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BIOTECNOLOGIAS APLICADAS À

REPRODUÇÃO DE BOVINOS

Prof. José Adalmir Torres de Souza


DCCV / CCA / UFPI
PRÉ-REQUISITOS PARA O USO DE
BIOTECNOLOGIAS REPRODUTIVAS

1.Condição zootécnica
2.Condição genética
3.Condição sanitária
4.Condição nutricional
5.Condição reprodutiva
6.Condição de manejo
CONDIÇÃO REPRODUTIVA

1.Condição anatômica e topográfica dos órgãos


2.Condição fisiológica e endócrina
3.Reprodução natural

* Biotecnologias Reprodutivas
Biotécicas reprodutivas

1. Inseminação Artificial (IA)


2. IA pós Indução e Sincronização (IATF)
3. Transferência de Embriões (TE/TETF)
4. Produção In Vitro de Embriões (PIVE)
5. Clonagem: blastômeros e células estabelecidas
6.Transgênese
7.Micromanipulação embrionária
-Gêmeos idênticos
-Biópsia para sexagem
-Injeção Intracitoplasmática de Sptz (ICSI)
Biotecnologias reprodutivas

1. Inseminação Artificial (IA)


Biotecnologias reprodutivas

2. Indução e Sincronização de Estro / IATF


Biotecnologias reprodutivas

2. Indução e Sincronização de Estro / IATF


Biotecnologias reprodutivas
3. Transferência de Embriões (TE)
Biotecnologias reprodutivas
4. Fecundação In Vitro (FIV)
Biotecnologias reprodutivas
5. Clonagem

Dolly
Fev/1997

Reprogramação de
células somáticas
Biotecnologias reprodutivas
6. Transgênese
Introdução de um gene
exógeno no genoma
de um animal
Biotecnologias reprodutivas
7. Micromanipulação de Embriões
*Produção de gêmeos idênticos
Biotecnologias reprodutivas
7. Micromanipulação de Embriões
* Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides
(ICSI)

Técnicas de Injeção
de Espermatozóide

Abertura da Zona Pelúcida


Inseminação Subzonal (SUZI)
Injeção intracitoplásmatica
INDUÇÃO E SINCRONIZAÇÃO DO
ESTRO EM BOVINOS

“Controle farmacológico do ciclo


estral e inseminação artificial em
tempo fixo”
Intervalo entre partos e período de serviço
na eficiência reprodutiva em bovinos

Parto Concepção Parto

Involução Período de concepção


uterina 45 dias
Gestação Gestação 290 dias

D-30
D-75
Período de serviço
75 dias
Intervalo entre partos
12 meses
TÉCNICAS DE INDUÇÃO E SINCRONIZAÇÃO DO
ESTRO

 Enucleação do corpo lúteo


 Infusão intrauterina de substâncias irritantes
 Interrupção temporária da amamentação
 Efeito macho
 Manipulação do fotoperíodo
 Aplicação de melatonina
 Manipulação farmacológica do ciclo
ASPECTOS ANATÔMICOS E TOPOGRÁFICOS DOS
ÓRGÃOS GENITAIS DA VACA
Figura 1. Vista lateral, sistema reproductor
femenino.
Figura 2. La cervix
Figura 3. El Utero se divide em dos Cuernos Uterinos
Figura 4. La Union
Utero-Tubal, el Istmo y
el Ampula son regiones
del Oviducto
con funciones distintas.
Figura 5 Las contracciones uterinas ayudan en el
transporte de los espermatozoides.
Figura 3. El Utero se divide en dos Cuernos
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO CICLO ESTRAL DA VACA

Conceitos gerais
 Ciclo estral
 Estro ou cio
 Fêmeas monoéstricas
 Fêmeas poliéstricas (estacionais ou não)
 Fêmeas nulíparas
 Fêmeas pluríparas
 Fêmeas primíparas
 Fêmeas uníparas
 Fêmeas multíparas
Folículo

Corpo Lúteo
• Glândula Mamária
Condição Genética
Condição zootécnica

Novilhas Holandesas

Novilhas Girolando
Novilhas Gir
CONDIÇÃO CORPORAL x FERTILIDADE

BAIXA CONDIÇÃO
CORPORAL

SATISFATÓRIA CONDIÇÃO
CORPORAL
VACAS COM BAIXA CONDIÇÃO CORPORAL
Fecundação
MATURAÇÃO SPTZ CAPACITAÇÃO SPTZ

CAUDA DO EPIDÍDIMO GENITAL FEMININO


Plasma seminal: fatores secreções
anti-capacitantes

remoção de uma capa estabilizadora da membrana


plasmática do sptz (remoção de fatores anti-
capacitantes, tornando a membrana plasmática mais
solúvel)
Fecundação
Reação acrossomal
Processo em que a célula espermática libera as
enzimas acrossomais (acrosina e hialuronidase, além de
outras 18 identificadas) que participam da digestão da
zona pelúcida, permitindo a penetração do sptz, até o
alcance da membrana plasmática do oócito.

- bloqueio da poliespermia
- estímulo para retomada da meiose do oócito
- migração dos pró-núcleos e singamia
- reconhecimento materno da gestação
- implantação
Fases do Ciclo Estral (1)
1) Proestro:
- imediatamente anterior ao cio
- alterações dos órgãos genitais
- crescimento folicular e regressão do CL

2) Estro:
- fêmea aceita macho, permite monta
- alterações dos órgãos genitais
- momento da ovulação (vaca)
3) Metaestro:
-células granulosa transformam-se em células
luteínicas
- redução secreções
Fases do Ciclo Estral (1)
4) Diestro:
- período de atuação máxima do CL
- cessam as secreções
- cérvix fechado
- predomínio de progesterona

5) Anestro:
- período de pausa/repouso sexual
- desenv. folicular é mínimo
- CL nem sempre está presente
- não existem secreções, cérvix fechado
Fases do Ciclo Estral (2)
1) Fase Folicular
Inicia com a luteólise quando as concentrações de
P4 caem para < 1ng/ml, aumentando as frequências
dos pulsos de LH e desenvolvimento de Folículo
dominante (FD).
2) Fase Periovulatória
O FD completa seu crescimento produzido altas
concentrações de estradiol, levando ao cio e altas
cargas de LH.

