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Conteúdo:
1- Anatomia da reprodução masculina
2- Transporte de gametas
3- U
SRY = TDF
AMH = MIF
O AMH irá agir nos ductos de Muller impedindo seu desenvolvimento, e os andrógenos irão estimular
o desenvolvimento dos ductos de Wolf
Por ser um gene específico do cromossomo Y, as fêmeas não possuem o gene SRY e portanto
não faz produção de AMH – permitindo o desenvolvimento do ducto de Muller
Machos Fêmeas
Machos: Gene SRY(TDF) age nas células de sértoli, produzindo AMH(MIF) e bloqueando o
desenvolvimento dos ductos de muller. E age nas células de Leydig produzindo testosterona,
estimulando os ductos de wolf a se desenvolverem.
Fêmeas: As fêmeas não têm o gene SRY (TDF), portanto não produz AMH e os ductos de muller não
tem seu desenvolvimento interrompido. Também não tem estímulo para produção de testosterona,
logo não tem estímulo para o desenvolvimento dos ductos de wolf.
• O testículo não fica tão perpendicular, ficando um pouco deitado no saco escrotal.
• O garanhão não tem flexura sigmóide, o musculo cavernoso é extremamente vascularizado
fazendo com que o pênis aumente de tamanho
• Glândulas vesiculares, próstata e bulbouretrais bem desenvolvidas quando em comparação
aos bovinos
Varrão – suíno (Boar)
• Testículos um pouco mais caudal que os dos bovinos, também localizado entre os membros
• Próstrata bastante desenvolvida e as outras glândulas rudimentares
• Não tem flexura sigmóide – pênis dilata, não é fibroelástico
• Tem osso peniano
• Bulbo fica preso na cadela, visto que o ejaculado sai em jatos e não tudo de uma vez, essa
dilatação impede perda retrógrada de sêmen
Gato (tom)
2- Cremaster
Contrai no frio para trazer o testículo para próximo do abdômen, e no caso do calor ele relaxa para
descer o saco escrotal.
3- Túnica dartos
Também auxilia na termorregulação, contraindo fazendo com que a pele do testículo fique toda
enrugada (reduzindo a superfície de contato)
4- Glândulas sudoríparas
Receptores de temperatura localizados na pele do escroto podem provocar respostas para diminuir
a temperatura do corpo todo e provocar palpitação e transpiração.
Anatomia
Testículos
• Protegidos na parede do processo vaginal ao longo da linha de fixação epididimal. Seu eixo
e orientação no escroto diferenciam de espécie para espécie, como vimos anteriormente.
• Células de Leydig: secretam hormônios masculinos nas veias testiculares e nos vasos
linfáticos
• Células de sértoli: contribuem com a produção de fluido tubular e podem produzir AMH
(hormônio antimulleriano)
Cápsula testicular:
Túnica vaginal visceral, cavidade vaginal, túnica vaginal parietal, fáscia escrotal, túnica
dartos e pele do escroto
Epidídimo
• Cabeça do epidídimo: espermatozoide sem
motilidade, infértil, com gota citoplasmática
proximal
• Corpo do epidídimo: pode haver motilidade,
subfertilidade, tem deslocamento da gota
citoplasmática proximal
• Cauda do epidídimo: motilidade normal, fértil, gota
citoplasmática distal, liga-se ao oócito
Armazenamento na cauda do epidídimo depende da
temperatura baixa e da ação do hormônio sexual
masculino
Glândulas acessórias
Vesiculares, bulbouretrais e próstata
Pênis
Dividido em 3 partes:
Sistema endócrino
Temos o controle da reprodução feita pelo sistema endócrino e sistema nervoso central, que estão
ligados através do sistema porta-hipotálamo-hipofisário coordenando as funções das gônadas.
Ambos os sistemas atuam iniciando, coordenando ou regulando as funções do sistema reprodutivo.
