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 Fases do ciclo menstrual

O ciclo menstrual (CM) é um processo fisiológico que ocorre de forma


ininterrupta. Quando um termina, o outro começa, e pode acontecer de
forma regular ou irregular. Os CM duram em média 28 dias, podendo variar
de mulher para mulher. Ciclos irregulares não tem duração específica.
O CM é controlado pela ação de hormônios produzidos pela hipófise
anterior e pelos ovários e acontece durante toda a vida fértil da mulher. A
ação desses hormônios é preparar o útero para o implante de um embrião e
uma possível gestação. Tem duração de cerca de 28 dias, entretanto,
podem ocorrer variações, com ciclos, oscilando de 20 a 40 dias.
 Entendendo o CM:
O hipotálamo libera GnRH (liberador de gonadotropina), que atua nos
gonadotrópos da adeno-hipófise, liberando FSH e LH, os quais causam
liberação de estrogênio e progesterona pelos ovários.
O FSH e LH ligam-se em receptores ovarianos que ativa proteína G, a qual
ativa adenilato-ciclase, que converte ATP em AMPc, que ativa proteína kinase
A (PkA), que causa fosforilação de enzimas e proteínas, fazendo como
resultado final a proliferação e secreção das células-alvo.
Vale dizer que, o ovário apenas produz estrógeno e progesterona
com a presença de FSH e LH, os quais não são liberados durante a infância.
Entre 9 e 12 anos, começam a ser liberados, levando ao início de ciclos
menstruais normais a partir dos 11 aos 15 anos – na puberdade.
Na puberdade, os estrógenos atuam no surgimento dos caracteres
sexuais secundários.
O estrogênio é produzido, sobretudo, pelos ovários e possui funções
importantes relacionadas às características sexuais da mulher. Além disso,
assim como a progesterona, também atua na regularização do ciclo menstrual
feminino e na preparação do útero para a gravidez.

O estrógeno é produzido pelos folículos do ovário, ou seja, pelos óvulos


em formação. ... A progesterona é produzida pelo corpo lúteo (estrutura que
se forma a partir do folículo) e, juntamente como estrógeno, atua nas diversas
fases do ciclo menstrual.

Em geral, antes da ovulação, há a predominância de estrogênio e, após a


ovulação, a taxa de estrogênio cai e cede espaço para a progesterona
 Ciclo menstrual típico, de acordo com os eventos uterinos é divido
em:
Fase menstrual: normalmente ocorre a cada 28 dias durando em média de 3
a 5 dia

Fase folicular – ou
Fase Lútea – ou secretória
proliferativa – Ovulação
progestogênica
Fase estrogênica
1▫ dia 14▫ 28▫
Após a ovulação), o folículo
remanescente que rompeu
e liberou o ovulo- se
No meio do CM transforma em corpo lúteo,
O 1▫ dia – início- do CM ocorre a essa fase lútea tem
começa com a ovulação. Nesta duração de 14 dias. Lá pelo
Menstruação e dura cerca fase temos um 7▫ a 8 dia o corpo lúteo passa
de 5 dias.
↑LH. a secretar estrógeno e ↑ [ ]
Após a descamação, inicia- de progesterona. –graças
se a fase folicular com O LH ajuda ao pico de LH.
espessamento da parede romper o
endometrial uterina, folículo A progesterona estimula o
graças a ação do marcando a desenvolvimento
O FSH que estimula o ovulação–e a Da parede uterina. Fase
ovário a produzir formação do chamada de secretória
estradiol. corpo lúteo. progestogênica

A produção de Por volta do 28 Se não


Em geral antes da ovulação estradiol houver gravidez, o corpo
há predominância de começa a cair 1 lúteo morre ao 26 ▫ dia
estrogênio dia antes da levando a queda de
ovulação estrógeno, e principalmente
de progesterona - fim do
CM- início do novo ciclo e
causam
A queda de estrógeno, de
progesterona gera um
Mulher grávida. Feedback negativo na
Hormônio hCG hipófise anterior, reduzindo
secretado pela concentrações de FSH e
placenta, age LH. Além disso, secreta
no corpo lúteo e inibina, que inibe FSH.
prolonga sua causa involução do corpo
vida a, pelo lúteo,( corpo albicans) já
menos, 2 a 4 que necessita de LH. A perda
meses de produção de estrógeno e
gestação. progesterona, que permite
produção de FSH e LH,
dando início ao novo ciclo
 Por qual motivo o método da “tabelinha” ou de Billings referente ao
ciclo menstrual não é considerado confiável e frequentemente leva
a falhas com consequente gestação?
Do 1▫ ao 5▫ dia temos o período da menstruação. Em tese até o 11▫ os riscos
de engravidar são baixos. Em um Ciclo regular a ovulação, ou período fértil
ocorre no 14▫ dia. O grande dilema é que não se há uma certeza em qual
dia exato vai ocorrer a ovulação. Considerando que o óvulo sobrevive por
até 24 horas e que o espermatozoide vive 3 dias. Conclui-se em segurança
que o período fértil vai do 12▫ ao 16▫ dia. Exemplos: Caso ocorra a ovulação
no 11▫ dia ou no 16, a possibilidade de gestação é alta – têm risco de
engravidar no 10 ou no 17▫ dia, pois o espermatozoide vive por até 3 dias na
mulher.
Alterações comportamentais que acontecem na vida da mulher (alimentação,
depressão, alegria etc.…) fazem com que o CM seja diferente de um mês ao
outro. Portanto o método da tabelinha é falho, pois não há uma certeza da data
de ovulação.

 Ao fim da fase lútea, antes da menstruação, as concentrações dos


hormônios

 Luteinizante e progesterona estão altas.


 Luteinizante e folículo estimulante estão baixas.

 Leia as afirmativas abaixo sobre o ciclo menstrual.


I. A progesterona é o hormônio dominante na fase lútea do ciclo ovariano.
II. A gonadotrofina coriônica humana ajuda o corpo lúteo a não involuir.
III. O estrogênio faz retroalimentação positiva nos hormônios liberadores de
gonadotrofina, levando ao pico pré-ovulatório.
IV. O estrógeno causa o espessamento do muco cervical, um tampão que
bloqueia a abertura do colo uterino.
Estão corretas as afirmativas:
 I, II, III, e IV.
 II, apenas.
 I, II e III, apenas.
 Assinale a opção que apresenta a fase do ciclo menstrual em que
ocorrem o aumento dos níveis de estrogênio e de LH, a diminuição
do nível de FSH, a rotura folicular e o aumento do muco cervical e
do endométrio proliferativo.

 Folicular.
 Ovulatória.
Considerando o Ciclo Menstrual, julgue cada uma das assertivas a seguir
com V para verdadeiro e F para falso.

( v ) Os estágios iniciais de desenvolvimento folicular não exigem


estimulação de gonadotrofinas, ao passo que a maturação folicular final
exige a presença de quantidades adequadas de LH e FSH em circulação.

(f ) O evento endócrino que marca o início da fase folicular do ciclo menstrual é


o aumento dos níveis de estrogênios e progesterona provenientes do ciclo
anterior, com consequente elevação do FSH na circulação.

(v ) A seleção do folículo dominante depende do aumento do número de


receptores para o próprio FSH, tornando-o mais responsivo aos níveis
declinantes de FSH ao longo da fase folicular.

(v ) No final da fase folicular, os níveis de estradiol aumentam


dramaticamente, causando feedback positivo para a secreção de LH e
consequente ovulação.

( ) O esteróide predominante na fase lútea é a progesterona, cuja produção


proveniente do corpo lúteo é controlada principalmente pelo FSH.LH

A sequência correta é:
 V, V, F, V, F.
 V, F, V, V, F.

O ciclo menstrual é determinado por alterações dos hormônios


produzidos pela hipófise e pelos ovários. De acordo com os eventos
uterinos, é dividido em: menstruação, a fase proliferativa e a fase
secretora. Assinale a alternativa INCORRETA sobre tais fases.

Na fase proliferativa há a reposição do endométrio.


Durante a fase proliferativa ocorre a produção de estrógeno pelo folículo ovariano
em desenvolvimento.
Na fase secretora há o espessamento do endométrio determinado pelo aumento da
progesterona.
A fonte de progesterona é o corpo lúteo, formado após a ovulação.
 O fator determinante para que ocorra a menstruação é a diminuição da
concentração de estrógeno.
11.2 - O eixo hipotalâmico-hipofisário e seus hormônios
´preciso assistir:
Com relação ao ovário e à sua participação no CM, é correto afirmar que:

Os vários estágios do crescimento folicular, desde folículo primordial ao pré-


ovulatório, são dependentes das gonadotrofinas.
O crescimento folicular ocorre somente na menacme.
 O folículo que iniciou seu crescimento deverá, necessariamente,
caminhar para ovulação ou sofrer atresia.
11.3 – Contraceptivos hormonais: mecanismos de ação:

São hormônios utilizados no bloqueio da concepção, incluem o


estrogênio e as progestinas (semelhantes ao hormônio progesterona). Os
métodos hormonais previnem a gravidez, impedem que os óvulos sejam
liberados pelos ovários ou mantém a densidade do muco no colo do útero
elevada, impedindo que os espermatozoides atravessem o colo do útero.
Sendo assim, os métodos hormonais evitam que o óvulo seja fertilizado.

 Anticoncepcionais hormonais combinado (ACO)


As pílulas não são abortivas, pois atuam antes da fecundação - O
período de fecundação é de cerca de 24 horas após a liberação do óvulo.
A Maioria das pílulas é composta pela associação de 1 estrógeno a 1
progesterona –Outras apresentam só progesterona. Não existem pílulas
somente de estrógeno, pois não são capazes de segurar o eixo.
 O estrogênio usado é o etinilestradiol,
 Progestogênios utilizados: levonorgestrel, noretindrona, acetato de
ciproterona, hidroxiprogesterona, desogestrel e gestodeno.

 Mecanismo de Ação das pílulas ACO:


Os ACO realizam feedback – com GNRH inibindo a ovulação bloqueando
a liberação de gonadotrofinas (↓FSH e LH) pela adeno-hipófise. A
consequência, da redução de estradiol e progesterona é o não
amadurecimento folicular. Além disso, os ACO modificam o muco cervical,
tornando o espessado, tornando-o hostil à espermomigração, altera o
endométrio, alteração do pH vaginal (de básico para ácido) modifica a
contratilidade das tubas interferindo no transporte ovular e altera a
resposta ovariana às gonadotrofinas.
Ciclo menstrual e modificações hormonais em grávida.
O início do ciclo é marcado pela (menstruarão), durante 5 dias. Logo após
inicia a produção de FSH pela hipófise 1▫ fase folicular, recrutamento de
folículos e o espessamento do endométrio. Um desses folículos se desenvolve
e ovula. O ovulo fecundado é implantado no endométrio, as células
trofoblásticas do endométrio começam a sintetizar hormônio
gonadotrófico corionte beta (BHCG). Simultaneamente o folículo
desenvolvido se transforma em corpo lúteo robusto que sobre estímulo do
BHCG, passa a liberar altas concentrações de progesterona, de duração
de 3meses, tempo na qual a placenta é formada. Daí então, a placenta é
quem vai produzir progesterona até o final da gestação.

Qual a sensibilidade média dos testes?


Na fecundação – os níveis de BHCG só serão detectados 6 dias antes da
nova menstruação. Muitas vezes, ela pode estar grávida e não aparecer
no teste, devido as baixas concentrações.
Ideia eu perguntar se ela sabe quando é a próxima menstruação. Agora a
dosagem plasmática de BHCG já é possível detectar horas após a ovulação,
 Tipos de Contraceptivos hormonais combinados –

Monofásicos Bifásicos Trifásicos


Mesma concentração
[ ] de desogestrel
de estrógeno e
alteram-se 2x entre os
progestógenos em
comprimidos do blister.
todos os comprimidos. Concentração altera-
Combinação fixa de 7
(Utiliza-se por 21 dias e se três vezes entre os
dias e fixa diferente
interrompe por 7 dias comprimidos do blister
por 15 dias
ou utiliza de forma
Mimetizando ao
contínua, emendar
máximo ciclo normal
cartela a outra).

Modo de uso:
1º cp é tomado no 1▫
dia da menstruação = 1
Modo de usar:
dia CM
1º cp: 1▫ dia do ciclo* Modo de usar:
Caso queira menstruar:
deve se parar 7 dias, Necessariamente 1º comprimido: primeiro
retorna no 8º (que virá a tem que “seguir as dia do ciclo*
ser o 1▫ dia do ciclo setas” devido as
Necessariamente tem
seguinte tomando os 21 oscilações de
que “seguir as setas”
e deve seguir as setas, a concentrações que
fim de evitar o existem do fármaco
esquecimento mesmo
sabendo que todos cp
tem a mesma { }.

A existência de bifásicos, trifásicos tem objetivo mimetizar o Ciclo


hormonal favorecendo melhora na qualidade de vida de mulheres, que
preferem vivenciar essas oscilações. Independente se serem monofásicos,
bifásicos e Trifásicos. Todos apresentam a mesma eficácia clinica
anovulatória.
Caso a mulher queira menstruar é preciso fazer a parada.
ACO com 21 cp. ACO com 22 cp. AHCO com 24 Blíster de 28
Tomar o 1▫ cp no Tomar o 1▫ cp no cp. Tomar o 1▫ comprimidos não
1▫ sinal de 1▫ sinal de =1▫ cp no 1▫ sinal de há pausa.
menstruação que dia do ciclo menstruação =
corresponde ao 1▫ dia do ciclo Mas como ocorre
1▫ dia do ciclo. a menstruação?
Devido a
existência de 7 cp
inertes sem ação
hormonal
Em seguida, Parar por 6, a Parar por 4 Caso tenha 28 cp
Parar por 7 dias, menstruação dias, após a todo ativos- não
e então a desce durante menstruação – vai ter a
menstruação essa suspensão retornar ao 5 dia menstruação. =
desce – retomar e retomar ao 7 aos injetáveis não
ao 8▫ dia dia e seguir menstrua
independente da tomando os 22
cessão ou não da direto. Caso contenha
menstruação e Independente da vitaminas –cp
seguir tomando cessão ou não da inertes ela vai
os 21 direto. menstruação menstruar.

A possibilidade de parada do uso do ACO possibilita que a menstruação desça


caso a mulher queira. porém não são todas as mulheres que podem ficar sem
menstruar, encaminhar ao médico.

É bifásico – inicia no 1▫ dia que


corresponde aos primeiros sinais de
menstruação, e deve se parar
quando terminar a cartela, lá pelo 22
dias. Caso ela queira menstruar
deve-se fazer a parada por até 6
dias, período de dias onde vai
descer a menstruação- normalmente
ocorre antes dos 6 dias, retornando
o uso no 7 dia, que coincide com
início do novo ciclo.
A gravidez indesejada é um dos temas destacados na saúde do Brasil por sua
alta ocorrência, apesar da existência de uma variedade de métodos
anticoncepcionais. Sobre esses métodos e seu funcionamento, é correto
afirmar:

 A injeção anticoncepcional contém em sua fórmula progesterona combinada ou


não com estrogênio e possui como mecanismo de ação a diminuição do
período de viabilidade dos óvulos após a ovulação.
 Alguns antibióticos podem afetar a ação das pílulas anticoncepcionais
pelas interações medicamentosas que se dão entre eles e os
contraceptivos orais.

