoma é uma cavidade única, depois ele se dividirá em pleura, pericardio e
cavidade abdominal.
 Cavidades
- Pregas pleuropericardicas começam a se desenvolver, e com o crescimento dos pulmões,
as cavidades se fecham, separando a cavidade pericardica e a pulmonar.
 Cavidades - região toracica
- Em azul: origem embriológica do nervo frênico
 Pregas pleuropericardicas
◦ As pregas pleuropericárdicas são cristas de tecido associados às veias cardinais comuns,
que fazem protuberância na parede dorsolateral do celoma como um arco em direção à
linha média da porção torácica do celoma e entra no seio venoso do coração.
◦ Inicialmente não são grandes e provocam somente um estreitamento na junção da
cavidade pericárdica e canais pleurais. Mas com a expansão dos pulmões, as pregas
formam lâminas proeminentes que se encontram na linha média e formam a camada
fibrosa (parietal) do pericárdio.
◦ O par de nervos frênicos está relacionado com as pregas pleuropericárdicas. Esses
nervos surgem a partir dos ramos de raízes cervicais 3, 4 e 5 e inervam as fibras do
músculo diafragma.
◦ Com a mudança de posição dos vários componentes do corpo durante o crescimento, o
diafragma desce ao nível das menores vértebras torácicas e carrega os nervos frênicos
com ele.Nos adultos o caminho dos nervos frênicos através do pericardio fibroso deve-
se a associação com as pregas pleuropericárdicas.
◦ Nas extremidades caudais dos canais pleurais, um outro par de pregas, as pregas
pleuropeitoneais, tornam-se proeminentes, porque os pulmões em expansão empurram
o mesoderme da parede do corpo.
◦ As pregas pleuroperitoneais ocupam maiores porções do canal pleural até que se
fundem com o septo transverso e o mesentério do esôfago, obliterando o canal pleural.
◦ Todas as ligações entre cavidade abdominal e torácica são eliminadas.
- O diafragma vai dividir a cavidade abdominal da pleura e do pericardio, se o diafragma
não se desenvolver, ocorre hernia diafragmática ou eventração do diafragma se o
tecido muscular associado ao diafragma não se desenvolver
 Septo transverso
o Divisão do celoma comum em componente
o torácico e abdominal
o Cresce a partir da parede ventral como lâmina semicircular que separa o coração a
partir do fígado em desenvolvimento.
o Constitui um componente significativo do diafragma.
o A expansão do septo divide parcialmente o pericárdio e as porções peritoneais do
celoma.
o No momento em que a borda do septo atinge as porções do soalho do intestino
anterior- quase separa o celoma em duas partes.
o Dois canais curtos laterais ao intestino ligam as duas partes- canais pleurais
(pericardioperitoneais)- são os espaços nos quais haverá o crescimento dos
pulmões.
o Os canais pleurais e os pulmões aumentam bastante e formam as cavidades
pleurais.
o Os canais pleurais são parcialmente delimitados por dois pares de pregas de tecido:
a prega pleuropericárdica e a prega pleuroperitoneal.
 Formação do diafragma
o O diafragma que separa as cavidades abdominal e torácica em adultos, é
proveniente de vários componentes embrionários:
 O grande componente ventral do diafragma surge do septo transverso, que
se funde com a parte ventral do mesentério esofágico.
 Convergentes no mesentério esofágico dos lados dorsolateral são as pregas
pleuroperitoneais. Esses dois componentes formam a maior parte do
diafragma.
 Como os dois pulmões continuam a crescer, as extremidades caudais
escavam espaço adicional na parede do corpo. O mesênquima da parede
corporal separado da parede do corpo contitui o terceiro componente do
diafragma, através da formação de uma delgada borda de tecido ao longo
de suas bordas dorsolaterais.
o De acordo com sua inervação motora, pelo nervo vago (X par de nervo craniano),
os precursores celulares da musculatura diafragmática migram caudalmente de
seu local de origem nos somitos occipitais para a cavidade corporal.

 Casos clínicos
1. Um recém-nascido não consegue respirar e logo morre. Uma necropsia revela um grande
defeito diafragmático do lado esquerdo, com o estômago e os intestinos ocupando o lado
esquerdo do tórax. Ambos os pulmões são hipoplásicos.
2. Um recém-nascido apresenta grave dificuldade respiratória. O abdome é muito achatado e
os movimentos peristálticos intestinais são ouvidos no lado esquerdo do tórax.
Ambos são do lado esquerdo, que é o mais comum
Outras informações
- A pleura e o pericardio se formam pelo fechamento das pregas pleuropericardicas
- A hernia diafragmática ocorre entre a pleura e o pericardio
- O que determina o prognostico da hernia diafragmática é a extensão e quanto de pulmão
conseguiu ser formado na gestação.

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