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Já no que diz respeito ao sexo fenotípico masculino, tem-se que ele é determinado pela
virilização da genitália externa do macho e desenvolvimento das glândulas sexuais acessórias.
Esse processo ocorre por ação da di-hidrotestosterona (DHT), a qual é formada a partir da ação
da enzima 5-alfa-redutase sobre a testosterona produzida pelas células de Leydig.
Para que haja o desenvolvimento dos testículos na vida intrauterina, o gene SRY
(localizado no cromossomo Y) irá ativar a expressão do fator de diferenciação testicular (FDT), o
qual por sua vez irá ativar a expressão de outros genes relacionados ao desenvolvimento dos
testículos e silenciar genes relacionados ao desenvolvimento ovariano (como por exemplo o
DAX-1). Juntamente com o SRY, há expressão dos genes SOX-9, WT-1 e SF-1, e essa expressão
conjunta irá estimular a diferenciação das células de Leydig. Portanto, pode-se concluir que
essas células se tornam ativas a partir do momento em que há expressão dos genes SRY, SOX-9,
WT-1 e SF-1.
Para se constatar a atividade das células de Leydig, é possível lançar mão da técnica de
dosagem de testosterona em resposta ao estímulo do GnRH. Primeiramente, coleta-se o sangue
do animal e dosa a testosterona circulante; em seguida, faz-se uma aplicação de GnRH e
aguarda certo tempo (levando em consideração que o tempo de meia vida do GnRH é de 40
minutos). Por m, coleta-se novamente o sangue para uma nova dosagem de testosterona, e
compara-se as dosagens de testosterona antes e depois da aplicação de GnRH, o que permite
inferir a atividade das células de Leydig no animal.
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Os hormônios proteicos relacionados à reprodução masculina, a exemplo do FSH e LH,
são sintetizados na adenohipó se (sob estímulo do GnRH, um hormônio hipotalâmico derivado
peptídico). Devido à sua característica proteica, esses hormônios são hidrofílicos, o que implica
que podem circular livremente na corrente sanguínea (sem a necessidade de carreadores
séricos), porém não são capazes de atravessarem “sozinhos” a membrana plasmática das
células (a qual é lipoproteica), sendo necessário receptores de membrana. Já os hormônios
esteróides, a exemplo da testosterona (sintetizada pelas células de Leydig), possuem caráter
lipofílico (por serem derivados do colesterol), o que implica que necessitam de proteínas
transportadoras para seu transporte na corrente sanguínea (principalmente a albumina sérica)
mas, por outro lado, são capazes de passarem pela membrana plasmática celular sem a
necessidade de receptores de membrana.
No que diz respeito à interação com a célula, os hormônios proteicos não possuem
carreador citoplasmático e seus efeitos biológicos ocorrem via segundos mensageiros dentro da
célula (como a proteína G). Já os hormônios esteróides necessitam de carreadores
citoplasmáticos (devido ao seu caráter lipofílico), e isso implica que seus efeitos biológicos são
gerados por meio de ação do complexo receptor-hormônio; especi camente, os complexos
receptor-hormônio dos esteróides se ligam aos elementos responsivos a hormônios no DNA
celular e estimulam a síntese proteína.
4)
A: 5%
B: 20%
C: 10%
D: 20%
E: 20%
F: 30%
G: 10%
H: 20%
I: 20%
J: 20%
K: 70%
L: 3
M: 3
N: nulo
O: 30%
P: 3
Q: nulo
R: 15%
5)
> 34, > 38 e > 39 (primeira coluna)
30 a 34 (segunda coluna)
13) Quais as diferenças estruturais entre a peça intermediária e peça principal da cauda do
espermatozóide?
Ambas as peças (intermediária e principal) apresentam 9 pares radiais de microtúbulos ,
associados a 9 colunas de bras densas, circundando um par central de microtúbulos. No
entanto, a peça intermediária difere-se por apresentar uma bainha de mitocôndrias posicionada
de forma espiralada em torno das colunas de bras densas dessa peça, enquanto na peça
principal não há presença dessa bainha de mitocôndrias.
15) Explique as conversões pelas quais a testosterona deve passar para exercer seu efeito
nos tecidos alvo, as enzimas envolvidas nessa conversão, e as patologias associadas a
falhas nesse processo.