3) Fase Luteal
Começa com a formação do CL com produção,
principalmente de P4 e ocitocina e vai até a luteólise
Ciclo Estral nos Animais Domésticos

Proestro
Estro

Anestro

Diestro Metaestro

Prenhez
Detecção de Estro em Bovino
Aspectos sobre dinâmica folicular
1. Palpação retal

Até o final da década de 70


a palpação retal foi a base
para o entendimento da
reprodução
Aspectos sobre dinâmica folicular
2. Dosagem hormonal
Aspectos sobre dinâmica folicular
3. Ultrasonografia – Modo B
Aspectos sobre dinâmica folicular
3. Ultrasonografia – Doppler
Fases do crescimento folicular (uma onda): recrutamento (dependente
de FSH); seleção e dominância (dependente de LH); ovulação ou
atresia ( dependente da presença o não do pico pré-ovulatório de LH)
Esquema de ciclo estral com 2 ondas foliculares: a primeira onda
culmina com a atresia do dominante por falta do pico pré-ovulatório de
LH (Fase luteínica) e a segunda onda culmina com a ovulação (Fase
folicular, baixa progesterona e pico pré-ovulatório de LH)
Esquema de ciclo estral com 3 ondas foliculares: a primeira e a
segunda onda culminam com a atresia dos dominantes por falta do
pico pré-ovulatório de LH (Fase luteínica); a terceira onda culmina
com a ovulação (Fase folicular, baixa progesterona e pico pré-
ovulatório de LH).
Mecanismo Endócrinos do Parto
Competição espacial feto útero

Maior atividade adrenal x cortisol

Progesterona x estradiol

Prostaglandina

Ocitocina

Relaxina

“Canal do parto”
Parto
CONTROLE ENDOCRINOLÓGICO DA
REPRODUÇÃO
Sistema endócrino X Sistema nervoso

Eixo HHG (Hipotálamo–Hipófise-Gonada)


Eixo HHO (Hipotálamo–Hipófise-Ovariano)
Eixo HHT (Hipotálamo–Hipófise-Testicular)
Eixo HHA (Hipotálamo–Hipófise-Adrenal)
Eixo HHP (Hipotálamo–Hipófise-Pineal)
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS

 Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH)


 Hormônio Liberador de Tireotrofina (TRH)
 Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH)
 Hormônio Liberador de Hormônio do Crescimento (GHRH)
 Hormônio Inibidor do Hormônio de Crescimento (GHIH)
 Fator Inibidor da secreção de Prolactina (PrIF)
 Fator Liberador de Prolactina (PrRF)
HORMÔNIOS NEURO-HIPOFISÁRIOS
Hormônio Anti-Diurético (HAD)
Principal efeito é sobre a conservação de água
(antidiurese), secundariamente sobre a pressão sanguínea

Ocitocina (Ox)
Principal efeito é sobre a contração da musculatura
lisa (glândula mamária e útero)
HORMÔNIOS ADENO-HIPOFISÁRIOS
Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)
Hormônio Luteinizante (LH)
Hormônio Tireotrófico (TSH)
Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH)
Hormônio do Crescimento (GH) ou Somatotrofina
Prolactina (Prl)
GONADOTROFINAS NÃO HIPOFISÁRIOS
1. Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG)

Produzido pelas células do sincíciotrofoblasto da


placenta fetal a partir do 7o dia após a ovulação
 Secreção máxima na 6a semana pós ovulação
Não é armazenada nas células, sendo excretada após
a produção (diferente do FSH e LH)
Mantém a atividade luteínica materna (evita ciclo
menstrual)
Após 3o mês, estrógeno e progesterona placentários
asseguram a gestação
Base para o diagnóstico de gravidez
Bioatividade semelhante ao LH
Meia vida de várias horas (rica em ácido siálico)
GONADOTROFINAS NÃO HIPOFISÁRIOS
2. Gonadotrofina Coriônica Eqüina (eCG) = Gonadotrofina
Sérica da Égua Prenhe (PMSG)

Glicoproteina de alto pm (70.000), com 45% de


carbohidrato, revestida basicamente de ácido siálico (meia
vida prolongada)
Composta por duas subunidades (alfa e beta)
Expressa em outros mamíferos atividade biológica
tanto FSH como LH
Difere de gonadotrofinas de outras espécies que
mostram principalmente atividade LH
Secretada do 36o ao 38 dia de gestação quando as
células trofoblásticas migram para o endométrio, formando
os cálices endometriais
GONADOTROFINAS NÃO HIPOFISÁRIOS
3. Gonadotrofina da Menopausa Humana (hMG)

Com a diminuição da atividade ovariana na


menopausa, há aumento das concentrações de LH e FSH
que são secretados na urina, de onde são extraídos
Atualmente há uma forma recombinante produzida
em cultura de células
Bioatividade tanto FSH como LH
HORMÔNIOS OVARIANOS
1. Estradiol
 produção: células foliculares
 atuações:
SNC (cio)
útero (potencializa ocitocina e PGF2)
características sexuais secundárias
glândula mamária
feedback com hormônios gonadotróficos (FSH, LH)
2. Progesterona
 produção: células luteínicas (CL)
 atuação:
endométrio (preparo para gestação
glândula mamária
controle ciclo estral (feedback)
HORMÔNIOS OVARIANOS
3. Relaxina
produção: CL durante a gestação; em algumas
espécies pela placenta
atuação: dilatação cérvix, vagina, sínfise púbica;
no momento que precede o parto

4. Inibina
 produção: células da granulosa do folículo
dominante
 atuação:
 impede desenvolvimento dos folículos
subordinados
 inibe liberação de FSH, sem alterar LH
HORMÔNIOS ESTERÓIDES

Principais Estrógenos:
Estradiol
- 17-beta estradiol (E2)
- valerato de estradiol
- benzoato de estradiol
- cipionato de estradiol
Estriol e Estrona
Esteróides da Égua
Principais Andrógenos:
 Testosterona
 Dihidrotestosterona
Progesterona (P4)
HORMÔNIOS DA PINEAL (Melatonina)

Histórico
Herophilos, 2.000 anos atrás: atribuiu à pineal a função
de “órgão reguladora do fluxo do pensamento”
Galeno, 450 anos mais tarde: função similar à dos
nódulos linfáticos
Descartes (1956): “sede da alma”, centro regulador de
toda função sensorial e motora
Kitay & Altschule (1954): pineal como objeto de
estudos das ciências biológicas (livro)
Lerner et al (1958/1959): isola e caracteriza a
melatonina como órgão de relevância endócrina
Reiter (1980) - ação marcante sobre o eixo reprodutivo
de animais estacionais
HORMÔNIOS DA PINEAL (Melatonina)
Aspectos Gerais