• Sistema nervoso: controla as funções orgânicas por meio de rápidos impulsos nervosos
elétricos, como a regulação do sistema musculoesquelético
• Sistema endócrino: utiliza mensageiros químicos ou hormônios para regular processo
orgânicos mais lentos, como o crescimento e a reprodução.
o Hormônios: são substâncias químicas fisiológicas, orgânicas, sintetizadas e
secretadas por uma glândula endócrina– atuam inibindo, estimulando ou regulando
ação do tecido alvo
Relembrando:
Hipotálamo: ele consiste da região do terceiro ventrículo e estendendo-se até do quiasma óptico aos
corpos mamilares. Existem conexões neurais entre o hipotálamo e o lobo posterior através do trato
hipotálamo-hipofisário e conexões vasculares entre o hipotálamo e o lobo anterior da hipófise
Hipófise: Localizada na sela túrcica (depressão óssea na base do cérebro). Dividida em 3 partes
anatômicas: lobo anterior, lobo intermediário e lobo posterior.
Gônadas: em ambos os sexos elas desempenham papel duplo: produção de células germinativas
(gametogênese) e a secreção dos hormônios gonadais.
Hormônios: podem ser classificados de acordo com sua estrutura química (glicoproteínas,
polipeptídeos, esteróides, ácidos graxos e aminas) ou modo de ação.
Glicoproteínas (ocitocina, FSH, LH), polipeptídeos, esteróides (derivados do colesterol – testosterona),
ácidos graxos (derivados do ácido araquidônico) e aminas (derivados da tirosina ou do triptofano -
melatonina)
Modos de comunicação intercelular:
Hormônios
• Hormônios Adeno-hipofisários:
o FSH: hormônio folículo estimulante atua nas células germinais, nos túbulos
seminíferos dos testículos e é responsável pela espermatogênese até o estágio de
espermatócitos secundários, em que passas adiantes os andrógenos dos testículos
atuam nas fases finais da espermatogênese.
o LH: hormônio luteinizante estimula as células intersticiais (células de Leydig) no
testículo para produzirem andrógenos (testosterona)
• Hormônios esteróides gonadais: produzido nos ovários e testículos e podem ser de 4 tipos:
andrógenos, estrógenos, progestágenos e relaxina (esse último é proteína e não esteróide).
O testículo secreta um único hormônio – testosterona (andrógeno)
o O colesterol se converte em pregnenolona, este se converte em progesterona
que por fim se converte em andrógenos/estrógenos
o Testosterona: desenvolve e mantém as glândulas acessórias; estimula as
características sexuais secundárias, o comportamento sexual e a espermatogênese;
possui efeitos anabólicos.
Controle endócrino
O GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofinas – FSH e LH) liberado pelo hipotálamo age na
hipófise estimulando a liberação de gonadotrofinas (FSH e LH).
• FSH: hormônio folículo estimulante – faz modulação das células de sértoli – que pode
produzir inibina fazendo feedback negativo seletivo de FSH na hipófise, para a célula não
ficar sobrecarregada e conseguir dar conta de outras funções.
• LH: hormônio luteinizante – age nas células de Leydig fazendo com que ocorra a
transformação de colesterol em testosterona, e um pouco também em estrógeno. A
testosterona, o estrógeno e DHT (diidrotestosterona) caem na circulação e fazem feedback
negativo no hipotálamo bloqueando liberação de GnRH.
o Testosterona é convertida em DHT, e tem as mesmas funções que a testosterona –
desenvolve e mantém as glândulas acessórias; estimula as características sexuais
secundárias, o comportamento sexual e a espermatogênese; possui efeitos anabólicos.
As células de Sertoli exercem papel vital na regulação da espermatogênese. têm diversas funções
como: controle da maturação e da migração das células germinativas; síntese de proteínas e
esteroides estão envolvidas no controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares
e intersticiais e, formam a barreira hemato-testicular.
Sêmen: suspensão celular líquida contendo espermatozoides (gametas masculinos) e secreção dos
órgãos acessórios do trato genital masculino. A porção fluida dessa suspensão, que é formada na
ejaculação, é conhecida como plasma seminal.
Revisando espermatozoide
Os espermatozoides são formados dentro dos túbulos seminíferos dos testículos, e eles contêm
uma série complexa de células germinativas em desenvolvimento que posteriormente formam células
altamente especializadas – os gametas
masculinos. Quando completamente
desenvolvidos, os espermatozoides têm uma
cabeça achatada contendo o núcleo e de uma
cauda, ele é recoberto pelo plasmalema
(membrana plasmática). O acrossomo ou capa
acrossomal é uma estrutura de parede dupla
situada entre a membrana plasmática e a
porção anterior da cabeça. O colo conecta a
cabeça com a cauda, e a cauda é dividida em
peça intermediária, principal e terminal.
