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Como acontece para todas as doenças, existem diversos tratamentos para a infertilidade, que incluem medicação, cirurgia e
também várias técnicas de manipulação biotecnológica. Consideram-se técnicas de reprodução assistida os tratamentos ou
procedimentos que incluam a manipulação in vitro de oócitos e espermatozoides humanos, ou embriões, com a finalidade de
estabelecer uma gravidez. Isto inclui, por exemplo, a fertilização in vitro e transferência de embriões, mas não inclui a
inseminação artificial usando esperma do parceiro ou de dador.
A reprodução medicamente assistida – RMA - utiliza diferentes técnicas da ciência e da tecnologia para auxiliar à reprodução
humana, normalmente utilizadas em casais inférteis (ainda que também o sejam em casais férteis, por exemplo, no caso de
portadores do vírus da imunodeficiência humana, da hepatite B ou C.
A RMA é também indicada para casais com elevado risco de transmissão de doenças genéticas (por exemplo, polineuropatia
amiloidótica familiar, vulgar doença dos pezinhos, a doença de Huntington, ou outras.
1.Quando em ecografia se observa desenvolvimento folicular suficiente, recorre-se a um novo medicamento sintético,
semelhante à LH induz a ovulação,
2.Recolha dos ovócitos II (por laparoscopia ou via vaginal, com anestesia) e do esperma;
3.Fertilização dos oócitos II num meio que simula as trompas de Falópio, através do contacto entre alguns oócitos II e uma
elevada concentração de espermatozoides.
4.Seleção dos embriões e implantação, sendo alguns colocados no útero, através de um cateter com monitorização ecográfica.
Alguns embriões podem ser crioconservados e posteriormente utilizados.
5.Tratamento com progesterona e estrogénios para asseguram o desenvolvimento/ manutenção do endométrio que possibilite a
nidação e a manutenção da gravidez, se anteriormente houver êxito.
A laparoscopia é uma técnica cirúrgica moderna, pouco invasiva, e que utiliza pequenas incisões (com cerca de 5 mm) para
realizar uma grande variedade de procedimentos cirúrgicos.
Utiliza para esse fim um laparoscópio, que é uma câmara de alta resolução ligada a um cabo de fibra ótica, que permite ao
cirurgião visualizar num ecrã os diferentes órgãos, por exemplo no abdómen.
Através da laparoscopia é possível recolher ovócitos de uma forma pouco invasiva e cómoda, sem necessidade de fazer
grandes incisões.
pelúcida.
A verificação da fecundação é feita após cerca de 18 horas, através do microscópio.
O embrião resultante é implantado no útero através das mesmas técnicas da
fertilização in vitro descritas.
A inseminação artificial consiste em depositar os espermatozóides, previamente capacitados em laboratório, no cérvix (colo do
útero) no interior do útero, usando meios artificiais.
A fertilização é então in vivo, dentro das trompas de Falópio.
É a primeira técnica a que se recorre na maioria dos casos de infertilidade por ser simples e de baixo custo.
Esta técnica é utilizada se houver dificuldade dos espermatozoides atingirem as trompas, devido, por exemplo a incapacidade
de ejaculação, fraca mobilidade, distúrbios de ovulação, alterações no muco cervical que impeçam a livre penetração dos
espermatozoides no útero, alterações na qualidade do sémen, alterações nas trompas de Falópio e endometriose.
Casais em que haja necessidade de realizar tratamentos de quimioterapia que possam matar ou danificar as células
germinativas, fazem a crioconservação de espermatozoides recorrendo posteriormente à IA.
Pode recorrer a espermatozoides do casal ou em casos de infertilidade masculina recorrer a um doador.
Atualmente é uma técnica frequentemente aplicada por indivíduos homossexuais, recorrendo a um dador de esperma (no caso
da mulher homossexual) ou a uma “barriga de aluguer”, no caso do homem.
A aplicação de qualquer técnica de reprodução assistida deve ser precedida de uma avaliação das causas da infertilidade, de
forma a que se possa escolher o tratamento mais adequado.
Para além das técnicas descritas, existem outras técnicas acessórias muito importantes no campo da reprodução assistida: