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Livro: 3

Capítulo: 25
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Protistas
Organismos eucariontes que não são plantas, fungos e animais.
Ou seja, compreendem as algas e protozoários.

Professora: Sâmella Schuindt Leal


Protozoários
• São heterotróficos e unicelulares;
• Realizam respiração aeróbia ou anaeróbia; sua excreção ocorre por difusão;
• Encontrados em água doce (possuem vacúolo pulsátil), solos úmidos, mares,
outros seres vivos;
• Reprodução é, em geral, assexuada, mas algumas espécies realizam também a
sexuada (conjugação, por exemplo);
• Em condições desfavoráveis formam cistos;
• Classificação de acordo com sua estrutura locomotora em:
– FLAGELADOS (Mastigophora): com flagelos , para
locomoção e captura de alimento.
– SARCODINA (Rhizopoda): com pseudópodes – expansões
temporárias que permitem a locomoção por
deslizamento e ingestão por fagocitose;
– CILIADO (Cilióphora): com cílios , para locomoção e
captura de alimento;
– ESPOROZOÁRIO (Sporozoa): não apresenta estrutura
locomotora e todas as espécies são parasitas. Sua
dispersão é realizada por meio de esporos.
Paramecium sp.
TRICOMONÍASE
• Causada pela Trichomonas vaginalis;
• É uma DST, transmitida também por uso de roupas de uso comum;
• Mulher: inflamação na uretra, útero e na vagina. Sintomas: corrimento
amarelo-esverdeado, mau cheiro, ardor, dor durante a relação sexual e
desconforto ao urinar. Pode ser assintomática;
• Homem: geralmente assintomáticos, manifestando no máximo desconforto ao urinar e
irritação na ponta do pênis;
• PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de objetos ou sanitários públicos 
sobrevivência do parasita por até 6 horas em ambientes úmidos.

GIARDÍASE
• Causada pela Giardia lamblia;
• Transmissão pela ingestão de água e alimentos contaminados com
os cistos da giárdias;
• Ocorre dores, diarreias, desidratação e emagrecimento pela má
absorção dos nutrientes e vitaminas;
• PROFILAXIA: é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar
as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais
e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente
água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e
tratamento dos doentes.
AMEBÍASE
• Agente etiológico: Entamoeba histolytica.
• Transmissão: ingestão de cistos através da água e dos alimentos
contaminados.
• Sintomas: Cólicas abdominais, evacuação de fezes pastosas com
muco e sangue ocasional, fadiga, gases em excesso, dor retal durante evacuação,
perda de peso.
• PROFILAXIA: Medicamentos, higiene pessoal, lavar bem os alimentos.

MALÁRIA
• Ocorre frequentemente em países tropicais e África, principalmente;
• Brasil  Região Amazônica;
• Causada pelo Plasmodium sp e transmitida
pela picada das fêmeas do mosquito-prego
(Anopheles sp);
• Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro
intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro
definitivo).

Anopheles sp
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
1. Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma infectante do
Plasmodium;
2. Fígado e baço  reprodução assexuada do parasita  Formação de
MEROZOÍTOS que caem na corrente sanguínea;
3. Invasão das hemácias  reprodução acentuada do parasita: Rompimento da
célula  FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE;
4. Alguns merozoítos não se dividem nas hemácias  aparecimento dos
GAMETÓCITOS no interior delas;
5. O mosquito pica uma pessoa infectada e ingere os gametócitos, originando
gametas no seu tubo digestivo (fecundação - reprodução sexuada);
6. O zigoto móvel ou OOCISTO, atravessa a parede do estômago, sofre meiose e
produz novos ESPOROZOÍTOS, que migram para as glândulas salivares do
mosquito e podem ser novamente inoculados no ser humano, retomando o
ciclo.
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA

ESPOROZOÍTOS

MEROZOÍTOS

GAMETOCISTOS

OOCISTOS
MALÁRIA – GRAVIDADE, TRATAMENTO e PROFILAXIA
A gravidade depende da espécie do Plasmodium:
• P. vivax: Febre a cada 48 horas (terçã benigna)
• P. malarie: Febre a cada 72 horas (quartã benigna)
• P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas

• Sintomas: Hepatomegalia e esplenomegalia (aumento do fígado e baço), anemia,


insuficiência renal, problemas pulmonares, aumento da pressão cerebral, cansaço
e desânimo.
• Tratamento: medicamentos que matam o parasita no fígado e no sangue;
• PROFILAXIA:
– Tratamento e isolamento dos doentes;
– Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS, combate às larvas com
LARVICIDAS ou drenagem de terrenos alagados;
– Uso de telas nas portas e janelas;
– Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas, agulhas e no parto.
DOENÇA DE CHAGAS:
• Carlos Chagas, em 1909, descobriu o ciclo da doença.
• Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por percevejos hematófagos
conhecidos como BARBEIROS (hospedeiros intermediários).
Hospedeiro intermediário: onde ocorre a
reprodução assexuada do protozoário.
Hospedeiro definitivo: onde ocorre a
reprodução sexuada do protozoário.

• Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres ou de pessoas contaminas.


O protozoário se aloja em seu intestino e ali se reproduz.
• Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele, e a pessoa ao coçar,
provoca a entrada do protozoário pela ferida. Sinal de Romanã

– Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto.


