Você está na página 1de 30

Reprodução humana

Controlo hormonal na mulher


Hipófise

➢ Produção de hormonas hipofisiárias – FSH e


LH (gonadoestimulinas / gonadotropinas) pelo
lobo anterior:

• FSH – hormona folículo-estimulina (folicle-stimulating


hormone) – estimula o crescimento dos

folículos e a produção de estrogénio pelas


células foliculares.

• LH – hormona lúteo-estimulina ou luteinizante (luteinizing hormone) – atua sobre


o corpo amarelo induzindo a produção de estrogénio e
progesterona.

Controlo hormonal na mulher Biologia 12º ano


Controlo hormonal na mulher
➢ Hormonas hipofisárias (FSH e LH)

• Responsáveis pelo ciclo ovárico;

• Estimulo na produção de hormonas ováricas: estrogénio e


progesterona.

➢ Hormonas ováricas (progesterona e estrogénio)

• Responsáveis pelo ciclo uterino;

• São responsáveis pelo aparecimento e manutenção dos carateres


sexuais secundários na mulher.
Hormonas ováricas
 Hormonas de natureza esteroide produzidas pelas células
foliculares.

➢ Estrogénios ou Estradiol

 produzidos na granulosa e teca interna;


 máxima concentração antes da ovulação;
 induz a proliferação do endométrio.

➢ Progesterona ou Progestina

 produzidos pelo corpo amarelo;


 máxima concentração na fase luteínica;
 induz a proliferação das glândulas uterinas e sua secreção.

❑ A descida simultânea da concentração das duas hormonas provoca


a desagregação do endométrio - fase menstrual.
Ciclo sexual feminino
➢ Ciclo ovárico – é caracterizado pela evolução folicular

➢ Ciclo uterino ou menstrual – alterações que ocorrem ao


nível do endométrio
Atividade: Mecanismos de controlo do ciclo
sexual feminino (pág. 23)
Atividade: Mecanismos de controlo do ciclo
sexual feminino (pág. 23)
1. Ciclo ovário: fase folicular, ovulação e fase luteínica.
Ciclo uterino: fase menstrual, proliferativa e secretora.
2. A concentração de estrogénios que são produzidos pelas células
foliculares aumenta á medida que os folículos se desenvolvem sendo
mais elevada um pouco antes da ovulação. Essa concentração baixa
quando há perda de células foliculares. A progesterona é produzida
pelo corpo amarelo e, portanto, aumenta de concentração até pleno
desenvolvimento dessa estrutura, diminuindo quando o corpo amarelo
entra em regressão.
3. A fase menstrual é consequência da baixa concentração das hormonas
ováricas no final do ciclo ovárico anterior; a fase proliferativa deve-se
ao aumento progressivo de concentração de estrogénios durante a
fase folicular; a fase secretora é consequência da ação conjunta de
estrogénios e progesterona durante a fase luteínica.
4.“Com a paragem... no sangue”
5. A ovulação é consequência do pico que ocorre por feed-back positivo
na concentração de LH na fase final da fase folicular.
Ciclo ovárico
 Tem uma duração média de 28 dias.
 Divide-se em fase folicular (14 dias), ovulação e fase luteínica (14 dias).

 Fase folicular – desenvolvimento de 6 a 12 folículos ováricos que


iniciam, mensalmente, o processo de maturação. Apenas um dos folículos
conclui a maturação, degenerando os restantes.
 Termina com a ovulação.
 As células foliculares e a teca interna produzem estrogénios.

 Fase luteínica – formação, evolução e regressão do corpo amarelo.


 Este produz progesterona e alguns estrogénios.
Ciclo uterino
 Paralelamente ao ciclo ovárico, ocorre um ciclo uterino ou menstrual,
com alterações do endométrio (revestimento uterino).

 Estas alterações, induzidas por hormonas ováricas, ocorrem em ciclos de


28 dias e dividem-se em fase menstrual, fase proliferativa e fase
secretora.
Ciclo uterino

Úter
Endométrio o
Miométri
o
Ciclo uterino
Ciclo uterino: Fase Menstrual

 Ocorre, se não houver fecundação no ciclo


anterior, pela degeneração do corpo amarelo, que
deixa de produzir progesterona e estrogénios;

 O endométrio deixa de ser estimulado,


desagregando-se por contração e rompimento
dos vasos sanguíneos, ficando reduzido a 1 mm
de espessura;

 Ocorrem hemorragias, devido à contração e


rompimento dos vasos sanguíneos. O fluxo
constituído por sangue e restos da mucosa
uterina é expulso durante cerca de 5 dias – a
menstruação.
Ciclo uterino: Fase proliferativa

 Decorre entre o 5º e o 14º dia do ciclo,


terminando com a ovulação;

 Coincide com a fase folicular do ovário;

 Dá-se a proliferação de células do


endométrio, que se regenera desenvolvendo
glândulas e vascularização até atingir 6 mm de
espessura.

