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- Doenças reprodutivas raramente levam à óbito, porém causam grandes prejuízos à reprodução (prejuízos econômicos)
** DIFERENCIAÇÃO SEXUAL **
- Início da vida embrionária (qualquer espécie): bissexual (diferenciar em macho ou fêmea)
SEQUÊNCIA DE EVENTOS:
- Definição do SEXO GENÉTICO se espermatozoide que deu origem ao embrião carregar X, embrião vai ser XX
se carregar Y, vai ser XY
- SEXO GONADAL origem à testículos ou ovários definição do sexo genético que determina em qual vai diferenciar
- Uma vez diferenciada a gônada, própria atividade gonadal influencia a diferenciação do restante (outros órgãos do
sistema genital) SEXO FENOTÍPICO (característica de macho ou fêmea)
- SEXO CEREBRAL funções do SNC que resultam em comportamentos masculinos ou femininos
◦ Atividade reprodutiva da fêmea é cíclica determinados núcleos ativos (inativos nos machos atividade
reprodutiva tônica, não tem ciclo)
- Gônada indiferenciada inicialmente genótipo XX: não há influência sobre diferenciação gonadal gônada
colonizada, na CORTICAL principalmente, pelos monócitos origem à ovário
- XY: no Y, existe um gene chamado SRY que codifica o TDF (fator de diferenciação testicular) ação ativa sob gônada
estimula diferenciação em testículo embrionário, com colonização principalmente na MEDULAR
- Diferenciação gonadal masculina é ativa, feminina é passiva
- Testosterona também dá origem a di-hidrotestosterona (através da 5-alfa redutase) origem às vias genitais
masculinas externas (pênis, prepúcio, glande e escroto)
- Se for fêmea, não vai ter células de Leydig, não vai ter testosterona na ausência, passivamente, o seio urogenital se
diferencia em genitália externa feminina
- Fêmea nasce e chega à puberdade com número limitado de células germinativas (humano)
- Animais tem capacidade de produção gametogênica durante toda vida
OCORRÊNCIA:
- Frequente em suínos e caprinos
- Menos frequente em equinos e cães
- Ocasional em ovinos e bovinos
- Rara em felinos
- Com exceção de freemartismo em bovinos (comum)
CLASSIFICAÇÃO:
- HERMAFRODITA VERDADEIRO: mais comum em suínos
◦ Gônadas de ambos os sexos: testículo e ovário ou ovotestis (gônada com tecido ovárico e testicular)
- PSEUDO-HERMAFRODITA MACHO: mais comum em outras espécies
◦ Gônadas masculinas (testículos), outros órgãos genitais de ambos os sexos
- PSEUDO-HERMAFRODITA FÊMEA: extremamente rara*
◦ Gônadas femininas (ovários), outros órgãos genitais de ambos os sexos
*diferenciação masculina é ativa e feminina passiva
◦ Se a fêmea for submetida à andrógenos, pode influenciar influência externa
** INTERSSEXUALIDADE EM BOVINOS **
- Comparativamente rara, excetuando-se os casos de freemartinismo
- Poucos casos de pseudo-hermafrodita macho
- Hermafrodita verdadeiro é raro
- Pseudo-hermafrodita fêmea é extremamente raro
FREEMARTINISMO
- Quimeras XX/XY resultantes de gestação gemelar de heterosexos, resultando em alteração da organogênese genital
feminina
- Um feto é do sexo masculino e outro feminino
- 92% das fêmeas bovinas de gestação gemelar com machos são freemartin
- Toda fêmea que nasce de gestação gemelar com macho deve ser tratada como macho
- Probabilidade de fêmea que nasce com macho ser fértil é muito pequena
- 1-2% das gestações bovinas são gemelares (univitelinos praticamente não ocorre) embriões geneticamente
diferentes
- 1% é heterosexo
- Quanto mais vaca produz, maior chance de gestação múltipla tratamento com hormônio do crescimento (aumenta
produção leiteira, mas também aumenta taxa de ovulação múltipla)
- Raro em ovinos, caprinos e suínos
PATOGÊNESE
- Ocorre quando há anastomose dos vasos do alantocório e troca de células e hormônios antes que a
diferenciação gonadal feminina tenha se completado
- Antes de terminar diferenciação em fêmea, recebe células e hormônios do irmão macho
NA ESPÉCIE BOVINA:
- Anastomose dos vasos coriônicos: 39 dias
- Quimerismo: início aos 59-60 dias
- Desenvolvimento testicular completo: 60 dias
- Desenvolvimento ovário completo: 90 dias
- Assim que inicia quimerismo, testículo já está diferenciando alantocório ovário ainda não completou e pode sofrer
influência de células e hormônios do feto masculino
- Diferenciação testicular ativa VS diferenciação ovariana passiva
MORFOLOGIA/MACROSCOPIA
- Testículos ou ovotestis pseudo-hermafrodita macho ou verdadeiro
- Tuba uterina ausente
- Útero parcialmente desenvolvimento
- Ausência da cérvix
- Vagina pouco desenvolvida/curta marcador importante
- Vulva pouco desenvolvida com tufos de pelos na comissura ventral
- Clitóris proeminente/hipertrofiado
- Presença de glândulas vesiculares
MACHO FREEMARTIN
- Não é interssexo, não há indução é fértil, não tem alterações no sistema genital
- Maior predisposição à degeneração testicular
** INTERSSEXUALIDADE EM CAPRINOS **
- Etiologia hereditária gene autossômico recessivo (em cromossomo não sexual, manifestado em homozigose)
◦ Determinado geneticamente
◦ Congênito: nasce com ela
- Interssexualidade em caprinos associada à característica de macho (ausência de chifre: nasce sem)
◦ Bode mocho x cabra mocha = 7,1% da progênie são intersexos
◦ Bode mocho não é bom do ponto de vista reprodutivo
- Cariótipo XX: maioria dos casos de intersexo
- Geralmente é pseudo-hermafrodita macho
