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Índice

1. Introdução..................................................................................................................2
2. OBJECTIVOS............................................................................................................3
2.1. Objectivo Geral...................................................................................................3
2.2. Objectivo Especifico...........................................................................................3
3. Metodologia...............................................................................................................3
4. Marco Teórico............................................................................................................4
5. A fertilização in vitro (FIV).......................................................................................4
5.1. Indicação da Fertilização in Vitro.......................................................................4
5.2. Procedimento da Fertilização in Vitro................................................................5
5.3. Estimulação ovariana..........................................................................................6
5.4. Captação dos óvulos...........................................................................................7
5.5. Fecundação do óvulo..........................................................................................7
5.6. Transferência de embriões..................................................................................8
6. A maternidade ou gestação de substituição...............................................................9
6.1. Historial..............................................................................................................9
6.2. A criança é filha de quem?.................................................................................9
6.3. Quem pode pedir o registo de nascimento?........................................................9
6.4. Como pedir?......................................................................................................10
6.5. Filiação: quem fica a constar como mãe e pai da criança no registo de
nascimento?.................................................................................................................10
6.6. Vantagem da Maternidade de Substituição......................................................10
6.7. Desvantagem da Maternidade de Substituição.................................................10
6.8. Contradições religiosas.....................................................................................10
7. Conclusão.................................................................................................................11
8. Referências Bibliográficas.......................................................................................12

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1. Introdução

A técnica de fertilização in vitro (FIV) iniciou uma nova era da medicina reprodutiva
quando, em 1978, resultou no nascimento do primeiro "bebê de proveta", no Reino
Unido, realizada pelos médicos ingleses Patrick Steptoe e Robert Edwards. Desde então,
o desenvolvimento tecnológico tem proporcionado taxas de sucesso progressivamente
maiores, garantindo o sucesso na realização do sonho de muitos casais.

Inicialmente restrita às mulheres com obstruções das trompas, hoje a FIV é utilizada
como opção terapêutica para casais com fatores masculino, imunológico, ovariano e
com endometriose, entre outras causas.

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2. OBJECTIVOS

Os objectivos deste trabalho está dividido em dois, objectivo geral e objectivo


específico dos quais.

2.1. Objectivo Geral

Abordar sobre a fertilização in vitro (FIV).

2.2. Objectivo Especifico

 Classificar as suas respectivas etapas;


 Identificar as respectivas recomendações desse método de fertilização in vitro;

3. Metodologia

De salientar que para a elaboração do presente trabalho o grupo recorreu a revisão


bibliográfica num manual de Ética Deontológica e alguns manuais disponíveis na
internet que versão o tema em epigrafe cuja as referências bibliográficas estão listadas
na página de referências bibliográficas.

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4. Marco Teórico
5. A fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida que


consiste na união do espermatozoide com o ovócito em ambiente laboratorial (in vitro).
Pode ser realizada pela deposição de um número significativo de espermatozoides, 50 a
100 mil, ao redor dos ovócitos (FIV clássica ou convencional); ou pela inserção de um
único espermatozoide no interior do ovócito (ICSI) - procurando obter embriões de boa
qualidade que poderão ser congelados ou transferidos para a cavidade uterina.

Por outra: A fertilização in vitro (FIV) é um dos tratamentos que compõem o grupo de
tecnologias de reprodução assistida. Ela consiste em fecundar o óvulo fora do corpo,
para somente depois que o embrião começar a se formar inseri-lo no útero, a fim de
implantar-se e acontecer a gravidez.

Trata-se do tratamento mais completo em reprodução assistida, e que oferece boas


chances de sucesso, sendo em média de 45%. Porém, esse número varia de acordo com
a idade da mulher.

É um método bastante difundido porque possui um bom custo-efetividade para quem


deseja constituir família ou ter mais um filho, e não consegue por vias naturais. Isso em
comparação com outros métodos de reprodução assistida.

5.1. Indicação da Fertilização in Vitro

Para os tratamentos de reprodução assistida, antes de fazer a indicação de um deles o


casal é instruído a tentar outras alternativas para conseguir a gravidez por vias naturais.
O acompanhamento de um ou mais profissionais pode ajudar nessa tentativa.

São realizados exames tanto na mulher como no homem, também indicados


medicamentos, mudanças de hábitos e até mesmo cirurgias quando preciso. E ainda é
recomendado tentar o coito programado e também a inseminação artificial.

Se em nenhum desses casos o casal conseguir a gravidez, então, a FIV é o tratamento


mais indicado. Também é preciso entender que um casal é considerado com problemas
de fertilidade quando durante um ano não consegue a gravidez naturalmente, se a
mulher tiver menos do que 35 anos ou 6 meses se tiver mais de 35.

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Por isso, a FIV na maioria das vezes não é o primeiro método a ser utilizado quando o
casal anseia por um filho. Mas ela é uma alternativa quando outras tentativas não
surtiram efeito positivo. A fertilização in vitro geralmente é indicada em casos de:

 Alterações no sêmen;
 Baixa concentração de espermatozoides;
 Espermatozoides com motilidade reduzida ou morfologia inadequada;
 Homens que fizeram vasectomia;
 Obstrução na saída dos espermatozoides;
 Homens azoospérmicos;
 Endometriose;
 Pouca quantidade de óvulos;
 Baixa qualidade dos óvulos;
 Algumas doenças genéticas;
 Infertilidade sem causa aparente (ISCA).

