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Resumos Biologia

Gónadas e gametogénese
A gametogénese ocorre nos testículos (onde se desenrola a espermatogénese) e nos ovários
(onde se desenrola a oogénese ou ovogénese).

Estrutura dos testículos e espermatogénese


Os testículos, órgãos ovoides situados nas bolsas escrotais, necessitam de manter a sua
temperatura abaixo da temperatura normal do corpo para que a produção de
espermatozoides seja viável.

Se observarmos um corte num testículo, vemos a existência de septos radiais, separando cerca
de 200 a 300 compartimentos, os lóbulos testiculares, existindo em cada lóbulo 1 a 4 túbulos
muito enovelados – os túbulos seminíferos.

Na parede dos túbulos seminíferos existem células volumosas, as células de Sertoli, que se
estendem desde a periferia até ao lúmendo túbulo. A membrana celular de cada uma das
células de Sertoli rodeia células da linha germinativa em desenvolvimento.

No tecido que se localiza entre os túbulos seminíferos existem células designadas por células
intersteciais ou células de Leydig que produzem testosterona.

Atividade 3
1- Indique o tipo de células a partir das quais se inicia a
espermatogénese.
R: A espermatogénese inicia-se a partir de espermotogónias.

2- Que processo celular assegura que as células consideradas não se


esgotem?
R: O processo celular que assegura que as células consideradas não se esgotem são as
divisões celulares por mitoses sucessivas.

3- Identifique o tipo de divisão nuclear que experimentam os


espermatócitos I.
R: O tipo de divisão nuclear que experimentam os espermatócitos I é uma meiose.

4- Compare, sob o ponto de vista cromossómico, um espermatócito II


e um espermatídio.
R: Enquanto um espermatócito II apresenta em cada cromossoma 2 cromatídeos, um
espermatídio em cada cromossoma apresenta apenas 1 cromatídeo.

5- Compare um espermatídio com um espermatozoide.


R: Tanto o espermatídio como o espermatozoide são células haploides, mas enquanto o
espermatídio é uma célula esférica, um espermatozoide é uma célula diferenciada.

Nos testículos, a partir da puberdade e até ao final da vida, produzem-se, por divisões
mitóticas, espermatogónias, células diploides da linha germinativa localizadas na proximidade
da parede exterior dos túbulos seminíferos.

A espermatogénese é um processo contínuo em que, em cerca de 64 dias, espermatogónias se


transformam em espermatozoides, ao ritmo de milhões por dia.

Podem considerar-se diversas fases na espermatogénese:

Fase de multiplicação – as espermatogónias, células diploides (2n=46), dividem-se por mitose.


De cada duas espermatogónias formadas, uma volta a dividir-se por mitose e a outra
prossegue a espermatogénese.

Fase de crescimento – ocorre um aumento quase impercetível de volume, designando-se as


células resultantes por espermatócitos I.

Fase de maturação – cada espermatócito (2n=46) experimenta uma divisão nuclear meiótica.
No final da primeira divisão estão formadas duas células haploides (n=23), os espermatócitos
II, nas quais cada cromossoma tem dois cromatídios. No final da segunda divisão da meiose
formam-se quatro células haploides, os espermatídios, em que cada cromossoma possui um
só cromatídio.

Fase de diferenciação – ocorre a transformação dos espermatídios em células altamente


especializadas, os espermatozoides, verificando-se:

- Eliminação de grande parte do citoplasma, que é fagocitado pelas células de Sertoli;

- reorganização de organelos: o complexo de Golgi forma uma grande vesícula, o acrossoma,


que armazena enzimas digestivas e se adapta ao núcleo; os centríolos dispõem-se no polo
oposto ao cromossoma e um deles origina os microtúbulos do flagelo; as mitocôndrias
dispõem-se na base do flagelo e fornecem energia, que permite o movimento deste
prolongamento.

Na fase final da diferenciação, os espermatozoides são libertados para o lúmen dos túbulos
seminíferos. Daí passam para os epidídimos, onde acabam a sua maturação, tornando-se
móveis, e onde são armazenados. Posteriormente seguem pelos canais deferentes, onde se
misturam com as secreções das vesículas seminais e da próstata, formando em conjunto o
esperma, que é libertado no decurso de uma ejaculação.

Estrutura dos ovários e oogénese


Os ovários têm uma forma ovoide, pesando algumas dezenas de gramas. Estão localizadas na
cavidade abdominal, na zona pélvica, de um e do outro lado do útero, sendo mantidos na sua
posição através de ligamentos.