- Indicador mais fiel de intersexo: distância ânus-genital é maior do que na fêmea normal (normal: pequena) e menor
que macho normal (normal: grande) distância intermediária
** INTERSSEXUALIDADE EM SUÍNOS **
- Hermafrodita verdadeiro é comum nas outras espécies predomina pseudo-hermafrodita macho
- Testículo/ovotestis do lado direito e ovário/ovotestis do lado esquerdo
- Hereditário: frequência de 0,2 a 0,6% até 5% da progênie de varrões portadores do gene
- Importância econômica difícil de reconhecer
◦ Instabilidade hierárquica no lote fêmea com comportamento agressivo (testosterona) hormonalmente
masculina, mas macroscopicamente feminina
◦ Produção menor
- Suínos produzem andrógenos (glândula própria perto do prepúcio = odor intenso) principalmente androstene
suínos machos, para serem consumidos, tem que ser castrados do contrário, confere odor ruim à carcaça (condena)
- Hermafrodita verdadeiro com características femininas pode ser abatido com testículos odor de carcaça
MORFOLOGIA/MACROSCOPIA
- Clitóris proeminente
- Urina em jatos
- Pode ter bolsa escrotal
- Feto pode ficar gestante (raro) normalmente é estéril
** INTERSSEXUALIDADE EM EQUINOS **
- Alterações cromossômicas numéricas
- “Glande” na região perianal
** INTERSSEXUALIDADE EM CÃES **
- Pseudo-hermafrodita macho
- Dois testículos, epidídimo, útero
- Testículo na cavidade abdominal mais chance de desenvolver tumor
** INTERSSEXUALIDADE EM COELHOS **
Autofertilização
CONDIÇÕES NORMAIS:
- XX não tem TDF expressão do locus Z produto repressão de genes responsáveis pelo fenótipo masculino
SE TIVER TDF:
- Cariótipo XY ou intersexo que tenha SRY no X paterno bloqueia locus Z não tem produto não reprime fenótipo
indivíduo macho
- XX não tem SRY, não tem TDF, mas tem mutação do locus Z não tem produto não tem repressão de
masculinização
◦ Indivíduo com genótipo XX, mesmo na ausência de SRY, pode ser intersexo
** HISTOLOGIA **
- Ovócito isolado sem nenhuma camada de células ao redor: FOLÍCULO PRIMORDIAL
- Ovócito no cento, com uma camada: FOLÍCULO PRIMÁRIO
- Mais camadas = células da teca (externa) e granulosa: FOLÍCULO SECUNDÁRIO
- Cavitação (antro): FOLÍCULO TERCIÁRIO cavitação repleta de fluido
- Durante ovulação, folículo vai chegar mais próximo da cortical romper antro e liberar ovócito ovócito fica solto
tubas uterinas tem fímbrias captam ovócito e conduzem até o útero
- Quando rompe antro, fica espaço começa a ser preenchido por sangue corpo hemorrágico
- Com o tempo, na fase de metaestro células que ficam ao redor do ovócito (principalmente da granulosa), começam
a sofrer luteinização mais citoplasma, células maiores, preenchem espaço antes preenchido pelo corpo hemorrágico
aí tem corpo lúteo (luteinização das células que ficam ao redor)
- O que influencia no ciclo: hormônios quem está envolvido na formação?: eixo hipotalâmico-pituitário-gonadal
- Formação de hormônios que agirão no ovário: FSH e LH
- Hipotálamo: GnRH (hormônio gonadotrófico) age na hipófise produz FSH ou LH age no ovário produz
progesterona ou estrógeno
◦ Mais estrógeno: fase inicial do ciclo, principalmente proestro
◦ Mais progesterona: principalmente depois do diestro, no metaestro corpo lúteo que produz
- Útero também produz prostaglandina 2-alfa (PGF2α) age no corpo lúteo, causando sua regressão (luteólise) caso
ovócito não seja fecundado leva à novo ciclo
- Início do proestro: hipotálamo manda sinal para hipófise para produzir hormônios (hormônio gonadotrófico age na
hipófise) começa a produzir, principalmente, FSH (hormônio folículo estimulante) folículo primordial, com esse
estímulo, começa a se desenvolver
- Ao mesmo tempo que folículo está desenvolvendo, células (da granulosa principalmente) produzem estrógeno
- Quando tem aumento da produção de FSH, no proestro, aumenta estrógeno, porque folículo está desenvolvendo
- Pico do estrógeno: demonstrações que animal está quase pronto para entrar em reprodução estro coincide com
pico do estrógeno
- Começa a demonstrar sinais que está apto a reproduzir
- No final dessa fase: ovulação ruptura do folículo terciário e liberação do ovócito
- Vai iniciar a produção do hormônio luteinizante (LH) ao ovular, já começa ação do LH forma corpo lúteo
- Folículo que ovulou começa a sofrer processo de luteinização produz progesterona
- Ao mesmo tempo que tem pico de LH, começa pico de progesterona formação completa do corpo lúteo
metaestro
- Já começa o diestro ovócito segue pela tuba uterina e chega nos cornos e no útero lá pode ser ou não fecundado
- Nesse tempo, progesterona mantem ciclo naquela fase mantém estável para dar tempo de ovócito chega no útero
- Se for fecundado: implanta na parede do útero corpo lúteo mantem produção de progesterona durante toda
gestação impedir entrada em novo ciclo
- Se não for fecundado: luteólise útero sente que ovócito não se implantou produz PGF2α age no corpo lúteo
destrói corpo lúteo queda brusca de progesterona faz com que hipófise volte a produzir FSH (progesterona
bloqueia produção de GnRH) volta a produzir estimula folículo aumento de estrógeno novo ciclo
HAMARTOMA VASCULAR
- Formações vasculares são normais durante a vida geral e neonatal, que regridem após o nascimento
- Persistência dessas estruturas = hamartoma vascular
◦ Excesso de tecido sanguíneo e fibroso
◦ Excesso de vasos sanguíneos no interior do ovário
