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TEMA: Strongyloide stercoralis

Estrongiloidíase é uma infeção intestinal causada pelo parasita nemátodo Strongyloides


stercoralis. A infecão do hospedeiro ocorre por meio da penetração de larvas infectantes, as
quais realizam um ciclo cardiopulmonar.

A forma adulta parasitária é a fêmea partenogenética que mede de 1,7 a 2,5 mm de


comprimento.

Ciclo de vida

Os ovos eclodem liberando larvas no intestino antes de serem eliminados nas fezes, as larvas
podem maturar para afoma filaroide no intestino e causar autoinfeção . Um ciclo de vida livre, não
parasitário, pode se estabelecer fora do hospedeiro humano.

No desenvolvimento direto uma larva de Strongyloide setercoralis pentra na pele e outra na


circulação seguindo o curso pulmonar.

A forma adulta se desenvolvem no intestino delgado.

No desenvolvimento indireto, as larvas no solo se desenvolvem e adultos de vida livre que


produzem ovos e larvas.

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Modo de Transmissão
As larvas infectantes (filarioides), presentes no solo, penetram através da pele e chegam aos
pulmões, traqueia e epiglote. Após serem deglutidas atingem o trato digestivo onde se
transformam em verme adulto. A fêmea libera os ovos larvados que eclodem ainda no
intestino, liberando larvas rabditoides (não infectantes), que saem pelas fezes. No meio
externo, as larvas rabditoides podem evoluir para a larva filarioide (forma infectante) ou
para adultos de vida livre que geram novas formas infectantes.

Outra forma de infeção, é por meio da transmissão fecal-oral, com a ingestão de água ou
alimentos contaminados.

A autoinfeção externa ocorre quando as larvas presentes em resíduos de fezes na região


anal e perianal penetram no indivíduo pela mucosa retal.

Autoinfeção interna ocorre no próprio intestino do indivíduo infectado.

O período de incubação é de 14 a 28 dias.

Sinais e sintomas
Lesões cutâneas.

Lesões pulmonares.

No intestino, a infeção intestinal é normalmente assintomática. Entretanto, cargas


parasitarias altas podem envolver os ductos biliares e pancreáticos, todo o intestino delgado
e o colon, causando inflamação e ulceração levando a dor e sensibilidade epigástrica,
vomito, diarreia e ma- absorção.

Diagnóstico
O exame do sedimento proveniente da concentração de amostra fecal revela as larvas, na
infeção por Strongyloide stercoralis, os ovos geralmente não são visualizados. Recomenda-
se a coleta de três amostras de fezes, 1 por dia por 3 dias, pois as larvas de Strongyloide
stercoralis podem apresentar intermitência, com muitas presentes em um dia e poucas ou
nenhuma outro dia seguinte.

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Método de Baermann Moraes.

Para a concentração de larvas vivas de Strongyloide stercoralis de amostras fecais. Este


método utiliza um funil com uma válvula reguladora e uma gaze inserida. O funil é
preenchido com água morna para um nível que recebe a gaze e uma amostra de fezes
colocada na gaze, parcialmente em contato com água. As larvas presentes nas fezes migram
através da gaze em direção à água e então sedimentam no pescoço do funil onde elas
podem ser detetadas por microscopia de pequeno aumento.

Podem ser utilizadas culturas de larvas a partir da amostra fecal utilizando culturas de agar.

Tratamento

o tratamento pode ser feito com os seguintes medicamentos:

Tiabendazol pomada 30g via topico, Ivermectina comp 1mg via oral ou Albendazol 1
comprimido por dia durante 7 dias 200mg a 400mg via oral.

Prevenção.

• Lavar bem as mãos sempre que usar o banheiro, ou antes das refeições;

• Conservar as mãos sempre limpas, unhas aparadas, e evitando colocar a mão na boca;

• Beber somente água filtrada ou fervida;

• Lavar bem os alimentos antes do preparo, principalmente se forem consumidos crus;

• Andar somente calçado;

• Comer apenas carne bem cozido;

• Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída;

• Manter limpa a casa e o terreno em volta, evitando a presença de moscas e outros insetos.

• Proibição do uso de fezes humanas para adubo.

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Epidemiologia

Strongyloide stercoralis necessita de temperaturas quentes e umidade, demostra baixa


prevalência, mas de certa forma uma ampla distribuição geográfica, incluindo partes do
norte dos Estados Unidos e Canadá. A transmissão sexual também ocorre. São reconhecido
reservatórios como animais de estimação

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Conclusão

Chegando ao fim deste trabalho concluimos que a estrongiloidíase é uma doença causada
pelo parasita Strongyloide stercoralis e possui maior prevalência em regiões quentes (com
temperatura entre 25 a 30º C) e com bastante umidade. Os nematódeos são encontrados em
solo arenoso e podem viver indefinidamente no solo como formas livre.

O diagnóstico definitivo normalmente é feito mediante a detecção de larvas nas fezes.

A transmissão ocorre por meio da via fecal-oral, com a ingestão de água ou alimentos
contaminados com larvas infectantes. O tratamento é feito como os seguintes
medicamentos:

Tiabendazol, Ivermetina ou Albendazol.

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