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RESUMO DE EMBRIOLOGIA – PROVA 1:

Monitora: Andreza Marques Pereira

✓ Primeira semana do desenvolvimento

✓ Segunda semana do desenvolvimento

✓ Terceira semana do desenvolvimento

✓ Organogênese

PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO:

➢ Gametogênese: processo de formação e desenvolvimento dos gametas (ovócitos e


espermatozoides). Envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas. Durante a
gametogênese o número de cromossomos dos gametas é reduzido pela metade e a
forma das células é alterada.

➢ Meiose: tipo de divisão celular que envolve 2 divisões meióticas e ocorre apenas nas
células germinativas.

• 1ª divisão meiótica: reducional (o número de cromossomos é reduzido de


diploide a haploide por segregação durante a anáfase 1).

• OBS: Os cromossomos X e Y não são homólogos, mas apresentam segmentos


homólogos nas extremidades dos seus braços curtos, e somente nessas regiões
eles se emparelham.

• 2ª divisão meiótica: equacional (cada cromossomo de cromátide dupla se


divide, e cada cromátide é direcionada para um polo diferente do fuso
meiótico. O número haploide de cromossomos se mantém constante.).

• A meiose possibilita:

✓ A constância do número cromossômico de geração a geração;

✓ A recombinação do material genético (cruzamento de segmentos


cromossômicos materno e paterno).

ATENÇÃO: Distúrbios da meiose durante a gametogênese (não disjunção) resultam na


formação de gametas cromossomicamente anormais (monossomia, trissomia...), que se
envolvidos na fecundação, resultam em desenvolvimento anormal. Ex: Síndrome de Down.

➢ Espermatogênese: processo em que as espermatogônias são transformadas em


espermatozoides maduros. Tem início na puberdade.

• Espermatogônias quiescentes durante os períodos fetal e pós natal → MITOSE


→ Espermatócitos primários → MEIOSE 1 → Espermatócitos secundários →
MEIOSE 2 → Espermátides → Espermiogênese (fase em que ocorre a
maturação dos espermatozoides. Para isso ele perde grande parte do seu
citoplasma, a cauda se desenvolve e forma-se o acrossomo.) →
Espermatozóides.
RESUMO DE EMBRIOLOGIA – PROVA 1:

Monitora: Andreza Marques Pereira

✓ Primeira semana do desenvolvimento

✓ Segunda semana do desenvolvimento

✓ Terceira semana do desenvolvimento

✓ Organogênese

PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO:

➢ Gametogênese: processo de formação e desenvolvimento dos gametas (ovócitos e


espermatozoides). Envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas. Durante a
gametogênese o número de cromossomos dos gametas é reduzido pela metade e a
forma das células é alterada.

➢ Meiose: tipo de divisão celular que envolve 2 divisões meióticas e ocorre apenas nas
células germinativas.

• 1ª divisão meiótica: reducional (o número de cromossomos é reduzido de


diploide a haploide por segregação durante a anáfase 1).

• OBS: Os cromossomos X e Y não são homólogos, mas apresentam segmentos


homólogos nas extremidades dos seus braços curtos, e somente nessas regiões
eles se emparelham.

• 2ª divisão meiótica: equacional (cada cromossomo de cromátide dupla se


divide, e cada cromátide é direcionada para um polo diferente do fuso
meiótico. O número haploide de cromossomos se mantém constante.).

• A meiose possibilita:

✓ A constância do número cromossômico de geração a geração;

✓ A recombinação do material genético (cruzamento de segmentos


cromossômicos materno e paterno).

ATENÇÃO: Distúrbios da meiose durante a gametogênese (não disjunção) resultam na


formação de gametas cromossomicamente anormais (monossomia, trissomia...), que se
envolvidos na fecundação, resultam em desenvolvimento anormal. Ex: Síndrome de Down.

➢ Espermatogênese: processo em que as espermatogônias são transformadas em


espermatozoides maduros. Tem início na puberdade.