Com relação à contracepção, está correto afirmar que:

 Os contraceptivos orais contendo apenas progestogênio devem ser evitados na


lactação, pois afetam a quantidade e qualidade do leite. Devem ser usados.
 O levonorgestrel 1,5 miligramas via oral é o recurso hormonal mais eficaz
na contracepção de emergência.

Com relação ao teste de gravidez assinale a alternativa correta:

 Os métodos atuais utilizam anticorpos dirigidos contra toda a molécula de


Gonadotropina coriônica humana (hCG).
 Os anticorpos contra a molécula intacta do hCG sofrem importante
reação cruzada com os hormônios luteinizante (LH) e Tireoestimulante
(TSH).

 Estrógenos e progestágenos usados na contracepção


hormonal.
Há dois tipos de métodos contraceptivos: os reversíveis e os definitivos.
Dentre os métodos reversíveis temos: os comportamentais, que implicam em
modificações do comportamento sexual do casal; os de barreira, evitam a
gravidez através do impedimento da ascensão dos espermatozoides ao útero;
os hormonais e os de emergência.
Já os métodos definitivos, são aqueles em que há intervenção
cirúrgica: ligadura tubária e vasectomia.
São vários os motivos que levam mulheres a utilização de estrógenos e
progestágenos: grande parte evitar a concepção por meio da contracepção,
regulação do ciclo e tratamento de distúrbios hormonais. Como a
síndrome do ovário policístico, diminuição de hormônios masculinos que
provocam o isurtismo – aumento de pelos- tratamento da acne vulgaris.
 O estrogênio usado é o etinilestradiol, pois apresentam
características ótimas de biodisponibilidade, sendo ativado por via oral.
 Os progestogênios associados mais utilizados: levonorgestrel,
noretindrona, acetato de ciproterona, hidroxiprogesterona,
desogestrel e gestodeno

Etinilestradiol Levonorgestrel Estrógeno: Etinilestradiol


+

Neovlar – nordette – lovelle – Progestágeno Gestodene


levordiol- trinordio e triquilar.
Ex: gynera, Harmolet, minulet ,
Com diferentes [ ] da mesma
femiane, mirelle e minesse
progesterona.

E: Etinilestradiol Etinilestradiol

Progestágen Acetato de
P: Desogestrel
o Ciproterona.

Gracial – femina – mercilon – Diane 35 e Selene A ciproterona


microdiol e cerazette. apresenta ação anti-androgênica.
Ou seja, promove redução do
Cerazete só tem o desogestrel não
hormônio masculino
é associado – nesse caso a
progesterona é capaz de segurar o Preferidos no tratamento da
eixo e em situações onde há síndrome do ovário policistico,
amamentação acne e insurtismo

Micronor 0,35 mg é indicado 6


semanas após o parto e
necessário que a mãe produza
ocitocina para ter efeito. Ou seja
Somente de ela deve amamentar o bebê.
Progestágeno: Usar no 1 dia do CM é preciso a
Noretisterona Micronor – usado estimulação do bebê ao peito,
no pós parto aumentando os níveis de ocitocina
promovendo eficácia. Por ser de uso
Levonogestrel contínuo a mãe não menstrua. Na
– DIA D introdução de alimentação extra
seio. A norestisterona tem sua
eficácia reduzida, com risco de
gravidez é preciso mudar para o
cerazette.

Estrógeno Etinilestradiol Yasmin e yas – a drospirenona


Progestágeno Drospirenona apresentam ação antialdosterona-
reduzem o inchaço causado pela
grande maioria dos AHCO

O aumento de DHEA cria condições


inóspitas impedindo o
amadurecimento do folículos, que
acabam se encistando –
Ou seja na SOP há um aumentando
GnRH e LH e uma baixa produção
de FSH (estrógeno e progesterona
essenciais para o amadurecimento
do folículo.
A síndrome do ovário policístico
(SOP) é um distúrbio endócrino O tratamento é feito com uso
comum em mulheres de idade anticoncepcional de ação
reprodutiva é a causa mais comum antiandrogênica - acetato de
de infertilidade em mulheres. ciproterona que reduz o DHEA
fornecendo um ambiente ideal para
Na SOP há um ↑ excessivo do o crescimento e maturação do
hormônio DHEA-S folículo ovariano evitando o
dehidroepiandrosterona no ovário encistamento dos folículos e
elevando os níveis de testosterona e favorecendo a ovulação.
outros hormônios androgênios. Ao
mesmo tempo, há uma baixa produção Off label: Metformina aumenta a
de hormônios gonadotróficos FSH atividade da enzima aromatase que
(estrógeno e progesterona essenciais converte DHEA em estrogênio e
para o amadurecimento do folículo. progesterona

A (SOP) comumente se manifesta durante a adolescência e é caracterizada


por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo. Com a presença de acne
resistente ao tratamento, hirsutismo e/ou alopecia androgênica,
irregularidades menstruais, acantose nigricante e obesidade.
O hirsutismo é a quantidade anormal de cabelo sexual que aparece em um
padrão masculino. Qualquer um desses achados pode inicialmente ser a
única característica da síndrome, embora uma característica não seja
suficiente para estabelecer o diagnóstico.
A amenorreia e a oligomenorreia são consequências do estado de
anovulação que não forma corpo lúteo e por isso não produz progesterona.

 Etiologia e fisiopatologia:
A fisiopatologia da SOP não é muito bem esclarecida, acredita-se que ocorra
uma alteração na liberação do hormônio GnRH, levando a um aumento da
liberação do LH e uma diminuição do FSH. O aumento da liberação de LH
estimula a produção de androgênios pelas células da teca com maior
produção de androgênio, principalmente testosterona e androstenediona.
Devido à baixa secreção de FSH, o amadurecimento dos folículos é
dificultado, de modo que estes interrompem seu desenvolvimento em estágios
intermediários, conferindo ao ovário a morfologia policística característica.
 Tratamento do ovário policístico:
É feito com base nas principais manifestações clínicas da SOP, como:
irregularidade menstrual, obesidade, resistência à insulina e
hirsutismo/acne. As opções terapêuticas são diversas e a escolha do
tratamento ad deverá ser realizada de maneira individualizada, com base nos
sintomas descritos e seu histórico.
O tratamento costuma ser alterações no estilo de vida, buscando a
diminuição do peso em torno de 5-10%, uma forma de reduzir os níveis de
testosterona, aumento da concentração de SHBG e a normalização dos
ciclos menstruais, além de diminuir a resistência periférica à insulina e
dislipidemia.
Para o tratamento da irregularidade menstrual é indicado o uso de ACO,
que podem ser associados a drogas antiestrogênicas, como o acetato de
ciproterona, a espironolactona, flutamida, finasterida dentre outros, de
acordo com as indicações e contraindicações de cada paciente. O
contraceptivo oral de escolha deve ser o de maior ação androgênica, além
disso, consensos sugerem a utilização de contraceptivos orais
combinados contendo de 20 a 30 mcg de etinil estradiol (EE) ou
equivalente.
Em associação a essas drogas, pode ser usada também a metformina, um
insulino-sensibilizador utilizado entre adolescentes com resistência à insulina,
melhorando os parâmetros metabólicos relacionados à SOP: padrão menstrual,
com favorecimento da ovulação e níveis de insulina, androgênios e lipídeos.
Recomenda-se que seja usada a metformina em doses entre 1000 e 2500 mg,
iniciando-se com doses mais baixas.

Considerando que a SOP é responsável por cerca de 80% dos casos de


infertilidade anovulatória, é importante realizar o manejo dessas pacientes,
em que o tratamento, além das mudanças no estilo de vida incluem a indução
farmacológica da ovulação, considerada a primeira linha de abordagem,
podem ser utilizadas drogas antiestrogênicas, inibidores da aromatase ou
gonadotrofinas. Normalmente a indução é realizada com citrato de
clomifeno VO entre o 2º e 5º dia após o fluxo menstrual, em uma dose de
50mg/dia por 5 dias
Como última linha de tratamento para a infertilidade provocada por SOP tem-se
a fertilização in vitro, indicada para as mulheres que não engravidam após a
indução de ovulação para coito programado, ou na presença de outras causas
de infertilidade.
Resveratrol pode reduzir significantemente a testosterona sérica total e
o sulfato de dehidroepiandrosterona (sigla em inglês, DHEAS) – hormônio que
o corpo pode converter em testosterona –, em mulheres com Síndrome do
Ovário Policístico (SOP).
Com propriedades anti-inflamatórias, o resveratrol é naturalmente
produzido em várias plantas em resposta a danos ou sob ataque de
patogênicos como bactérias ou fungos, e pode ser encontrado, por
exemplo, em cascas de uvas, mirtilos, oleaginosas e folhas de senna
(leguminosa da família Fabaceae).

 Indicações e contraindicações do uso dos


contraceptivos hormonais:
De modo geral: pílulas orais combinados ou só de progestagênio são:

Indicações Contraindicação

Proteção contraceptiva com Neoplasias hormônio dependente-


eficácia de 99,7 – 99,9%, se tomado Tromboflebite/Tromboembolismo.
de maneira correta, desde que não
haja interações medicamentosas Doença coronariana/Doença
importantes. cerebrovascular.
Regula o CM. Sangramento uterino anormal.
Trata dismenorreia- cólicas. Gravidez.
Regula o fluxo menstrual.
Tratamento adjuvante de acne e
síndrome do ovário policístico

 Mitos comuns: Pacientes dizem que conhecem mulheres que


engravidaram fazendo o uso dos contracep. Sim acontece, pelos
seguintes motivos uso errado devido ao esquecimento, diarréia
intensa, ou vomitar após o uso.
 Fulana estava grávida e menstruou, isso é mito. O sangramento é
devido um descolamento da placenta, que leva a queda de progesterona
e sangra. Gestação e menstruação não se associam.
 Fulana usa ACO e de vez em quando apresenta mais de 1
menstruação durante o ciclo –na verdade não é menstruação, e sim
o efeito spotting – que corresponde a um período de acomodação
frente ao início de uma nova concentração hormonal em seu
organismo até a completa organização endógena em seu corpo. O que
acontece é que durante esse período de regularização do fluxo
menstrual é possível descer a menstruação. Portanto, ficar atento se
a menina está iniciando o uso AHCO ou trocando. Caso esse fluxo
seja muito intenso durante estas fases é preciso encaminhar ao
médico.
O estrogênio e progesterona quando regulados pelos anticoncep-
favorecem o regulamento de citocinas do endométrio tendo uma ação positivo
diminuindo as contrações endometriais indesejadas – cólicas- característico do
quadro de disminorréia.
 Indicações e contraindicações das minipílulas- somente
progesterona: levonogestrel e noretindrona – As vias de
administração existentes são: oral – IM – subdermica e intrauterina.

 Oral: Indicado em qualquer faixa etária durante a menacme (ou seja


vida fértil), em nulíparas ou multíparas e mulheres no pós-parto que
estejam ou não amamentando – sendo que, para as que
amamentam, deve ser introduzida após a sexta semana do parto.
 Boa opção para aquelas com contraindicações de uso do estrógeno
devido a doenças como hipertensão arterial, diabetes, doenças
vasculares, lúpus, cardiopatias e enxaquecas..
 Efeito colateral mais comum é a alteração no padrão do sangramento.

Contraindicações dos contraceptivos hormonais


combinados:
 Neoplasias hormônio dependente. Ex meninas com histórico familiar
de câncer de mama (mães tiveram). O Uso principalmente a base de
progestogêneo pode estimular mitose celular – fator predisposição
para desenvolver CA. É preciso ter acompanhamento e o médico e
quem decide o uso.
 Tromboflebite/tromboembolismo – de modo geral os estrogênios
contribuem no aumento de fatores de risco. Aumentam a coagulação
sanguínea formando trombos – fator de risco em mulheres com
doenças cardiovasculares. No entanto, essas contraindicações são
relativas é o médico é quem deve avaliar o risco.
 DAC- doença arterial coronariana - as pílulas são capazes de alterar o
metabolismo de lipídios, implicando em maior risco de DAC. Portanto, se
a mulher tem histórico familiar, ou apresenta ou implantou um estente o
uso desses hormônios devem ser reavaliados.
 Mulheres com histórico de AVC- doença cerebrovascular –
especialmente a progesterona das pílulas levam a retenção liquida
aumentando volemia com sobrecarga cardiovascular levando risco de
AVC.
 Que apresentam sangramento uterino anormal: sangramento
persistente sem causa aparente – Uso de pílulas vão regular o fluxo e
não o sangramento uterino. Deve ser investigado por um especialista a
origem e o motivo do sangramento útero, ovário? Solicitar exame de
papa-nicolau excluindo a possibilidade de malignidade e alterações
do útero.
 Gravidez não combina com anticoncepcional. – é comum mulheres
desconhecerem que estão gestantes e continuam usando pílulas– até
perceberem que a menstruação não vem e enfim parar, essas
quantidades de pílulas iniciais não vão causar problemas. Ao saber da
gestação deve-se parar com as pílulas e ir ao médico.

 Modo de uso:
Ouvir de novo.

 Esquecimento de tomada do anticoncepcional. O que fazer?


Caso tenha esquecido uma pílula é lembrou, se não tiver passado de 12
horas tomar ela imediatamente. Caso tenha passado de 12 e estiver entre–
24 horas tomar a esquecida junto com a do dia.
2 pílulas esquecidas, ela deve tomar as 2- pode ser de 6 em 6 horas e
continuar tomando as demais até o final do ciclo. Assim, como adotar
método de barreira evitar gravidez indesejada- desregulou o ciclo.
 Interações medicamentosas no uso de contraceptivos
hormonais combinados e progestágeno:
Aqui nesse resumo você vai encontrar os principais grupos de fármacos que
interagem com os anticoncepcionais orais e quais as consequências mas,
primeiramente vamos falar sobre os tipos de anticoncepcionais orais e as
limitações de ambos e por fim, vamos abordar o papel do farmacêutico junto à
paciente.
Os anticoncepcionais podem ser divididos em: Combinado oral,
Minipílulas ou ainda em Estrógenos.
Os ACO contêm estrogênio e As minipílulas não possuem
progesterona, quando utilizado de componente estrogênico,
maneira correta e consistente é composto apenas por baixas
seguro e eficaz. Além de manter a
regularidade dos CM, e ter efeito doses de progestógenos. A
protetor sobre o endométrio e o eficácia contraceptiva, é menor
ovário. Há evidências de que que a dos ACO devido à sua ação
reduza as chances de doenças ser mais efetiva sobre o endométrio e
benignas da mama e o o muco cervical, promovendo o
crescimento de miomas uterinos. espessamento do muco cervical e
São mais seguros dificultando a penetração dos
espermatozoides. Entretanto, na
Os riscos são cardiovasculares perimenopausa, com a diminuição da
aumento da pressão, sendo fertilidade, a segurança é comparável
preferidas as pílulas de baixa à apresentada por usuárias mais
dosagem como primeira escolha. jovens de anticoncepcionais
hormonais combinados orais. Além é
Não devem ser usados em a opção terapêutica quando há
lactantes, pois interferem na contraindicação ao uso de
qualidade e na quantidade do leite estrogênio, como na presença de
materno e podem afetar doenças cardiovasculares,
adversamente a saúde do bebê. tabagismo e amamentação. (BRASIL,
(BRASIL, 2010) 2010

Interação medicamentosa - é Uma modificação que medicamento sofre em qualquer


fase da farmacocinética, mediante a presença simultânea de outro ou outros
medicamentos, substâncias fisiológicas ou substâncias exógenas não
medicamentosas no organismo. Pode ocorrer entre a flora bacteriana levando a
interações sobre a FC do contraceptivo.