 Secreção noturna
 Sinalizadora endógena das estações do ano
 Receptores da retina
 Derivado do triptofano
 Precursor imediato: serotonina
HORMÔNIOS LUTEOLÍTICOS
Prostaglandinas*
Von Euler (1934): o extrato de sêmen humano interferia
na atividade do músculo liso, que era produzida na próstata
e a denominou de prostaglandina (PG)
Eliasson (1959): constatou que quase a totalidade das
PGs eram originadas nas vesículas e não na próstata
PGs ão derivadas do ác. graxo prostanóico
 Visão estrutural e funcional: A, B, E, F
 Na reprodução interessa as PGs E e F
E – pró-conceptiva
F – anti-conceptiva
Pharrys & Wingarden (1969): PGF2-alfa pode ser
usada na regressão morfológica do CL (ratas)
 Vários compostos análogos foram sintetizados
CONDIÇÃO NUTRICIONAL
(Escore Corporal)
Considerações Gerais

Avaliado pelo escore da condição corporal (ECC)


Reflete o grau de armazenamento de energia
Reflete o tempo de retorno da ciclicidade pós parto
Reflete os resultados de prenhez após SE e IATF
INDICAÇÕES PARA USO DE HORMÔNIO
(Kopera, 1972)

 Terapia de substituição
 Terapia de estimulação
Terapia de inibição
Efeitos farmacológicos
Diferentes reações entre as espécies animal
Reações distintas dentro de uma mesma espécie
Reações distintas segundo o estágio ciclo ou gestação
Reações distintas em função da dosagem hormonal
Reações distintas segundo a via de aplicação
Promoção de efeitos colaterais
Efeitos aparentes
SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM BOVINOS COM
PGF2-alfa
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM
BOVINOS COM PGF2-alfa

Inseminação com observação de cio


Detectar e registrar o cio
Inseminar ao final do cio (rufiação)

Inseminação sem observação de cio


Uso de indutores da sincronização e ovulação
Inseminação em dia e hora pré-estbelecida
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO COM PGF2α

PARTO OBSERVAR O CIO OBSERVAR O CIO


E INSEMINAR E INSEMINAR

Período de espera
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
voluntária
PGF2α
PGF2α
Luteolíticos*
Luteolíticos*
Luteolíticos*
Luteolíticos*
Luteolíticos*
Luteolíticos*
SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM BOVINOS COM
PROGESTÁGENOS

Implantes subcutâneos

 Syncro-Mate-B (norgestomet)

 Crestar (norgestomet)
SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM BOVINOS COM
PROGESTÁGENOS

Dispositivos intravaginais com progesterona

 CIDR (Controlled Internal Drug Release)


 PRID (Progesterone Releesing Intravaginal Device)
 DIB (Dispositivo Intravaginal Bovino)
 CRONIPRES
 SINCROGEST
 OUTROS…
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTÁGENOS

Protocolo com Sincro-Mate-B (SMB)

Implante subcutâneo na superfície externa da orelha +


Injeção IM de 2 ml de norgestomet (D0)
Remover o implante em D9
Inseminar em data pré-fixada (D11=48 a 54 h))
Pode associar à separação bezerros (Shang)
Progestágenos

Sincro-mate-B
 Princípio: norgestomet + valerato de
estradiol
Laboratório: Rhodia
Apresentação: frasco com 20 e 50mL
Concentração:150 + 250 mg
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTÁGENOS

Protocolo com Crestar

Implante na superfície externa da orelha (3 mg) +


Injeção IM de 3 mg de norgestomet e 5 mg de
estrogin (D0)
Aplicar IM de PG em D7 ou D8 (vaca)
Remover o implante em D9 ou D10
Aplicar IM 400-500 UI eCG / PMSG (vaca)
IA 48 hs / novilha ou 56 hs / vaca
Implantes auriculares de NOR para o controle do
ciclo estral e da ovulação
Inserção do implante auricular na face externa da
orelha
Inserção do implante auricular na face externa da
orelha
Retirada do implante auricular
Protocolos Crestar para
sincronização da ovulação e IA em
tempo fixo

400UI IATF
VE + NOR eCG + GnRH

Crestar 54h

D0 D9 D11
BE no momento da retirada (D8) ou CE 24h após (D9)

   
BE PGF BE
IATF

Crestar 24h 48 ou 54h

D0 D8 D9 D10
(M e T)

 
PGF +

BE CE IATF

Crestar 48 ou 54h

D0 D8 D10
(M e T)
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTERONA

Protocolo com CIDR (Controlled Internal Drug Release)

 Dispositivo intravaginal com P4 (1,9g) no D0


 Aplicar GnRH em D0 (se IA pré-fixada)
 Retirar o CIDR e aplicar PG em D7
 Observar cio e inseminar (D8 – D12)
 Estrogin em D7 e IA 44 horas depois ou
 GnRH em D8 e IA de 12 a 20 horas
Progesterona
CIDR

Princípio:Progesterona natural
Laboratório:Pharmacia
Apresentação:Pacote com 20 und.
Concentração: 1,9g de progesterona
DETALHE DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL CIDR
SISTEMA CIDR MONTADO
COLOCAÇÃO INTRAVAGINAL DO CIDR
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTERONA

Protocolo com PRID (Progesterone Releasing Intravaginal


Device)

 Por muito tempo usado em bovinos


 Espiral com liberação de progesterona (200 mg) +
 Cápsula com 5 mg de benzoato de estradiol
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTERONA

Protocolo com DIB (Dispositivo Intravaginal Bovino)

Vacas com ciclos normais e ECC >4


Dia 0 (08hs) – colocar DIB e aplicar 2 ml de BE
Dia 8 (08hs) – retirar o DIB e aplicar 2 ml de PG
Dia 9 (08hs) – aplicar 1 ml de BE
Dia 10 (14hs) – Inseminar entre 14 e 18 hs
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTROS EM
BOVINOS COM PROGESTERONA

Protocolo com DIB (Dispositivo Intravaginal Bovino)

Vacas com ciclos normais e ECC >4


Diminui manejo (uma passagem no curral)

Dia 0 (08hs) – colocar DIB e aplicar 2 ml de BE


Dia 8 (08hs) – retirar o DIB e aplicar 2 ml de PG
Dia 10 (14hs) – aplicar 1 ml de GnRH (Gestran Plus)
- Inseminar entre 06 e 10 hs
DIB – Dispositivo Intravaginal Bovino
PRID - Implante Vaginal de Progesterona
Cronipres - Implante Vaginal de Progesterona
17 estradiol

Benzoato de estradiol

Valerato de estradiol

Cipionato de estradiol

1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dias após tratamento
PROGRAMAS DE SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM BOVINOS
COM GnRH e PGF2-ALFA (Ovsynch)

Protocolo - Ovsynch Tradicional (Bovino)

D0 (16hs) - aplicação de GnRH


D7 (16hs) – aplicar PG
D9 (16hs) – aplicar GnRH
D10 (08hs) – inseminar entre 08 e 12 hs
Obs:
Fêmeas cíclicas
Melhores resultados em fêmeas leiteiras
Escore corporal >4
GnRH 7 dias antes de iniciar o protocolo melhora
resultados
Dinâmica folicular - OVSYNCH
GnRH PGF2 GnRH

Ov: 30h
14

10

mm
6 ?