• Espermatogônias quiescentes durante os períodos fetal e pós natal → MITOSE


→ Espermatócitos primários → MEIOSE 1 → Espermatócitos secundários →
MEIOSE 2 → Espermátides → Espermiogênese (fase em que ocorre a
maturação dos espermatozoides. Para isso ele perde grande parte do seu
citoplasma, a cauda se desenvolve e forma-se o acrossomo.) →
Espermatozóides.
• A espermatogênese demora cerca de 2 meses para completar-se e ocorre nos
túbulos seminíferos.

• As células de Sertoli (tubo seminífero) dão suporte e nutrição para as células


germinativas e podem estar envolvidas no processo da regulação da
espermatogênese.

• Epidídimo: local em que os espermatozoides são armazenados e tornam-se


funcionalmente maduros. Os espermatozoides saem do epidídimo para o
ducto deferente, depois para o ducto ejaculatório até alcançarem a uretra.

➢ Os espermatozoides maduros que saem no ejaculado ainda não estão aptos à


fecundação e precisam passar por um processo de capacitação (condicionamento) que
ocorre usualmente no útero ou nas tubas uterinas.

➢ Espermatozoides: são ativamente móveis e são formados por uma cabeça (haploide),
um colo e uma cauda (peça intermediária → mitocôndrias, peça principal e peça
terminal). Parte da cabeça é coberta pelo acrossomo (originado do complexo de golgi,
contém enzimas que facilitam a dispersão das células foliculares da Corona radiata
(Hialuronidase) e a penetração do espermatozoide na Zona pelúcida (Acrosina)
durante a fecundação).

➢ Espermiograma: exame que verifica a fertilidade do homem, através da avaliação de 3


critérios dos espermatozoides: contagem, morfologia e motilidade.

➢ Ovogênese: processo em que as ovogônias se transformam em ovócitos maduros. Tem


início antes do nascimento e é completado depois da puberdade.

• Ovogônias na vida fetal sofrem MITOSE → Ovócitos primários → Células do


tecido conjuntivo circundam o ovócito primário → Folículo primordial →
Ovócitos primários sofrem MEIOSE 1 antes do nascimento, mas a prófase não
se completa até a adolescência (DICTIÓTENO) → Na puberdade, à medida que
o ovócito primário cresce, as células foliculares mudam seu formato → Folículo
primário → Maturação do folículo e aumento de tamanho do ovócito primário
→ Antes da ovulação, o ovócito primário completa a MEIOSE 1 → Ovócito
secundário e 1º corpo polar (não funcional) → Na ovulação, o ovócito
secundário inicia a MEIOSE 2, mas a divisão é novamente interrompida na
metáfase → Se um espermatozoide penetra um ovócito secundário, a meiose
2 é completada e forma-se o 2º corpo polar (não funcional) OU se um
espermatozoide não penetra um ovócito secundário, ocorre a menstruação →
Ovócito maduro após a regressão dos corpos polares.

• O ovócito primário é envolvido pela zona pelúcida (material glicoproteico


acelular e amorfo) e pela corona radiata (camada de células foliculares).

• As células foliculares que circundam o ovócito primário secretam uma


substância conhecida como inibidor de maturação do ovócito, que age
mantendo estacionado o processo meiótico.

• A ovogênese ocorre nos ovários.


• Os milhões de ovócitos que existem no ovário de uma menina recém-nascida
vão regredindo durante a sua vida. Poucos se tornam ovócitos secundários e
são expelidos na vida reprodutiva.

• Mulheres que tomam contraceptivos ovulam um número reduzido de ovócitos


porque os hormônios contidos neles impedem a ovulação.

• A probabilidade de anomalias cromossômicas no embrião e de mutações


genéticas aumenta gradualmente com o envelhecimento materno.

➢ Ovócito: é uma célula grande e imóvel.

➢ Ciclo reprodutivo feminino: ciclo mensal que prepara o sistema reprodutivo feminino
para a gravidez.

• O hipotálamo sintetiza o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) que


estimula a hipófise a liberar 2 hormônios que agem nos ovários:

✓ FSH (hormônio foliculoestimulante): estimula o desenvolvimento dos


folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares.

