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HELMINTOS

Profª Gabriela Magnago


Características

Helminto = verme

Animal com o corpo alongado e sem


esqueleto;

Podem se multiplicar dentro ou fora


do hospedeiro;
Os Helmintos se dividem em duas classes:

Nematelmintos - animais livres de


solos úmidos, aquáticos de água
doce ou salgada. Corpo mole,
alongado e segmentado.
Possuem tubo digestório completo,
com boca e ânus.

Platelmintos – são achatados, tipo


folha, devido a ausência de sistema
circulatório e respiratório. Habitat:
ambientes muito úmidos, água doce
e o mar.
NEMATELMINTOS
ou nematódeos:

 Ascaris lumbricoides
 Enterobius vermicularis
 Ancylostoma duodenale
PLATELMINTOS

 Schistosoma mansoni
 Taenia saginata
 Taenia solium
Patologias causadas por Helmintos

Ascaridíase
Oxiúrus
Ancilostomíase
Teníase
Equistossomose
Elefantíase
Larva Migrans Cutânea e Visceral
ASCARIDÍASE
Agente Etiológico: Ascaris lumbricoides

Distribuição mundial;

200.000 ovos/dia (fêmea);

Contaminação: água ou alimentos


contaminados pelos ovos;

Larvas na circulação: fígado, coração e


pulmões;
Sintomas: dor abdominal, flatulência,
cólica, diarréia, náuseas, vômitos, e
presença de vermes nas fezes.

Tratamento: Mebendazol, albendazol,


pamoato de pirantel, levamisol,
Piperazina + óleo mineral.
Ciclo de Vida
Ingestão de ovos
ingestão de larvas

larva rabditóide

fezes

ovo
OXIUROSE (OXIÚRUS)

Agente etiológico: Enterobius


vermicularis

Transmissão: ingestão de ovos do parasita;


contaminação da água ou alimento; roupas de
cama, toalha;

Sintoma típico: Prurido anal (fêmeas do


verme eliminam grande quantidade de ovos
na região perianal);
Distribuição mundial, + regiões
Temperadas;

Rompimento fêmea – ovos detectados nas


fezes de até 5% dos pacientes;

Assintomático

Sintomático: prurido anal noturno/ perda


sono/ nervosismo

Tratamento: Albendazol, mebendazol,


Pamoato de pirantel
Ciclo de Vida
ANCILOSTOMÍASE
(AMARELÃO)
Agente etiológico: Ancylostoma duodenale
Necator americanus
Sintomas:
◦ Infecções maciças e agudas – fadiga, fraqueza,
dores abdominais, diarréia com sangue
◦ Infecções crônicas: anemia ferropriva,
cansaço, desânimo, fraqueza, tonturas,
vertigens, mialgias, dores peito, cefaléia
EPF: ovos nas fezes
Tratamento: Mebendazol,
albendazol, Pamoato de pirantel
1.Penetração da larva L3 (filarióides)
pela pele;

2.Larvas carreadas pelo sistema porta


até os pulmões;

3.Larvas rompem os capilares e caem


nos alvéolos, sofrendo nova muda (L4).
Migração das larvas para a faringe;

4.Expulsão das larvas pela


expectoração ou deglutição;

5.Larvas deglutidas atingem o


duodeno, onde sofrem uma nova muda
(L5), sendo que posteriormente
amadurecem sexualmente
transformando-se em adultos.
Fêmeas, após a cópula, iniciam a
ovoposição.

6.Eliminação dos ovos embrionados


pelas fezes e contaminação do
ambiente;

7.Evolução dos ovos férteis no solo


até se tornarem larvados, com L1
(rabditóide) que após a liberação se
desenvolvem, sofrendo muda para L2
rabditóide;

8.Transformação para larva L3


filarióide infectante
TENÍASE (solitária)
Existem duas espécies:Taenia solium e Taenia
saginata.
Taenia solium: o hospedeiro intermediário é o porco.
Taenia saginata: o hospedeiro intermediário é o boi.
Hospedeiro definitivo: homem
Ovos T.solium ingeridos: - cisticercose
Assintomático
Sintomas: Fenômenos tóxico-alérgicos, hemorragias
mucosa, desconforto abdominal, diarréia, obstrução
intestinal, tonturas, astenia, apetite excessivo, náuseas,
vômitos, distensão abdominal, dores abdominais, perda
de peso
EPF: ovos e proglotes (após 3 meses desenvolvimento) –
diferenciação pelos proglotes
Tratamento: Niclosamida, praziquantel, Albendazol
ESQUISTOSSOMOSE
Xistossomose, xistosa, doença dos caramujos, moléstia de
Pirajá da Silva, barriga d‘água;

Agente Etiológico: Schistossoma mansoni

Maior parte dos focos no nordeste do país;