Dia 0 Dia 1/2 Dia 7 Dia 9


Sincronização da ovulação com
GnRH/ e IA Pré-fixada - Ovsynch

GnRH PGF2 GnRH IA

7d 36-48h 16-20h
Ovulação do F.D. Regressão ovulação
Início da nova onda do CL do fol.
SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM BOVINOS COM GNRH E
PGF2-ALFA (Ovsynch)

Protocolo Ovsynch Modificado

D0 (08hs) - aplicação GnRH


D7 (08hs) – aplicar PG
D8 (08hs) – aplicar 1 ml de BE
D9 (14hs) – inseminar entre 14 e 18 hs
Obs
Fêmeas cíclicas
Melhores resultados em fêmeas leiteiras
Escore corporal >4
GnRH 7 dias antes de iniciar o protocolo melhora
resultados
PROGRAMA CO-Synch

GnRH PGF2 GnRH IA

7d 36-48h
Ovulação do F.D. Regressão ovulação
Início da nova onda do CL do fol.
PROGRAMA GnRH-PGF-BE

GnRH PGF2 BE IA

7d 36-48h 3O-36h
Ovulação do F.D. Regressão ovulação
Início da nova onda do CL do fol.
Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
(GnRH)

Gestran Plus

Princípio: lecilerina (análogo)


Laboratório: Ouro Fino
Apresentação: Frasco c/ 20 ml
Concentração:
Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
(GnRH)
Cystorelin
Princípio: diacetato de gonadorelina (GnRH sintético)
Laboratório: Sanofi Aniaml Health (Tuco/Merial)
Apresentação: frasco com 2 e 10 ml de solução esteril
Concentração: 50 mcg por ml
Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
(GnRH)
Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
(GnRH)
Conceptal
Princípio: acetato de buserelina (análogo de GnRH)
Laboratório: Hoechst
Embalagem: Frascos de 10 ml (caixa com 5)
Concentração: 0,0042 mg por ml
OUTROS HORMÔNIOS REPRODUTIVOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
(GnRH)
Relisorme

Princípio: Gonadorrelina (GnRH sintético)


Laboratório: Seerono
Apresentação: 1ampola liofilizado e 1 amola diluente (2ml)
Concentração: 500 mcg por ampola
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)
FSH-P
Princípio: FSH sp (pituitário)
Laboratório: Schering
Apresentação: Frasco com 10 ml
Concentração: 30 mg / frasco
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)

Folltropin-V

Princípio: FSHp (suíno)


Laboratório: Vetrepharm
Apresentação: Fr 20mL
Concentração: 400mg
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)

Super-Ov

Princípio: FSH
Laboratório: Ausa
Apresentação: Frasco 10mL
Concentração: 75 U.I.
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)

Ovagen

Princípio: FSH
Laboratório: Vetrepharm
Apresentação:
Concentração:
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)

Lutropin-V

Princípio: LHp (suíno)


Laboratório: Vetrepharm
Apresentação: Frasco 5mL
Concentração: 25mg
Gonadotrofinas Hipofisárias
(FSH, LH, FSH/LH)
Pluset
Princípio: FSH/LH (suíno)
Laboratório: Calier (Serono)
Apresentação: Frasco com 20mL
Concentração: 500UI
Gonadotrofinas não hipofisárias
(eCG / PMSG, hCG, hMG)

Pergovet

Princípio: hMG (FSH / LH)


Laboratório: Serono
Apresentação: Frasco Ampola
Concentração: 100 e 500UI
Gonadotrofinas não hipofisárias
(eCG / PMSG, hCG, hMG)
Novormon

Princípio: PMSG/eCG
Laboratório: Sintex (Tecnopec)
Apresentação: Fr c/ 25 ml
Concentração: 5000UI / Fr
Gonadotrofinas não hipofisárias
(eCG / PMSG, hCG, hMG)

Folligon
Princípio: PMSG/eCG
Laboratório: Intervet
Apresentação: Fr. c/ 5 e 25 nml
Concentração: 1000 e 500UI / Fr
Gonadotrofinas não hipofisárias
(eCG / PMSG, hCG, hMG)

Vetecor

Princípio: hCG
Laboratório: Serono
Apresentação: cx. c/ 2 Fr. 5000UI
Concentração: 5000UI / Fr
Estrogênios

E.C.P.

Princípio: Cipionato de Estradiol


Laboratório: Rhodia
Apresentação: Frasco 10mL
Concentração:2mg/mL
Estrogênios
Estrogin

Princípio: Benzoato de Estradiol


Laboratório: Farmavet
Apresentação: Ampola 5mL
Concentração:0,01g/mL
Estrogênios

Estrogenol

Princípio: Di-propianato de dietil-estil-bestrol


Laboratório: Hertape
Apresentação: Ampola 5mL
Concentração:
Androgênios

Androgenol (humano)
Princípio: propionato de testosterona
Laboratório: Hertape
Apresentação: Ampola 10mL
Concentração: 100mg
Progesterona / Progestágenos
Promone E

Princípio: acetato de medroxiprogesterona (MGA)


Laboratório: Tuco
Apresentação: Frasco 5mL
Concentração:50mg/mL
Progesterona / Progestágenos

COVINAN
Princípio: progesterona natural
Laboratório:Intervet
Apresentação:Frasco/Ampola
Concentração: 100mg/mL
Progesterona / Progestágenos

Afisterone
Princípio: progesterona
Laboratório:Calier
Apresentação: Frasco 20mL
Concentração: 200mg
Luteolíticos*
Irilen

Princípio – Tiaprost (análogo PG)


Laboratório - Hochst
Apresentação - frascos c/ 10 ml e caixa c/ 5 frascos de 10 ml
Concentração – 0,196 mg / ml
Luteolíticos*
Cronibem