- Ocorre em vacas, porcas e éguas
- Trata-se de alteração NÃO-NEOPLÁSICA
- Não tem sinal clínico ciclicidade normal
- Nódulo mais avermelhado, ao corte tem sangue (semelhante a hemangiossarcoma)
HIPOPLASIA OVARIANA
= desenvolvimento incompleto do(s) ovário(s)
- É a alteração de desenvolvimento ovariano mais comum (mais frequente na vaca)
- IMPORTÂNCIA: animal pode permanecer na reprodução ainda tem tecido viável pode reproduzir e gestar,
porém é características hereditária passa para filha pode gestar, mas desempenho reprodutivo é menor que
fêmea com ovários normais
◦ Fêmea com hipoplasia tem diminuição do desempenho reprodutivo e transmite
◦ Difícil diagnóstico permanece no rebanho por longo tempo
◦ Suspeita: índices reprodutivos irão cair muito
- ETIOLOGIA: gene da hipoplasia gonadal (autossômico recessivo de penetrância incompleta)
Menor frequência em zebuínos (0/6.054 – minas gerais)
CLASSIFICAÇÃO:
- Uni (animal pode ciclar e gestar normalmente, já que ovário contralateral é normal) ou bilateral
- Parcial*/total
*tamanho quase normal, mas faltam ovócitos (animal nasce com todos que vai usar durante a vida) nasce
com menor quantidade de ovócitos baixo desempenho reprodutivo
DISTRIBUIÇÃO:
- 87% unilateral esquerda
- 4% unilateral direita
- 9% bilateral
HEMORRAGIA INTRAFOLICULAR: antro repleto de sangue, normalmente não causa problemas (não rompe)
** HIPOTROFIA OVARIANA **
- Clinicamente = aciclia ou anestro
CAUSAS:
- Deficiência nutricional menos FSH e LH diminuição do estímulo hormonal ovário tinha tamanho normal e,
devido à baixa de hormônios, começa a diminuir
◦ Regiões onde há deficiência: Centro-Oeste (período de chuva VS seca = fartura de pasto VS escassez) pode
ter deficiência nutricional diminuição da produção dos hormônios aciclia/anestro por hipotrofia
- Amamentação em vacas de corte
** INFLAMAÇÃO OVARIANA **
= ooforite ou ovarite
- Geralmente piogênica (abcessos no ovário) ou granulomatosa (casos de tuberculose)
- Agentes virais: IBR (herpesvírus) e BVD (pestevírus)
- Células inflamatórias no corpo lúteo (CL) podem ser normais:
◦ EOSINÓFILOS: CL recente
◦ MASTÓCITOS: terço médio do diestro
◦ MACRÓFAGOS: CL em regressão
- Processo crônico de inflamação: áreas de fibrose mais ou menos estrias de tecido conjuntivo fibroso pode levar à
diminuição do desempenho reprodutivo (impede fímbrias de captar ovócito)
FIBROSE OVARIANA
- Resultante da involução das estruturas ovarianas cíclicas e sucessivas ovulações
- Principalmente em vacas velhas
** CISTOS OVARIANOS **
CISTO PARAOVÁRICO
- Localização adjacente aos ovários (superfície)
- ORIGEM: resquícios dos túbulos mesonéfricos
- NOMENCLATURA: epoóforo, paraóforo
- Não interferem com a função ovariana
- Podem ser múltiplos
- Parede fina, geralmente é repleto de líquido translúcido
- Mais frequente no primeiro ciclo após o parto, diminuindo progressivamente nos ciclos subsequentes
- Comum em gado leiteiro
- Correlação positiva com outras patologias pós-parto distocia, cetose, retenção de placenta
- Comum em animais de alta produção
- Cura espontânea em 48% dos casos
MACRO
- Edema de vulva
- Aumento da produção de muco, ninfomania
- Glândula mamária
CONSEQUÊNCIAS
- Infertilidade
- Hiperplasia endometrial cística: por causa do estrógeno também faz aumentar contração do útero chega
no ponto que contrai tanto que perde capacidade de contração não eliminação de muco acúmulo de
muco no interior do útero = mucometra e hipotrofia endometrial
TRATAMENTO
- LH
- hCG
- GnRH + PGF2α
PATOGÊNESE
- Falha na exposição do folículo pré-ovulatório ao LH
- Não liberação de LH (devido à não liberação de GnRH) ação exacerbada de FSH LH INATIVO e baixos
receptores para GnRH Falha do feedback de estrógeno menos receptores foliculares para LH maior
progesterona
- Às vezes é estimulado, mas não rompe e fica repleto de líquido
OUTRAS ESPÉCIES
- Suínos: cistos de retenção
◦ Cistos múltiplos pequenos: estrogênicos
◦ Grandes progesterônicos
- Cadela
- Ovelha e cabra
- Búfala: até 11,6% em búfalas da ilha de Marajó
- Égua: não tem cisto folicular
CISTO LUTEINIZADO
- Semelhante ao folicular
- Ocorre luteinização na parede do cisto maior progesterona = anestro
- Patogênese é a mesma do folicular nesse caso, a exposição ao LH é insuficiente para ovulação, mas suficiente para
luteinização
TERATOMA
- Comum em vacas e cadelas
- Caracterizado por componentes tissulares estranhos ao ovário
◦ Pele, osso, dente, tecido nervoso, órgãos células germinativas, podem dar origem à qualquer tecido
- Ocorre em vacas gestantes
- NÃO produz hormônios
APLASIA SEGMENTAR
= doença das novilhas brancas
- Não é tão comum, mas é mais comum em bovinos/suínos
- PATOGÊNESE: desenvolvimento incompleto dos ductos paramesonéfricos (Miller)
ÚTERO DUPLO
- Corpo uterino dividido 2 cérvix completas
- Monta natural não tem significância clínica
- Inseminação: pipeta no interior do útero sêmen de um lado e ovócito de outro: não fecundação
- Dupla cérvix com 2 aberturas para fecundação não é importante, pois há comunicância após aà aberturas
- Porém na hora do parto: feto pode colocar membros por uma abertura e outro pela outra distocia
** ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS **
HIPEREMIA E EDEMA
- Fisiológico na fase de proestro e estro
- Principalmente bovinos
