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Manipulação da fertilidade

Carla Lopes Nº6 12ºE


Carolina Frazão Nº7 12ºE
Índice
1. Introdução ................................................................................................................. 3
1.1 Problema ............................................................................................................. 3
1.1.1 O que é um indivíduo seropositivo? .............................................................. 3
1.2 Objetivo ............................................................................................................... 3
2. Metodologia .............................................................................................................. 4
2.1 Lavagem de esperma .......................................................................................... 4
2.2 Inseminação intrauterina ..................................................................................... 4
2.2.1 Vantagens..................................................................................................... 5
2.2.2 Desvantagens ............................................................................................... 5
2.3 Fertilização in vitro .............................................................................................. 5
2.3.1 Vantagens..................................................................................................... 5
2.3.2 Desvantagens ............................................................................................... 6
2.4 Injeção intracitoplasmática .................................................................................. 6
2.4.1 Vantagens..................................................................................................... 6
2.4.2 Desvantagens ............................................................................................... 6
1. Introdução
1.1 Problema
Um homem seropositivo para HIV quer ser pai biológico. Conversa com a sua
companheira que aceita uma gravidez desde que haja certeza de que a infeção não é
transmitida nem a ela, nem á criança.
1.1.1 O que é um indivíduo seropositivo?
Após o contágio, o HIV penetra nas células linfócitos T auxiliares, que fazem parte do
nosso sistema imunitário e cuja função é proteger-nos de inúmeros tipos de infeções e
cancros. De seguida, a infeção dos linfócitos T começa a sua destruição, inicialmente o
corpo consegue repor as células destruídas, e o sistema imunitário fabrica anticorpos
HIV, que permanecem no organismo sem se manifestar, ou seja, em estado
adormecido.
As presenças desses anticorpos no sangue do paciente em questão comprovam que já
existiu contacto com o vírus, e consequentemente todos os fluídos do seu corpo
(sangue, saliva. Plasma seminal, etc.) estarão infetados.
1.2 Objetivo
Durante esta pesquisa teremos como objetivo, a identificação de possíveis alternativas
para que este casal posso conceber um filho biológico sem que o vírus seja transmitido
para a mãe ou para a criança, da forma mais eficaz possível tendo em conta a situação
em que nos encontramos.
2. Metodologia
Visto que o homem sendo seropositivo pode transmitir o vírus através de relações
sexuais (HIV encontra-se presente no plasma seminal) encontrámos como alternativas
para este problema três procedimentos de reprodução medicamente assistida:
1. Inseminação intrauterina.
2. Fertilização in vitro.
3. Injeção intracitoplasmática.
No entanto, relativamente aos três procedimentos referidos anteriormente é necessária
a realização prévia de outro processo para que se posso efetuar a reprodução
medicamente assistida sem qualquer tipo de problema graças á condição do paciente
em estudo. A esse processo chamamos: lavagem de esperma.

2.1 Lavagem de esperma


O procedimento consiste em 3 etapas:
1. Centrifugação.
2. Lavagem.
3. Filtragem.
Dada a condição deste homem (seropositivo para HIV), sabemos que o vírus se
encontra no plasma seminal e outras células, mas não nos próprios espermatozoides.
Por esse motivo, é efetuado em laboratório um procedimento que isola os
espermatozoides das células portadoras de HIV. Após essa separação e comprovação
de sucesso, uma parte da amostra passa por um período de quarentena para garantir
que o processo foi efetivo. Caso tenha realmente sido efetuado com sucesso, a restante
amostra congelada segue para o próximo passo, ou seja, para o procedimento de
reprodução medicamente assistida escolhido pelo casal.

2.2 Inseminação intrauterina


Inicialmente é realizada uma avaliação ao casal, para que possa ser avaliado o histórico
médico e feita a realização de exames, como por exemplo: um espermograma para
análise do esperma no homem e verificar a quantidade da reserva ovariana na mulher.
A inseminação intrauterina pode ser realizada durante um ciclo natural (sem
medicação), num ciclo natural modificado (a medicação é utilizada para programar a
data/hora da ovulação) e num ciclo estimulado com medicação, ou seja, estimulação
ovariana, que consiste em provocar o crescimento de folículos primordiais e á posterior
libertação dos oócitos II. A mulher segue então monitorada por ecografias, com o
objetivo de verificar o crescimento dos folículos estimulados e detetando ou escolhendo
a altura ideal para a inseminação.
A coleta de sémen é realizada no dia da inseminação para que o laboratório examine e
escolha os espermatozoides com maior potencial. No entanto neste caso a coleta de
sémen é efetuada anteriormente para que seja feita a lavagem de esperma.
Por último a mulher encontra-se deitada na mesa de exame para que o médico introduza
um espéculo, com o objetivo de identificar o cérvix. Em seguida é introduzido um cateter
e a amostra de esperma é lentamente injetada dentro do útero, sem necessidade de
anestesia, pois é um procedimento rápido e indolor.
2.2.1 Vantagens
Este procedimento geralmente não possui contraindicações e é por isso muito
recomendado pelos especialistas. Para além disse tem como vantagens, o facto de ser
um procedimento muito simples e relativamente mais barato, quando comparado com
outros.
2.2.2 Desvantagens
Como não é realizada a implantação do embrião no útero as possibilidades de conceção
são equivalentes á de uma gravides normal, pois a fecundação pode não acontecer.