Para exercer seus efeitos no tecido adiposo, músculo e fígado, a testosterona não
necessita ser convertida e se liga diretamente ao receptor de andrógenos, atuando (por meio dos
processo metabólicos associados aos esteróides) intensi cando a síntese proteica,
incrementando a massa muscular e a síntese de bras, e com efeito anabólico generalizado. No
caso do hipogonadismo da testosterona em si, percebe-se fraqueza muscular, letargia e falhas no
anabolismo em geral.
Já para exercer seus efeitos no tecido cerebral e ossos, a testosterona deve ser
convertida em estradiol pela enzima aromatase, para poder promover efeitos como o incremento
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do desenvolvimento ósseo, imprint do sexo cerebral e aumento de libido. No caso do
hipogonadismo por falha na conversão em estradiol, podem ocorrer patologias como a
osteoporose, redução de libido e prejuízo no processo de imprint do sexo cerebral.
Por m, para exercer seus efeitos na genitália masculina, glândulas sexuais acessórias,
pele e pelos, a testosterona deve ser convertida em DHT (di-hidrotestosterona) por ação da
enzima 5-alfa-redutase, e irá agir estimulando o desenvolvimento e funcionamento das glândulas
sexuais, a espermatogênese, o funcionamento das células de Sertoli, a de nição do sexo
fenotípico e o crescimento de pelos característico do macho. No caso do hipogonadismo por
de ciência de 5-alfa-redutase, o animal pode apresentar genitália ambígua e falha na de nição do
sexo fenotípico, subfertilidade, alopecias e disfunção erétil.
16) Quais são possíveis distúrbios que podem causar genitália ambígua em um bovino
Síndrome da persistência dos ductos de Muller (de ciência da produção de AMH pelas
células de Sertoli): prejudica a diferenciacao do sexo gonadal
17) Um cão apresentando a síndrome de Kartagener, da raça pastor alemão, foi usado
como doador de sêmen em um processo de inseminação arti cial de quatro cadelas.
Nenhuma delas cou gestante. Discuta possíveis razões que justi quem esse fato.
Na síndrome de Kartagener, todas as estruturas ciliares do organismo cam prejudicadas,
e isso inclui as estruturas que compõem o axonema do espermatozóide. Na síndrome parcial, há
ausência do braço externo ou interno da dineína no axonema, enquanto na síndrome total ambos
os braços estão ausentes. Dessa forma, pela ausência total ou parcial da dineína, os
espermatozóides têm sua motilidade prejudicada (tendo em vista que a dineína é essencial para o
batimento agelar espermático), o que consequentemente afeta também sua capacidade
fertilizante.
18) Discuta a seguinte a rmativa: “JC-1 é a sonda de eleição para avaliação do potencial
mitocondrial por distinguir os espermatozoides em duas populações diferentes. Dessa
forma, as células com baixo potencial tem a região da peça intermediária corada em
vermelho, enquanto nas células com alto potencial, a peça intermediária se cora em verde.
A diferença na coloração se dá pela maior quantidade de mitocôndrias presentes nas
células com alto potencial, que transformam a visualização do vermelho em verde”
Errada. Por essa técnica da sonda JC-1, as células com maior intensidade metabólica são
coradas de vermelho devido à maior intensidade de atividade da bainha de mitocôndrias.
19) Discuta a a rmativa: “Na coleta de sêmen em equinos, a vagina arti cial deve ser
preenchida com água quente, para permanecer na temperatura de 37-39 oC no momento
da colheita, mimetizando a temperatura normal da cavidade vaginal da égua”.
Errada. A temperatura deve ser de 42 a 45ºC.
20) Discuta a a rmativa: “No exame andrológico, em fazendas de gado de corte, com
touros não condicionados, a colheita de sêmen é realizada por vagina arti cial (VA). As
características físicas do sêmen não variam de acordo com a técnica de colheita, por isso
a VA, por estressar menos os animais, é o método de escolha.”
Errada. O método de escolha para touros não condicionados não é a vagina arti cial, e
sim a eletroejaculação ou a massagem das ampolas dos ductos deferentes. As características
físicas do sêmen variam de acordo com a técnica de coleta, sendo que na eletoejaculação e na
manipulação das glândulas o turbilhonamento é prejudicado e a amostra é mais diluída em
uidos das glândulas vesiculares.
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