- Quem influencia mais nessas fases: estrógeno acúmulo de líquido e mais sangue circulante
HEMORRAGIA
- Fisiológica no proestro (cadelas) e metaestro (novilhas)
- IMPORTANTE: não tem correlação com fertilidade
- Patológica nos casos de hiperplasia endometrial cística e piometra, inflamação/infecção e neoplasia uterina
- Distocia e manipulação do feto também instrumento para retirar feto lesão na parede do útero trauma
- Sub-evolução de sítio placentário: pós-parto de cadelas (placenta: circunferência do útero onde ocorre aderência de
placenta e útero = placentação zoonária)
◦ Nessas áreas, no parto, ocorre desprendimento da placenta e útero sangue normal
◦ Com o tempo, esses locais onde ocorreu aderência começam a regredir, voltar à forma normal
◦ Em alguns casos, se mantém por +12 dias áreas de sub-evolução do sítio placentário perda de sangue,
hemorragia
** DISTOPIAS ADQUIRIDAS **
= alterações de posição
TORÇÃO
- Geralmente ocorre durante a gestação (principalmente terço médio ou final da gestação)
- Principalmente em bovinos útero quase paralelo à vagina a gestação ocorre no corno uterino corno vai ficar
maior e mais pesado que outro corno gestante começa a descer pela gravidade e peso movimento crânio-ventral
pode fazer com que passe por baixo e corno contra-lateral pequeno fica por cima levar à torção do útero
- Envolve ambos os cornos
- Se tiver torção, na região dos vasos, vai ter estrangulamento congestão (estase do sangue, parada da circulação) =
estrangulamento de vasos, sangue venoso não retorna
◦ Com o tempo, artérias também param de enviar sangue = isquemia
- Dilatação do órgão também aumento da pressão, extrasasamento de líquido, edema por aumento da pressão
hidrostática
PROLAPSO UTERINO
- Qualquer espécie, mais observado em bovinos
- Fatores predisponentes: distocia com tração fetal (excesso de força na retirada mecânica do feto), retenção de
placenta e hipocalcemia pós-parto
- Todas alterações relacionadas ao parto (normalmente)
- Exposição do útero e até do assoalho da vagina pela vulva órgãos exteriorizados com o tempo: estrangulamento,
vasos que irrigam cessam circulação isquemia, necrose, contaminação bacteriana, tecido desvitalizado
◦ Animais predadores podem consumir útero também (animais de pasto)
- Prolapso à pouco tempo: cirurgia coloca útero no lugar, sutura na vulva, antibiótico para evitar metrite
◦ Alteração comum em bovinos
HÉRNIA
- Transposição de órgão por algum orifício
- Principalmente inguinal (pouco frequente em ruminantes)
- Sem consequências, exceto em caso de gestação feto desenvolver no interior da hérnia isquemia, feto sofre
aborto
RUPTURA (adquirida)
- Principalmente em partos distócitos (manipulação do feto objeto para tracionar)
- Procedimento cirúrgico (invasivo e traumático) devido à proliferação de bactérias, feto fica inchado (enfisematoso)
e grande fazer cesárea ou tirar fetos cortando ele em pedaços (fetotomia)
◦ Risco: instrumentos cirúrgicos no interior do útero pode causa laceração
- Casco ou osso fraturado pode perfurar também (distocia)
- Corpos estranhos
- Inflamação (piometra) depende da quantidade de material dentro do útero
- Consequências: peritonite (conteúdo purulento na cavidade abdominal), perda muito grande de sangue
(hemoperitônio)
** INFLAMAÇÃO UTERINA **
- O útero não gestante é muito resistente à infecções – resistência hormônio-dependente
- Fase estrogênica: muito resistente / Fase progesterônica: susceptível a infecções
- Inflamação causa perda da fertilidade
ESTRÓGENO:
- Aumento da contratilidade miometrial útero mais contrátil favorece eliminação constante de muco, de bactérias
que esteja no interior
- Aumento da atividade leucocitária no útero mais neutrófilos e linfócitos na parede do útero viligância, qualquer
bactéria que se adere já tem aumento das células na região para combater
- Aumento do fluxo sanguíneo para o útero mais sangue, qualquer patógeno mais células chegando infecções
controladas rapidamente
PROGESTERONA: (contrário)
- Útero não vai contrair com tanta propriedade
- Menos células
- Menor aporte sanguíneo
FATORES PREDISPONENENTES
PÓS-PARTO:
- Retenção de placenta se fica no interior do útero, pode ser canal para proliferação de bactérias
- Distocia feto fica mais tempo, abertura muito grande da cérvix predispor contaminação bacteriana
- Hipocalemia regressão mais demorada, hipocontratilidade também (não elimina restos placentários)
- Cetose, aborto
PÓS-COITO/INSEMINAÇÃO:
- Doenças venéreas (tricomoníase, campilobacteriose)
- Falha na higienização durante inseminação
- Suínos: líquido da vesícula seminal pode ser irritante para o útero
RETENÇÃO DE PLACENTA
- 1,96-55% das vacas
- Menor incidência em zebuínos
- Principalmente em vacas com várias gestações
- Menor risco para primíparas (primeira gestação)
- Fatores: parto distócito ou prematuro, gestações gemelares, aborto e hipocalcemia pós-parto
- Mais da metade apresenta metrite
- Material muito tempo exposto contaminação de bactérias para o interior do útero
- Outras espécies: equinos, ovinos (não é tão frequente)
* CLASSIFICAÇÃO *
LOCALIZAÇÃO
- Endométrio: endometrite
- Miométrio: miometrite
- Perimétrio: perimetrite
- Parede do útero inteiro: metrite (3)
- Cérvix: cervicite
OBS: endométrio (interno = mucosa e glândulas), miométrio (submucosa e camadas musculares [2]), perimétrio (serosa