Princípio – D-cloprostenol sódio


Laboratório – (Biogênesis)
Embalagem – Fr c/ 10 ml e ampola c/ 2 ml
Concentração – 7,5 mg / 100 ml
Ocitocina
Obrigado...
TRANSFERÊNCIA DEMBRIÕES EM
BOVINOS
(Produção in vivo de embriões)
CONCEITO
A TE consiste na estimulação hormonal dos
ovários (superovulação e indução de
ovulações múltiplas) de uma vaca, Doadora,
para induzir o desenvolvimento e a
maturação de vários folículos
simultaneamente, cujos ovócitos, uma vez
fertilizados, serão colhidos (embriões) e
transferidos para vacas Receptoras
(inovulação).
HISTÓRICO

A primeira TE em bovinos foi


relatada por Umbaugh em 1949 e o
1˚ produto nascido de TE por Willet
et al., em 1951.
HISTÓRICO
No Brasil, os primeiros produtos desta
tecnologia nasceram em 1979,
resultante de trabalhos realizados por
Jorge Nicolau (Fundação São Pedro-
Sorocaba-SP) e Walter Becker (Lagoa
da Serra-IA, Sertãozinho-SP)
HISTÓRICO

A produção de embriões no Brasil,


representa 92,7 % dos embriões
produzidos na América do Sul

O Brasil é, desde 2002, o país que mais


faz TEs fora da América do Norte .
IMPORTÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE
EMBRIÕES
Zootécnica:
seleção de fêmeas superiores,
teste de progênie,
aumento do número de animais superiores,
redução do intervalo entre gerações,
aumento da velocidade do ganho genético
raças em extinção e/ou exóticas.
.
IMPORTÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE
EMBRIÕES
Biotécnica:
cultivo in vitro,
bipartição embrionária,
sexagem,
criopreservação,
quimeras,
transgênicos,
plonagem (transferência nuclear)
outras
.
IMPORTÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE
EMBRIÕES

Comercial:
gestações gemelares,
descendentes com características pré-
determinada, disseminação genética,
bancos de material genético,
importação e exportação.
Vantagens
 Importar e exportar germoplasma, dispensando o
transporte e quarentena (custos);
 Transferência de embriões a receptoras em estro
natural;
 Preservar embriões exedentes ao número de
receptoras sincronizadas;
 Adequar época dos partos independentes da data
da colheita dos embriões;
 Formação de banco de germoplasma de animais
de espécies e/ou raças em perigo de extinção;
*Acelerar o melhoramento genético pela multiplicação
rápida de animais superiores
Intercâmbio de germoplasma;
*Outros...
Limitações
- Custo operacional: custo de materiais e
hormônios ainda é alto.
- Mão de obra : deve ser qualificada nos
aspectos de detecção de estros, e higiene e
um certo nível de cultura.
- Aspecto sanitário do rebanho
- Aspecto nutricional
- Receptoras
Fatores que influenciam no sucesso
da TE
 Influência da raça sobre os resultados
 Influência nutricional
Condição sanitária das doadoras/receptoras
Adaptabilidade das receptoras
 Variação individual de doadoras/receptoras à
sincronização
 Resposta variada das doadoras às
gonadotrofinas
 Técnicas de colheita e de inovulação
 Estágio de desenvolvimento do embrião
 Outros...
Etapas da TE
Seleção das doadoras / receptoras
Escolha do reprodutor (sêmen)
Sincronização do estro doadora / receptora
Superovulação das doadoras
Detecção do estro e inseminação das doadoras
Colheita das estruturas
Avaliação das estruturas (IETS / SBTE)
Transferência propriamente dita (Inovulação)
Criopreservação dos embriões*
Diagnóstico de gestação
Seleção de Doadoras
Seleção de Receptoras
 Avaliação ginecológica: histórico reprodutivo
 Avaliação zootécnica
 Responsiva a tratamentos hormonais
 Aspectos sanitários
 Aspectos nutricionais (escore corporal)
MANEJO SANITÁRIO EM DOADORAS
E RECEPTORAS

 Protocolo Padrão:
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

LEPTO BOT LEPTO LEPTO BOT

IBR/ CGE AFTO IBR/ CGE AFTO


BVD BVD

RAIVA RAIVA

VERM VERM VERM


Sincronização de Cios entre
Doadoras e Receptoras
 Prostaglandina
 Progesterona / Progestágenos
 Associações de fármacos
 Métodos de detecção de cios
 Sincronismo entre cios e CL
 Treinamento de pessoal
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Prostaglandinas
Implantes Auriculares de
Progestágeno
 SMB: Synchro Mate-B - 6mg de
Norgestomet (NOR)
 Crestar (silicone) - 3mg NOR
* Liberação homogênea e linear
*Todos associados à aplicação de
Valerato de Estradiol (VE)
Implantes Auriculares de
Progestágeno
Implantes Auriculares de
Progestágeno
Implantes Auriculares de
Progestágeno
Implantes Vaginais de
Progesterona
 CIDR (1,5g)
 DIB (1,9g)
 PRID (1,5g)
 CRONIPRES (1,5g)
 PRIME (1,0g)
 SINCROGEST (1,0g)
*Todos associados à aplicação de
Benzoato de Estradiol (BE)
CIDR - Implante Vaginal de
Progesterona
DIB - Implante Vaginal de
Progesterona
PRID - Implante Vaginal de
Progesterona
Cronipres - Implante Vaginal
de Progesterona
Meia-vida estradiol
SUPEROVULAÇÃO

 CONCEITO:

 “Número de ovulações acima do normal


resultante de tratamento com
gonadotrofinas” (IETS, 1998)
Superovulação de Doadoras
Superovulação com eCG
Vantagens
. Aplicação simplificada
. Baixo custo
. Facilidade de obtenção

Desvantagens
. Resultados heterogêneos
. Variabilidade entre partidas
. Meia vida longa
. Possibilidade de reações anafiláticas
. Maior incidência de cistos
. Número significativo de embriões degenerados
Superovulação com eCG

Dosagem
Novilhas - 2000 UI
Vacas - 3000 UI

Esquema de aplicação
DIA Zero - Cio
DIA 10 - eCG
DIA 12 - PGF2-alfa
DIA 14 - Cio + IA
Superovulação com eCG
Superovulação com eCG
Superovulação com hMG

Vantagens
. Alternativa para vacas refratárias
. Facilidade de aquisição
. Meia vida curta

Desvantagens
. Forma de aplicação
. Custo elevado
ESQUEMA DE SOV EM VACAS USANDO hMG