Um ovário apresenta duas zonas de difícil dissertação:

- Zona medular, a mais interna, constituída por um tecido com numerosos vasos sanguíneos e
nervos;

- Zona cortical, a mais superficial, com estruturas mais ou menos esféricas, os folículos
ováricos em diferentes estádios de desenvolvimento, sendo cada folículo ovárico constituído
por uma célula da linha germinativa, rodeada por uma ou mais camadas de células foliculares,
que intervêm na nutrição e proteção da célula germinativa.

Atividade 4
1- Que fases ocorrem na oogénese antes do nascimento?
R: Antes do crescimento ocorre a fase de multiplicação e a fase de crescimento.

2- Para além do processo de oogénese, que fenómenos ocorrem num


folículo até à maturação?

R: Para além do processo de oogénese, os fenómenos que ocorrem num folículo até à
maturação são o aumento do seu tamanho e a formação de uma cavidade.

3- Refira o que acontece ao folículo após a ovulação.

R: O que acontece ao folículo após a ovulação é a sua transformação em corpo


amarelo.

4- Compare a oogénese com a espermatogénese, relativamente às


células produzidas na fase de crescimento e de maturação.

R: Enquanto que na oogénese a fase de crescimento é bem acentuada, nas


espermatogénese, o aumento do volume nas células germinativas é quase
impercetível.
Enquanto na oogénese a fase de maturação, apresenta dimensões diferentes, na
espermatogénese as células formadas apresentam iguais dimensões.

Fase de multiplicação- as células germinativas, que migram para cada um dos ovários do
embrião, dividem-se por mitoses sucessivas, produzindo oogónias, células diploides (2n=46).
Esta fase ocorre durante alguns meses do desenvolvimento embrionário da mulher, formando-
se alguns milhões de oogónias. Grande parte dessas oogónias degenera, não se verificando
nova produção.

Fase de crescimento- As oogónias que não degeneram aumentam de volume com o


armazenamento de substâncias de reserva. Constituem-se assim uns oócitos I, células de
maiores dimensões que as oogónias, mas também diploides.

Muitos dos oócitos I degeneram também durante a vida intrauterina.

Fase de maturação- Nos ovários de uma recém nascida os oócitos I existentes iniciam a fase
de maturação com a primeira divisão da meiose, que fica bloqueada em prófase I.

Até à puberdade, muitos oócitos I continuam a degenerar, ficando somente cerca de 400 mil.
Durante a evolução de um folículo, para além da oogénese, pode salientar-se:

- multiplicação das células foliculares;

- formação de uma zona não celular, a zona pelúcida, em torno do oócito, constituída por
glicoproteínas;

- aparecimento de cavidades, entre as células foliculares, cheias de liquido e que acabam por
se fundir numa só;

- diferenciação do tecido ovárico que rodeia o folículo em camadas, as tecas, tendo a teca
interna uma função glandular.

Na criança recém nascida, cada oócito I está envolvido por células foliculares, constituindo os
folículos primordiais.

Entre a puberdade e a menopausa, alguns desses folículos recomeçam o processo de evolução


todos os meses.
Ao aproximar-se o final da evolução de um folículo, durante a qual houve um aumento
progressivo do seu tamanho, a cavidade folicular aumenta muito, designando-se então esse
folículo por folículo maduro ou folículo de Graaf.

Após a ovulação, as transformações no ovário continuam. A parede do ovário cicatriza e o


folículo experimenta modificações estruturais e bioquímicas, constituindo o corpo amarelo ou
corpo lúteo, que degenera no fim de ciclo se não houver fecundação.

RESUMIDAMENTE

- A espermatogénese ocorre na parede dos túbulos seminíferos e a oogénese na zona cortical


dos ovários.

Espermatogénese

- é continua a partir da puberdade;

- a fase de multiplicação ocorre até ao final da vida;

- o aumento do volume das células germinativas, na fase de crescimento, é quase impercetível;

- a citocinese que ocorre na fase de maturação origina células iguais.

Oogénese

- ocorre em ciclos, desde a puberdade até à menopausa;

- a fase de multiplicação ocorre apenas durante alguns meses da vida intrauterina;

- verifica-se um grande aumento de volume das células germinativas na fase de crescimento;

- a citocinese, na fase de maturação, origina células de diferentes dimensões.

A partir da puberdade e até a menopausa ocorre, em regra, em cada ciclo ovárico, a


maturação de um oócito I e a degenerescência de outros.

Cada oócito é envolvido por um involucro de células, formando, no conjunto, um folículo


ovário.

Em cada ciclo ovárico ocorre a formação de um folículo maduro ou folículo de Graaf, contendo
um oócito II em metáfase II, o qual, por rotura de folículo, é aspirado pelo pavilhão da trompa.
É a ovulação.

O folículo, após a ovulação, transforma-se, constituindo-se o corpo amarelo, que degenera se


não ocorrer fecundação.

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