Vantagens Desvantagens

Podem causar reações adversas,


Aumentam os efeitos terapêuticos ou diminuem ou aumentam ações dos
podem reduzir a toxicidade das drogas. medicamentos ou provocam novas
doenças

Principais interações:
 Por Antimicrobianos: apenas os antibióticos de largo espectro
Como: Penicilinas, Tetraciclinas, e o mais citado, a Rifampicina. Os
Antimicrobianos são indutores da CYP3A interagem reduzindo
significativamente a eficácia dos anticoncepcionais. Por isso mesmo
é que o uso concomitante deve ser evitado.
 Antimicrobianos que alteram a flora gastrintestinal (GI)
normalmente podem reduzir o ciclo entero-hepático dos
componentes dos contraceptivos orais, diminuindo, assim, sua
eficácia, são exemplos as penicilinas e tetraciclinas
Dessa forma, as pacientes devem ser alertadas sobre as possíveis interações
entre esses antibióticos e anticoncepcionais hormonais e orientadas a fazer
uso de método de barreira complementar.
Uma vez distribuído ele age
Anticoncepcional hormonal combinado
bloqueando as gonadotrofinas – GrnH
é administrado, sendo absorvido e
diminuindo a oferta de FSH e LH
distribuído.
promovendo efeito anovulatória
Ao passar pelo fígado parte das sendo conjugados para que sejam
pílulas é conjugada com ácido Excretados na bile em direção ao
glicurônico Intestino
Bactérias G- intestinais produzem
Somente o contraceptivo livre é
Glucuronidases –enzimas que vão
reabsorvido voltando a agir
hidrolisar o contraceptivo – cortando
(Recirculação êntero-hepática) .
a ligação de conjugação com ácido
Os anticon que ficaram conjugados
glicurônico – liberando o
são excretados
anticoncepcional
O Efeito dessa interação é a
O problema é que o uso dos diminuição da biodisponibilidade, não
Antimicrobianos matam as bactérias vai ter recirculação e sim eliminação
intestinais, reduzindo a microbiota e a da pílula pelas fezes. Como
produção de glucuronidades - consequência vai ter diminuição da
eficácia e potência do contraceptivo
Ou seja os antimicrobianos reduzem a eficácia dos
anticoncepcionais, permitindo a excreção do mesmo.
Outras interações medicamentosas com o estrógenos:
Indução enzimática: certos
Metabolizar e excretar os estradiol os
fármacos estimulam o fígado a
reduzindo a eficácia dos mesmos.
produzir enzimas mitocondriais
Reduz a oxidação e aumento
Benzodiazepínicos Glicuronidação – aumentando os
efeitos sedativos do mesmo.
A erva de são João contém indutores
enzimáticos da família do citocromo
Barbitúricos, Erva de São João, P450, interagem reduzindo a eficácia
Penicilinas, Derivados de dos AHCO, podendo causar
tetraciclina. sangramentos e, até mesmo, gravidez
indesejada se usada
concomitantemente
Por ser metabolizada pela família
CYP3A4, assim como barbitúricos,
carbamazepina e rifampicina, o uso
Repaglinida concomitante com anticoncepcionais
orais pode elevar a concentração
sérica de repaglinida, portanto,
reduzindo o efeito hipoglicemiante
Corticosteroides. Algumas progesteronas são
inibidoras enzimática e interagem
aumentam a concentração sérica
dos corticoides se usada com ACO,
portanto os efeitos
mineralocorticoides com aumento
da volêmia e da pressão

Colar a tabela de interaçoes


 Os métodos de anticoncepção hormonal são aqueles que utilizam
drogas similares aos esteróides ovarianos para promover modificações
na fisiologia feminina com o objetivo de impedir a fecundação. Entre os
métodos hormonais, alguns apresentam apenas progestagênios em
sua composição. Em relação a esses contraceptivos, analise as
afirmativas abaixo.
I. A utilização de progestagênio de forma isolada é ampla e apresenta
poucas contraindicações, podendo ser indicada para qualquer faixa etária
durante o menacme, da menarca (na adolescência) a menopausa (no
climatério), em nulíparas ou multíparas.
II. Diante de padrão de sangramento irregular, é imprescindível uma
investigação clínica para afastar condições associadas, sendo as mais
frequentes o uso de medicações que possam interferir na metabolização dos
contraceptivos, o etilismo e os distúrbios tireoidianos.
III. O uso a longo prazo de acetato de medroxiprogesterona de depósito
(AMPD) está frequentemente associado à perda de massa óssea, devido à
menor produção de estrogênio ovariano resultante da menor secreção de
gonadotrofina.
IV. O anticoncepcional injetável trimestral é indicado como tratamento para
mulheres com sangramento uterino aumentado, hiperplasia endometrial e
endometriose, porém promove piora nos quadros álgicos nas crises de anemia
falciforme.
 Para uma paciente que deseja anticoncepção, é importante
sabermos se ela não apresenta nenhuma contra-indicação absoluta
(categoria 4 da OMS) ao método escolhido. Com relação às contra-
indicações dos métodos contraceptivos, assinale a alternativa
CORRETA.

Para a nulípara (não teve parto), o dispositivo intra-uterino é absolutamente


contra-indicado.

Para qualquer nível de hipertensão, os progestágenos são contraindicados


(categoria 4) para anticoncepção. São os AHC de estrógeno que causam > PA
 Para qualquer mulher tabagista, os contraceptivos orais combinados são
categoria 4.
 Os métodos contraceptivos injetáveis combinados não apresentam contra-
indicação para as pacientes com câncer de mama.
 Enxaqueca com aura é contraindicação absoluta ao uso de contracepção
oral combinada em qualquer idade.

Analise os itens abaixo.

I. Métodos anticoncepcionais são meios utilizados para se evitar a gravidez.


existem vários tipos, podendo ser masculinos ou femininos e cada pessoa deve
escolher o que lhe é mais adequado.

II. A injeção trimestral não pode ser usada durante a amamentação e com seu
uso é muito comum que a mulher fique sem menstruar.

III. O DIU não é indicado para mulheres que têm mais de um parceiro
sexual ou cujos parceiros/parceiras não usam camisinha em todas as
relações sexuais.

IV. A tabela é um dos métodos mais indicados após o parto ou durante a


amamentação, pois é natural, sem uso de hormônios ou outros agentes físicos
ou químicos.

Após ler os itens acima, marque o item correto:

 Apenas o item I está correto.


 Apenas o item II está correto.
 Apenas o item III está correto.

São fármacos que reduzem a concentração plasmática de COH, exceto:

 Carbamazepina
 Fenitoína
 Metronidazol.
 Rifampicina
Considerando a Contracepção Hormonal, julgue cada uma das assertivas
seguintes com V para verdadeiro e F para falso.
(V ) O componente estrogênico causa bloqueio da ovulação através da
supressão da liberação de FSH, além de estabilização do endométrio.
(F ) A dosagem dos componentes hormonais das pílulas contraceptivas guarda
relação direta com a incidência de efeitos adversos e relação inversa com a
eficácia contraceptiva.
(V ) O uso concomitante de drogas como rifampicina e fenobarbital reduz
a eficácia contraceptiva das pílulas com dosagem de etinilestradiol < 50
mcg.
( V ) Os contraceptivos orais combinados oferecem proteção contra
câncer endometrial e ovariano e aumentam a densidade mineral óssea.
(v ) As minipílulas (PRPGESTERONA EM DOSE BAIXA) causam efeito
mínimo no metabolismo dos carboidratos e na coagulação, sendo ideais
para uso em mulheres de risco para complicações cardiovasculares.
O método contraceptivo indicado, para uma nutriz (amamentando),
previamente à regularização do ciclo menstrual, é:

 Hormonal injetável combinado.


 Pílula combinada.
 Comportamental.
 Diafragma.
 Hormonal injetável de progesterona.- pois não altera o leite

Qual o mecanismo de ação da progesterona quando se utiliza


anticoncepcionais hormonais combinados?

 Reduz a receptividade do endométrio ao óvulo e inibe o FSH.


 Influencia a peristalse das trompas e inibe o FSH e o LH.
 Inibe o LH e torna o muco cervical espesso e impermeável.

Os AOC contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o


progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. As pílulas
combinadas dividem-se em monofásicas, bifásicas e trifásicas. Sobre essa
classificação, assinale a alternativa correta.

 Nas monofásicas, que são as menos comuns, a dose dos esteróides é a


mesma nos 28 comprimidos ativos da cartela.
 As pílulas combinadas bifásicas contêm dois tipos de comprimidos ativos, de
diferentes cores, com diferentes hormônios em iguais proporções. Podem ser
tomadas em qualquer ordem.
 As pílulas combinadas trifásicas contêm um comprimido de estrogênio, um
comprimido de progestogênio e outro comprimido de placebo, que devem ser
tomados na ordem indicada na embalagem.
 É recomendável como primeira opção o uso de pílulas combinadas de
baixa dosagem.

Considerando os anticoncepcionais orais - minipilulas apenas de


progestogênio, leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta.

I. São anticoncepcionais que contêm uma dose muito baixa de


progestogênio. IV. Algumas das formulações disponíveis no Brasil são:
Noretisterona e Desogestrel.

II. São chamados de mini-pílulas, que contêm uma alta dosagem de


progestogênio e uma pequena dosagem de estrogênio.

III. São anticoncepcionais mais apropriados para a mulher que amamenta.


Entretanto, mulheres que não estão amamentando não podem usá-los.
Mulher de 27 anos de idade procura atendimento médico e informa ter tido
relações sexuais no dia anterior de forma desprotegida. Assim, busca
orientação sobre o uso de contracepção do dia seguinte. Suas menstruações
são regulares e relata que seu último ciclo ocorreu há 22 dias. Diante
desse caso, a melhor conduta será. Não está na fase de ovulação
portanto:

 Orientar o uso de 50 ug de etinil-estradiol e 250 ug de levonogestrel, 2


comprimidos a cada 12 horas.

Atualmente existem vários métodos contraceptivos disponíveis, dentre eles os


métodos hormonais, sendo um deles o uso de contraceptivos orais combinados
contendo um estrógeno sintético e um esteróide com atividade progestágena.
Considerando as interações medicamentosas que podem ocorrer quando
esses medicamentos são utilizados concomitantemente com outros
medicamentos, assinale a alternativa incorreta.

 Antibióticos de amplo espectro podem causar uma diminuição da efetividade


contraceptiva dos contraceptivos orais combinados.
 Os contraceptivos orais combinados podem diminuir a meia vida de
benzodiazepínicos que passam por metabolismo oxidativo hepático, por
inibirem sua metabolização. – levando a risco de sedação

Paciente de 34 anos, com história de Tromboembolia pulmonar aos 30


anos, sem outras comorbidades, atualmente sem medicações de uso contínuo,
vem para iniciar anticoncepção hormonal. Assinale a alternativa que
apresenta apenas métodos permitidos (sem contraindicações).
 Contraceptivo Oral Combinado / Adesivo Transdérmico Combinado (Evra) /
Anel Vaginal Combinado - Nuvaring / Contraceptivo Injetável Combinado
Mensal / Contraceptivo Injetável Trimestral / Pílula Oral de Progestogênio -
desogestrel / Implante Subcutâneo Liberador de Progestagênico (implanom) /
Diu medicado (Mirena).
 Adesivo Transdérmico Combinado (Evra) / Anel Vaginal Combinado -
Nuvaring / Contraceptivo Injetável Mensal / Contraceptivo Injetável Trimestral /
Implante Subcutâneo Liberador de Progestagênico (implanom) / Diu medicado
(Mirena).
 Contraceptivo Injetável Trimestral / Pílula Oral de Progestogênio -
desogestrel / Implante Subcutâneo Liberador de Progestagênico
(implanom) / Diu medicado (Mirena).
 11.8 – contraceptivos hormonais injetáveis:
representantes e usos.

 Tipos de injetáveis:

 Trimestrais - isolados
 Mensais - combinados

150 mg Algestona Perlutan – Daiva


Acetofenida + Enantado – Ciclovular -
de Estradiol 10 mg Unociclo

25 mg de acetato de A trimestral contém apenas


medroxiprogesterona + Cyclofemina - o acetato de
5mg de cipionato de Depo provera, medroxiprogesterona de
estradiol contracept depósito (AMP-D).

50 mg Enantato de
Noretisterona + Valerato Mesigyna
de Estradiol 5 mg
1 opção: IM, em diferentes posologias; Deverá ser iniciado até o 7
realizada entre o 7° e 10° dia do ciclo ex: dia do ciclo, com intervalo
(Perlutan) de 90 dias, no máximo até 1
Iniciado entre o 1° e o 5° dia, e as semana da data estipulada.
subsequentes com intervalo de 30 dias Seu uso é simples e
rigorosamente sem oscilação, podendo ter independente do coito.
variação de 3 dias independente da
menstruação. Ex mesigyna Podem parar completamente
a menstruação durante
A 2▫ opção oferece maior regularidade do ciclo, esses 3 meses, embora,
mantendo a eficácia. alguns casos, possam
Ma: o progestogênio age sobre o eixo surgir pequenos
(hipotálamo e hipófise), inibindo a ovulação pelo sangramentos durante o
bloqueio do pico do LH. São observadas, mês.
também, atividades sobre o muco cervical,
dificultando Ascenção do espermatozoide e na A trimestral contém apenas
indução da atrofia do endométrio e a peristalse o progestogênico, o método
tubária, ampliando seu potencial anticonceptivo. não tem várias das
O Estrogênio possui ação central negativa contraindicações atribuídas ao
sobre a produção e liberação do FSH, estrogênio sintético.
impedindo o crescimento folicular. Ajuda a O AMP-D é um potente
estabilizar o endométrio, proporcionando ciclos anovulatório, suprimindo o
menstruais previsíveis pico de LH, além de tornar o
muco cervical espesso,
dificultando a ascensão dos
espermatozoides, e de tornar
o endométrio hipotrófico pela
redução da vascularização.
O estrogênio utilizado nos injetáveis mensais é Chamados de contraceptivos
natural, portanto, mais fisiológico do que os injetáveis de depósito
utilizados nas pílulas anticoncepcionais contendo apenas
combinadas, podendo assim gerar efeitos progesterona. Também há
colaterais de menor intensidade. Somado a mensal unicamente de
isso, a administração parenteral, elimina o efeito
progesterona, porém de
da primeira passagem dos hormônios sobre o
fígado. concentração menor,
comparado a 3
Com a queda dos seus níveis, descama a
camada superficial do endométrio, surgindo o
fluxo sanguíneo.

