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Venda do Pinheiro
2022/2023
Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Índice
Resumo ........................................................................................................................................................... 2
Introdução ...................................................................................................................................................... 3
Material ............................................................................................................................................................ 6
Procedimento ................................................................................................................................................ 7
Resultados...................................................................................................................................................... 8
Discussão dos resultados........................................................................................................................ 13
Conclusão..................................................................................................................................................... 15
Bibliografia ................................................................................................................................................... 16
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Resumo
Os resultados obtidos foram ao encontro dos objetivos estabelecidos, tendo sido possível
pôr em prática os conhecimentos adquiridos em aula sobre a constituição e o funcionamento das
gónadas.
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Introdução
O desenvolvimento de novas gerações humanas é possível devido aos órgãos dos sistemas
reprodutores masculino e feminino. As gónadas, que pertencem a estes sistemas, são responsáveis
pela formação de gâmetas - gametogénese (e de hormonas no caso das gónadas masculinas).
A oogénese inicia-se no embrião com a formação de todas as oogónias (2n) que ficam
suspensas em prófase I até à puberdade. A partir desta até à menopausa a cada ciclo ovárico ocorre
a maturação de um oócito I (2n) e a degenereção de outros. Este processo é constituído por três
fases: Multiplicação, Crescimento (ocorrem no embrião) e Maturação (ocorre no início da
puberdade).
Na multiplicação ocorre a divisão por mitoses sucessivas das células germinativas (que
migram para cada um dos ovários do embrião), assim formando novas oogónias (células diplontes
(2n)). Esta fase ocorre nos primeiros meses do desenvolvimento embrionário formando-se alguns
milhões de oogónias (grande parte destas degenera, não se verificando nova produção). Em
seguida dá-se o crescimento, as oogónias, que não degeneraram, aumentam de tamanho devido
ao armazenamento de substâncias de reserva, formando assim oócitos I (2n) (células de maiores
dimensões que as oogónias). Os oócitos I iniciam a divisão meiótica, ficando esta estacionada em
prófase I até à puberdade. Por último ocorre a maturação onde a partir da puberdade a meiose
continua, desencadeando mensalmente um ciclo ovárico. Em cada ciclo ovárico só um oócito I (2n)
completa a primeira divisão da meiose, formando-se um oócito II (n) e um glóbulo polar (n) com
dimensões diferentes, uma vez que ocorre uma divisão desigual do citoplasma. O oócito II
apresenta maiores dimensões (englobando a maior parte do citoplasma) do que o glóbulo polar (n),
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
que apresenta dimensões muito reduzidas. Apenas o oócito II continua a divisão, entrando na
segunda divisão da meiose que vai ser interrompida na metáfase II. Este oócito II, durante a
ovulação, é libertado na trompa de Falópio. Só no caso de ocorrer fecundação é que a segunda
divisão meiótica se completa formando um óvulo e o glóbulo polar degenera.
Em cada ciclo ovárico os folículos ováricos sofrem evoluções enquanto as células de linha
germinativa evoluem.
Primeiramente existem os folículos primordiais onde os oócitos I são rodeados por células
foliculares (granulosa), que se formam durante o desenvolvimento embrionário.
Após a origem dos folículos de Graff. ocorre a ovulação, rompimento do folículo maduro e
libertação do oócito II para a trompa de Falópio. Se não ocorrer fecundação o oócito II é eliminado.
Por último, a seguir à ovulação, as células foliculares do folículo maduro ficam de um tom amarelo
intenso, assim passando a designar-se de corpo amarelo ou corpo lúteo, que têm função hormonal.
Se não ocorrer fecundação o corpo amarelo degenera.
Os testículos encontram-se divididos em 200 a 300 lóbulos testiculares, sendo que cada um
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
possui 1 a 4 túbulos seminíferos (enrolados e inseridos num tecido rico em vasos sanguíneos). No
interior destes túbulos encontram-se células de Sertoli e células da linha germinativa em diferentes
fases de diferenciação. Nos espaços intersticiais, entre os túbulos seminíferos encontram-se células
de Leydig, linfa, vasos sanguíneos, fibras nervosas e tecido conjuntivo.
A multiplicação, onde ocorre a divisão das espermatogónias (células diploides (2n) da linha
germinativa localizadas na proximidade da parede exterior dos túbulos seminíferos) por mitoses
sucessivas. A cada duas espermatogónias formadas, uma volta a dividir-se por mitose e a outra
continua a espermatogénese. Em seguida ocorre o crescimento, que consiste num aumento de
volume da célula devido à síntese e acumulação de reservas nutritivas, assim designando-se as
células resultantes por espermatócitos I (2n). Após isto verifica-se a maturação, onde ocorre a
divisão de cada espermatócito I por meiose assim formando-se espermatócitos II (células haploides
(n)) resultantes da primeira divisão da meiose e espermatídeos (n) resultantes da segunda divisão
da meiose. Por último ocorre a diferenciação onde os espermatídeos convertem-se em células
especializadas, os espermatozoides flagelados com achatamento do núcleo, eliminação do
citoplasma e rearranjo dos organitos - espermiogénese.