✓ LH (hormônio luteinizante): estimula a ovulação e estimula as células


foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona.

• Estrogênio: aumenta a espessura do endométrio.

• Progesterona: responsável pelas anastomoses do endométrio e aumento das


glândulas endometriais.

➢ Ciclo ovariano: 3 etapas → desenvolvimento folicular → ovulação (pico de LH) →


corpo lúteo

ATENÇÃO: Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho, continua


produzindo estrógeno e progesterona e forma o corpo lúteo da gravidez. Na gravidez, a
degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (HCG)
produzida pelo sinciciotrofoblasto. Se o ovócito não é fecundado, o corpo lúteo
degenera 10 a 12 dias após a ovulação, sendo chamado de corpo lúteo da
menstruação. Dias depois, ele é transformado em corpo albicans.

• Os ciclos ovarianos terminam na menopausa.

➢ Ciclo menstrual: período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba


uterina.

• Duração: geralmente 28 dias.

• 1º dia do ciclo: início do fluxo menstrual.

• Fases:

✓ Fase menstrual: 4 a 5 dias

✓ Fase proliferativa (fase estrogênica): 9 dias

✓ Fase lútea/secretora (fase progesterônica): 13 dias

✓ Fase isquêmica (se não ocorrer fecundação)


ESPERMAZONDE MAIS FORTE, MutAE
* ✓ Fase da gravidez (se ocorrer fecundação)

ATENÇÃO: Dispermia: ocorre quando 2 espermatozoides penetram o ovócito e o


-

fecundam. Esse evento resulta em um zigoto com um conjunto extra de cromossomos


(triploidia).

➢ Fecundação:

• Local: ampola da tuba uterina.

• O processo de fecundação leva aproximadamente 24 horas.

• Quimiotaxia dos espermatozoides para o ovócito.

• Fases: passagem do espermatozoide através da corona radiata (hialuronidase)


→ penetração na zona pelúcida (acrosina) e reação zonal (mudança que
ocorre na zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides)
→ fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide
(somente a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do
ovócito) → término da meiose 2 do ovócito e formação do pronúcleo feminino
→ formação do pronúcleo masculino → oótide (ovócito contendo os 2
pronúcleos haploides) → fusão dos pronúcleos → zigoto.

• Importância da fecundação:

✓ Término da 2ª divisão meiótica do ovócito;

✓ Restaura o número diploide de cromossomos no zigoto;

✓ Possibilita a mistura de cromossomos maternos e paternos;

✓ Determina o sexo cromossômico do embrião;

✓ Ativa metabolicamente a oótide e inicia a clivagem do zigoto.

➢ Clivagem/segmentação do zigoto: são divisões mitóticas repetidas do zigoto, que


resultam em um rápido aumento do número de células (blastômeros).

• A clivagem se inicia aproximadamente 30 horas após a fecundação e ocorre na


tuba uterina, quando o zigoto está se direcionando para o útero.

• 9 blastômeros → fase de compactação → 3 dias após a fecundação → 12 a 32


blastômeros → MÓRULA (zigoto alcança o útero) → interior da mórula:
cavidade blastocística → separação dos blastômeros em 2 partes: trofoblasto
(placenta) e embrioblasto (embrião) → 6 a 10 dias após a fecundação (final da
primeira semana e início da segunda) → BLÁSTULA → implantação/nidação do
blastocisto na parede posterior da parte superior do útero → trofoblasto
prolifera e se diferencia em 2 camadas: citotrofoblasto (interna) e
sinciciotrofoblasto (externa).

• O fator de gestação inicial é secretado pelas células trofoblásticas e surge no


soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. Ele é a base inicial do
teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento.
ATENÇÃO: Gestações ectópicas: são aquelas em que o blastocisto pode se implantar fora
do útero. 95% a 98% delas ocorre na tuba uterina.

ATENÇÃO: Mosaicismo: é um fenômeno em que forma-se um embrião com 2 linhagens


celulares com número cromossômico diferente devido à não disjunção das cromátides durante
as divisões iniciais da clivagem.