e ligamentos que sustentam útero)
EXSUDATO
- Seroso: líquido fluido, translúcido
- Mucoso: consistência mais viscosa, mas ainda translucido
- Purulento: material mais esbranquiçado/amarelo
- Fibrinoso
- Necrótico
- Hemorrágico: avermelhado, sangue e restos de células
- Fibrino-necrótico, necro-hemorrágico
VIAS DE INFECÇÃO
- Ascendente: vaginite cervicite endometrite (fora pra dentro)
- Hematógena
- Extensão direta: perfuração, corpo estranho que venha pela parede da cavidade abdominal (agulha, pipeta
contaminada)
ETIOLOGIA
- Infecciosa: bactérias (não específicas – Arcanobacterium pyogenes é o mais comum em bovinos; Actinobacullus suis
em suínos), vírus, protozoários, fungos
- Traumática
- Física
- Química: principalmente efusões no interior do útero (tratamentos)
* DIAGNÓSTICO *
CLÍNICO
- Eliminação de fluido pela vulva
- Aparelho ginecológico: observar cérvix
MÉTODOS AUXILIARES – endometrites subclínicas
- Biópsia: fragmento de útero
◦ Importância maior em equinos (saúde do útero relacionada a capacidade de manter gestação ou não)
◦ Análise da quantidade de glândulas, infiltrado, fibrose ou não
◦ Estimar se fêmea pode ou não gestar criações que tem reprodutores com alto valor zootécnico limite de
coberturas por ano: saber se fêmea estará apta a gestar se for coberta
- Citologia: muito neutrófilo, sangue
- Bacteriologia
* ENDOMETRITE EM ÉGUAS *
- Endometrite pós-coito
- Éguas susceptíveis VS resistentes perde habilidade de eliminar restos/bactérias
FATORES
- Motilidade miometrial (idade avançada) / acúmulo de fluido (contrabilidade ajuda na eliminação)
- Pneumovagina / urovagina / alterações conformacionais (vulva em posição mais vertical éguas jovens
frouxidação dos ligamentos com idade útero começa a descer mais horizontal/diagonal)
- Abertura maior da vulva acúmulo de ar no interior, acumular urina também ou fezes
CLASSIFICAÇÃO
- Doenças sexualmente transmissíveis (Taylorella equigenitalis) adere no útero
- Endometrite persistente induzida pelo coito
- Infecção uterina crônica
- Endometrite crônica-degenerativa (endometriose) uma metrite acumulando depois da outra: perda de glândulas,
infiltrado (linfócitos, plasmócitos), fibrose do endométrio
* PIOMETRITE EM CADELAS *
- Complexo hiperplasia endometrial cística – piometra
OCORRÊNCIA: diestro (cadelas > 8anos que nunca pariram); tratamento anticoncepcional (base progesterona)
- Estimula glândulas endometriais (dilatação), aumento da produção de muco
- Aumento de células inflamatórias (exsudato purulento, com neutrófilos)
- Bactéria + exsudato lesão no endométrio extravasamento de sangue
PATOGÊNESE: hiperprogesteroninismo
CLASSIFICAÇÃO: tipos I* (hiperplasia endometrial) a IV
*I: cistos preenchidos por líquido translúcido
◦ Mais grave: cornos dilatados e conteúdo marrom viscoso
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
- Aberta (perda de conteúdo eliminando conteúdo purulento pela cérvix e vulva) VS fechada (acúmulo, cornos
aumentados e preenchidos por material amarronzado, fluido e viscoso)
- Poliúria, polipsia: urina e bebe com frequência
- Reação leucemoide: aumento de leucócitos (neutrófilos)
- Nefropatia (glomerulonefrite imunomediada)
CONSEQUÊNCIAS
- Cura e restabelecimento - Endometrite crônica - Perimetrite e piometrite
- Sepsis - Abscesso - Peritonite
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA
- Causa: hiperestrongenismo
- Vaca: cisto folicular e TCG (tumor de células da granulosa)
- Pequenos ruminantes: fitoestrógenos (planta que tem estrógeno: trevo branco, soja, leguminosas)
- Consequências: mucometra, hidrometra
◦ Hiperestrongenismo: hiperplasia endometrial cística hipersecreção endometrial mucometra
◦ Hipercontração miometrial: fadiga endometrial hipocontração perde contratilidade não elimina
material hidrometra
- Múltiplos cistos na parede preenchidos por líquido translúcido
- Mucometra / hidrometra: diferença é consistência
ENDOMETRIOSE
- Tecido endometrial em outro local (adenomiose no miométrio células migram para o miométrio)
- Pode ser congênita ou adquirida
- Diferente de adenomiose (embora seja frequentemente chamada de endometriose interna)
- Espécies: ciclo menstrual (humanos/primatas) material pode atingir miométrio por via reversa pode implantar
- Até mesmo no pulmão pode responder à hormônios epitélio onde está pode desprender saculações com
sangue na cavidade abdominal
PÓLIPO ENDOMETRIAL
- Mais comum em cadelas
- Nódulo endometrial pedunculado não neoplásico
- Predispõe ao prolapso na cadela
- Fibrose
- Nodular e presa à parede do útero
** NEOPLASIAS UTERINAS **
CLASSIFICAÇÃO:
EPITELIAIS: adenoma, carcinoma
MESENQUIMAIS: leiomioma/liomiossarcoma, fibroma/fibrossarcoma, lipoma
PLACENTAÇÃO:
- Forma de placentação diferente nas espécies placentação: adesão da placenta ao útero
- Suínos e equinos: difusa por toda extensão, a placenta vai estar aderida ao útero
- Bovinos e ovinos: cotilédones estruturas por toda a mucosa do útero, locais que placenta se adere (carúncula no
útero/materna, cotilédone fetal)
- Cães e gatos: zoonária uma área do corno envolve toda a circunferência
- Humanos: discoide área extensa
ENVOLTÓRIOS FETAIS:
- Mais externo: cório alantoide
- Mais interno: âmnion
- Saculação: saco vitelino acumula resíduos (reserva de nutrientes depois que animal nasce)
GESTAÇÃO PROLONGADA
- Geralmente associada a alterações fetais