 Critérios Gerais: Onde aplicar? Unicamente no quadrante


súperolateral do glúteo máximo. Os motivos: fugir do nervo ciático,
é uma medicação de depósito que necessita ser aplicada em local
gorduroso e de pouca vascularização, diferentemente do deltoide que
é altamente vascularizado. Regiões vascularizadas levam uma
absorção rápida do fármaco, resultando na redução da eficácia dos
anticonceptivos hormonais injetáveis. Portanto evitar a injeção no
deltoide.
 Não se deve massagear, nem colocar bolsa de água quente no local
da aplicação. Utilizar seringas e agulhas descartáveis (seringa 2 mL/5
mL e agulha 21- 23). Recomenda-se tomar a injeção no mesmo dia
do mês, para todas as formulações disponíveis. Nos primeiros três
meses de uso, os efeitos colaterais são mais comuns,
principalmente o aumento do volume menstrual. Repetir a aplicação
a cada 30 dias, de acordo com a data da primeira injeção.
 Não usar agulha diferente da fornecida pelo fabricante (não trocar
agulha) Não oscilar muito no intervalo (mensal- ex: mês faz com 32
no outro com 30 e no outro com 34 – não ser assim/trimestral) de
reaplicação, pois aumenta as chances de não ter o bloquei do eixo
hipofisário.
 Não se recomenda farmácia/farmacêutico ficar responsável por
“lembrar” a cliente da próxima tomada...

 Critérios para uso dos Injetáveis Combinados Mensais.

Não utilizar: Menos de 21 dias no pós-parto


necessariamente não precisa estar
Amamentando nos primeiros 6
amamentando: Motivo: A
meses pós-parto. O uso do
coagulação sanguínea e a fibrinólise
anticoncepcional injetável
normalizam-se em torno de 3
combinado pode ↓a quantidade do
semanas do pós-parto e o risco
leite e afetar adversamente a
saúde da criança Idade maior ou igual a 35 anos e
fumante (+ 20 cigarros/dia)
HAS. Valores de PA >/= (160 - 179/
100-109 ou maior)

Sem restrições – Com restrições:


Mulheres em pós parto de 21 dias É necessário Acompanhamento
ou mais e que não estejam médico:
amamentando, podem usar. Idade 6 meses ou mais após o parto e
de segurança de baixo risco até os amamentando –a presença do
40 anos. estrógeno causa alterações no bebe
Sangramento vaginal não volumoso Idade >/ = 40 anos. Risco de
ou volumoso descartado doença cardiovascular
complicações e a medicação pode
ajudar. Aumenta com a idade, podendo ser
maior naquelas que fazem o uso
Epilepsia, em si não restringe o uso injetável mensal.
do método. Entretanto, algumas
drogas anticonvulsivantes podem HAS (PA 140-159 / 90-99). Pressão
diminuir a eficácia dos hormônios. deve ser avaliada periodicamente-
Pois, os anticonvulsivantes são pois o estrógeno e a progesterona
indutores enzimáticos. apresentam ação mineralocorticoide
retendo liquido causando volêmia.
E em situações de Sangramento
vaginal não esclarecido

 Aquela gotinha que “vaza” após a injeção é normal? Compromete a


eficácia contraceptiva? Já é calculada pelos fabricantes, portanto não
deve ser uma preocupação. Pois, não compromete a eficácia

A injeção contraceptiva é injetada por um profissional da saúde a cada três


meses. Há dois tipos de injeções disponíveis. Uma é injetada em um músculo
dos braços ou das nádegas. A outra é injetada sob a pele. Quanto aos efeitos
das injeções contraceptivas, assinale a alternativa CORRETA:

 Há aumento no risco de desenvolver, principalmente o de mama.


 Produz infecção dos órgãos reprodutivos superiores femininos.
 Não aumentam o risco de hipertensão arterial.

Mulher de 25 anos, dois filhos, comparecer à UBS para consulta do


planejamento familiar. Ao exame físico, apresenta PA = 110 x 60 mmHg,
altura = 1,62m, peso = 56 Kg, IMC = 21,3. Ela informa que menstruou há seis
dias e tem utilizado o coito interrompido como método contraceptivo, pois
sempre esquece de fazer uso regular do anticoncepcional oral. É atendida
pela médica, que prescreve acetato de medroxiprogesterona (150 mg), de
uso trimestral e injetável, o qual será administrado na usuária pela técnica de
enfermagem da equipe. Para realizar a aplicação do acetato de
medroxiprogesterona (150 mg), o profissional de saúde precisa seguir
algumas recomendações. Uma delas prediz o seguinte:

 Esse anticoncepcional deve ser aplicado por via intramuscular profunda,


na parte superior do braço (músculo deltóide) ou na nádega (músculo
glúteo, quadrante superior lateral).

Uma paciente de 20 anos de idade comparece à consulta médica porque


necessita iniciar o uso de contraceptivo. Relata que tem epilepsia, faz uso
de lamotrigina de forma contínua e nega outras comorbidades. Nega
histórico de trombose venosa profunda ou outras doenças do aparelho
cardiovascular em sua família. A respeito desse caso e tendo em vista os
conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir com V para
verdadeiro e F para falso.

( ) O uso de contraceptivo combinado não interage com a lamotrigina.

( ) Deve-se aconselhar o uso do dispositivo intrauterino para essa


paciente.

( ) O acetato de medroxiprogesterona de depósito é considerado a primeira


opção para a paciente descrita.

( ) Uma excelente opção terapêutica para essa paciente são pílulas com alta
dosagem de etinil estradiol.

( v ) A paciente deve ser orientada no sentido de que, caso haja aumento


da dosagem de lamotrigina (altas doses), é necessário que ela utilize
métodos de barreira como forma adicional à contracepção.
11.9 – Adesivos hormonais, endoceptivos hormonais e
implantes.

A. Adesivos Hormonais: estrógeno + progestógeno liberados de forma


contínua por sete dias após colocação. Ex: Evra
Contém 750 mg de etinilestradiol (EE) e 6 mg de norelgestromina (NGMN).
Ocorre liberação diária de 20 mg EE e 150 mg de NGMN, sendo o último
convertido em levonorgestrel através de metabolismo hepático.
´Possui a mesma eficácia, contraindicações e perfil de efeitos adversos
que os orais combinados.
 Atenção farmacêutica – regra de uso para as iniciantes:
1 ▫adesivo deverá ser colocado no primeiro dia da menstruação. Os
adesivos restantes devem ser trocados sempre neste mesmo dia da semana (1
por semana). Usar por três semana consecutivas, retirando o terceiro ao
final dos 21 dias, descansar por 7 dias e aguardar a menstruação. Retorne
no dia seguinte com um novo adesivo.
Usar 1▫ adesivo a cada 7 dias, rodiziando semanalmente os locais de
aplicação (abdome inferior, parte externa do braço, parte superior das
nádegas, dorso superior
 Como deve ser aplicado?

Jamais aplicar
próximos a
regiões do seios,
devido ao risco
de desenvolver
mitose, efeito
adversos dos
estrogénios
Os métodos contraceptivos denominados LARC (contracepção reversível de
longa ação) são: DIU de cobre, DIU hormonal e implante subcutâneo.
B. Endoconceptivos: DIU
É um método que coloca anticoncepcional hormonal dentro do útero da
mulher, conhecido como DIU (dispositivo intrauterino). O DIU consiste em
artefatos de polietileno de formato variável aos quais podem ser
adicionados cobre ou progestágeno que, inseridos através do colo
uterino na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva. Atuam
impedindo a fecundação porque tornam mais difícil a passagem do
espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade
de fertilização do óvulo.
 Tipos de sistemas endoconceptivos:

DIU de polietileno de liberação


contínuas de baixa quantidades de
DIU com polietileno revestido com levonorgestrel. mirena e kyleena
Cobre:
Andalan Silverflex Cu 380 Ag Mirena de liberação continuada de
progesterona (levonorgestrel).
Taxa de falha: 0,6 - 0,8 % no Oferece proteção por cerca de 5
primeiro ano de uso (Cobre) anos
Taxa de falha: 0,1 % no primeiro ano
de uso
Atenção farmacêutica:
Sangramentos pós-inserção/infecção
Momento da colocação do DIU uterina decorrentes ou não da
Pode ser inserido em qualquer inserção deve ser orientada a
momento do ciclo desde que haja procurar o ginecologista.
certeza de que a mulher não esteja
grávida e que não existam sinais de
infecção uterina.
O DIU deve ser removido por
Inserido durante a menstruação,
indicação médica, nos casos de:
pois:
DIP (Doença Inflamatória Pélvica)
● se o sangramento é menstrual a
após antibioticoterapia adequada
gravidez fica descartada
que não tenha produzido os
● Inserção é facilitada pela dilatação
efeitos desejados.
cervical
Gravidez.
● Qualquer sangramento causado
Sangramento vaginal anormal e
incomodará menos
volumoso que coloque em risco a
Inserção somente deve ser realizada
saúde da mulher
por médico habilitado
Caso ela manifeste desejo de
retirada.
C. Sistema endoceptivo subdérmico: excelente opção para mulheres
que têm contraindicações para métodos hormonais combinados e é
uma excelente alternativa para aquela mulher que deseja proteção
contra gravidez em longo prazo e que seja rapidamente reversível
É um método caro, com duração média de 3 anos- implante
subdérmico contendo apenas de progesterona (etonogestrel). Como efeitos
espera-se que a mulher não menstrue, tornando-se infrequente irregular.

Mecanismo: disfunção ovulatória, incluindo anovulação, com ou sem


Luteinização do folículo não rompido, e ovulação com defeito da fase lútea.
1. Os esteroides 2. A gravidez 3. Implantes 4. O uso de
Podem se pode ser subdérmicos de microdoses de
difundir até os evitada com silicone possibilitam hormônios liberados
tecidos doses a liberação diariamente, através
Circundantes pequenas de homogênea da de uma cápsula de
através da Progestagênios quantidade do silicone, era capaz
parede de tubos sem causar esteroide por de inibir a fertilidad
de silicon anovulação unidade de tempo.

D. Anel vaginal Hormonal: Nuvaring


Colocado na vagina no 1º dia do ciclo. Deve permanecer por 21 dias. Após,
retirar o produto, e esperar 7 dias. Colocar outro. Nuvaring: etonogestrel +
etinilestradiol
A mulher mesmo é quem coloca. O O anel fica acomodado por 3
nuvaring no 1 dia . Colocar com semanas no colo do útero liberando
aplicador dobrando- se o anel e com 0,120 mg de etonogestrel + 0,015
os dedos. mg de etinilestradiol diariamente

Após 3 semanas (21 dias) remover o Ficar 7 dias sem utilizar – a


dispositivo Menstruação deve vir neste período

Inserir o outro anel no 8 dia após a


retirada.

Quem coloca o endoceptivo Mirena® irá menstruar? E nos casos de DIU


de cobre sem hormônio?
 Os intrauterinos com liberação de hormônios Ex: Mirena –
geralmente cessam a menstruarão.
Entretanto, os sistemas intrauterinos que não tem hormônios ex: DIU de
Cu apresentam efeitos Spotting – amenorréia – organismo dependente

Em relação à contracepção intrauterina, representada pelo dispositivo


intrauterino (DIU), é INCORRETO afirmar que:

 Nos últimos anos, houve aumento significativo de publicações acerca da


utilização de DIUs em nulíparas, particularmente abordando aspectos
referentes à eficácia, aceitação e baixa ou igual número de complicações
do uso, em comparação com multíparas.
 Os DIUs são altamente eficazes, seguros e bem tolerados, com taxas de
falha na vida real semelhantes à esterilização cirúrgica feminina.
 Os eventos adversos relacionados aos DIUs incluem problemas durante a
inserção, como dor e dificuldades técnicas, além de taxas de expulsão e
perfuração.
 As inserções de DIUs geralmente são mais dolorosas ou apresentam maior
grau de dificuldade em multíparas do que em nulípara
 11.10 - Pílula do dia seguinte ou anticoncepção pós-
coital
Anticoncepção de Emergência (AE), é o uso alternativo de compostos
hormonais concentrados e por curto período de tempo, nos dias
seguintes da relação sexual desprotegia e ou não desejada.
Qualquer mulher pode utilizar a AE, desde que não esteja grávida.
Não deve ser utilizada como um método de rotina em função dos riscos
de alterações nos parâmetros bioquímicos sanguíneos (coagulação,
lipemia, glicemia…) - Altas doses de levonogestrel - progesterona
provocam alterações mineralocorticoides com aumento da retenção de
sódio, cloreto e água provocando volemia e alterações na PA da mulher.
Não deve ser utilizada como método de rotina e sim, em situações de
emergência: estupro, relação não consensual, ruptura de
preservativo/diafragma, esquecimento de duas ou mais pílulas
anticoncepcionais, relação sexual no período fértil em casais usuários do
método da “tabelinha”

Apresentações:
Etinil- estradiol e levonorgestrel Levonorgestrel - progesterona
(0,75 mg c/ 2 cpr ou 1,5 mg c/ 1 cpr)
Pozato uni – neodia -poslov

 Tempo de Eficácia da pílula do dia seguinte- levonorgestrel- em


função do tempo decorrido

Tempo decorrido entre a relação


Taxa de eficácia
sexual e a toma dos cp (horas)

Até 24 95

De 24 a 48 85

De 48 a 72 58

Após 72 (não administrar) Desconhecida

Mecanismo de ação:
A pílula do dia seguinte mais recomendada é a de levonorgestrel 1,5
mg, em dose única, ela vai bloquear o eixo reduzindo a produção de
LH e FSH. Se ingerida após a menstruação, ela vai alterar o
desenvolvimento dos folículos e, portanto, não vai ocorrer a
ovulação ou ela vai atrasar, os stzoides não terão contato com ovulo.
O efeito do uso é reduzir as chances de ovulação naquele mês da
tomada.
Podem ser utilizadas em qualquer fase do CM, e dependendo da fase
em qual é administrada apresentará efeitos diferentes :
1 fase CM, antes do pico de (LH), vai altera o desenvolvimento dos
folículos, impedindo a ovulação ou a retardando por vários dias 28, 32, 40,
44. A ovulação pode ser impedida ou retardada em quase 85% dos casos e,
nessas circunstâncias, os espermatozoides não terão qualquer
oportunidade de contato com o óvulo.
2 fase: após a ovulação, vai alterar o transporte dos espermatozoides
e do óvulo nas trompas. O mais importante é que a AE modifica o muco
cervical, tornando-o espesso e hostil, impedindo ou dificultando a
migração dos espermatozoides do trato genital feminino até as trompas, em
direção ao óvulo.
Interfere na capacitação dos espermatozoides, processo fundamental
para a fecundação impedindo a fecundação sempre antes da implantação.
Não há evidências de que a pílula do dia seguinte tenha efeito sobre o
óvulo já fecundado, ou seja, ela não é abortiva.
 Atenção farmacêutica: complicações e interferências:
 As pílulas do dia seguinte podem ser utilizadas em qualquer momento
do CM, porém quanto mais próximo possível da relação sexual
desprotegida maior será a eficácia do método.
 Explicar a maneira adequada de utilização das pílulas do dia seguinte,
enfatize a importância de se utilizar a segunda dose (no caso de 2
comprimidos) 12 horas após a primeira.
 Após a tomada das pílulas do dia seguinte a menstruação
geralmente ocorre na data esperada, com uma variação de 3 dias
para mais ou para menos
 A contracepção de emergência não protege contra posteriores relações
desprotegidas ou contra DST
 Comum ter Náuseas: recomendar alimentar-se após ingerir as pílulas.
Isto reduz o efeito nauseante da medicação. Antieméticos podem ser
ingeridos meia hora antes das pílulas e depois a cada 6 horas. Ex:
bromoprida
 Se vomitar dentro de 30 -45 minutos após tomar a pílula, repetir a
dosagem, Pois, não teve completa absorção e as chances de ficar
grávida são maiores. Se vomitar após 2 horas não há necessidade de
pílulas extras.
 Ficar atenta em caso de menstruação não ocorrer dentro das
próximas 4 semanas –possibilidade de falha do método e de estar
gravida.
 Recomenda-se não ingerir álcool em grandes quantidades apenas para
evitar intolerância gástrica....