DIA HORÁRIO DOSE


Zero Cio
10 7:00 225 UI
19:00 225 UI
11 7:00 150 UI
19:00 150 UI
12 7:00 75 UI + PGF
19:00 75 UI
13 7:00 75 UI
19:00 75 UI
14 IA -
hMG (Vetecor)
Superovulação com FSH
Vantagens
. Meia vida curta (12h)
. Baixo risco de reações anafiláticas
. Apresenta melhores resultados em estruturas
viáveis por coleta
. Facilidade de aquisição

Desvantagens
. Necessidade de aplicação a cada 12 horas,
durante o período de SOV
. Alto custo
ESQUEMA DE SOV EM VACAS USANDO FSH-P

DIA HORÁRIO DOSE


Zero Cio
11 7:00 7 mg
19:00 7 mg
12 7:00 6 mg
19:00 5 mg
13 7:00 5 mg + PGF
19:00 4 mg
14 7:00 3 mg
19:00 3 mg
15 - Cio
Protocolo clássico para SOV com
FSH
Protocolo clássico para SOB, com P-4
reforçado
Protocolo para SOV, com CIDR (1)
Protocolo para OV, com CIDR (2)
Protocolos ara SOV, sem
progestágeno
D0 = cio
D9 ao D13= início do tratamento, duas
aplicações diárias com intervalo de 12 horas
por 4 dias:
• primeiro dia: 40% da dose total
• segundo dia: 30% da dose
• terceiro dia: 20% da dose + PGF
• quarto dia: 10% da dose
Protocolos para SOV em Bovinos, sem
progestágeno

FSH (200 a 600UI) em


Cio Base doses decrescentes

PGF2 Obs cio Colheita


Obs do cio
(25mg) e IA e TE
D0 D11 D13 D14 D15 D22
Protocolos para SOV em Bovinos, com
progestágeno

Sincronização da FSH (200 a 600UI) em


doses decrescentes
onda folicular
 CIDR-B+ BE (2mg) PGF2  Obs Colheita
ou OPU (25mg) CIDR-B cio e IA e TE
D0 D4 D6 12hs D7 D9 D16
Protocolos de SOV em Bovinos, com
progetágeno

Com progestágeno
Sincronização do FSH (200 a 600UI) em IA 10 e 20hs após o
pico pré-ovulatório doses decrescentes LH (sem obs de cio)
de LH
PGF2 CIDR-B+ Colheita
 CIDR-B+ BE (4mg)
(25mg) LH (25mg) e TE
D0 D5 D7 D9 D17
Hormônios para TE
Gonadotrofinas Hipofisárias
Suína
Hormônio Folículo
Estimulante (FSH)
Superovulação de Doadoras
 Métodos
 Produtos
 Resultados
Detecção do Estro
Detecção do Estro
Detecção do Estro
Detecção Cio
 HeatWatch System
Cobertura
Inseminação
Colheita de Embriões
 Sistema Aberto
Colheita de Embriões
 Sistema Fechado
Procedimentos de Rotina na
Colheita
 Avaliação da resposta à indução da
superovulação ovariana (PR ou US)
 Higienização do Períneo
 Anestesia epidural
 Introdução e fixação da sonda
(corpo/corno)
 Conexão do sistema
 Meio de lavagem
Recuperação e Seleção dos
Embriões
 Filtro Millipore x Encom
 Placas de Petri; Tom cat
 Meios para manipulação
 Classificação dos Embriões –
avaliação morfológica
 Inovulação ou criopreservação
Material de Colheita
Material de Colheita
Material de Colheita
Material de Colheita
Limpeza períneo
Limpeza períneo
Introdução da sonda
Inflando o balão
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Lavando útero
Recuperando estruturas
Recuperando estruturas
Recuperação estruturas
Critérios para Avaliação dos Embriões
Código Avaliação Principais características morfológicas
da IETS
• Estádio de desenvolvimento correspondente ao esperado
Excelente • Massa embrionária simétrica e esférica com blastômeros
1 uniformes (tamanho, cor e densidade)
ou Bom • Forma regular e intacta da ZP
• Extrusão celular da massa celular < 15% do material celular total

• Estádio de desenvolvimento correspondente ao esperado


• Forma regular (ZP intacta ou não) e irregularidades moderadas na
2 Regular massa embrionária (tamanho, cor e densidade)
• Extrusão celular da massa celular < 50% do material celular total

• Estádio de desenvolvimento não correspondente ao esperado


• Irregularidades maiores na forma geral da massa embrionária
3 Pobre (tamanho, cor e densidade das células individuais)
• Extrusão ou degeneração celular da massa celular < 75% do
material celular total

• Estádio de desenv. não correspondente ao esperado


Morto ou (degeneração)
4
Degenerado • Massa embrionária < 25% do material celular total na ZP
• Oócitos ou estruturas unicelulares degeneradas
Classificação segundo o estágio de desenvolvimento
Estruturas colhidas
Transferência propriamente dita
(Inovulação)

Conceito:
Deposição do embrião no útero da
receptora, correspondente ao ovário com
CL.
Material de Inovulação
Material de Inovulação
Inovulação
Formação de CL acessório
Indutor de
ovulação
ESTRO CL 2 CLs
14

10 P4
mm
6 Inovulação
2

Dia 0 Dia 7
Criopreservação de
Embriões
Crioprotetores

* Dimetilsulfóxido (DMSO)
Penetra
Através da * Propanodiol (PROH)
Membrana * Propileno - Glicol (PG)
Plasmática * Glicerol (GLY) (>0oC)
* Etileno - Glicol (EG)

Não Penetra * Polímeros, Polietileno - Glicol (PEG)


Através da * Polivinil - Pirrolidona (PVP)
Membrana * Sacarose (SUC)
Plasmática * Glicerol (GLY) (<0oC)
Identificação da Palheta para Congelação e
Comercialização de Embrião (TE)
Congelação de Embriões
Congelação de Embriões
Isocriogen
Isocriogen
Isocriogen
CL-5000
BIO COOL
BIO COOL
Curva de congelação

Máquina com temperatura programável (TK 3000)


Temperatura 1º patamar – 6ºC
Cristalização (seeding) por 2 minutos

Estabilização por 10 minutos (-6ºC)

Veloc. de 0,5ºC por min. até atingir –32ºC

Tempo 2º patamar 5 minutos

Imersão e armazenagem em nitrogênio em estado líquido


Diagnóstico de Prenhez
(US)

 Precoce (35 dias)