- Gestação prolongada por 2 ou mais meses cães: 10-20 dias (gestação menor, de 60 dias)
- Feto: hipoplasia adrenal
- Ovelhas: Veratrum californicum, além da gestação prolongada, causa alterações fetais (fetos grandes, ciclopia,
hipoplasia hipofisária e adrenal)
◦ Planta tem que ser ingerida entre 10º e 14º dia de gestação para ter alteração
- Feto envia sinais que está pronto pra nascer: hormônio produzido no córtex da adrenal (corticoides)
- Aumenta corticoides, estimula produção de PGF2α, causa luteólise facilita expulsão do feto
PLACENTAÇÃO ADVENTÍCIA
- Normal: 70-120 placentomos (estruturas formadas pelo cotilédone e carúncula)
- Se tiver em números menores, áreas da placenta podem aderir em locais não ideias (não tem carúncula)
- Placenta de ruminantes:
◦ Cotiledonária
◦ Vilosa aderência forma placentomo
◦ Adeciduada aderência superficial, não tem perda grande de tecido
◦ Epitélio corial adere só à superfície do cório
- PA = placentação intercotiledonária
- Associada à insuficiência placentária
- Sem significado: placas epiteliais (principalmente bovinos/ovinos) estruturas onde placenta fica mais espessada
HIDRÂMNIO E HIDRALANTÓIDE
- Acúmulo de líquido muito grande
- Normal na vaca: 6-15 L líquido alantoide
3-6 L líquido aminiótico
- Nos casos de hidropsia, acumula até 170L
CAUSAS:
- Hidrâmnio malformação fetal
- Hidralantóide: insuficiência placentária placentação adventícia e parto distócico pode causar
CONSEQUÊNCIAS:
- Morte fetal - Distocia - Metrite
- Aborto - Retenção placenta
MACRO:
- Abdômen abaulado, forma de pera
- Líquido translúcido, pode ser um pouco mucoso
MORTE EMBRIONÁRIA
- Reconhecimento materno da gestação
- Maior risco: fase de implantação (21º-22º dia de gestação)
- Taxa de mortalidade embrionária na vaca: 20-40%
- Manifestação clínica: repetição de cio precoce (25-30 dias) ou tardia (40-50 dias)
- Implantação embrião produz interferon-tau impede útero de produzir PGF2α (não tem luteólise, tem corpo
lúteo, permanece durante toda gestação produzindo progesterona)
- Quando tem queda de progesterona, feto é abortado ou parido principalmente em bovinos
- Equinos: ovócito fecundado atravessa de um corno para outro sinalização
- Suínos: se tiver menos de 4 fetos, considera não gestante elimina, falha na gestação
CAUSAS:
- Primária não reconhecimento do feto pela fêmea
- Indiretas febre + PGF2α (aumento de corticoides aumenta PGF2α), endometrites, C. fetus veneralis, IBR e BVD,
alterações cromossômicas, temperatura elevada, desnutrição, toxinas, fatores hormonais (endógenos e iatrogênicos)
CONSEQUÊNCIAS:
- Morte fetal - Natimorto - Mumificação fetal
- Aborto - Maceração fetal
MUMIFICAÇÃO
- Mais comum em multíparas
- Morte sem contaminação bacteriana do útero
- Etiologia viral é comum em suínos
◦ Comum alguns nascerem mumificados em uma leitegada grande
- Feto permanece do interior do útero organismo começa a tirar líquido mantém estruturas, mas está
morto e desidratado
MACERAÇÃO
- Mais comum em uníparas
- Ocorre contaminação bacteriana no ambiente uterino metrite
- Começa a haver destruição dos tecidos no interior do útero, só restos do animal (só osso muitas vezes)
- Prognóstico reprodutivo reservado à desfavorável
- Diferente de feto enfisematoso: distocia, feto não foi parido dilatação, contaminação bacteriana pela cérvix
atinge feto, mais inchado
- Junto tem exsudato purulento
** ABORTO **
= expulsão do concepto não viável antes do final da gestação
- Natimorto: expulsão de feto morto, completamente desenvolvido, ao final do período normal da gestação
- Estimativa de ocorrência em bovinos: 1,95% observados; 6,5% observados + não observados
- Em 90% dos casos em que há diagnóstico, a causa é infecciosa
- Sorologia pareada fêmea antes da gestação (guarda soro) se abortar, coleta soro de novo, vê anticorpos se
tiver, teve contaminação durante gestação
- Melhor: identificar agente na placenta/útero
* ETIOLOGIA *
INFECCIOSAS:
- Indiretas febre, toxemia
- Bactérias Brucella abortus, Leptospira, Campylobacter, Listeria, Salmonella, Trueperella, Micoplasmas
- Vírus herpesvirus tipo 1, pestevirus (BDV), língua azul
- Protozoários Neospora, Trichomonas, Toxoplasma
- Fungos
ENDÓCRINAS:
- Endógenos
- Exógenos (iatrogênico) corticoesteroides, PGF2α
FÍSICAS:
- Ex: pipetas, traumas, diagnóstico gestação
- Torção de umbigo em fetos equinos pode impedir circulação
- Partos gemelares em equinos
NUTRICIONAIS:
- Vitamina A, selênio, iodo, biotina
BRUCELOSE
- Zoonose
- Várias espécies
- B. abortus, B. milintensis – principais
- Brucelose bovina: fonte de infecção feto abortado, placenta e secreção uterina, leite e alimento contaminado,
sêmen, utensílios, pasto, água contaminados
- Alterações patológicas na placenta: exsudato inodoro marrom amarelado intercotiledonais, membranas fetais e
cordão umbilical edematosos, cotilédones com material necrótico amarelado
- No feto: edema subcutâneo e cavidades com líquido vermelho, broncopneumonia catarral/fibrinosa focal (pleurite),
perivasculite (infecção hematógena), abomaso com líquido turvo amarelado
LEPTOSPIROSE
- Etiologia: Leptospira interrogans
- Patogenia: entrada pela mucosa/pele leptospiremia rim / útero grávido
- Aborto após 6 semanas
- Sinal característico: icterícia feto pode apresentar
LISTERIOSE
- Alterações patológias principalmente no feto