Caso falhe, há risco para o feto? Não. Do mesmo modo que ocorre em
mulheres após falha da pílula combinada convencional, não há registro de
efeitos teratogênicos, ou seja, de malformações no feto pelo uso da pílula
do dia seguinte. No caso da pílula, utiliza-se um dos princípios ativos desses
anticonceptivos, porém, em doses menores e por menos tempo.... -

Posso continuar tomando anticoncepcional em seguida? Se a mulher


vinha tomando anticoncepcional e esqueceu algumas pílulas, por essa razão
usou a pílula do dia seguinte, pode continuar com o anticoncepcional para
evitar mudanças no período menstrual. Ela deve usar algum método de
barreira por 10 a 15 dias, por segurança contraceptiva.

 Quais são os principais riscos?


Pacientes que fazem uso frequente da pílula irão sofrer os sintomas
indesejáveis que a pílula do dia seguinte causa —já que a dose de hormônios é
bem alta. Além disso, quanto mais se usa, maior é a chance de falha do
método —não por perda de efeito da droga, mas por se expor mais vezes ao
sexo desprotegido.
 Há alguma contraindicação no uso da pílula do dia seguinte?
Hipertensas, tabagistas, com histórico de trombose, doenças hepáticas e
renais e com diabetes geralmente aparecem nos grupos de contraindicação de
uso. No entanto, mesmo para esses grupos, de acordo com diretrizes da OMS,
os benefícios se sobrepõem aos riscos, que são considerados baixos.

A pílula do dia seguinte é capaz de interromper uma gravidez que


está em andamento? Não é abortiva, a partir do momento em que tenha a
formação das células trofoblásticas a AE não é capaz de interromper.
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo que pode ser utilizado
após o ato sexual desprotegido, para impedir uma gravidez indesejada. Esse
medicamento:

 É um método abortivo, pois não deixa formar o endométrio gravídico, isto é, a


camada necessária para implantação do óvulo fecundado no útero.
 Pode ser tomado sem restrições pelas mulheres depois de relações
desprotegidas, pois os efeitos colaterais se limitam a dor de cabeça e náuseas.
 É composto de altas doses de hormônios femininos que podem impedir a
ovulação e/ou a nidação do zigoto no endométrio após a fecundação..
 Pode causar distúrbios menstruais após o uso, tal como fluxo mais intenso, no
entanto, o ciclo menstrual se manterá regular nos meses seguintes.

A saúde reprodutiva implica que a pessoa possa ter uma vida sexual segura
e satisfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir
sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo (BRASIL, 2016). Devem, portanto,
ser ofertados a homens e mulheres adultos, a jovens e adolescentes
informação, acesso e escolha a métodos eficientes, seguros, permissíveis,
aceitáveis, e não contrários à Lei nº 9.263/1996, e o direito ao acesso a
serviços apropriados de saúde para o pré-natal, o parto e o puerpério.

Com relação aos métodos contraceptivos, assinale V, para as afirmações


verdadeiras, e F, para as afirmações falsas:

(v ) O anticoncepcional oral combinado deve ser iniciado


preferencialmente entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual.

(f ) Se a paciente vomitar nas primeiras duas horas após tomar o


anticoncepcional oral combinado, orienta-se a continuar tomando as pílulas
normalmente no dia seguinte e utilizar preservativo nos 3 dias subsequentes.

(f ) O anticoncepcional injetável trimestral é indicado apenas para mulheres


com idade entre 25 e 49 anos.

(f ) A inserção de DIU pode ser realizada por enfermeiros, desde que


supervisionada por profissional médico.

(f ) O DIU de cobre é altamente indicado para mulheres portadoras do vírus


HIV, pois o método barreira inibe a transmissão do vírus.

(v ) O anticoncepcional oral combinado não deve ser usado por mulheres


em período de amamentação de até 6 semanas após o parto.

( v) A pílula anticoncepcional de emergência é apresentada por


Levonorgestrel 0,75 mg.

Assinale a alternativa correta:


Uma mulher de 28 anos procura o recurso de saúde e solicita informações de
como se prevenir de uma gravidez indesejada, após relação sexual sem uso de
método contraceptivo. De acordo com o Ministério da Saúde, essa mulher deve
ser orientada sobre a anticoncepção de emergência (AE), procedimento este
que:

 Consiste na administração de medicamentos à base de estrógeno e


progesterona, devendo-se tomá-los por dez dias.
 Não pode ser realizado, exceto por ordem judicial e do conselho de fiscalização
da profissão, porque fere os princípios legal e ético da profissão.
 É indicado para todas as mulheres, estando contra-indicado a partir do terceiro
mês de gestação.
 Pode ser realizado, até cinco dias após a relação sexual desprotegida.
11.11 – Terapia de Reposição Hormonal: Alterações
Clínicas e Metabólicas.
O aumento da expectativa de vida nas últimas décadas resultou no surgimento
de uma importante questão médica: como melhorar a qualidade de vida das
mulheres, que passam um terço de toda sua vida na senectude e estão, por
conseguinte, mais propensas a osteoporose, aterosclerose, dislipidemia,
entre outros distúrbios metabólicos? A TRH é um tratamento eficaz para
aliviar os sintomas comuns que acompanham a menopausa (ondas de
calor, ressecamento vaginal e mudanças de humor) e também prevenir
disfunções causados pela deficiência de estrogênio em longo prazo -
prevenir a perda óssea e que, em longo prazo, pode levar à osteoporose.
Não é recomendada como finalidade exclusiva de reduzir o risco de DCV.
Climatério: É a Fase de transição fisiológica do período reprodutivo para a
fase de pós-menopausa (não reprodutivo. Abrange a menopausa, a última
menstruação espontânea da mulher. Este período acontece dos 40 até os 60
– menopausa no meio.

Flutuações hormonais redução significativa


que podem levar a de estrógenos e
irregularidades progesterona. O
menstruais até chegar à mecanismo
amenorreia. compensatório
O climatério ocorre feedback +faz com
antes da menopausa e a que tenha aumento
pós menopausa. Esta expressivo de LH e
fase é marcada pela FSH.
ausência da ovulação
e pela queda da
quantidade dos
folículos. Levando a

As disfunções e sintomas que envolvem a mulher no climatério e no


período que o sucede, a senectude, incluem danos às condições física,
mental e social. Entre esses estão acidente vascular cerebral (AVC), alterações
do sono, da memória, depressão, diabetes mellitus tipo 2 (DM2), disfunção
sexual, aumento do risco cardiovascular e de tromboembolismo venoso,
fogachos, incontinência urinária, atrofia vaginal e redução da massa muscular e
óssea

Alterações clínicas do climatério:


Redução progressiva importante das
dimensões dos ovários (alteração
Declínio da produção de Diminuição da
volumétrica pode estar relacionada
estradiol pelo ovário. fertilidade.
com a redução da capacidade
funcional
Sinais e sintomas do climatério AUMENTAM a medida que as
concentrações de estrógeno e progesterona caem
Fogachos: (ondas de calor) –
frequentemente associados a Suores noturnos prejudicando o
suores intensos, tonturas, sono.
palpitações.
↓ da
Aumento
lubrificação Aumento
da
Depressão Distúrbios da mucosa da
gordura
ou Menstruais; vaginal. porosidad
circulante
Irritabilidade ↓da libido. Desconforto e
no
durante as dos ossos.
sangue
relações
A queda de estrogênio faz diminuir a atividade dos osteoblastos e
aumenta a atividade dos osteoclastos. Assim, não se forma osso, a matriz
óssea se desfaz e libera cálcio (desmineralização), ocorrendo alta
remodelação óssea e instalando-se progressivamente a osteopenia e a
osteoporose (fragilidade esquelética, baixa massa óssea e alterada.
Tanto a apolipoproteína A (apo-A) como a (apo-B) são aumentas
como resultado do decréscimo dos estrógenos sanguíneos. Após a
menopausa, os níveis de LDL aumentam, com tendência para partículas
menores, mais densas e potencialmente mais aterogênicas, enquanto os níveis
de HDL diminuem. Tendo direta relação nas doença cardiovascular e
cerebrovasculares isquêmicas

Sinais e sintomas do climatério: Distúrbios menstruais – sangramentos


uterinos disfuncionais

Metrorragia: Sangramento uterino fora Menometrorragia: sangramento que


do período menstrual ocorre durante o período menstrual e
fora dele

Hipermenorréia: sangramento Amenorréia: CM sem sangramento, por


excessivo - 28 + dias sem menstruar.

 O principal tratamento para os sintomas da menopausa utiliza


estrogênio isolado ou combinado com progesterona para
prevenir estímulo endometrial. O estrogênio na TRH previne
osteoporose e sintomas relacionados à diminuição do
estradiol. Entretanto, o estrogênio pode levar ao aumento da
proliferação celular no útero e mamas, aumentando o risco de
desenvolvimento de neoplasias nestas regiões. A terapêutica
ideal consiste em uma substância que tenha ação
estrogênica sobre o sistema ósseo e urogenital, mas não em
útero e mamas.
 Atenção Farmacêutica Exames laboratoriais para
acompanhamento durante o Climatério:

Dosagem plasmática de FSH, LH, Mamografia periódica –


Estrogênio e Progesterona, dosagens (anual/semestral) – principalmente
bioquímicas de rotina após 45 de idade
Ultrassonografia Transvaginal –
aplicada quando há sangramentos
Papanicolau (esfregaço de células
excessivos, excluindo outras causas
endometriais/colo uterino)
graves

Densitometria óssea Avaliar a osteoporose.

 Resumo das Etapas do climatério:


A partir dos 40 anos há um O efeito dessa redução promove
esgotamento folicular intenso. – A um feedback + e então níveis de
consequência desse esgotamento FSH e LH de efeito compensatório.
lava a uma redução na produção
de estrógeno e inibina e a presença Surgindo os sintomas característicos
de ciclos irregulares e onovulatórios. da menopausa.

Médico sempre deve avaliar a


Avaliação médica da necessidade e
relação entre TRH e ocorrência de
tipo de reposição hormonal
CA de mama!

TRH não para quem quer. E sim,


para quem precisa. Não é pq a
vizinha fez e ela precisa fazer. O
médico é quem avalia. Se eu
perceber essa possibilidade eu devo
orientar as complicações de risco de
mama e cardiovascular.

Várias formas de combinação hormonal e vias de administração estão


disponíveis no mercado. Indica-se, para mulheres sem útero, a realização
de monoterapia com estradiol. Para as demais formas combinadas de
estrogênio e progestogênio (aplicação contínua ou com pausas de 7 dias
após 21 dias de uso). O estrogênio pode ser utilizado por via oral,
transdérmica (preferível para intolerância da via oral, em pacientes com
diabetes mellitus, risco de tromboembolismo ou com hipertriglicemia),
intramuscular, intranasal, subcutânea e vaginal. Devido aos riscos, a
terapia deve ser realizada sempre na menor dose possível e no menor período
possível, devendo sempre se decidir confrontando riscos, benefíciose sintomas
ainda apresentados pela paciente4.
Paciente, 53 anos, procura o ginecologista, pois está sem menstruar desde os
51 anos, sente “ondas de calor" e ressecamento vaginal. Nega outras queixas.
Ela deseja iniciar a terapia de reposição hormonal combinada (estradiol e
medroxiprogesterona) via oral. As alternativas contêm possíveis comorbidades.
Assinale a alternativa em que a comorbidade citada NÃO é contraindicação
para Terapia de reposição hormonal. (são contraindicações ao uso de
estrogênio)

 Sangramento vaginal de origem desconhecida.


 Osteoporose.
 Histórico de Infarto Agudo do Miocárdio há 10 meses.
 Trombose venosa profunda recente, em tratamento com anticoagulante oral.
 Câncer de mama tratado há 6 anos.

O climatério corresponde ao período de vida em que a mulher sofre


modificações regressivas, incluindo a falta de ovulação e o déficit na
síntese de hormônios. Assinale a alternativa correta relacionada ao
período do climatério.
 Há redução do tecido adiposo dos grandes lábios, com perda da elasticidade e
exposição do intróito vaginal.
 Período caracterizado por ausência de fluxos menstruais por mais de um ano,
após os 40 anos e sintomas vasoconstritores.
 O hipoestrogenismo é responsável por numerosas manifestações clínicas
genitais e extragenitais.

Com relação ao climatério, julgue os itens seguintes com V para


verdadeiro e F para falso.

( ) A menopausa caracteriza o marco do período climatérico.

( ) Para alívio da queixa clínica de dispareunia, deve-se recomendar o


uso de preservativo na relação sexual.

( ) São consideradas manifestações transitórias do climatério:calafrios,


parestesias e menstruações abundantes e com maior período de
duração.

A sequência correta é:
 V, F, V.
 11.12 – Contraindicações e esquemas terapêuticos
de Terapia de Reposição Hormonal (TRH).

O Estrógeno ou estrogênio é a designação genérica dos hormônios


(estriol, estrona e estradiol) responsáveis pelo desenvolvimento e
manutenção seja do sistema reprodutor como dos caracteres femininos sexuais
secundários.