RESUMINDO:

Basicamente a primeira semana do desenvolvimento consiste na fecundação e na formação do


blastocisto (tudo que está antes do sexto dia). É bom saber sobre espermatogênese, ovogênese,
qual começa na puberdade, qual já se iniciou desde antes do nascimento, qual pode dar mais
erros na divisão, o que é dictióteno, zona pelúcida, acrosina, corona radiata, hialuronidase e
reação zonal.

SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO:

➢ A implantação do blastocisto é completada no fim da 2ª semana (10º dia).

OBS: Blastocisto pré-implantacional: constituído pelo embrioblasto, trofoblasto e


cavidade blastocística.

➢ O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial, e as células endometriais


sofrem apoptose.

➢ As células do tecido conjuntivo em torno do local de implantação são denominadas de


células deciduais (reação decidual), pois elas acumulam glicogênio e lipídeos que irão
nutrir o embrião e fornecem um local imunoprivilegiado ao concepto.

➢ O sinciciotrofoblasto, produz ainda gonadotrofina coriônica humana (HCG) que entra


no sangue materno e mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante
a gravidez. A detecção de HCG é um parâmetro importante usado nos testes de
gravidez.

RESUMINDO:

Funções do sinciciotrofoblasto:

✓ Lise enzimática das paredes do endométrio;

✓ Liberação de HCG;

✓ Criação de um ambiente imunoprivilegiado ao embrião (englobamento de


células deciduais).

➢ O embrioblasto dá origem a um disco embrionário bilaminar, que consiste em:


epiblasto (forma o assoalho da cavidade amniótica e está em continuidade com o
âmnio que forma o teto dessa cavidade) e hipoblasto (forma o teto da cavidade
exocelômica e é contínuo com a membrana exocelômica que forma o resto dessa
cavidade).
• OBS: A membrana exocelômica e o hipoblasto formam a vesícula umbilical
primitiva.

• OBS: Vesícula umbilical sinônimo de saco vitelino. Porém, atualmente é mais


usado o primeiro termo, além de ser o adotado no livro.

➢ O mesoderma extraembrionário envolve a cavidade amniótica e a vesícula umbilical e


é formado pelas células do endoderma dessa vesícula.

➢ Quando o âmnio, o disco embrionário bilaminar e a vesícula umbilical estão formados,


surgem lacunas no sinciciotrofoblasto preenchidas por uma mistura de sangue
materno e restos celulares das glândulas uterinas. O líquido presente nessas lacunas
passa por difusão e fornece nutrientes ao embrião → circulação uteroplacentária
primitiva.

➢ Crescimento do mesoderma extraembrionário → em seu interior surgem espaços


celômicos extraembrionários → fusão → celoma extraembrionário → vesícula
umbilical secundária.

• OBS: A vesícula umbilical não contém vitelo. Ela é o local de origem das células
germinativas primordiais e tem papel importante na transferência seletiva de
nutrientes para o embrião.

➢ O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em 2 camadas:


mesoderma somático extraembrionário e mesoderma esplâncnico extraembrionário.

➢ O mesoderma somático extraembrionário e as 2 camadas do trofoblasto


(citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto) formam o córion.

➢ O córion forma a parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião e seus anexos
estão suspensos.

RESUMINDO:

O blastocisto começa a se implantar no endométrio por volta do sexto dia, ou seja, final da
primeira semana e termina a implantação por volta do décimo dia, final da segunda semana. O
Canuto não costuma cobrar muito sobre a segunda semana, mais mesmo sobre o dia de
implantação, onde acontece a implantação e por qual parte do blastocisto (sinciciotrofoblasto).

TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO:

➢ A principal característica da 3ª semana do desenvolvimento é o surgimento dos 3


folhetos embrionários que permitirão um rápido desenvolvimento do embrião.

➢ Os 3 folhetos surgem devido à:

✓ Aparecimento da linha primitiva;

✓ Desenvolvimento da notocorda;
✓ Diferenciação das 3 camadas germinativas.