 O crescimento do endométrio é estimulado


pelo estrogénio.
Ciclo uterino: Fase secretora
 Decorre entre o 14º e o 28º dia do ciclo;

 Coincide com a fase luteínica do ovário e é


estimulada pela ação conjunta do estrogénio
e da progesterona aí produzidos;

 O endométrio atinge a vascularização e a


espessura máximas (até 8 mm);

 As glândulas apresentam atividade secretora


produzindo um muco rico em glicogénio;

• Com estas modificações, o endométrio encontra-se preparado para


receber o zigoto (caso tenha ocorrido fecundação) e suportar uma
gravidez.
Relação entre ciclo ovárico e o
ciclo uterino

➢ Variação de hormonas ováricas


Relação entre a variação de hormonas
hipofisárias e ováricas
Controlo hormonal dos ciclos ovárico e
uterino

Retroação fase folicular (até 12º dia)


Controlo hormonal dos ciclos ovárico e
uterino

Retroação na ovulação (entre o 12º e o 14º dias)


Controlo hormonal dos ciclos ovárico e
uterino

Retroação na fase luteínica (15º ao 26º dias)


Regulação do ciclo ovárico

 O complexo hipotálamo-hipófise produz


gonadoestimulinas (FSH e LH).

 A FSH estimula o desenvolvimento dos folículos


ováricos que vão produzindo estrogénios;

 Uma concentração moderada de estrogénios faz


baixar a FSH, por retroação negativa;

 Ao 12º dia uma concentração elevada de estrogénios


faz aumentar a FSH e, sobretudo, LH, por retroação
positiva;

 Esta descarga hormonal provoca a ovulação.


Regulação do ciclo ovárico
 A LH determina a formação do corpo amarelo que
vai produzindo progesterona e alguns
estrogénios;

 O aumento destas hormonas induz o complexo


hipotálamo-hipófise a inibir a produção de
gonadoestimulinas, provocando a degeneração do
corpo amarelo e diminuindo as suas secreções;

 Esta redução das hormonas ováricas provoca a


desintegração do endométrio (menstruação)…
 …e a estimulação do hipotálamo e da hipófise a
aumentar a produção de gonadoestimulinas,
iniciando-se um novo ciclo.
Resumindo…

https://www.youtube.com/watch?v=WGJsrGmWeKE
Curiosidades “femininas”

Útero duplo é uma condição que afeta 1 em cada 2000 mulheres no mundo. Durante
o desenvolvimento normal do feto, o útero começa como dois tubos pequenos, que
depois se juntam para criar um único órgão com uma cavidade no meio (o útero). Por
vezes os tubos não se juntam completamente e, em vez disso, formam duas estruturas
separadas
Tipos de útero
Atletas Alta Competição
Amenorreia em atletas de alta
competição
 ciclos menstruais ausentes ou com intervalos
superiores a 90 dias;
 Causados por intensa atividade física, padrões
alimentares alterados e/ou pressão associada à
competição.
 É necessário uma quantidade mínima de Massa
Gorda na mulher para a produção das hormonas
sexuais e que esta é afetada pela intensidade/
duração dos treinos/ provas, logo se a mulher
tem um valor abaixo do recomendável de Massa
Gorda inevitavelmente vai ter menor produção
hormonal e terá menstruações menos intensas
ou frequentes ou mesmo ausentes.
Atletas de alta competição e
osteoporose
 Pensava-se que com a diminuição da intensidade dos treinos, o
ciclo menstrual voltaria ao normal sem detrimento da saúde da
atleta. Após algumas pesquisas descobriu-se que a densidade
mineral óssea (DMO) em atletas amenorreicas era
significativamente menor quando comparada a atletas
eumenorreicas (ciclos menstruais regulares).
Mutilação genital feminina
 Consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher, por razões
não médicas.
 A MGF pode ser realizada de diversas maneiras, com a remoção apenas do clítoris,
o corte completo dos lábios vaginais e/ou o estreitamento do orifício vaginal,
deixando apenas um espaço mínimo para a passagem da urina e do fluxo
menstrual.
 Em regra a prática da MGF ocorre durante festividades culturais e é
frequentemente efetuada com recurso a lâminas e outros instrumentos não
esterilizados. Por este motivo e tendo conta a região sensível do corpo da mulher
que é afetada, é comum que a prática do corte dos genitais cause às vítimas dores
intensas, hemorragias, infeções, dificuldades na eliminação da urina, fezes e fluxo
menstrual, complicações nos partos, dificuldades e dor nas relações sexuais, para
além de severas consequências psicológicas.
https://www.youtube.com/watch?v=pfmJ64QjxiE
Mutilação genital feminina

 Em Portugal a Mutilação Genital Feminina


é crime autónomo desde 2015, conforme
artigo 144º A do Código Penal, cuja pena
aplicável é de prisão de dois a dez anos.

Você também pode gostar