2.3 Fertilização in vitro


Inicialmente é feita a estimulação ovárica, por meio de injeções de medicamentos. Esta
estimulação permite aos ovários a produção de maior quantidade de folículos, e
consequentemente, uma maior quantidade de oócitos II. Durante o desenvolvimento dos
folículos é monitorada a quantidade de estradiol, com o objetivo de saber se a sua
evolução se encontra dentro da normalidade. Através de uma ecografia verifica-se que
os folículos alcançaram as dimensões adequadas e é administrada uma quantidade de
HCG que induz a maturação ovárica.
Após a libertação dos oócitos II é feita a aspiração, por meio de um ultrassom trans
vaginal guiado por uma agulha. Todo este equipamento está ligado a uma bomba que
promove a sucção cuidadosa dos oócitos II um por um. A paciente é anestesiada para
não sentir qualquer tipo de incómodo. O procedimento dura cerca de 15 minutos.
Simultaneamente á aspiração de oócitos é efetuada a colheita de espermatozoides e
em laboratório um biólogo especializado seleciona os melhores entre os coletados. No
entanto no caso deste casal, o esperma teria de ser previamente coletado para realizar
a lavagem.
Após a seleção dos espermatozoides e dos oócitos, é colocado um oócito numa placa
de Petri e vários espermatozoides para fertilizarem sozinhos. Caso ocorra fecundação,
seguidamente ocorre o Seguidamente ocorre o cultivo embrionário em laboratório, ou
seja, após a fertilização, o embrião divide-se rapidamente aumentando o volume das
suas células até atingir o estado de mórula, e as divisões continuam até se originar um
blastocisto (fase de segmentação). Depois de atingindo o estado de blastocisto, os
melhores são escolhidos e é realizada a transferência para o interior do útero materno,
com a ajuda de uma cânula concebida para este procedimento. Desta vez a paciente
não necessita de ser anestesiada, pois o procedimento é rápido e indolor.
Por fim os restantes embriões de boa qualidade são vitrificados, com o objetivo de
poderem ser transferidos num ciclo posterior, sem necessidade de uma nova
estimulação ovárica.

2.3.1 Vantagens
Este procedimento possui inúmeras vantagens, tais como: a seleção dos embriões de
melhor qualidade para implantação no útero que potencializa a ocorrência de gravidez,
permite mulheres com trompas de Falópio bloqueadas ou ausentes uma grande chance
de ter um bebé saudável e permite aos homens que são portadores de doenças
infeciosas, serem pais biológicos sem que vírus propague para o resto da família.
2.3.2 Desvantagens
Tal como todos os procedimentos de reprodução medicamente assistida, a fertilização
in vitro também possui desvantagens, principalmente por ser um processo de muito
maior complexidade e possui também um custo mais elevado, existe risco de gravidez
múltipla e as altas doses de hormonas produzidas pelos folículos em desenvolvimento
podem causar fortes dores abdominais, inchaço, vómitos e náuseas.

2.4 Injeção intracitoplasmática


A injeção intracitoplasmática e uma especialização da fertilização in vitro, e por isso, o
procedimento de reprodução medicamente assistida ocorre todo exatamente da mesma
forma, desde a estimulação ovariana, á colheita de esperma, exceto a etapa da
fertilização.
Neste procedimento ao invés de ser colocado um oócito II e espermatozoides numa
placa de Petri para que a fertilização ocorra sozinha, o embriologista injeta no oócito II
um único espermatozoide (escolhido previamente), com a ajuda de uma agulha
Após a ICSI, o restante procedimento é igual ao efetuado na fertilização in vitro, ou seja,
ocorrerá a fase de segmentação, será atingida a estado de blastocisto que
seguidamente é transferido para o útero da mãe.

2.4.1 Vantagens
Este procedimento tem algumas vantagens tais como: otimização das utilizações dos
gâmetas masculinos, possibilidade de fertilização de mais oócitos, uma vez que apenas
um espermatozoide é inserido no mesmo, ou seja, amplia as chances de sucesso. Os
resultados são obtidos com muito mais rapidez, pois bastam 5 dias para selecionar os
melhores embriões e passados 10 dias a gestação já pode ser confirmada.

2.4.2 Desvantagens
A grande desvantagem deste processo é o facto de a injeção intracitoplasmática ser
utilizada há menos tempo pelos especialistas e o seu custo ser ainda mais elevado do
que o da fertilização in vitro.

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