➢ Na 3ª semana do desenvolvimento surge o primeiro sinal de gravidez → atraso da


menstruação!

➢ Gastrulação: processo de formação dos 3 folhetos embrionários e orientação axial do


embrião. Marca o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo).

• Durante esse período, o embrião pode ser denominado gástrula;

• Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em um


disco embrionário trilaminar;

• Os 3 folhetos e o que originam:

✓ ECTODERMA: epiderme, SNC, SNP, olhos, orelhas internas, células da crista


neural e muitos tecidos conjuntivos da cabeça;

✓ MESODERMA: músculo esquelético, células sanguíneas, músculo liso visceral,


revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo, cartilagem, ossos,
tendões, ligamentos, derme e estroma dos órgãos internos;

✓ ENDODERMA: revestimento epitelial dos tratos respiratórios e gastrointestinal,


glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e células glandulares dos
órgãos associados.

➢ Linha primitiva:

• É o primeiro sinal da gastrulação;

• Forma-se na superfície do epiblasto do disco embrionário;

• Define os eixos embrião (o que é caudal, cranial, direito, esquerdo, dorsal,


ventral);

• Resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano


mediano do disco embrionário;

• À medida que a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua


extremidade caudal, a sua extremidade cefálica prolifera para formar o nó
primitivo;

• Simultaneamente, o sulco primitivo se desenvolve na linha primitiva e é


contínuo com a fosseta primitiva (pequena depressão do nó primitivo);

• O sulco primitivo e a fosseta primitiva resultam da invaginação de células


epiblásticas;

• Após o aparecimento da linha primitiva, as células migram da sua superfície


profunda e formam o mesênquima. Uma parte do mesênquima forma o
mesoderma indiferenciado;

• Parte das células do epiblasto também deslocam o hipoblasto para formar o


endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical e as outras células que
permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário;
• As células do epiblasto, por meio do processo da gastrulação, dão origem a
todas as 3 camadas germinativas no embrião, primórdio de todos os tecidos e
órgãos;

• A linha primitiva geralmente sofre mudanças degenerativas e desaparece no


final da 4ª semana.

➢ Notocorda:

• Primeiro, forma-se o processo notocordal. Isso acontece quando as células


mesenquimais migram cefalicamente do nó primitivo e da fosseta primitiva até
atingir a placa pré-cordal;

• Dentro desse processo notocordal surge uma luz, formando o canal


notocordal;

• A placa pré-cordal dá origem ao endoderma da membrana orofaríngea (futura


cavidade oral);

• O futuro ânus vai se desenvolver em uma área circular na região caudal da


linha primitiva chamada de membrana cloacal;

• Os sinais instrutivos da região da linha primitiva induzem as células


notocordais a formar a notocorda (estrutura semelhante a um bastão);

• A notocorda:

✓ Define o eixo longitudinal do embrião;

✓ Confere ao embrião rigidez;

✓ Fornece sinais necessários ao desenvolvimento do SNC e dos discos


intervertebrais;

✓ Induz a formação da placa neural (primórdio do SNC).

OBS: O processo de formação da notocorda está na pág 58 do livro (9ª edição).

➢ Alantoide:

• Surge aproximadamente 16º dia;

• Aparece como um divertículo na parede caudal da vesícula umbilical;

• Em humanos, forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta (artérias


umbilicais);

• Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantoide permanece como um


cordão chamado úraco que se estende da bexiga até a região umbilical;

• O úraco nos adultos é representado pelo ligamento umbilical mediano.

➢ Neurulação: formação do tubo neural.

• Formação da placa neural e pregas neurais → fechamento das pregas para


formar o tubo neural;
• A neurulação está completa até o final da 4ª semana, quando ocorre o
fechamento do neuroporo caudal;

• Placa neural e tubo neural:

✓ A notocorda induz o desenvolvimento da placa neural;

✓ A placa neural sofre invaginação e forma o sulco neural mediano


(possui pregas neurais em cada lado);

✓ As pregas neurais se unem e formam o tubo neural (primórdio das


vesículas encefálicas e da medula espinal);

✓ A formação do tubo neural é um processo celular multifatorial


complexo que envolve uma cascata de mecanismos moleculares e
fatores extrínsecos;

✓ O ÁCIDO FÓLICO (VITAMINA B9) É IMPORTANTÍSSIMO PARA O


FECHAMENTO DO TUBO NEURAL!!!

• Crista neural:

✓ Ao lado das pregas neurais, uma proeminência chamada crista neural


vai surgindo;

✓ À medida que as pregas vão se fundindo, as células neuroectodérmicas


da crista vão se separando e se dispondo ao lado do tubo neural
formado;

✓ As células da crista neural vão formar os gânglios sensoriais dos nervos


espinais e cranianos, células pigmentares, medula da glândula
suprarrenal e componentes do tecido conjuntivo da cabeça.

➢ Somitos:

• São corpos cuboides pareados que se originam da diferenciação, condensação


e divisão do mesoderma paraxial;

• Os somitos são elevações que se destacam na superfície do embrião, sendo


utilizados como um dos critérios para determinação da idade do embrião;

• Se formam em uma sequência cefalocaudal;

• Estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento;

• Darão origem ao esqueleto axial e à musculatura associada, assim como a


derme e a pele adjacente;

• O primeiro par de somitos tem origem na região occipital do embrião;

• Então, novos somitos aparecem em um velocidade de 3 pares por dia;

• Na 5ª semana já existem cerca de 42 a 44 somitos (4 occipitais, 8 cervicais, 12


torácicos, 5 lombares, 8 a 10 coccígeos);

• O primeiro par occipital e os últimos 5 a 7 pares coccígeos desaparecem mais


tarde. O resto se transforma no esqueleto axial.
• O somito tem 2 partes: ventromedial ou esclerótomo (formam as vértebras e
as costelas) e dorsolateral ou dermatomiótomo (formam os mioblastos e os
fibroblastos).

➢ Celoma intraembrionário:

• Celoma intraembrionário: é uma cavidade do corpo do embrião;

• Surgimento de espaços celômicos no mesoderma lateral e no mesoderma


cardiogênico pelo mecanismo de apoptose → primórdio do celoma
intraembrionário;

• Esses espaços se juntam para formar o celoma intraembrionário;

• O celoma divide o mesoderma lateral em 2: mesoderma somático intra-


embrionário e mesoderma esplâncnico intraembrionário;

• 2º mês: o celoma intraembrionário divide-se em 3 cavidades do corpo:


pleurais, pericárdica e peritoneal.

➢ Sistema cardiovascular:

• É o primeiro sistema e ser formado no embrião;

• Urgente necessidade de trazer oxigênio e nutrientes para o embrião;

• 3ª semana: desenvolvimento de uma circulação uteroplacentária primordial;

• Vasculogênese: formação de novos canais vasculares pela associação de


angioblastos;

• Angiogênese: formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de


vasos preexistentes;

• O coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais na


área cardiogênica;

• Até o final da 3ª semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater


no 21º ou 22º dia;

• Hematogênese: formação do sangue → início somente na 5ª semana.

➢ Vilosidades coriônicas:

• 2ª semana: aparecimento das vilosidades coriônicas primárias;

• Vilosidades coriônicas primárias começam a se ramificar;

• 3ª semana: formam-se as vilosidades coriônicas secundárias que revestem


toda a superfície do saco coriônico;

• Células mesenquimais nas vilosidades se diferenciam em capilares e células


sanguíneas;

• Quando os vasos sanguíneos são visíveis nas vilosidades, elas passam a ser
chamadas de vilosidades coriônicas terciárias;
• Os capilares nas vilosidades coriônicas se fundem para formar redes
arteriocapilares, que logo se tornam conectadas com o coração do embrião;

• Até o final da 3ª semana, o sangue do embrião começa a fluir lentamente


através dos capilares das vilosidades coriônicas.

ORGANOGÊNESE:

A organogênese se refere ao período de desenvolvimento do embrião que vai da 4ª a 8ª semana.