- Listeria monocytogenes
- Hepatomegalia com focos de necrose
TOXOPLASMOSE
- Toxoplasma gondii – ovinos
- Ciclo biológico: gato / ovelha
- Ovelha ingere alimentos contaminados fezes gatos (esporos de Toxoplasma)
- Gato ingere membranas fetais de ovinos
- Fezes: esporulação para infectar (tempo no local)
- Placentite: somente no cotilédone (pontos brancos, áreas que Toxoplasma está aderido causando necrose)
- Cistos com bradizoítos e taquizoítos
NEOSPOROSE
- Neospora caninum – bovino e ovino
- Aborto do 3º ao 9º período de gestação
- Cão: principal hospedeiro
- Lesões principalmente no feto abortado principalmente cistos no cérebro (encefalite necrosante)
- Algumas vezes tem placentite com cistos
ABORTO MICÓTICO
- Aspergillus – mais comum, equinos/bovinos
- Absidia, Mucor, Rhizopus
- Fetos: lesões na placenta e na pele dos animais semelhantes às culturas (proliferação da queratina no meio da
hiperqueratose tem hifas) predisposição à região da face, peri-ocular
- Toda placenta afetada hifas, exsudato purulento, áreas de ulceração, fibrina
HERPESVIRUS BOVINO 1
- Rinotraqueíte (IBR), vulvaginite (VPI) ou IPV
- Aborto
- Balanopostite (pênis e prepúcio)
- Macro: pontos de necrose no fígado e petéquias na pleura visceral e nos rins
ATELEIA GLAZIOVIANA
- Ingestão brotamento
- Palatável
- Animal pode desenvolver aborto e outras manifestações (fibrose cardíaca, degenerações no encéfalo/vacuolizações)
** TERATOGENICIDADE **
- AMORPHUS GLOBOSUS (monstro acardíaco): estrutura formada por pelo e com tecido conjuntivo no interior
- SCHYSTOSOMA REFLEXUS: forma cabeça e membros torácicos, mas não forma abdômen e membros posteriores
(vísceras soltas)
- Ex: ectopia córdia, 2 cabeças, 3 patas (mais de uma pata = melia)
- ATROLIPOSE diminuição de líquido amniótico na gestação músculos e tendões não desenvolvem de forma
apropriada
PERSISTÊNCIA DO HÍMEN
- Não é tão comum
- Membrana no assoalho vaginal
- Consequência: se membrana fecha, não há passagem completamente de material proveniente do útero pode
acumular
HIPOPLASIA DE VAGINA
- Intersexo: mais comum, não tem formação completa dos órgãos reprodutores
PERSISTÊNCIA DE CLOACA
- Fístula comunicação entre trato reprodutivo e digestivo
CISTOS VAGINAIS
- Má formações dos ductos paramesonéfricos pequenos cistos na região, principalmente no assoalho da vagina
- Podem acumular líquido e obstruir fluxo de conteúdo
PROLAPSO VAGINAL
- Principalmente bovinos, às vezes cadelas (distocia)
- Manipulação em bovinos para retirada do feto
- Estímulo de estrógeno aumenta contratibilidade
- Edema de vulva estimular fixação da vagina para meio exterior
LACERAÇÕES – TRAUMAS
- Manipulações
- Fetotomias
- Perfurações dos órgãos
- Suínos: rompimento de artérias (causa comum)
INFLAMAÇÕES
- Vaginite
- Vulvovaginite: herpesvirus
- Bactérias também (ex: Trichomonas)
- Equinos com alteração conformacional queda de conteúdo para o interior da vagina urina no interior da vagina
(urovagina)
NEOPLASIAS
- Incidência de sol maior: predisposição
◦ Carcinoma de células escamosas cabras, bovinos
- Equinos tordilhos (cinzas): melanoma principal neoplasia da região
- Leomioma: cães, mais comum
- Região de vulva: TVT (tumor venéreo transmissível) comum em cães
- Não se restringe à mucosa genital se entra em contato com conjuntiva nasal, bucal também pode, mas não é
comum
- Tratamento: ginoterápico
- Também pode ser autolimitante
- Testículos
- Funículo ducto deferente conduz sêmen até abertura da uretra
- Glândulas vesiculares
- Pênis flexura sigmoide (principal causa de obstrução de urólitos em bovinos)
- Glande
- Prepúcio
- Testículo epidídimo, túnica vaginal (envolve epidídimo), funículo (ducto deferente + vasos que ligam testículos e
fazem emaranhado = plexo panpiniforme)
- Reveste testículo: escroto camada mais interna: tecido fibroso espesso (túnica dartos)
** TERMORREGULAÇÃO TESTICULAR **
- Termorregulação: manutenção das funções dos testículos temperatura mais alta: sinais de degeneração
HIDROCELE
- Algumas espécies possuem o anel inguinal mais distendido
- Cães: localização mais ventral se acumular líquido na cavidade abdominal, pode passar para o interior da bolsa
ficar repleta de líquido
HEMATOCELE
- Acúmulo de sangue no interior da bolsa escrotal
- Causa mais comum: sangue que vem do peritônio passa pelo anel inguinal e cai na bolsa
- Ruptura de algum vaso do funículo hemorragia preenche bolsa de sangue
◦ Causa: traumas brigas, choque
** ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO **
MONORQUIDISMO E ANORQUIDISMO
- Monorquidismo: desenvolvimento de só um testículo
- Anorquidismo: não há desenvolvimento de nenhum testículo
APÊNDICE TESTICULAR
- Equinos, ovinos e caprinos
- Estrutura pequena aderida ao testículo, próxima ao epidídimo não causa dano (como se fosse resto de órgão não
formado)
CRIPTORQUIDISMO
- Testículo não vai para bolsa/desce
- Momento da gestação/primeiras fases no nascimento testículo no interior da cavidade abdominal com o tempo
vão até a bolsa escrotal gubernáculo: membrana de tecido fibroso aderida ao testículo e base do escroto
- Sinal para testículo descer gubernáculo regride traz testículo par o interior do escroto
- Se não houver retração do gubernáculo: criptorquidismo
◦ Incompleto: testículo solto na cavidade abdominal