NOTA: Apesar da FIV ser indicada, em grande parte dos casos, apenas depois de outras
tentativas, também pode ser que o especialista indique esse tratamento como primeira
opção. Isso porque não há uma regra a ser seguida, mas sim, atende-se a necessidade de
cada casal.

Quando o método falhar, então o especialista em reprodução humana deve ser


consultado para adotar novas medidas e observar mais a fundo porque o casal não
consegue engravidar.

5.2. Procedimento da Fertilização in Vitro

O tratamento de fertilização in vitro não é demorado. Todo o processo dura em média


20 dias, mas é preciso monitoramento frequente, com diversas visitas à clínica para que
cada etapa ocorra no tempo ideal.

Para desenvolver o embrião podem ser utilizados os óvulos da mulher ou de uma


doadora, assim como espermatozoide do seu parceiro ou de um doador. Isso é definido
para cada caso se não houver a possibilidade de que sejam utilizadas as células do casal.

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As etapas da FIV se dividem em:

 Estimulação ovarina,
 Captação dos óvulos e espermatozoides,
 Fecundação dos óvulos e
 Transferência de embriões.

5.3. Estimulação ovariana

A primeira etapa da fertilização in vitro consiste em estimular o organismo da mulher a


liberar um grande número de óvulos. Para isso ela recebe o hormônio FSH, a fim de
estimular o crescimento dos folículos ovarianos.

Esse mesmo hormônio é utilizado para a inseminação artificial, porém, na FIV sua dose
é mais alta para que se possa obter um maior número de óvulos. E depois disso, a
mulher precisa ser acompanhada quase todos os dias pelo médico.

Isso porque é fundamental que se observe o crescimento folicular para que, assim que
ele atinja o tamanho adequado, possa ser administrado mais um hormônio, agora o hCG.
Ele estimula a maturação das células e induz a ovulação, ou seja, a liberação dos óvulos.
Essa etapa tem duração de cerca de 9 a 12 dias.

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5.4. Captação dos óvulos

Depois que a mulher recebe o hormônio hCG essa etapa é agendada para as próximas
34 ou 36 horas. Isso possibilita que os óvulos sejam coletados assim que a ovulação
acontecer, sendo que eles são extraídos dos ovários.

A mulher recebe uma sedação e anestesia para aliviar dores e incômodos. Então, o
especialista realiza a punção ovariana utilizando uma agulha guiada pelo equipamento
de ultrassom transvaginal.

Por sucção o líquido dos folículos ovarianos é coletado, e junto dele, os óvulos. Essas
células ficam reservadas em tubos de ensaio para que os embriologistas façam sua
análise posteriormente. Então, as células são colocadas em um ambiente de cultura e
levadas para a estufa, aguardando a fertilização. Em cerca de meia hora é possível
coletar vários óvulos.

Para captação dos espermatozoides o homem deverá produzir uma amostra de sêmen
para ser utilizada na fertilização dos óvulos. É preciso uma abstenção de ejaculação de 3
a 5 dias antes da data da coleta. O esperma também é conservado em meio apropriado
para manter a qualidade dos espermatozoides.

5.5. Fecundação do óvulo

Depois de obtidas as células femininas e masculinas, então é o momento de fecundar os


óvulos. Para isso, ambas amostras são colocadas em incubadoras para que o processo se
dê de forma natural, com o espermatozoide procurando o óvulo.

Porém, pode acontecer de a taxa de fertilização ser baixa, e quando há essa suspeita, a
injeção intracitoplasmática é utilizada. Nesse caso, o embriologista escolhe um
espermatozoide e o injeta no óvulo para tentar a fertilização.

As células são monitoradas para se observar se há a divisão celular, pois é isso o que
indica que a fertilização foi um sucesso e dá início à formação do embrião.

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5.6. Transferência de embriões

Cerca de 3 a 5 dias depois de confirmada a fertilização do óvulo é feita a transferência


de um ou mais embriões para o útero da mulher. Essa etapa é considerada indolor,
embora algumas mulheres possam sentir cólicas leves, então, não é utilizada anestesia
ou sedação.

O incômodo é semelhante ao do provocado pelo exame de Papanicolau, e para


realização dessa etapa a mulher deve estar com a bexiga cheia, para que o aparelho de
ultrassom possa captar imagens.

A transferência é feita por meio de um tubo flexível que é introduzido no útero pelo
orifício externo do colo. Com auxílio de uma seringa o líquido onde estão os embriões é
injetado no útero para que aconteça a implantação.

É recomendado que a mulher permaneça em repouso relativo por 2 dias, evitando


actividades de impacto como:

 Exercícios,
 Subir e descer escadas,
 Levantar pesos ou ter relações sexuais.

O especialista pode recomendar medicamentos para suporte da gravidez, mas ela apenas
é confirmada cerca de 9 a 12 dias depois, por meio de exame.