Contato com águas contaminadas por cercárias que penetram


a pele – caramujo Biomphalaria;

Vermes adultos: sistema porta, pequenas veias íleo terminal e


cólon;
Sintomas:
• Forma aguda: 45 dias após infecção – assintomática ou
com fezes mucosanguinolentas, febre alta, mal-estar,
emagrecimento, fenômenos alérgicos, tosse, diarréia
alternada com constipação, dor abdominal,
hepatoesplenomegalia, linfonodomegalias;

• Forma grave: hepatoesplênica – hipertensão portal,


hemorragia digestiva, distensão abdominal;

• Fase crônica: ovos nas paredes do intestino, reto e


fígado, e outras localizações, podendo levar até morte

EPF: ovos – também na biópsia retal

Tratamento: Praziquantel, Oxamniquine


ELEFANTÍASE (Filariose)

Agente etiológico: Wuchereria bancrofti


Vetor: Aedes sp. Anopheles sp. Culex sp.
(HI)
órgãos afetados - vasos
e gânglios linfáticos;
Diagnóstico - biópsia do linfonodo, ultra-
sonografia, pesquisa no sangue.
Tratamento - Dietilcarbazina
e Ivermectina
A infecção ocorre quando o mosquito
parasitado, ao picar o homem para
alimentar-se, transmite as larvas da
filária.
Estas dão origem aos vermes adultos,
que medem cerca de três a dez
centímetros e localizam-se nos vasos
linfáticos, onde promovem reações
inflamatórias (granulomas) e ou
edema, pois, ao formar novelos,
causam a obstrução parcial ou total
dos vasos.
Como a circulação linfática tem por
função retirar o excesso de líquidos
dos tecidos, sua obstrução causa o
inchaço local.
Preferencialmente à noite, as fêmeas
dos vermes liberam as larvas
(microfilárias) que circulam no sangue
do hospedeiro.
A transmissão da parasitose ao
mosquito (vetor) se dá quando ele, ao
se alimentar do sangue de um
indivíduo parasitado, recebe também
LARVA MIGRANS CUTÂNEA E VISCERAL

Nomes Populares:
◦ Larva migrans cutânea (LMC) -
dermatite serpiginosa, dermatite linear
serpiginosa e bicho geográfico.
◦ Larva migrans Visceral (LMV) -
granulomatose larval
Agente causador
Larva migrans cutânea - larvas de 3º
estágio (L3) dos helmintos Ancylostoma
braziliense, A. caninum, Uncinaria
stenocephala, Gnathostoma spinigerum, A.
duodenale, Necator americanus,
Strongyloides stercoralis e formas
imaturas de Dirofilaria
Larva migrans visceral (LMV) - larvas de
3º estágio (L3) principalmente do gênero
Toxocara
Espécies acometidas: Seres humanos /
Cães e Gatos (hospedeiros definitivos)
Sintomas:
◦ Larva migrans cutânea – prurido e lesões
dermatológicas com “traçado de mapa”
◦ Larva migrans visceral (LMV) – febre,
hepatomegalia, nefrose, manifestações
pulmonares e cardíacas, e lesões
cerebrais e/ou oculares.
Tratamento: mebendazol,
fembendazol, albendazol, nitroscanato,
pamoato de pirantel, milbemicina oxima.
Larva infectante que deixa o ovo no
tubo digestivo, faz o ciclo pulmonar
antes de se tornar verme adulto (cão
ou gato);
O verme adulto que habita o tubo
digestivo do cão ou gato; libera o ovo
com as fezes que requer de 9 a 15 dias
para se tornar infectante após formar
uma larva rabditoide (estágio L2);
O Homem em contato com o solo
contaminado e com as mãos sujas,
ingere os ovos ali existentes.
No Homem ocorre a eclosão da larva
em estágio L3, nas porções altas do
intestino delgado, depois de invadir a
mucosa ela pode entrar na circulação
venosa e as mesmas podem ser levadas
ao fígado, vasos linfáticos, coração,
pulmões (LMV).
Na LMC a larva penetra na derme mas
não consegue entrar na corrente
sanguínea, formando assim a dermatite.
Profilaxia
Melhorias socioeconômicas e sanitárias;

Educação em saúde;

Avaliação do estado nutricional;

Medidas individuais;
◦ Calçados
◦ Lavar verduras e frutas
◦ Fervura e filtração da água
◦ Adequada carne de bovinos e suínos
◦ Lavar as mãos antes das refeições
◦ Unhas limpas e aparadas
◦ Higiene pessoal
◦ Proteção alimentos de poeira e insetos
Medidas comunitárias

◦ Água potável
◦ Promoção de hábitos de higiene
◦ Educação em saúde
◦ Participação comunitária em programas
de controle e prevenção
◦ Tratamento de indivíduos parasitados
◦ Tratamentos em massa

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