Mecanismo de Ação: O Estrógeno modula por feedback negativo a


hipófise, responsável por liberar gonadotrofina, LH e FSH, que atuam
enquanto reguladores do ciclo ovulatório e das características femininas. os
benefícios da TRH, em mulheres menopausadas e/ou que apresentem
distúrbios ovulatórios, em recuperar a densidade óssea e na previnir
fraturas e osteoporose. Outros estudos mostraram que associado a
medroxiprogesterona torna-se ainda mais eficaz no tratamento dos
distúrbios relacionados a perda de massa óssea.
Vantagens da TRH – Cuidados
melhorar a qualidade de prévios Contraindicações à TRH:
vida necessários
Os sintomas : Antecedentes de neoplasia
vasomotores (fogachos Mamografia maligna dependente de
ou ondas de calor) são as Ausências de hormônios, como mama e
manifestações mais contraindicações endométrio. – parentes de 1
frequentes do climatério, à TRH. grau
com duração, em média, Doença hepática recente ou
superior a 5 anos. TRH não é baseia crônica.
A TRH reduz tanto a apenas na decisão
da mulher. E sim, Antecedentes de
frequência quanto a tromboembolismo, IAM, AVC
se ela está apta
intensidade dos clinicamente para
sintomas. Melhora da Sangramento vaginal de origem
adotar esse não determina
qualidade do sono- método.
A TRH tópica através de História sugestiva de
óvulos e cremes TRH aumenta o tromboembolismo-
mostraram ser altamente RR de obesidade; tabagismo;
eficazes, pois reduzem desenvolver períodos de imobilização (por
atrofia vaginal diminui a câncer de mama exemplo: após cirurgia);
incontinência e as Presença de varizes de
grosso calibre (predisposição
infecções recorrentes do
ao tromboembolismo);
trato urinário – mamas que, previamente,
Reduz a perda de massa doíam antes da menstruação;
muscular e a osteopenia miomas; cistos de ovário
e diabetes mellitus. Presença de tumores que
O mecanismo é incerto, dependam de estrogênios,
. Precauções e FR
sabe-se que a TRH como os de mama e
são criteriosamente endométrio (camada interna do
aumenta a secreção de avaliados antes de útero), em atividade ou
insulina e, por isso, adotar a TRH. recentes
reduz, retarda e previne
o desenvolvimento de Exame que detecte
DM2 na pós-menopausa, trombofilia – uma tendência a
porém as sociedades fazer tromboembolismo
médicas não recomendam
o uso da terapia com esse
fim

A TRH é contraindicada em história atual ou suspeita de carcinoma


invasivo de mama, em alterações pré-malignas de mama e carcinoma
ductal in situ; na insuficiência hepática, trombose venosa profunda (TVP)
atual ou pregressa, embolia pulmonar, história de distúrbio da coagulação,
no tromboembolismo arterial ativo ou recente, história de câncer dependente
de estrogênio atual, suspeito ou não tratado (inclui cânceres endometriais e
de mama), doenças cardiovasculares (como infarto agudo do miocárdio –
IAM) o ou cerebrovasculares (como AVC) atuais ou na história. Não há
conclusão se a história de câncer endometrial tratado ou endometriose são
contraindicações, sendo casos que carecem de evidências significativas e,
sobretudo no segundo caso, alvos de divergência entre as recomendações
médicas.
Os efeitos colaterais incluem mastodinia, edema, ansiedade, polifagia,
flatulência, ansiedade, cefaleia, alteração de humor e sangramentos uterinos
anormais.
 Esquemas terapêuticos: A TRH de "combinada é quando os
estrógenos são associados aos progestínicos A combinação
pode variar entre contínua ou cíclica. A forma mais popular de
esquema contínuo combinado é o uso de 0,625mg de
estrógenos conjugados com 2,5mg de medróxiprogesterona.
Pq na TRH temos um estrógeno conjugado a uma progesterona? A
Progesterona confere proteção endometrial contra a hiperplasia e o
adenocarcinoma associados à reposição isolada de estrógeno. Ou seja, se a
TRH fosse só de estrógeno as chances de acontecer hiperplasias endometriais
são enormes. Característica comum do estrógeno de ser altamente
mitogênico.

a. Cíclico b. Contínuo
Estrógeno 21/ 28 dias Estrógeno 21/ 28 dias
Progestógeno 10 - 12 dias Progestógeno 21/ 28 dias
O esquema contínuo combinado mais
usado é : 0,625 mg de estrógenos
Objetivo é Imitar o CM e ao final conjugados com 2,5 mg de
Ter a menstruação medróxiprogesterona- Provera® 10
m ou Noretisterona Primolut nor ® 10
mg
Representantes só estrógenos Durante todas as tomadas - Mulher
combinados- sem associação: vai entrar em amenorreia Não terá
Premarin – Menoprin - Estrilon sangramento
A TRH combinada depende das características individuais da mulher. Assim,
como existem mulheres que não necessitam de esquema combinado
sistêmicos e sim uso de cremes e óvulos vaginais,
 Qual a relação entre ter ou não ter mais útero e a TRH?
Na terapia pós-menopausa, em mulheres com útero intacto,
recomenda-se que o estrogênio esteja associado ao progestagênio. E
dentre outros, utiliza-se o acetato de medroxiprogesterona na dose de:
 2,5 a 10 mg/dia, VO.

 Por quanto tempo a mulher deve fazer TRH caso a mesma lhe
seja prescrita?
A paciente submetida à Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode
apresentar mudanças em sua mamografia de controle. Destas, a mais
comum é:
 Diminuição da densidade focal;
 Aumento da densidade difusa;

Julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.

( ) No esquema cíclico de reposição hormonal a mulher faz uso de


estrogênio continuado e progesterona apenas alguns dias do
mês (10 a 14 dias por mês). A combinação cíclica permite que não
se ofereça progesterona em excesso, já que ela inibe os efeitos
do estrogênio, e essa não é a intenção.

( ) Caso a mulher não tenha útero a prescrição se dá apenas por


estrogênio, podendo ser utilizado por via oral ou gel transdérmico. Em
mulheres com útero é obrigatório o uso concomitante com
progesterona, já que o uso apenas de estrogênio sem a progesterona
nesse grupo aumenta o risco de câncer de endométrio.

( ) A terapia de reposição hormonal, no climatério, pode ser


adotada em mulheres que apresentaram menopausa
precoce,osteoporose ou neoplasias de mama ou endométrio
 V, F, V.
 F, V, F.
 F, F, F.
 V, V, F.
 Sangramento uterino anormal.
O CM normalmente tem uma duração de 28 dias com uma variação normal de
mais ou menos 7 dias. Algumas variações podem ocorrer dentro de uma curva
normal, mas algumas vezes ocorrem alterações que podem ser classificadas
como Sangramento Uterino Anormal – (SUA).
 (SUA) é definido como como sangramento – agudo ou crônico –
proveniente do corpo uterino, com anormalidade – seja na sua
regularidade, no volume, na frequência ou duração, em mulheres
não-grávidas.
frequentemente. Leiomiomas e pólipos endometriais também aumentam com a
idade e não podem ser descartado como causas, especialmente acima dos 30
anos.
 11.13- Dismenorreia primária:
É uma dor em crônica na região inferior do abdome. Ocorre geralmente no
início da menstruação, podendo continuar por alguns dias, na ausência de
qualquer patologia pélvica.
A dismenorreia é dividida: de acordo com a intensidade em leve,
moderada e grave e de acordo com sua etiologia em primária e
secundária. A leve é aquela que não compromete as atividades frequentes
da mulher, na intensidade moderada a dor interfere nas tarefas e pode
durar todo o CM, já no grau acentuado, a dor impossibilita o desempenho
normal das obrigações.
A primária ou funcional é a cólica A dismenorreia secundária é a
manifestada na ausência de cólica menstrual decorrente de
condições patológicas pélvicas condições ginecológicas diversas
detectadas. Costuma se manifestar como inflamações pélvicas,
de um a dois anos após a 1▫ miomas, cistos ovarianos, uso de
menstruação, coincidindo com o DIU tumores pélvicos, estenose
início dos ciclos ovulatórios cervical, endometriose, varizes
regulares, alcançando pico máximo pélvicas, adenomiose, pólipos ou
por volta dos 20 anos. malformações congênitas do trato
A dor é mais ativa nas regiões urinário.
retropúbica e sacra, podendo
irradiar-se para a face interna da
coxa. Manifestações sistêmicas
acontecem em pacientes que
apresentam cólicas uterinas de
maior intensidade. Uma teoria
importante que explica a existência
de dismenorreia é o aumento da
secreção de prostaglandinas
(PGF2-alfa) no sangue menstrual,
que intensifica as contrações
uterinas normais promovendo
vasocontrição uterinas arrítmicas
e hipóxia uterina
Afeta cerca de 50 % em idade
reprodutiva
 Base fisiológica:
A causa da dismenorréia primária: produção excessiva de (PGF2-alfa
uterina – uma prostaglandina derivada de COX-2. Estas PGF-2alfa agem
sobre nociceptores uterinos ativando mecanismos de contrações
arrítmicas produzindo dores da cólica.
O manejo do alívio das dores em crises: repouso, analgesia,
antiespasmódicos e calor local. Pode ser administrado tanto os AINE’s não
seletivos, assim como os AINE’s seletivos. Os AINES geralmente são
utilizados por três a cinco dias, iniciados um a dois dias antes do fluxo
menstrual.
Na primária: AINES seletivos para (COX-2) como meloxicam, celecoxibe,
etc. Mostram maior eficácia, tanto na redução das dores quanto na
diminuição do fluxo menstrual.
casos de dismenorreia 2▫preconiza-se o uso de AINES não seletivos como
cetoprofeno, ácido mefenâmico, diclofenaco, iburofeno, entre outros.

 Atenção Farmacêutica no uso dos AINES


Não utilizar AINES por tempo Histórico de Alterações renais,
superior a 5 dias – especialmente como em diabetes acompanhada de
os não seletivos. Cetoprofeno, proteinúria, e de creatinina o uso
ácido mefenâmico, diclofenaco, prolongado de AINEs não seletivos
ibuprofeno. Pois geram efeitos deve ser avaliados.
colaterais indesejados.
Gastropatias: AINE´s não seletivos AINEs não seletivos agem a nível
bloqueiam COX-1 e COX-2. O renal reduzindo a produção de
bloqueio da COX-1 do estomago prostaglandinas responsáveis em
leva a redução do muco causar vasodilatação.
citoprotetor gástrico. E também A consequência da redução da
permitem a produção de ácidos vasodilatação é o aumento da
clorídricos pelas células parietais produção de renina pelas células
gástricas. Portanto a redução muco justa glomerulares renais –
protetora diminuída e a presença de produzindo angiotensina 2 levando a
ácidos possibilita o aparecimento de vasocontrição aumentando os danos
gastropatias. renais.
Alterações plaquetárias: Não tendo formação de tromboxano
Bloqueiam a TX sintetase da
A2 – aumenta possibilidade do tempo
plaqueta
de sangramento.

AINES seletivos da COX-2 A COX-2 é responsável pela


Celecoxib – Valdecoxib – Etoricoxib. produção de prostaciclinas cuja
função é inibir a agregação
Possibilidade de aumentar o risco plaquetária (de ação vasodilatadora).
cardiovascular em mulheres
propensas. A COX-1 plaquetária produz
Principal motivo que levou a ANVISA tromboxano A2 fazendo agregação
em 2008 determinar o uso de plaquetária.
controle especial.
Ao reduzir as prostaciclinas a inibição
Como é que os coxibes produzem plaquetária é comprometida,
o aumento do risco permitindo que tromboxanos realizem
cardiovascular? agregação plaquetárias, elevando a
Coxibes seletivamente bloqueiam formação de trombos. Por isso
a COX-2 do endotélio vascular, e pessoas que apresentam hist´roico
deixam livre a COX-1 plaquetária de cardiopatias e tromboembolismo o
uso de celecoxibes COX-2 intendifica
os riscos cardiovasculares nessas
mulheres.

Mecanismo fisiopatológico das dismenorreias:

Escutar de novo…
E

A terapia fora das crises tem caráter profilático na dismenorreia primária por
meio do uso de (AINES) e de (ACO), e terapêutico nos casos orgânicos, sendo
conduzido à patologia de base, podendo ser necessária correção cirúrgica
Outra possibilidade é o emprego de contraceptivos orais que reduzem a
espessura endometrial, diminuindo o sangramento e, por consequência,
acarretando queda dos níveis de prostaglandinas na circulação e no
fluido menstrual. O sistema intrauterino de levonorgestrel (SIU-LNG)
também tem sido aplicado no tratamento da dismenorreia primária e
secundária uma vez que induz a atrofia endometrial e gera amenorréia em
grande parte das mulheres. A paciente do caso era refratária ao uso apenas de
AINES, sendo necessária a instituição do tratamento hormonal com
contraceptivo oral ou DIU.
Algumas mulheres encontram benefício em terapias alternativas
para o tratamento da dismenorreia que incluem fármacos
parassimpaticolíticos ou antiespasmódicos, vitaminas B6, B1 e ,
prescrição de magnésio, ácidos graxos, ômega-3 e métodos
complementares como repouso, massagens ao nível da coluna
lombossacral, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS),
acupuntura e pilates.

 Qual remédio eu utilizo no tratamento da síndrome pré-menstrual?


inibidor de prostaglandinas- ácido mefenâmico na posologia 250-500 mg . Fornecendo
analgesia na dismenorréia, cefaléia e outras dores associadas ao quadro.

Em relação à Dismenorreia, analise as afirmativas abaixo:

I. A dismenorreia é um dos problemas ginecológicos mais prevalentes entre


adolescentes e adultas jovens, na qual a condição é usualmente secundária,
derivada de alguma patologia.

II. A dismenorreia primária é caracterizada clinicamente como uma dor em


cólica na região inferior do abdome no início da menstruação, podendo
continuar por alguns dias, na ausência de qualquer patologia pélvica.

III. A inibição na produção das prostaglandinas no endométrio, com a


utilização de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), apresenta-se
como tratamento efetivo e racional da dismenorreia primária.

Após a realização da análise, pode-se afirmar que encontra-se


correta(s) a(s) seguinte(s) afirmativa(s):
 Apenas I e II.
 Apenas II e III.
É causa de dismenorreia primária:
 Endometriose pélvica grave;
 Miomatose uterina comprimindo órgãos vizinhos;
 Aumento da produção endometrial de prostaglandinas;

A dismenorreia primária refere-se aos casos de menstruação


dolorosa, sem nenhuma patologia pélvica identificável. Em geral os
sintomas regridem com a medicação apropriada associada a manejos
que auxiliam no conforto e controle da dor. Umas das medidas que
podem ser realizadas e/ou orientadas pela enfermagem ao paciente,
para melhor conforto da dismenorreia primária é:
 Aplicar calor local de baixo nível e contínuo.
 11.14- Tensão Pré-menstrual aspectos clínicos e atenção
farmacêutica.

 O que é a Síndrome Pré – Menstrual (SPM) ou Tensão Pré-Menstrual


(TPM)?
Os distúrbios pré-menstruais compõe uma síndrome crônica (cíclica e
recorrente), com a presença de sintomas físicos, emocionais e
comportamentais.
A SPM –Inicia-se na semana anterior à menstruação e que alivia com o
início do fluxo menstrual.
 Etiologia:
Desconhecida. Todavia, algumas teorias são bem aceitas, um dos possíveis
mecanismos que explicam essa Síndrome. Está relacionada com a
ciclicidade ovariana + efeitos do estradiol e progesterona, que interagem
com neurotransmissores, como serotonina e GABA resultando em um
descontrole. Não está relacionada com a menstruação, mulheres que são
histerectomizadas também apresentam TPM.
Os sintomas psicológicos e emocionais presentes nessas pacientes,
podemos explicá-los entendendo que os esteróides sexuais, ou seja,
estrogênio e progesterona podem interagir com neurotransmissores,
como serotonina, noradrenalina e GABA. O estrogênio atua como um
estimulante a esses neurotransmissores e a progesterona vai agir inibindo o
SNC. Na fase lútea, do ciclo menstrual, há uma redução da atividade
serotoninérgica, devido essa relação com os esteróides sexuais, e
consequentemente isso pode gerar esse quadro clínico psicoemocional nessas
mulheres.
 Apresentação clínica.
 Sintomatologia se apresentar de forma cíclica, e ocorre na fase lútea. E
costumam aparecer cerca de seis dias antes da menstruação e vai
se resolver após o início do fluxo menstrual.