◦ Pode estar solto, pode estar mais próximo ao anel inguinal, no subcutâneo ou não completamente no interior
da bolsa
- Consequências: testículo não está no local correto (termorregulação comprometida) degeneração (tamanho
menor, substituição por tecido fibroso = atrofia)
- Solto na cavidade: pode ocorrer torção congestão difusa degeneração fibrose
- Predisposto à neoplasias devido a não termorregulação, células respondem mais aos estímulos neoplásicos
(sertoliomas)
HIPOPLASIA TESTICULAR
- Intensidade: parcial/total
- Causa hereditária: gene autossômico recessivo de penetrância incompleta gene da hipoplasia gonadal = hipoplasia
ovariana
- Patogênese: falha no processo de diferenciação/migração dos gonócitos primordiais e/ou colonização da crista
gonadal pelos gonócitos parte das células não atinge crista, migração menor de gonócitos órgãos com menos
células
- O testículo esquerdo é afetado com maior frequência
- Animal ainda é fértil, mesmo que subfértil pode reproduzir e transmitir característica para progênie
disseminando para rebanho
- Difícil reconhecimento macro/clínico (principalmente bilateral)
- O que fazer: exame andrológico/biometria testicular ver diâmetro testicular/bolsa escrotal (muito reduzido:
suspeitar)
- Exame do sêmen: quantidade de sêmen, número de esperma viável e numero com alteração
◦ Menos túbulos: pode ter quantidade menor de esperma e podem apresentar sinais de degeneração
- Oligospermia ou azospermia – dependendo da intensidade
◦ O: menor quantidade de espermatozoide
◦ A: ausência completa de espermatozoides não produz
** DEGENERAÇÃO TESTICULAR **
CAUSAS
1. Temperatura ambiente elevada: raças de bois taurinos (europeus – mais adaptados ao frio) são mais
predispostos que zebuínos
2. Infecções ou traumas
3. Desequilíbrio nutricional: ausência de proteínas, vitaminas
4. Lesões vasculares: lesão de infarto/torção
5. Obstrução da cabeça do epidídimo (espermiostase)
6. Autoimunidade: produção de anticorpos contra células do testículo (imunocastração em suínos: inoculação
primária de vacina segunda dose: reconhece como tecido estranho – resposta imune)
7. Agentes químicos, físicos e tóxicos zinco: substância injetada no testículo causa degeneração testicular
(castração em massa)
8. Fatores hormonais
** INFLAMAÇÃO TESTICULAR **
= orquite – no testículo
- Ou periorquite = + túnica vaginal
- Causas bacterianas: Brucella abortus (B19 vacinação em fêmeas, em machos leva à orquite), B. suis, Trueperella
pyogenes, Leishmania, fungos (Blastomyces, Coccidioides immitis)
- Via hematógena (comum), ascendente (ducto deferente)*
*inflamação na uretra estende por ductos deferentes até testículo
** NEOPLASIAS TESTICULARES **
- LEYDIGOCITOMA: tumor das células de Leydig (sustentação e produção de testosterona)
- SERTOLIOMA: tumor das células de Sertoli (sustentação e produção de estrógenos)
- SEMINOMA: derivado das células da linhagem germinativa (raro em bovinos) faz mais metástase
TERATOMA (equinos jovens): originado de células germinativas pluripotente gerar qualquer tecido
- Origem extra testicular: MESOTELIOMA células endoteliais revestindo cavidades (pleural, abdominal, interior da
bolsa na túnica vaginal)
- Diferenciação: histopatológico
- Tumor amarelado bem delimitado: conteúdo maior de colesterol, célula mais vacuolizada célula produz mais
hormônios relacionados à andrógenos = LEYDIGOCITOMA
- Mais esbranquiçado e macio = SEMINOMA
- Mais esbranquiçado com áreas vermelhas no meio, tecido fibroso = SERTOLIOMA
** EPIDÍDIMO **
- Epidídimo = várias estruturas tubulares armazenamento e passagem do sêmen antes dele ser eliminado na cópula
- Dos testículos, seguem pelo ducto deferente até uretra
- Primeira alteração: acúmulo de espermatozoide no interior do epidídimo (pode ser fisiológico) espermiostase
- Acúmulo passa a ser exagerado: espermatocele
APLASIA
- Aplasia segmentar
- Hereditária
- Corpo e cauda
- Espermiostase e granuloma espermático
- Dilatação do epidídimo
- Acúmulo de exsudato purulento com o tempo
- Formações granulares (granuloma)
EPIDIDIMITE
- Frequentemente associada à orquite
- Muitos casos são subclínicos infiltrado linfocitário intersticial focal ou multifocal
- Causa importante de subfertibliade e infertilidade
- Brucella abortus, Mycobaterium: bovinos
- Brucella ovis, Actinobacillus seminis: ovino, caprino
** CORDAO ESPERMÁTICO **
FUNICULITE
- Inflamação do funículo = ductos deferentes, vasos e tecidos ao redor
- Consequência frequente de orquiectomia
** PÊNIS E PREPÚCIO **
FIMOSE E PARAFIMOSE
- F: ósteo prepucial reduzido pênis impossibilitado de ser exposto
◦ Acumular materiais no interior do prepúcio predisposto à infecções
- P: pênis exposto, mas não consegue retrair
◦ Pênis exposto muito tempo no meio externo ressecamento, estrangulamento, mais em contato com
patógenos
BALANOPOSTITE E ACROBUSTITE
- T. foetus, HBV-1
- Postite: inflamação do prepúcio
- Balano: inflamação da glande
- Acro: balanopostite crônica
◦ Devido à inflamação estreitamento do ósteo prepucial levar à fimose = não expõe glande do pênis
NEOPLASIAS
- Fibropapiloma: região do prepúcio
- Equinos: carcinoma de células escamosas (tumor mais comum de pênis)
◦ Esmegma reação com o tempo leva à tumor
◦ Crescimento para dentro do tecido
- Cães: TVT (aspecto de couve flor) tumor venéreo transmissível
APLASIA SEGMENTAR
- Intersexos