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A fertilização in vitro consiste na união do espermatozoide com o oócito em ambiente

laboratorial (in vitro) e posterior transferência do embrião para o útero.

Etapas da fertilização in vitro:


- Estimulação ovárica

-Punção folicular

-Fertilização in vitro

- Desenvolvimento dos embriões

-Transferência embrionária

Estimulação ovárica
Como na realização desta técnica o espermatozoide e o oócito irão ser unidos em
laboratório é necessário primeiro proceder á recolha dos oócitos.

Como a probabilidade de sucesso da técnica depende também do número de ovócitos


obtidos, é realizada estimulação ovárica, normalmente feita por injecções da hormona
FSH, esta irá provocar um maior desenvolvimento de folículos e respectivo oócito do
que seria esperado num ciclo normal. Este tratamento também impede que os oócitos
sejam libertados antes da sua recolha.

Depois de começar o tratamento hormonal a mulher tem de ser acompanhada


regularmente através da realização de ecografias, e, se necessário, análises ao sangue,
para ajustar a medicação e determinar a data da recolha dos oócitos.

Assim que estes se desenvolvem o suficiente, é administrada outra hormona, agora a


hCG. Ela estimula a maturação das células e induz a ovulação.

Esta fase é a mais longa, demorando, habitualmente, entre 8 e 12 dias desde o início
da medicação injetável.

Punção folicular
Cerca de 36h após a medicação realiza-se a punção folicular. É um procedimento feito
com recurso a sedação onde é utilizada uma agulha, guiada através de uma ecografia,
que vai através da vagina até aos ovários. A aspiração dos folículos dura entre 5 a 15
minutos. Sendo aqui recolhidos o maior número de oócitos possíveis.
Posteriormente é procedida á recolha do esperma. Dependendo dos casos e motivo de
infertilidade, pode ser necessária a realização de biópsia testicular.

Em alguns casos são também utilizados tanto óvulos como espermas doados, devido á
impossibilidade do casal utilizar os seus próprios. Nestes casos não é necessário passar
pelas duas primeiras fazes que acabamos de mencionar.

Fertilização in Vitro
Os gâmetas são, então levados para um laboratório onde ocorrerá o processo de
fecundação. O espermatozóide pode entrar no oócito de forma espontânea ou de
forma manipulada.

Desenvolvimento dos embriões(opcional)


A fecundação dos oócitos é verificada algumas horas após estes processos. O número
de embriões depende da quantidade de oócitos recolhidos e posteriormente
fertilizados.

A transferência de embriões faz-se, habitualmente, entre os dias 2 e 5 do seu


desenvolvimento. Por isso durante o período entre a fecundação e a introdução do
embrião ou embriões no útero é feita uma monitorização regular para garantir o seu
normal desenvolvimento.

Transferência embrionária
São seleccionados um ou dois embriões para transferir. Para a implantação é utilizado
um tubo flexível que entra no útero através do colo do útero. Esta etapa ocorre
sempre depois do 6º dia de desenvolvimento, pelo que a transferência tardia poderá
permitir uma melhor seleção dos embriões sem prejudicar os resultados.

Os embriões excedentários com bom desenvolvimento poderão ser criopreservados,


permitindo a sua transferência posterior.

Em algumas situações, para evitar complicações (por exemplo hiperestimulação


ovárica) e/ou melhorar os resultados do tratamento, podem ser criopreservados todos
os embriões para transferir posteriormente (noutro ciclo menstrual).
Isto pode acontecer porque o timing ideal para esta transferência depende do motivo
para a infertilidade e de cada mulher.

Em que situações deve ser aplicada:


-Alterações no sémen (baixa concentração de espermatozóides, espermatozóides com
motilidade reduzida ou morfologia inadequada);

-Obstrução á saída dos espermatozóides (por exemplo vasectomia);

-Trompas obstruídas, por laqueação;

-baixa qualidade ou quantidade dos óvulos;

-Insuficiência / falência Ovárica (podendo haver recurso a ovócitos de dadora);

-Entre outros fatores, como por exemplo depois da falha de tratamentos de primeira
linha ou problemas uterinos.

Vantagens da Fertilização In Vitro


Uma das vantagens é seja qual for a causa da infertilidade, esta técnica garante que o
embrião será gerado e assim poderá ser inserido no útero da mãe.

Outra vantagem é que apesar de o embrião ter-se formado em condições


laboratoriais, a criança irá crescer e ter um desenvolvimento normal.

Existem alguns procedimentos que são totalmente viáveis com a fertilização in vitro,
são eles: transferência de embriões congelados, aconselhamento genético, eclosão
assistida e injeção intracitoplasmática de espermatozoides.

Desvantagens da Fertilização In Vitro


A principal desvantagem é a dificuldade deste processo. Já que necessita de muito
planeamento e esforço das pessoas envolvidas. A mãe irá tomar injeções para a
fertilidade e terá de ser acompanhada regularmente de seus ciclos para poder garantir
uma boa coleta de óvulos e assim que a transferência dos mesmos seja feita no
melhor momento.

E também mesmo depois destes processos todos não existir uma taxa de sucesso muito
elevada. Os riscos por menores que sejam, existem, aumentando quanto maior for a
idade da mãe. Podem ocorrer trombose, hemorragias entre outros sintomas.
Contributo da ciência e da tecnologia
Como é possível perceber depois da descrição do processo da fertilização in vitro este não
seria possível sem um grande desenvolvimento científico neste campo uma vez que é preciso
perceber muito bem como funciona o ciclo ovárico e menstrual, isto quer para proceder aos
tratamentos hormonais e posterior extração dos oócitos quer para saber o momento certo
para inserir o embrião no útero. E também sem o contributo da tecnologia já que é necessário
ao longo do processo recorrer-se á punção folicular e depois é preciso inserir o embrião no
útero que são processos muito delicados impossíveis sem o desenvolvimento de
equipamentos adequados e onde também é preciso recorrer á ecografia.

(Ou seja sem um grande conhecimento cientifico de como funciona o sistema reprodutor, o
desenvolvimento de técnicas e de instrumentos, através da tecnologia, para a realização dos
vários processos a fertilização in vitro não seria possível.)

Curiosidades
Para terem uma ideia uma mulher de 27 anos pertencente a um casal infértil por fator
masculino grave poderá ter uma probabilidade de parto após um primeiro tratamento
superior a 50%. No entanto, uma mulher de 42 anos num casal infértil sem causa
identificada pode ter uma probabilidade de sucesso inferior a 7%.

https://www.saudebemestar.pt https://www.prescrita.com.br/

https://www.enciclopedia-crianca.com/tecnologias-de-reproducao-assistida/
segundoespecialistas/tecnologia-de-reproducao-e-seu-impacto
https://pt.wikipedia.org/

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