Apresentam relação temporal com o Geralmente repetem-se a cada novo


período pré-menstrual. ciclo.

Inchaço e dor nas pernas. Aumento do tamanho / sensibilidade


Decorrente de uma retenção hídrica das mamas - mastalgia

Alteração do apetite – algumas não Cefaleia – por isso uso de ISRS


sentem fome e outras vontade de
doce.

Acne, irritabilidade – modificação Ansiedade- aumento do consumo


da libido de álcool.
 Tratamento farmacológico da Síndrome pré-menstrual

Contraceptivos orais combinados: Drospirenona + etinilestradiol

Primeira linha - COHC: A drospirenona é uma progesterona


Drospirenona + etinilestradiol. de efeito anti-mineralocorticóide,
tendo como benefício uma menor
retenção hídrica – reduzindo os
inchaços dos membros inferiores e das
mamas

Inibidores seletivos da recaptação ISRS são administrados na fase lútea-


da serotonina (ISRS), fluoxetina, 7-10▫ dias antes da menstruação,
sertralina e paroxetina. Podem momento em qual surgem os sintomas
ser usados de forma contínua ou sindrômicos. Essa dica de uso é para
intermitente, somente na fase as mulheres sexualmente ativas-
lútea.

Os efeitos apresentados pelos O aumento da Serotonina na via


ISRS: descendente da dor no corno dorsal
A associação de ISRS mostram da medula reduz a sensação álgica
ser mais eficaz, no tratamento Da diminuindo as cefaleias e as dores
da cólica.
SPM do que o uso apenas de
AHCO. (Drospirenona e Neste caso o ISRS funciona aqui como
etinilestradiol substância auxiliar na analgesia
Melhora dos sintomas
relacionados ao humor
(irritabilidade, ansiedade)
decorrente do aumento da
disponibilidade de serotonina no
sistema límbico

MMR, secretária, 24 anos. Portadora de TPM com crises fortes de


cefaléia, retenção hídrica e alterações do humor recebe a seguinte prescrição
médica:
1- Etinilestradiol 0,03 mg + drospirenona 3 mg…. 1 cx Tomar um cp ao dia
durante 21 dias. Parar por 7 dias, repetir a partir do ciclo seguinte.
2- Sertralina 25 mg…. 1 cx Tomar um comprimido ao dia a partir do 14º
dia do ciclo menstrual até o início da menstruação. Repetir a cada ciclo.
A Drospirenona efeito anti-mineralocorticóide, reduzindo os efeitos hídricos e
regular o ciclo. O ISRS – finalidade de melhoras humor e diminuir as
cólicas e cefáleias que deve ser usada na fase lútea – a partir do 14 dia do
CM– fase que antecede a vinda da menstruação.
A primeira conduta que deve ser tomada é de educar a paciente e dar
orientações sobre essa condição, ou seja, estimular a paciente a praticar
atividades físicas aeróbicas de forma regular, por elevarem os níveis de
endorfina no organismo ajudando a aliviar os sintomas. Ademais, é preciso
recomendar uma dieta rica em fibras e com o mínimo de sal e gorduras
saturadas, esses alimentos causam retenção hídrica. E por último em
relação a alimentação, a paciente precisa ser orientada a diminuir o
consumo de alimentos à base de cafeína e cola, devido serem
estimulantes podem piorar a irritabilidade, insônia e ansiedade nessas
pacientes.

Paciente G., 16 anos, sexo feminino. Vem por demanda própria


referindo que antes da menstruação fica muito irritada, sente-se
com a autoestima baixa, prefere não ir à escola, tem episódios de
briga com a irmã e a mãe nos quais já chegou a agredi-las
fisicamente e quase não sai da cama por fadiga. Refere que após
menstruar, os sintomas vão melhorando aos poucos. Desde a
menarca apresenta tais sintomas, porém a intensidade vem
aumentando e causando muitos prejuízos. Já passou em
ginecologista, com exames laboratoriais e de imagem normais.

A principal hipótese diagnóstica e tratamento medicamentoso de


escolha são, respectivamente:
 Transtorno disfórico pré-menstrual; ISRS.
Analise as afirmativas a seguir.

I. A pílula anticoncepcional mais indicada para a tensão pré-menstrual


(TPM) é a combinação entre etinilestradiol e drospirenona. A
drospirenona age reduzindo o inchaço que antecede a menstruação.

II. Os sintomas da TPM ocorrem durante o período que antecede a


menstruação e aliviam com o início dela. Sintomas comuns incluem
irritabilidade, depressão, ansiedade e letargia.

III. Quando se tem até três desses sintomas presentes (físicos ou


emocionais), a TPM é considerada leve e, até quatro sintomas, moderada.

Está(ão) correta(s) TODASa(s) afirmativa(s):

 Todas as afirmativas.
 11.15- Ocitócitos ou Uterotônicos – estimulantes da
contração uterina.
São Análogos sintéticos de Ocitocina ou Prostaglandinas
(misoprostol) utilizados com finalidade de induzir o parto.
Aplicações clínicas da ocitocina: Syntocinon
Antes do parto (anteparto) Após o parto
Provocar (induzir) ou aumentar as Ajudar nas contrações do útero
contrações uterinas (trabalho de durante a cesariana, depois da
parto retirada da criança
Prevenir e tratar o sangramento caso
Corrigir contrações lentas (inércia não haja contração forte o suficiente
uterina) durante o trabalho de parto do útero depois da retirada da
criança.
Tratar o abortamento espontâneo
Controle da hemorragia pós-parto:
incompleto, inevitável ou retido
Syntocinon aumenta a
disponibilidade de Cálcio no
musculo uterino, promovendo uma
contração uterina eficiente
pressionando os vasos sanguíneos
locais- essa pressão leva a uma
estase sanguínea que contribui
para a redução da hemorragia no
pós parto.
Apresentações:

A ocitocina sintética

A ocitocina sintética é a medicação de escolha na prevenção da


HPP e sua utilização está recomendada para todas as parturientes. A ocitocina
profilática reduz em mais de 50% os quadros de HPP. Deve ser administrado
10 UI de ocitocina, via intramuscular, logo após o nascimento.

 Mecanismo de Ação igual a fisiológica.


A ocitocina é um nonapeptídeo cíclico obtido por síntese química
identicamente ao hormônio natural que é armazenado no lobo posterior da
hipófise – a ocitocina natural estimula o musculo liso do útero com maior
potência no final da gravidez. Pois neste momento final é que os
receptores para ocitocina no miométrio estão aumentados. A ativação dos
receptores metabotrópicos sinaliza a ativação de 2 mensageiros que agem
sobre o reticulo sarcoplasmático produzindo a liberação de cálcio dos
estoques intracelulares promovendo a contração miometrial (actina se
aproxima da miosina). Mesmo ocorre quando age sobre os receptores do
musculo do seio promovendo a ejeção de leite.

 Mecanismo molecular da contração miometrial.


A actina se liga em receptores acoplados a proteína G (metabotrópicos),
levando ativação da subunidade alfa que ativa PLC – A ativação da PLC leva a
produção do trifosfatidil inusitol e diacilgicerol. IP3 se liga em receptores do
reticulo sarcoplasmático liberando cálcio tendo a contração.

 Misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina, sua ação


clínica é auxiliar o processo de contração. (Citotec)
O misoprostol ao ligar nos receptores acoplados a proteína G- desencadeia
uma cascata de reação com ativação da PLC. A PLC leva a produção do 2▫
mensageiro trifosfatidil inusitol e diacilgicerol. O IP3 se liga em receptores do
reticulo sarcoplasmático liberando cálcio, que por sua vez se liga a calmadulina
fosforilando as cadeias leves de miosina que se aproxima da actina tendo a
contração. Diferentemente da ocitocina que apresenta maior efeito de
contração somente no final da gravidez. O CITOTEC - misoprostol é ativo na
contração uterina em qualquer fase da gestação, promove aborto. Ele era
vendido antigamente nas drogarias e usado no tratamento de gastropatias.
Visto que, as prostaglandinas modulam o aumento de muco e a redução de
ácido clorídrico.
São cápsulas
gelatinosas
introduzidas na
vagina –
estimulando as
contrações
auxiliando no
trabalho de
parto.
Uso restrito intra-hospitalar (Farmácia Clínica Hospitalar), sob a
responsabilidade do Médico/Farmacêutico Clínico Hospitalar.
Qual a principal indicação da ocitocina nasal?
4 UI em uma das narinas – 2 a 5 minutos antes de amamentar gerando o
efeito idêntico a ocitocina natural, agindo na musculatura da mama levando a
ejeção do leite. O estímulo para liberação é a sucção do bebê aos seios.
Sobre o uso da ocitocina na indução do parto, informe se é
verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma e assinale a alternativa com a
sequência correta.

( ) Uma das contraindicações absolutas no uso da ocitocina é gestante com


história prévia de cesariana.

( ) Deve-se iniciar ocitocina em intervalo inferior a 4 horas após a última dose


de misoprostol nas gestantes que o estiverem utilizando para maturação
cervical.

( ) Os dados vitais maternos (pulso, temperatura e pressão arterial) devem


ser avaliados a cada 4 horas.

( ) A ocitocina só deve ser utilizada quando o colo apresentar condições


favoráveis, ou seja, escore de Bishop ≥ 6.

 F-F-V-V
A ocitocina é um nonapeptídeo cíclico, no útero estimula a frequência
e forças de contrações uterinas, e na mama desempenha papel
importante na ejeção do leite. Em relação a esse hormônio, o
mecanismo de ação atua:
No receptor do tipo muscarínicos.
Na mediação por receptores nucleares.
Como agonista dos receptores dopamínicos D2.
 Em receptores específicos acoplados à proteína G
A Hemorragia Pós-Parto (HPP) é uma das principais causas de morte materna.
No que se refere à prevenção da HPP:
1. Todas as parturientes devem receber uterotônicos durante a 3ª fase do
parto, sendo a ocitocina recomendada como o fármaco preferencial.
2. A massagem uterina contínua é recomendada para prevenir a HPP em
mulheres que receberam ocitocina profilática, pois reduz a perda de sangue.
3. O clampeamento precoce do cordão umbilical (< 1 minuto após o
nascimento) não é recomendado, a menos que o neonato esteja
asfixiando e precise ser reanimado.
4. A avaliação do tônus uterino abdominal pós-parto para a identificação
precoce da atonia uterina é recomendada somente para as multíparas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

11.16 Tocolíticos: drogas que retardam o trabalho de


parto.

Gravidez pré-termo (prematuro) é aquela cuja idade gestacional encontra-


se entre 22 (ou 154 dias) e 37 (ou 259 dias) semanas. Nesse período, o
trabalho de parto é caracterizado pela presença de contrações freqüentes (uma
a cada 5 a 8 minutos) acompanhadas de modificações cervicais caracterizadas
por dilatação maior que 2,0 cm e/ou esvaecimento maior que 50%.
Exames laboratoriais solicitados:
Hemograma com leucograma – urinálise, gram de gota de urina e
urocultura – pesquisa para estreptococo do grupo B se não tiver sido
realizado e se tiver disponibilidade no local.
Ultrassonografia: Em suspeita de placenta prévia ou ruptura de
membranas e houver dúvidas em relação à idade gestacional e
crescimento fetal, assim como para auxiliar na tomada de decisões quando
necessário. o Comprimento cervical < 3,0 cm à ultrassonografia tem um bom
valor preditivo em mulheres com risco aumentado para parto prematuro.

 Tratamento do Trabalho Prematuro de Parto - TPP:


Uso de agentes tocolíticos ou inibidores das contrações uterinas deve ser
iniciado assim que o diagnóstico de trabalho de parto prematuro for
realizado, respeitadas as contraindicações para o seu uso. O principal
objetivo da tocólise e ganhar tempo necessário para a ação da CEA-
corticoesteroidoterapia antenatal e/ou transporte materno-fetal com
segurança. O corticoide usado é a betametasona-pois apresenta boa
travessia a barreira placentária – o cuidado é com o bebe e não com a
mãe
 A administração de corticóides para amadurecimento pulmonar
fetal se constitui na principal estratégia para a redução da
morbidade e mortalidade perinatal associadas à prematuridade, tais
como síndrome de membrana hialina, hemorragia intraventricular e
enterocolite necrotisante. Os efeitos atingem seu benefício máximo
se o parto ocorrer entre 24 horas e 7 dias após a última dose do
medicamento. Entretanto, mesmo se o parto ocorrer fora desse
prazo ainda existem benefícios e, portanto, toda mulher com risco
de parto prematuro deve receber corticoterapia, exceto quando
houver contraindicações.
Betametasona- celestone soluspan Ou seja retardar em algumas horas o
12 mg IM de 24 em 24 h ou de 12 em trabalho de parto para que o corticoide
promova o amadurecimento pulmonar
12 h (dose acelerada) X 2 doses OU (formação de uma barreia composta por
Dexametasona 6 mg IM de 12 em 12 surfactantes, para que a pressão externa ao
h X 4 doses. nascimento não arrebente os alvéolos do
Indicação IG ≥ 24 e ≤ 34 semanas bebê evitando as complicações respiratórias
associadas à prematuridade
Sabe-se que a tocólise não evita o parto prematuro, pois as causas
desencadeantes do TPP persistem E, na maioria das vezes, é possível apenas
abolir e/ou retardar as contrações uterinas por algum tempo – 48 horas.

 Principais tocolíticos usados no retardamento do parto.

Grupos

Adalat – Nifedipino –1 ▫escolha


Bloqueadores dos Canais de
Cálcio – impedindo a formação do 10 mg VO a cada 20 minutos até
complexo Ca-calmadulina no miométrio, quatro doses OU 30 mg VO em dose
com isso não vai ter fosforilação das única, e se necessário 20 mg após
cadeias de actina e miosina não tendo a 90-120 minutos se a atividade uterina
contração. Mesmo MA que nifedipina persistir. Se após a 2ª dose mantiver
usa para promover vasodilatação atividade uterina, considerar falha
terapêutica e utilizar outro agente
Agonistas Beta-2 Adrenérgicos
Salbutamol é o tocolítico mais
usado.
MA: Age sobre receptores B2
acoplados a protG – 2▫ mens que Salbutamol e Terbutalina –
Bloquem a entrada de Ca. injetáveis
Os uso de Beta-simpatomiméticos Ampolas de 1 ml com 0,5 mg /ml
é um grande risco: Pois, agonistas diluida em solução fisiológica e usado
B2 não agem somente em B2, em por gotejamento
B1 do coração levando a
toxicidade – com taquicardia na Preparo da solução: 5 mg (10
mãe e no feto - quando agem em B2 amp.)/500 ml SG 5% (0,01 mg/ml)
dos vasos pulmonares leva a
edema pulmonar aguda na mãe e
na criança…Por isso elas devem ser
criteriosamente analisadas devido
aos riscos.

Antagonistas dos receptores da Atosiban – Solução para diluição


Ocitocina – é importado injetável 7,5 mg/ml – reduzem TPP
por até 48 horas tempo para
corticoidoterapia – reduzindo os
riscos de síndrome respiratória do
RN

O parto é considerado prematuro quando ocorre entre a 20ª e a 36ª


semana de gestação. Os bebês prematuros geralmente têm mais
problemas de saúde e menor probabilidade de sobreviver do que
aqueles que nascem com nove meses completos. Sobre os
medicamentos utilizados no adiamento do parto, julgue com V para
verdadeiro e F para falso as afirmativas que se seguem.

( ) Os beta-miméticos são os tocolíticos mais usados, mas os


bloqueadores de canal de cálcio (BCC), que geralmente são usados
para baixar a pressão arterial, são outra opção terapêutica, pois eles
podem relaxar o útero e inibir as contrações.

( ) A administração de corticóides para amadurecimento pulmonar fetal


se constitui na principal estratégia para a redução da morbidade e
mortalidade perinatal associadas à prematuridade, tais como redução
da ocorrência de síndrome de membrana hialina, hemorragia
intraventricular e enterocolite necrotizante.

( ) O principal objetivo da tolerância é ganhar tempo necessário para a


ação da corticoterapia e/ou transporte materno-fetal com segurança.
 V, V, V.

 Trabalho de parto prematuro é aquele que ocorre entre a 22ª e


37ª semanas de gravidez e se caracteriza pela presença de
contrações uterinas frequentes, acompanhadas de dilatação do
colo maior que 2,0 cm e/ou esvaecimento maior que 50%. Em
relação ao parto prematuro:Se houver rotura de membranas ou
suspeita de placenta prévia, deve-se realizar exame digital cervical:
sinais de maturidade cervical são preditivos para risco de parto
prematuro.

Mioma uterino, particularmente o de localização subserosa, está implicado como


fator de risco.
O Atosibano, a droga tocolítica de escolha, tem ação superior à Nifedipina, com a
vantagem de apresentar baixo custo.
O uso de Indometacina como inibidor das contrações uterinas têm risco aumentado
para edema agudo de pulmão e pode elevar a glicemia materna.
O uso da tocometria através de cardiotocografia não tem valor no exame físico.
Analise as afirmativas a seguir.

I. O hormônio/fármaco utilizado no tratamento do trabalho de parto


prematuro é a ocitocina.

II. A terbutalina é um agonista adrenérgico que estimula


predominantemente os receptores β2, produzindo relaxamento da
musculatura lisa dos brônquios, inibição da liberação de
espasmógenos endógenos, inibição do edema causado por
mediadores endógenos, aumento da depuração mucociliar e
relaxamento do músculo uterino.

III. O tratamento medicamentoso de uma paciente em trabalho de


parto na 32ª semana de gestação deve ser administração de
Misoprostol por via vaginal, objetivando evitar o descolamento da
placenta.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):


 Apenas I.
 Apenas II.

 11.17 - Atenção farmacêutica no tratamento de


corrimentos vaginais:
O corrimento vaginal é uma manifestação comum na mulher.
Fisiologicamente, a região da vulva e da vagina apresenta quantidade
variável de secreção em mulheres em idade reprodutiva, que se origina das
glândulas regionais, do muco cervical e endometrial, bem como do transudato
vaginal. O teste de finlância avalia a viscosidade :
Mulheres em idade reprodutiva, o corrimento normal consiste em 1 a 4 mL
de fluido (por 24 horas), branco ou transparente, grosso ou fino, na
maioria das vezes inodoro e com pH entre 3,5 a 4,5, de viscosidade
semelhante a clara do ovo. O corrimento fisiológico pode variar de intensidade
tornando-se mais perceptível às vezes como no meio do CM próximo ao
momento da ovulação, durante a gravidez ou com uso de
anticoncepcionais estrogênios e progestágenos. Dieta, atividade sexual,
medicação e estresse também podem afetar o volume e o caráter do
corrimento vaginal normal.

Já o corrimento vaginal patológico é a manifestação das vulvovaginites,


caracterizado pela quantidade excessiva, com alterações diferentes das
características fisiológicas, causando desconforto e sendo determinado por
diferentes agentes etiológicos.
A presença de processos infecciosos ou inflamatório, promove rompimento
do equilíbrio natural e modificando as características da secreção normal
levando ao corrimento patológico com manifestações de pruridos,
aumento do fluxo vaginal, ardor, desconforto pélvico e alteração do odor -
As vulvovaginites e vaginoses são as causas comuns de corrimento
vaginal patológico. São afecções do epitélio estratificado da vulva e/ou
vagina, diferenciando-se das cervicites, que acometem a mucosa glandular.

As principais causas de corrimento vaginal – são 3.

1. Vaginose bacteriana: Não é DST – Trata-se de um desequilíbrio


da microbiota vaginal normal, com intensa redução dos
lactobacilos acidófilos (constituintes normais) e o aumento
expressivo de contaminantes bacterianos anaeróbias como
Gardnerella vaginalis, Peptostreptococcus, Mobiluncus,
Prevotella, Bacteroides e Micoplasma hominis, com concomitante
que levam a diminuição de lactobacilos da flora normal. Os
lactobacilos acidófilos produzem o ácido lático através da
glicólise, e assim protegendo e mantém o pH vaginal ácido.
A alcalinização da vagina (redução do pH), pode ser resultante de práticas
sexuais recorrentes, uso frequente de duchas, ou período pré menstrual
que favorece a alteração da flora bacteriana vaginal - diminuição dos
lactobacillus), resultando aparecimento dos sintomas. O “odor de peixe” é
devido a produção de aminas pelo metabolismo aeróbico. Emprega-se o
termo vaginose (em vez de vaginite) devido à discreta resposta
inflamatória com ausência marcante de leucócitos.
A vaginose bacteriana causada por gardnerella é a vulvovaginite mais
comum entre as mulheres em idade fértil – A análise microscópica permite
visualizar inclusões das células vaginais.

2. A 2▫ forma mais comum de corrimento vaginal é a candidíase.


Causada principalmente pela Candida albicans (80 a 90% dos
casos), e ocasionalmente por outras espécies “não albicans”,
como a C. glabrata e a C. tropicalis. A candidíase vaginal não é
considerada uma DST, visto que pode acometer mulheres
celibatárias e que a Candida albicans faz parte da flora
vaginal.
Dentre os fatores de risco, estão uso de estrogênio, diabetes mellitus,
imunossupressão por medicamentos ou doenças de base, gravidez, uso
de tamoxifeno, uso de antibióticos, assim como hábitos alimentares e de
vestimentas propícios ao crescimento contínuo dos fungos, e várias
automedicações prévias inapropriadas.
Ex: Alguns Antibióticos para o tratamento de ITU por E.coli são apontados
como o principal fator de candidíase. O ciprofloxacino mata a E.coli, porém
elimina os lactobacilos acidófilas comprometendo a flora bacteriana
normal. O resultado dessa alteração é o aumento da proliferação de
candida albicans. Por isso o uso de ATB é tempo limitado.

3. Tricomoníase vaginal: protozoário flagelado Trichomonas


vaginalis que coloniza a vagina, as mucosas glandulares e a
uretra, sendo considerada uma DST, com um período de
incubação entre quatro e 20 dias após a exposição ao
protozoário. É possível detectar no EAS urinário – elementos
anormais de sedimentação – a visualização do protozoário se
mexendo no
microscópio.

 Quadro clínico do corrimento vaginal:


Candidíase vaginal-
Vaginose bacteriana-
comum por uso de ATB Tricomoníase vaginal
é a mais prevalente
não é DST
O achado comum é um A secreção vaginal na A secreção vaginal na
corrimento vaginal candidíase apresenta tricomoníase apresenta
delgado, homogêneo e aspecto caseoso de aspecto delgado ou
geralmente de cor cor branca grumoso espumoso, de
branca, acinzentada em placas aderentes à coloração amarelo-
ou amarelo- mucosa vaginal (forma esverdeada ou
esverdeada de leite qualhado). acinzentada e de odor
principalmente após o Além do corrimento, fétido. Há queixa de
coito e pós período podem apresentar irritação e desconforto
menstrual, aderente às sinais e sintomas de dor após a relação
paredes vaginais. leves a intensos, sexual e micção.
Prurido e outros sinais como prurido,
de inflamação e ardência, dispareunia,
irritação podem disúria externa, edema,
ocorrer em cerca de eritema, fissuras,
15% das mulheres, maceração, escoriações
menos frequente que e colo uterino de cor
nas outras etiologias. branca.
≠ da gardinerella O
odor é pequeno ou
inodoro. Porém, há
uma maior liberação de
histamina- levando a
prurido e ardor
durante as relações
sexuais.
Tratamento de
candidíase:
É realizado por VO ou Tratamento da
por cremes e óvulos tricomoníase: deve ser
vaginais). sistêmico já que o
protozoário pode ser
Como opções oral
encontrado no meio não
temos:
Tratamento da vaginal, como na uretra
vaginose bacteriana: Fluconazol 150 mg e glândulas
objetivo restabelecer a dose única perivaginais, causando
flora vaginal. Medidas: inflamação destes
preconiza-se Itraconazol 200 mg, tecidos. As opções em
abstinência sexual e 12/12h–, até 3 dias; OU ordem de indicação são
utilização de duchas Cetoconazol 200mg, Metronidazol: 2g, via
com peróxido de 12/12h, 5 dias, oral, dose única; OU
hidrogênio a 1,5 %.
OU Nistatina oral, Secnidazol: 2g, via
Metronidazol 400 mg. esquemas mais oral, dose única; OU
12x12 horas por 7 dias prolongados.
Metronidazol: 500mg,
Clindamicina: 300 mg, Cremes vaginais via oral, 12/12h por 7
via oral, 12/12h por 7 Butoconazol a 2%, dias.
dias. creme 5g, dose única,
OU 7 dias
Metronidazol tópico.
Clotrimazol em 3 Importante!!!
Flagyl
esquemas, 3, 7 ou 14
Necessidade de
dias; OU
tratamento do
Miconazol creme 2% parceiro(a), mesmo
durante 7 dias; OU que não apresentem
sintomas.
Nistatina creme por 14
dias. Repetir após 7
dias
Gynotran Óvulos:
(metronidazol +
Gynotran
miconazol) Vaginose Gyno-Icaden
(metronidazol +
bacteriana, candidíase (isoconazol)
miconazol)
vaginal e vaginite por
Trichomonas Fentizol (fenticonazol)

Os óvulos de ácido ''O ácido Bórico é


bórico são indicados indicado para prevenir
para o cuidado com a infecções vaginal e a
saúde vaginal proliferação de fungos,
além de prevenir odores
desagradáveis,
coceiras, irritações e
corrimentos
Diagnóstico vaginose
bacteriana:
Corrimento:
Abundante,
homogêneo, branco-
acinzentado, cremoso,
pouco, bolhoso, Diagnóstico
aderente à vagina. confirmado com uma
Microscopia citologia a fresco laboratorial
(Bacterioscopia): utilizando soro microbiológico comum
Células-chave (células fisiológico e hidróxido é o exame a fresco em
indicadoras ou “clue de potássio a 10% para um preparado salino
cells”) é o Sinal de visibilizar a presença de da secreção,
Gardner. Positivo hifas e/ou esporos dos observando-se ao
quando houver “clue- fungos. microscópio o
cells” em mais de 20% Além disso, a CVV está parasita móvel e
das células epiteliais, e associada a pH normal flagelado e grande
ausência de vaginal (< 4.5). Se a número de leucócitos.
lactobacilos à citologia a fresco for
microscopia. O pH quase sempre é
negativa, 7 culturas maior que 5,0 e
pH vaginal: Maior que vaginais específicas geralmente maior que
4,5. Determinando com devem ser realizadas 6,6. Na maioria dos
papel de pH no fluido em pacientes casos, a adição de
vaginal. sintomáticas. hidróxido de potássio
Hifas observada no (KOH) 10% ao
Teste das aminas corrimento produz um
(“Teste do cheiro”): exame de hidróxido
de potássio a 10% de característico “odor
Positivo quando de peixe”.
houver odor fétido um paciente com
antes ou após a vaginite por C.
adição de hidróxido de albicans.
potássio (“Whiff-test”
positivo)
Pela importância, a
presença de odor
fétido e “clue-cells”
fecha o diagnóstico.

 O que é efeito antabuse? Qual a relação dele com o metronidazol?


Como ocorre? Como oriento a paciente? O efeito antabuse é
relacionado ao uso de derivados azolicos, juntamente ao consumo de
álcool.
O etanol sofre ação da álcool desidrogenase é convertido a acetaldeído. O
acetaldeido sofre ação da acetaldéido desidrogenase sendo convertido em
acetato para que então possa ser excretado. O metronidazol bloqueia a
acetaldeido desidrogenase o acumulo de acetaldeido provoca reações
intensas como náuseas, vômitos e cefaleia. Recomenda-se que as
mulhres em uso de derivados azólicos devem ficar sem beber durante e
até 7 dias após o uso.

Uma mulher, de 23 anos, solteira, nuligesta (nunca engravidou),


usuária de contraceptivo hormonal oral. Queixa-se de corrimento
vaginal fétido associado a prurido vaginal e dispareunia (dor no
sexo). Ao exame especular, observa-se conteúdo vaginal amarelo-
esverdeado, bolhoso, teste de Whiff positivo e colo em “morango”. O
pH vaginal é de 5,5.

Qual o tratamento medicamentoso de escolha para essa


paciente?
 Miconazol 2% creme, intravaginal, por 7 noites.
 Fluconazol 150 mg, via oral, dose única.
 Clindamicina 300 mg, via oral, de 12/12h por 7 dias.
 Metronidazol 500 mg, via oral, de 12/12h por 7 dias.

O corrimento vaginal é uma queixa comum a mulheres, sobretudo


durante a idade reprodutiva. Sobre a Candidíase Vulvovaginal,
assinale a alternativa que contenha somente afirmativas CORRETAS:

I. Uso de contraceptivos orais, a imunossupressão por uso de


corticoides e diabetes mellitus podem predispor à doença.

II. O tratamento indicado de gestantes com candidíase é com


Fluconazol via oral.

III. O tratamento dos parceiros deve ser realizado mesmo caso estes
não apresentem sintomas.
 Apenas I está correta.

Um paciente procura um centro de saúde com reclamação de diarreia,


cólicas abdominais e emagrecimento. Na consulta, o médico
prescreve o seguinte tratamento: - Metronidazol 250 mg, 2 x ao dia por
cinco dias. - Tinidazol 2 mg em dose única. Quanto a esse caso clínico
e aos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
I. O metronidazol possui atividade antibacteriana contra todos os
cocos e bacilos anaeróbicos, tanto Gram-negativos quanto Gram-
positivos, e é clinicamente utilizado no tratamento de tricomoníase, na
amebíase e na giardíase.

II. O paciente vai ingerir, até o final do tratamento, 2,5 g de


metronidazol.

III. O metronidazol é a melhor opção para o tratamento da


tricomoníase. O tinidazol não é indicado para tal tratamento.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):


 Apenas II.
 Apenas III.
 Apenas I e II.

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