Espermiogênese
As espermátides são transformadas em espermatozóides por uma série de modificações
morfológicas progressivas, que é a denominada Espermiogênese. As modificações incluem
condensação da cromatina nuclear, formação da cauda e desenvolvimento do capuchão
acrossomático.
Os vários estágios de desenvolvimento são divididos em 4 fases: Golgi, capuchão, acrossomo e
maturação.
1. Fase de Golgi
• Tem formação de grânulos pro-acrossômicos dentro do aparelho de Golgi, que
coalescem formando um único grânulo acrossômico
• Migração dos centríolos (axonema) para baixo – para formar a base de fixação da
cauda à cabeça
• Tem adesão do centríolo e do grânulo acrossômico ao núcleo
2. Fase de capuchão
• Acrossomo recobre o núcleo da espermátide, até que 2/3 da porção anterior do núcleo
esteja coberto, por esse saco membranoso de parede dupla que se adere ao envelope
nuclear
• Migração do complexo de Golgi para baixo
• Alongamento do centríolo (axonema) além da periferia do citoplasma celular,
começando a formar a cauda
3. Fase de Acrossomo
• Alteração no núcleo – achatamento da cromatina, histonas são substituídas
progressivamente por proteínas transitórias – o núcleo vai ficando mais achatado
acompanhando esse processo
• Deslocamento do citoplasma no sentido caudal onde ele circunscreve a porção proximal
da cauda em desenvolvimento – mitocôndrias começam a descer e se concentrar
próxima ao axonema que mais tarde fará parte da peça intermediária
• Formação do anel (annulus) – forma-se próximo ao centríolo proximal e ao longo do
desenvolvimento migra ao longo da cauda
4. Fase de maturação
• Proteínas transitórias são substituídas por protaminas, formando um material fino e
homogêneo que preenche uniformemente todo o núcleo do espermatozoide
• Formação final da cauda – Annulus desce para porção que separa peça intermediária
da peça principal
• Formação do corpo residual – após alongamento da espermátide em um lóbulo
esferoide denominado de corpo residual, que irá ir descendo pela cauda – que é o que
denominamos de gota (proximal e distal) -> nada mais é que o citoplasma
• Cachaço: 9 dias
• Carneiro: 10 dias
• Garanhão: 12 dias
• Touro: 14 dias
Tempo para completar a espermatogênese (espermatogônia até espermatozoide)
• Cachaço: 39 dias
• Carneiro: 47 dias
• Garanhão: 55 dias
• Touro: 61 dias
O que ocorre é que vão tendo sempre novos ciclos sendo iniciados, enquanto um espermatozoide é
finalizado temos uma espermatogônia iniciando o ciclo – é como a universidade, as
espermatogônias são os calouros e os espermatozoides são os graduandos.
Transporte de Gametas
Como saem do epidídimo e chegam no sítio de fecundação
Comportamento reprodutivo
O comportamento dos animais tem importante papel na reprodução, afetando tanto o sucesso de
acasalamento, quanto a sobrevivência da prole. A expressão dos comportamentos sexuais é
influenciada por hormônios presentes na circulação, e modificações no comportamento trazem
mudanças na secreção desses hormônios, afetando os comportamentos subsequentes.
Os componentes dos padrões copulatórios são incitação sexual, corte (demonstrações sexuais),
ereção, protrusão peniana, monta, intromissão, ejaculação, desmonta e refratariedade – a duração
da corte e da cópula varia de acordo com as espécies.
• Ram – carneiro – da uma ‘cotovelada’ na fêmea e se ela ficar quieta é porque está
aceitando monta
• Boar – varrão/cachaço– se move entre as fêmeas e elas começam a mostrar sinais de cio
(aumenta micção....) e ele inicia cortejo, esfrega cabeça nela, batendo dente e boca
espumando
• Dog – cachorro – cortejo cheira ela e fica lambendo
• Tom – gato- fica rodeando também e o cortejo é mordendo o pescoço da fêmea
*o macho faz ações que as fêmeas normalmente não aceitariam se ela não estivesse no cio
Reflexo de Flehmen
Identifica feromônios através do
órgão vomeronasal, para
identificar se tem alguma fêmea no
cio
➢ Equinos, ruminantes e
felinos que fazem esse reflexo
Característica da cópula
É um momento muito
vulnerável, então as
presas costumam ter
uma cópula mais
rápida, portanto os
herbívoros costumam
ter cópula mais
rápida.