Na fase final da diferenciação, os espermatozoides são libertados para o lúmen dos túbulos
seminíferos. Daí passam para os epidídimos, onde ocorre a síntese de nutrientes, hormonas e
enzimas que ajudam na maturação dos espermatozoides. Os espermatozoides que chegaram aos
epidídimos vão ser armazenados nestes, apresentando reduzida mobilidade.
Esta atividade tem como objetivo observar cortes histológicos de gónadas masculinas e
femininas de coelhos com o auxílio do microscópio ótico composto (M.O.C.) e identificar as
estruturas que os constituem e os respetivos gâmetas nas suas diferentes fases de
desenvolvimento.
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Material
• Bata;
• Microscópio Ótico Composto (M.O.C);
• Preparações definitivas de cortes histológicos de testículos de coelho e de ovários de coelha;
• Telemóvel;
• Manual;
• Caderno diário;
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Procedimento
1. Vestir as batas;
2. Ligar o microscópio à tomada;
3. Colocar a lâmina com a preparação definitiva de um corte histológico de ovários de coelha no
M.O.C;
4. Ligar fonte de iluminação;
5. Focar imagem observada com a objetiva com ampliação total x4 com o auxílio dos parafusos
macrométrico e micrométrico;
6. Registar e fotografar com o auxílio do telemóvel;
7. Repetir procedimentos e 5 e 6 com as objetivas de ampliação total x10 e x40;
8. Colocar na objetiva de menor ampliação (x4) e descer a platina;
9. Substituir a preparação definitiva de um corte histológico de ovários de coelha por uma
preparação definitiva de testículos de coelho;
10. Repetir os procedimentos 5-8;
11. Arrumar o material (retirar a preparação, descer a platina, colocar na objetiva de menor
ampliação e desligar a fonte de iluminação).
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Resultados
Zona cortical
Zona medular
Zona medular
Zona cortical
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Oócito I
Folículos primordiais
Oócito I
Células foliculares
Folículos primários
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Teca
Folículo em crescimento
Zona pelúcida
Oócito I
Células foliculares
Teca
Cavidade folicular
Granulosa
Oócito I
Zona pelúcida
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Cavidade folicular
Oócito I
Folículo de Graaf
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Células de Leydig
Túbulo seminífero
Espermatogónias
s
Espermatozoides
Lúmen
Células de Sertoli
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Os resultados que foram obtidos foram de encontro ao que era esperado, tanto na
observação da preparação definitiva do ovário da coelha, como na observação da preparação do
testículo do coelho.
Logo na fig. 1 (objetiva x4, ampliação total: 4*10= 40x), conseguimos observar tanto a zona
medular como a zona cortical características do gónada feminino.
Quando passamos para a análise da fig. 2 (objetiva x10, ampliação total: 10*10= 100x), nesta
é possível observar, novamente, de forma mais clara a zona medular e a zona cortical, e os folículos
secundários.
Já na análise da fig. 3 (objetiva x40, ampliação total: 40*10= 400x), o que nos é permitido
observar é o oócito I, o tecido conjuntivo do ovário, alguns folículos primordiais, e as células que os
caracterizam (células foliculares achatadas).
Passando para a análise da fig. 4 (objetiva x40, ampliação total: 40*10= 400x), conseguimos
verificar que o folículo já se encontra num estado mais avançado do seu desenvolvimento (folículo
primário), mantendo-se possível a visualização das células foliculares, e do oócito I.
Na fig. 5 (objetiva x40, ampliação total: 40*10= 400x), verificamos o folículo em fase de
crescimento, pelo que se consegue observar a teca e a zona pelúcida, características do oócito I,
que também é possível observar.
É de realçar que na fig. 6 (objetiva x40, ampliação total: 40*10= 400x), observa-se o oócito
I, a granulosa, a cavidade folicular, a teca, e a zona pelúcida.
Para além disso, na fig. 7 (objetiva x4, ampliação total: 4*10= 40x), é-nos possível observar
o folículo de Graaf, a cavidade folicular que o constituí e o oócito I.
total 10*10= 100), espermatozoides (embora não seja muito visível na nossa preparação), cuja as
caudas se encontram no lúmen, células de Sertoli, e espermatogónias (fig. 10 - objetiva x40,
ampliação total 40*10= 400).
Contudo, é necessário realçar que em nenhum dos casos foi possível observar as
preparações através da objetiva x100, uma vez que não conseguimos fazer a focagem correta da
preparação, dada que a lente desta objetiva se encontrava danificada. Para alem disso, é de realçar
que a objetiva que foi usada foi a x10.
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Conclusão
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Observação de gónadas e gâmetas de coelho
Bibliografia
Caderno diário
TERRA, UNIVERSO DE VIDA 12 (manual)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oog%C3%AAnese
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espermatog%C3%AAnese
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/espermatogenese.htm
https://classroom.google.com/u/1/c/Mzg5NDE3NzE1NjU2/m/MzQ1OTA0MjAwODQz/details
https://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/sistema_reprodutor_masculino_0.pdf
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