A FIV é um tratamento seguro e com grande chance de sucesso, por isso, é um dos mais
utilizados para ajudar os casais a realizarem o sonho de ter um filho.

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6. A maternidade ou gestação de substituição

6.1. Historial
Em 1982 ocorreu a primeira gravidez obtida através da reprodução artificial nos Estados
Unidos da América e dois anos depois, em 1984, esse facto ocorreu no Brasil, quando
foram conhecidos o nascimento de crianças que tinham sido concebidas por pessoas
sem qualquer tipo de ligação ou laços genéticos.

A maternidade ou gestação de substituição, também designada de “barriga de


aluguer”, é a situação em que uma mulher se dispõe a suportar uma gravidez por conta
de outrem e a entregar a criança após o parto, renunciando aos poderes e deveres da
maternidade. Na maternidade de substituição a gestante não pode participar com
material genético próprio.

Por outras, compreende-se por maternidade de substituição “o acordo mediante o


qual uma mulher que se compromete a gerar um filho, dá-lo á luz, e posteriormente
entregá-lo a outra mulher (ou em casos mais complexos a um homem), renunciando em
favor desta a todos os direitos sobre a criança, inclusivamente a qualificação jurídica de
“Mãe”. (VERA LÚCIA RAPOSO. Coimbra Editora, 2005, pp. 13)

6.2. A criança é filha de quem?


A criança que nasce através do recurso à maternidade de substituição é filha dos
beneficiários.

 Se recorreu à maternidade de substituição saiba como registar a criança. O registo de


nascimento é gratuito e obrigatório, deve ser feito nos primeiros 20 dias após o
nascimento.

6.3.  Quem pode pedir o registo de nascimento?


O registo de nascimento pode ser pedido:

 Pelos pais beneficiários da maternidade de substituição


 Pelo pai biológico.

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6.4.  Como pedir?
O registo de nascimento de uma criança nascida em Portugal através do recurso à
maternidade de substituição pode ser pedido no serviço online, ou presencialmente no
balcão Nascer Cidadão do hospital, onde a criança nasceu, ou num serviço de Registo
Civil.

6.5. Filiação: quem fica a constar como mãe e pai da criança no registo de
nascimento?
No registo de nascimento fica a constar como filiação do bebé, os pais beneficiários da
maternidade de substituição.

Caso não seja possível apresentar os documentos, o nascimento fica registado com a
filiação do pai português beneficiário e a filiação materna da gestante. Depois, a mãe
beneficiária pode recorrer à adoção e assim estabelecer o vínculo de filiação materna.

6.6. Vantagem da Maternidade de Substituição


A taxa de sucesso é bastante alta porque ela engloba:

 Esperança;
 Experiência;
 Conexão genética;
 Assistência Jurídica. Etc.

6.7. Desvantagem da Maternidade de Substituição


 Processo difícil;
 Finanças;
 Falta de controlo;
 Sistema Jurídico complicado.

6.8. Contradições religiosas


A Igreja mantém a sua firme posição as chamadas "barrigas" de aluguer. Segundo o
Padre Manuel Barbosa porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), vê na
impossibilidade de a gravida revogar a decisão, uma agravante de uma lei que, por si, já
não se faz sentido.

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"O princípio já se trata de uma maternidade de substituição que não faz sentido fora do
âmbito da vida do casal. Esse é o princípio que se mantem e com essa agravante de a
mãe não poder ficar com a criança".

7. Conclusão

Homens e mulheres, levados pela esperança de engravidar, tendem a não se incomodar


com as exigências e o desgaste que significam os procedimentos da FIV, mas quando o
resultado é o fracasso, começam a surgir vivências e a levantarem-se questionamentos
que foram minimizados ou não tidos em conta antes de iniciar-se a terapêutica. Cabe
destacar a importância do apoio psicológico a homens e mulheres como parte do
processo da FIV, pois é de responsabilidade de todos os membros da equipe de
reprodução humana oferecer informações, esclarecer dúvidas e oferecer suporte para
que as pessoas encontrem uma melhor maneira de lidar com as exigências dos
procedimentos.

Começamos por analisar a questão da temática da maternidade de substituição. Portanto


concluímos que neste tipo de maternidade de substituição não existe qualquer contributo
biológico da mãe para o embrião, mas apenas o facto de existir o gerar da criança.

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8. Referências Bibliográficas

Olmos, Paulo Eduardo (29 de março de 2020). «Capítulo 21 - A fertilização in


vitro». Clínica Olmos. Editora Cia dos Livros. Consultado em 27 de fevereiro de 2021.
Alesi, R. (2005). Infertility and its treatment--an emotional roller coaster. Australian
Family Physician, 34(3),135-138. Allard, M. A., Séjourné, N. & Chabrol, H. (2007) The
experience of in vitro fertilization procedure (IVF). Gynécologie,Obstétrique &
Fertilité, 35(10),1009-1014.
RAPOSO, Vera Lúcia – De mãe para mãe, Questões Legais e Éticas suscitadas pela
Maternidade de Substituição, Centro de Direito Biomédico, Coimbra Editora, 2005, pp.
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