Cópula cão
Ele sobe rápido tem
introdução do pênis e
ele desce, mas ainda
fica agarrado, ainda
ocorrendo a
ejaculação
• Volume ejaculado
o Pequenos ruminantes: 1-2ml
o Bovinos: 3-5ml
o Garanhão: 75-120ml
o Suinos: 200-250ml
o Cão: depende do tamanho do animal, um yorkshire 0,5 ml
*relacionado como tempo de monta
Mecanismo de ereção
Na vascularização do pênis temos veias mais externamente e artérias mais internamente, sendo as
mais fibrosas as Artérias dorsais superficiais e profundas.
Quando o pênis está flácido, a inervação parassimpática faz com que ocorra liberação de NO (oxido
nítrico) com o estímulo sexual, ativando a via NO-GMPc, causando relaxamento vascular (dilatação
de vasos sinusoidais) e intumescimento dos corpos cavernosos. Com a expansão dos corpos
cavernosos, as vênulas sub-túnicas são comprimidas contra a túnica albugínea dificultando a
drenagem sanguínea (aprisionando líquido) e aumentando a pressão intrapeniana, assim levando
ao relaxamento do músculo retrator do pênis e a ereção.
Viagra age bloqueando a reversão de GMP em GMPc, pois apenas o GMPc faz ação
Mecanismo de ejaculação
É um reflexo neural simples que se inicia com estímulo visual, liberando ocitocina (contrai
epidídimo e ducto deferente) e quando animal está com pênis na vagina, tem estimulo na glande
(temperatura e pressão vaginal) que faz reflexo neural simples e tem liberação do ejaculado com a
contração dos músculos: uretral, bulboesponjoso e isquiocavernoso.
*apenas com a contração que se tem a ejaculação, se não houver estímulo da glande ele não irá ejacular
Local deposição sêmen
Transporte de gametas
Na cauda do epidídimo (onde é armazenado) o espermatozoide já é viável para sua ação, mas ao
entrar em contato com o líquido seminal (liberado pelas glândulas acessórias no ducto deferente)
ele eixa de ser capaz e só vai ser capaz novamente no trato feminino após passar pelo processo de
capacitação.
Os espermatozoides caminham e chegam na tuba uterina, mas tem uma perda retrograda também
de sêmen (então nem todos chegam lá), além de que os espermatozoides ruins e que morreram vão
sendo fagocitados pelas células de defesa. No útero ocorre o processo de capacitação inicial e
conclui essa capacitação no oviduto, onde se tem a capacitação completa.
*A fagocitose ocorre por ser considerado um corpo estranho
Secreçao das
Contrações gl. acessórias
Cauda do
peristálticas (vesícula
epidídimo Uretra ejaculação
ducto seminal,
(armazenado)
deferente bulboruretral,
próstrata)
Útero:
A atividade contrátil (efeito hormonal) do útero é importante para ajudar na movimentação dos
espermatozoides
Oviduto:
• Oócito: 8 a 10 horas
• Espermatozoide: 28 a 50 horas
2. Reação acrossomal:
Após a ligação tem exocitose do acrossomo (organela derivada do complexo de golgi), ou seja, a
fusão da membrana acrossomal com a membrana plasmática do esperma. Este processo libera o
conteúdo acrossomal para fora do esperma e expõe as proteínas da membrana acrossomal
interna na membrana plasmática externa do esperma. (portanto somente espermatozoides que
sofrem reação acrossomal podem penetrar o oócito)
•
• Reação cortical: Existe também um bloqueio mais lento, provocado pela exocitose dos
grânulos corticais – isso vai levar a uma modificação dos receptores espermáticos da zona
pelúcida, arrancando os resíduos terminais de açúcar do ZP3 e isso faz com que altere a
conformação dele e impede o ligamento de outros espermatozoides, levando ao
endurecimento da zona pelúcida.