Todas as principais estruturas internas e externas se estabelecem nesse intervalo de tempo. No
final deste período, os principais sistemas de órgãos já começaram a se desenvolver. Com a
formação dos tecidos e órgãos, a forma do embrião muda, e no final da 8ª semana, o embrião
apresenta um aspecto nitidamente humano.

➢ O desenvolvimento humano é dividido em 3 fases:

• Crescimento: envolve a divisão celular e a elaboração de produtos celulares;

• Morfogênese: desenvolvimento da forma, do tamanho e de outras


características de um órgão em particular ou de parte ou de todo o corpo;

• Diferenciação: organização de células em um padrão preciso de tecidos e órgãos


que são capazes de executar funções especializadas.

➢ Para estabelecer corretamente a forma do corpo, o disco embrionário trilaminar sofre


um dobramento simultâneo nos planos mediano (cefalocaudal) e horizontal
(transversal).

➢ O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal.

➢ O dobramento lateral do embrião leva à formação das pregas laterais direita e esquerda.

➢ Processo indutivos:

• A maior parte dos processos de desenvolvimento depende de uma interação


coordenada precisa entre fatores genéticos e ambientais. Vários mecanismos de
controle orientam a diferenciação e garantem o desenvolvimento sincronizado
de células que formam tecidos, órgãos e sistemas. Atenção para os genes
homeobox (HOX)!!!

• Indução: esse processo consiste basicamente em uma célula comunicar-se com


a outra e induzir nela a diferenciação.

• Existem 3 tipos de indução:

✓ Difusão de substâncias químicas;

✓ Interação mediada pela matriz extracelular;

✓ Interação mediada pelo contato entre células.


• Os processos indutivos estão limitados no tempo e no espaço! Por isso, falhas
ocorridas nos processos de interação têm consequências drásticas para o
desenvolvimento (Ex: anomalias congênitas...).

➢ Principais eventos da organogênese:

• 4ª semana: dobramento do embrião; formação dos primeiros pares de arcos


faríngeos; formação dos brotos dos membros; formação das fossetas óticas
(primórdio das orelhas internas); formação dos placodes do cristalino;
fechamento dos neuróporos rostral e caudal;

• 5ª semana: grande crescimento da cabeça; o 2º par de arcos faríngeos cresce


sobre o 3º e o 4º arcos e forma o seio cervical;

• 6ª semana: herniação umbilical (os intestinos penetram o celoma


extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical → ocorre porque a
cavidade abdominal é muito pequena para acomodar o rápido crescimento do
intestino); desenvolvimento dos membros superiores e posteriormente
inferiores; desenvolvimento das saliências auriculares; formação do pigmento
da retina; desenvolvimento das placas da mão e raios digitais (primórdio dos
dedos);

• 7ª semana: aparecem chanfraduras entre os raios digitais que indicam


claramente os dedos; início da ossificação dos ossos dos membros superiores;

• 8ª semana: dedos mais compridos e totalmente separados; início da ossificação


dos membros inferiores; desaparecimento de toda a eminência caudal;
formação do plexo vascular do couro cabeludo; o embrião possui características
humanas distintas.

ATENÇÃO: A organogênese consiste no período mais crítico do desenvolvimento, já


que as principais estruturas externas e internas do embrião estão sendo formadas.
Perturbações provocadas por teratógenos (qualquer agente ambiental externo que
possa perturbar a normalidade do desenvolvimento fetal e aumentar a incidência
de um defeito na população; Ex: infecções, fármacos e drogas) podem originar
grandes anomalias congênitas no embrião.

RESUMINDO:

O Canuto também não costuma cobrar muitas coisas específicas da organogênese. É importante
saber que este é o período crítico do desenvolvimento, saber as 3 fases do desenvolvimento
humano (crescimento, morfogênese e diferenciação), saber os 3 tipos de indução e saber que os
processos indutivos estão limitados no tempo e no espaço. Não se preocupem muito com os
principais eventos de cada semana da organogênse, mas saibam ao menos sobre: surgimento e
desenvolvimento dos membros e herniação umbilical, pois isso é o que costuma cair nas provas.

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