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António Sobreira

Reprodução Humana
1 Gónadas e Gametogénese
António Sobreira

Estrutura dos ovários e oogénese


Os ovários têm uma forma ovóide, pesando algumas dezenas de gramas. Estão
localizados na cavidade abdominal, na zona pélvica, de um e do outro lado do útero,
sendo mantidos na sua posição através de ligamentos.
Um ovário apresenta duas zonas de difícil limitação:

 zona medular [A], a mais interna,


constituída por um tecido com numerosos
vasos sanguíneos e nervos
 zona cortical [B], a mais superficial, com
estruturas mais ou menos esféricas, os
folículos ováricos em diferentes estádios
de desenvolvimento,
 Cada folículo ovárico [C] é constituído por
uma célula da linha germinativa, rodeada
por uma ou mais camadas de células
foliculares, que intervêm na nutrição e
protecção da célula germinativa.

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Nos indivíduos do sexo feminino, a oogénese inicia-se muito antes do nascimento e


processa-se em diversas fases até à formação dos gâmetas, já na puberdade.

Fase de multiplicação
As células germinativas, que
migram para cada um dos ovários
do embrião, dividem-se por mitoses
sucessivas, produzindo oogónias,
células diplóides (2n = 46).

Esta fase ocorre durante alguns


meses do desenvolvimento
embrionário da mulher, formando-
se alguns milhões de oogónias.
Grande parte dessas oogónias
degenera, não se verificando nova
produção.

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Fase de crescimento
As oogónias que não degeneraram
aumentam de volume com o
armazenamento de substâncias de
reserva.
Constituem-se assim os oócitos I,
células de maiores dimensões que as
oogónias, mas também diploides
(2n).
Muitos dos oócitos I degeneram
também durante a vida intra-uterina.

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Fase de repouso
Até à puberdade, muitos oócitos I
continuam a degenerar, ficando
somente cerca de 400 000.
Nos ovários de uma recém-nascida,
os oócitos I existentes iniciam a
fase de maturação com a primeira
divisão da meiose, que fica
bloqueada em profase I.
A meiose continua apenas a partir
da puberdade, com o começo dos
ciclos ováricos.

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Fase de maturação
A)
Em cada ciclo ovárico, durante
a vida fértil da mulher, em
regra, só um oócito I completa
a primeira divisão da meiose,
constituindo-se duas células
haplóides (n=23) com
dimensões diferentes, pois
ocorre uma divisão desigual do
citoplasma.

Uma das células, o oócito II, tem maiores dimensões, englobando a maior parte
do citoplasma, e a outra célula, o primeiro glóbulo polar, apresenta dimensões
muito reduzidas.

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Fase de maturação
B)
A segunda divisão da meiose
começa de imediato, mas fica
bloqueada em metafase II.

É neste momento que ocorre a


ovulação, ou seja, a libertação
de um oócito II para o oviduto.

Em cada ciclo ovárico, enquanto


as células da linha germinativa
evoluem, também as restantes
formações dos folículos ováricos
experimentam transformações.

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Na criança recém-nascida,
cada oócito I está envolvido
por células foliculares,
constituindo os folículos
primordiais.

Entre a puberdade e a
menopausa, alguns desses
folículos recomeçam um
processo de evolução
todos os meses. No
entanto, desse conjunto de
folículos, em regra, apenas
um completa a sua
maturação, enquanto os
outros degeneram.

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Ao aproximar-se o final da
evolução de um folículo,
durante a qual houve um
aumento progressivo do seu
tamanho, a cavidade
folicular aumenta muito,
designando-se então esse
folículo por folículo maduro
ou folículo de Graaf.

Na parte final do processo, o


folículo maduro acaba por
provocar uma saliência na
superfície do ovário.

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Quando o folículo atinge este


estádio, o oócito II, rodeado
por células foliculares, é
libertado na cavidade folicular.

Por pressão da cavidade


folicular sobre a parede do
ovário, o folículo rompe, bem
como a parede do ovário, e o
oócito II, rodeado pela zona
pelúcida e por células
foliculares, é libertado, sendo
recolhido pelo pavilhão da
trompa de Falópio.

Este processo é designado por


ovulação.

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Após a ovulação, as transformações no ovário


continuam.
A parede do ovário cicatriza e o folículo experimenta
modificações estruturais e bioquímicas, constituindo o
corpo amarelo ou corpo lúteo, que degenera no fim
do ciclo se não houver fecundação.

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