 Definitivo (60 dias)
 Sexagem Fetal (55 a 90 dias)
Diagnóstico de Prenhez
(US)
Diagnóstico de Prenhez (US)
Diagnóstico de Prenhez (US)
Diagnóstico de Prenhez (US)
Diagnóstico de Prenhez (US)
Diagnóstico de Prenhez (US)
Diagnóstico de Gestação Gemelar
Diagnóstico de Morte Embrionária
Produtos de TE
Produtos de TE
Produtos de TE
Produtos de TE
Obrigado...
PRODUÇÃO IN VITRO DE
EMBRIÕES (PIV)
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
(IA)
TRANSFERÊNCIA DE
EMBRIÕES (TE)
PRODUÇÃO IN VITRO DE
EMBRIÕES (PIV)
INTRODUÇÃO (PIV)

Aplicações: Biologia básica à Engenharia genética

Limitações:
Alta variação de resultados
Custo elevado
Legislação de espécie
Baixa qualidade e congelabilidade
Anormalidades fetais (peso ao nascer)
INTRODUÇÃO (PIV)
CLONAGEM

CULTIVO DE FOPA MARCADORES


MOLECULARES
Fecundação
TRANSGÊNESE
In vitro
ICSI
PIV

SEXAGEM DE ESPEMATOZÓIDES
E EMBRIÕES
Produção animal
Preservação de espécies
Medicina humana (fármacos, proteínas, tecidos, órgãos)
DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO DAS
BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO

1891 - Heape

 40´s  IA
 50´s  IA com sêmen congelado, estudos de FIV
 70´s  TE, primeiro bezerro TE –Brasil
 80´s  Micromanipulação, FIV, Clonagem e
Transgênese
 90´s  FOPA
 1996  Dolly, primeiro bezerro OPU-FIV
Brasil, primeiro camundongo FOPA
 2001  Vitória (CENARGEN)
HISTÓRICO DA PIV
• Busca por animais geneticamente superiores
• 1939 - PHILLIPS - Inseminação Artificial (IA)
• Ddiluidores de sêmen
• 1949 - POLGE et al. - Congelação de sêmen
• 1958 - AVERILL & ROWSON - 1º. nascimento TE
• 1981 - BRACKETT - 1º. nascimento bezerro PIV
• 1988 - PIETERSE et al. - punção folicular
transvaginal guiada por ultra-som (“Ovum pick-up”)
BASE FISIOLÓGICA
Base: 90% dos oócitos nos ovários estão nos FOPA
População folicular no ovário:
vaca (235.000),
ovelha (160.000),
cabra (37.000),
mulher (2.000.000)
Atresia folicular:  do capital oocitário no ovário
MOIFOPA: isolamento de folículos pré-antrais
conservação  estocagem
cultivo folicular  PIV de embriões
Aplicações: biologia dos folículos pré-antrais até melhor
aproveitamento animal (PIV e clonagem)
BASE FISIOLÓGICA
ETAPAS DA PIV

• Colheita de Oócitos
- Peças de Matadouro
- Guiado por US (OPU)
• Maturação In Vitro (MIV)
• Fecundação In Vitro (FIV)
• Cultivo In Vitro (CIV)
• Taxas: clivagem e blastocistos
• Inovulação / congelação
ETAPAS DA PIV

• COLHEITA DE OÓCITOS

• MANUAL: ovários abatedouro


– agulhas: 8, 10, 12
– seringa: pressão

• OVUM PICK-UP (OPU)


– meio: PBS+SFB+heparina
– agulha
– pressão: 30 a 90 mmHg
ETAPAS DA PIV
• COLHEITA DE OÓCITOS
- Manual
ETAPAS DA PIV
• COLHEITA DE OÓCITOS
•-Manual
ETAPAS DA PIV

• COLHEITA DE OÓCITOS

- OVUM PICK-UP (OPU)

• 2 x SEMANA X 1 x SEMANA
• SOV x OPU
• Efeitos colaterais
• Efeito terapêutico
ETAPAS DA PIV
• COLHEITA DE OÓCITOS (OPU)
ETAPAS DA PIV
• COLHEITA DE OÓCITOS (OPU)
ETAPAS DA PIV
Punção folicular guiada por ultra-som - OPU
ETAPAS DA PIV
Punção folicular guiada por ultra-som - OPU

2
1 3

0 10 20 30 40 50 60 cm
ETAPAS DA PIV
Punção folicular guiada por ultra-som - OPU
ETAPAS DA PIV
Punção folicular guiada por ultra-som - OPU
ETAPAS DA PIV
Punção folicular guiada por ultra-som - OPU
ETAPAS DA PIV
ETAPAS DA PIV
ETAPAS DA PIV
ETAPAS DA PIV
MATURAÇÃO “IN VITRO” (MIV)

• Lavagem:
– meio lavagem: TCM 199, SFB, G, piruvato
– meio maturação: TCM 199 bicarbonatado,
SFB, LH, FSH, E, piruvato, G, EGF
• TEMPO: 22-24 hs
• TEMPERATURA: 38-39 ºC
• 5% CO2
• UMIDADE
Maturação in Vitro (MIV)

MI
V
FENÔMENOS NA MIV

• Expansão do cumulus-oophurus
FENÔMENOS NA MIV

• Ovócitos Maturos
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS
CCOs
Classe Critérios de avaliação
Cumulus compacto (> 3 camadas de CG claras)
G1 ooplasma homogêneo, marrom claro e
granulações finas
Cumulus pouco compacto (> 3 camadas de
G2 CG) ooplasma heterogêneo e granulação
grosseira e escura (centralizada ou periférica)
Cumulus expandido
G3 ooplasma contraído e vacuolizado ou
fragmentado
G4 Oócito desnudo, sem cumulus
Classificação dos Oócitos
CLASSIFICAÇÃO DOS CCOs
G1 G3

G2 G4
MATURAÇÃO DOSÓÓCITOS

-Oócitos lavados 2x em meio de lavagem,


-Transferidos para microgotas de meio TCM 199
suplementado com 10% SFB, 26,2 mM de NaHCO3,
0,2mM de piruvato de sódio, 75g de kanamicina/ml,
0,5g de FSH/ml, 50g de LH/ml e 1g de 17
estradiol/ml
-Mantidos durante 24 horas na atmosfera de 5% de CO2
em ar, umidade relativa de 100% e temperatura de 38,5 a
39C.
Principais Eventos da Maturação
Oocitária e 1o Ciclo Celular em
Oócitos Fertilizados
X -
XX X X X -
- -
Maturação G1 S G2 Mit Cliv
Oocitária . .
GV MII fertilização

Atividade
MPF
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
• Separação de sptzs: swim-up e gradiente de Percoll
• Capacitação espermática: alterações bioquímicas da
membrana plasmática  heparina
• RA: Ca+2 extracelular  fusão da membrana plasmática
e acrossomal
• Penetração do sptz à ZP: receptores espécie-específicos
• Bloqueio à polispermia: primário e secundário
• Retomada da meiose, formação dos pró-núcleos e
e, singamia
FERTILIZAÇÃO IN VITRO

4 l - 24 x 106
sptz vivos/ml

15-20

FECUNDAÇÃO IN VITRO: TALP-


FIV
Heparina (10g/ml) + BSA (6mg/ml) +
PHE
5% CO , 38,5-39°C, 20-22 h
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
FERTILIZAÇÃO IN VITRO

• Lavagem: TCM 199, hepes, BSA


• Meio
• TALP FIV: heparina, penicilamina, PHE
• SOF: + AANE, AAE
• Semen
• TEMPO
• TEMPERATURA
• 5% CO2
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
SEXAGEM DE SPTZs E
EMBRIÕES
• Aplicações: > seleção, produtividade e doenças sexuais

• Limitações: baixa aplicabilidade e problema sanitário

SEXAGEM DE SPTZs: Separação dos sptzs X e Y

1) Sensibilidade ao pH: ácido (6,5 a 7,3) > motilidade X


alcalino (7,5 a 8,3) > motilidade Y

2) Carga elétrica da membrana: X (- 20mV) > Y (- 16mV)


separação por diferença de velocidade eletroforética
SEXAGEM DE
SPTZs
3) Velocidade de migração: X > peso e tamanho que Y

4) Antígeno de superfície:

- ac anti H-Y+complemento = lise


ou Imunofluorescência indireta
- ac anti proteínas específicas do sexo (SSP)

5) Conteúdo de DNA: tamanho X > Y (2,8 a 12,5%)


citometria de fluxo (90% de acuidade e 11x106 sptz/h

6) Densidade: centrifugação com gradiente de alta


resolução de densidade (ex: Ficoll ou Percoll)
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
• Separação de cromossomos X e Y por peso:
Centrifugação em diferentes gradientes de densidade
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
-Separação de cromossomos
X e Y por conteúdo de DNA:
Coloração fluorescente e
citometria de fluxo
• -Eficiência: 85-90%,
• 6 milhões de sptz X e 6
milhões de Y/ hora
FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Manual IETS, 1998


FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Manual IETS, 1998


FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Manual IETS, 1998


FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

singamia 2-cél. 4-cél. 8-cél. 16-cél. mórula

Manual IETS, 1998


0-2 d 1-3 d 2-3 d 3-5 d 4-5 d 5-7 d

blastocisto blastocisto blastocisto Gestação a


eclodido alongado termo

7-9 d 10-11 d
FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

150m de diâmetro
Zona Pelúcida
Espaço Perivitelíneo Trofectoderma

MCI

Blastômero Blastocele
FERTLIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
CULTIVO IN VITRO

• IN VITRO
– células oviduto, granulosa
– 38,5OC
– 5% CO2
– 48-72 H
• IN VIVO
– Oviduto de ovelhas (receptoras temporárias)
– D7
CULTIVO IN VITRO
Embriões produzidos in vitro x in vivo

Variável in vivo in vitro

Mo - espaço perivitelino 60 a 70% 100%

Coloração blastômero Castanho claro Castanho escuro

Formação blastocele Mais cedo Mais tarde

Compactação Bem evidente Pouco evidente

Eclosão Menor tamanho Maior tamanho


Produção in vitro de Embriões - PIV

In vivo: cirúrgico -
SOV
Ovário abatedouro
OPU
MIV

Capacitaçã
o
espermátic
a
FIV

Receptora intermediária
Co-cultivo celular
Meio definido
CIV
Produção in vitro de Embriões - PIV

Cultivo Transferência
Embrionário
( 7 dias)

Congelamento
Produção in vitro de Embriões - PIV
IMPACTOS DA PIV
PRODUÇÃO ANIMAL
 Multiplicação rápida de animais superiores
  nº. produtos / vaca / ano

 Otimização na utilização de Fêmeas


 Vacas prenhes e senis
 Utilização de fêmeas em programas de TE que não
respondem mais a SOV
 Animais com problemas reprodutivos adquiridos
 Utilização de animais mortos
IMPACTOS DA PIV
Média de ovócitos/ sessão OPU varia com a estratégia
adotada:

10 oócitos / sessão OPU


2 sessões / semana = 20 oócitos / semana
30% de blastocisto = 6 embriões / semana
40% de prenhez = 2,4 prenhezes / semana

IA = 1 bezerro / ano
TE = 1 bezerro / mês
FIV = 1 bezerro / semana
IMPACTOS DA PIV
PRODUÇÃO ANIMAL
 Diminuir o intervalo entre gerações acelerando o processo
de melhoramento
 Utilização de novilhas pré-puberes e bezerras 2-3 meses

Pyrayara – 21 ovoc. 1,6 % Bl


IMPACTOS DA PIV

Produção Animal
 Estabelecimento de linhas de produção
 Animais F1
Ex:  produção de leite

 Macho ou fêmeas
Associação com a sexagem de sêmen

Uma dose de sêmen sexado


produção muitos embriões
LIMITAÇÕES DA PIV

 Gerais
Infraestrututa
Recursos humanos
Meios, reagentes, qualidade da água

 Específicas
Custo x benefício - taxas de blastocisto e gestação
Variabilidade ovócito – doadora
Variabilidade no sêmen e interação touro/vaca
Dificuldade de criopreservação de embriões e
ovócitos
Lesões na fêmea (adulta e bezerra)
LIMITAÇÕES DA PIV

Cortes Histológicos de Ovários Submetidos a OPU

Hemorragia
Trajeto da Agulha
Área de
(250x)
Fibrose
Ponto Cicatriz (160x)
Penetração Trajeto da Agulha
Agulha de (160x)
Punção
LIMITAÇÕES DA PIV

Presença de Lesões após a OPU


Características macroscópicas
- presença de coágulos nos folículos
- espessamento do epitélio ovariano
- aderência entre ovário e tuba uterina

Ovário Submetido a OPU Aderência entre Ovário


e Tuba Uterina
LIMITAÇÕES DA PIV

Conclusões
- As aderências ovarianas tem correlação
significativa com o número de sessões de OPU
- Os sinais de fibrose tem alta correlação com o
numero de oócitos recuperados

- As lesões ovarianas podem comprometer a


fertilidade de novilhas ou bezerras quando
submetidas a OPU?
PRIMEIROS BEZERROS DE PIV
Obrigado...

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