– A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho,
provocando o sinal característico da infecção.
– Também pode ocorrer contaminações por transfusões
de sangue, transplante de órgãos, transmissão congênita (placenta),
amamentação e alimentos contaminados.
• Caindo na corrente sanguínea, os protozoários são levados a vários órgãos
(coração, fígado, intestino, etc), onde se instalam, se multiplicam e mudam de
forma.
• Doença grave, sem cura, sem vacina, mas que pode ser controlada e prevenida.
• PROFILAXIA:
– Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas nas paredes são
o local ideal para a reprodução dos barbeiros;
– Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros;
– Tratar e isolar os doentes;
– Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por transfusão sanguínea
ou transplante de órgãos.
– Higienizar a cana e o açaí, e pasteurizar a polpa de açaí.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
– Úlcera de Baurú  Leishmania braziliensis, L. amazonensis e L. guyanensis;
– Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família dos flebotomíneos
(Gênero Lutzomyia)  Mosquito palha;
• Penetração através da picada do mosquito  reprodução intensa na pele 
Lesões na pele, mucosa da boca, nariz e faringe  Deformações;
• Se tratadas a tempo, há regressão das lesões;
• PROFILAXIA:
– Combater o mosquito com inseticidas, telas e outros;
– Tratar e isolar os doentes;
– Vacinação.
Lesões por Leishmaniose Tegumentar
LEISHMANIOSE VISCERAL
• Causada pela: Leishmania chagasi e L. donovani;
• Transmitida pelo mosquito palha (Lutzomyia sp);
• Agride o baço e o fígado, causando imunodeficiência, hemorragias;
• A transmissão pode ser congênita, por transfusões de sangue e por uso de
seringas comuns;
• Sintomas: Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço).
• Se não tratada, pode levar à morte;
• PROFILAXIA: controle dos vetores, tratamento dos doentes e fiscalização nos
bancos de sangue.
TOXOPLASMOSE
• Causada pelo Toxoplasma gondii;
• Afeta diversos animais, sendo o gato o hospedeiro definitivo e o homem, outros
mamíferos e até aves, os hospedeiros intermediários;
• No intestino dos felídeos se reproduzem sexuadamente, e formam cistos que saem
junto com as fezes;
• Transmitido pela aspiração ou ingestão de cistos presentes nas fezes de gatos, ou
da ingestão da carne crua ou malcozida de animais;
• Poucos ou nenhum sintoma: febre, mal-estar, dores de cabeça e musculares, e
aumento dos linfonodos;
• Em casos graves pode ocorrer comprometimento de alguns órgãos, dentre elas a
visão, com atrofia do nervo óptico; e nos primeiros meses de gravidez, pode
ocasionar morte do feto.
• Transmissão ao feto se ocorrer tardiamente  Lesões cerebrais e em outros
órgãos;
• Profilaxia:
– Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto e lavar as mãos após o
contato com eles;
– Não comer carne crua ou mal cozida;
– Mulheres que pretendem engravidar: exame específico.
Algas
• Se encontram na água doce, água salgada ou na terra em locais úmidos;
• Seres eucariontes, autotróficos, uni ou pluricelulares;
• Sua reprodução é basicamente assexuada (por bipartição);
• Possuem clorofilas e outros pigmentos;
• A maioria possui celulose na parede celular e muitas armazenam amido;
• As pluricelulares possuem um talo, formado por um conjunto de células
no qual não se distinguem tecidos ou órgãos típicos. Ou seja, não
possuem tecidos organizados em órgãos, por isso foram excluídas do
Reino Plantae;
• O fitoplâncton (algas microscópicas): é a base da cadeia alimentar
aquática;
• Os líquens são associações mutualística entre algumas espécies de
clorofíceas (algas) e fungos.
Tipo de Pigmento Substância Componentes da Habitat
Filo Organização
clorofila acessório de reserva parede celular (maioria)

Chlorophyta Uni ou Clorofila Carotenos e


Amido Celulose Dulcícola
(algas verdes) multicelular aeb xantofilas
Carotenos,
Phaeophytas Clorofila
Multicelular fucoxantina e Óleos Celulose e algina Marinha
(algas pardas) aec
outras xantofilas
Rhodophyta Clorofila Caroteno e Celulose, agar e
Multicelular Amido Marinha
(algas vermelhas) aed ficoeritrina carragenina
Carotenos,
Bacillariophyta Clorofila Dióxido de silício
Unicelular fucoxantina e Óleos Marinha
(diatomáceas ) aec (SiO2)
outras xantofilas
Carragenina:
estabilizante de sorvete,
cremes e pudins SiO2: produção de
vidro, pastas
abrasivas e depois de
mortas se acumulam
formando diatomito.

Ulva sp. (alface do mar)


Chlorophyta
Mar de sargaço
Phaeophytas
Tipo de Pigmento Substância de Componentes da Habitat
Filo Organização
clorofila acessório reserva parede celular (maioria)
Chrysophyta Carotenos, Óleos e
Clorofila Celulose e dióxido
(algas Unicelular fucoxantina e crisolaminarina Marinha
aec de silício
douradas) outras xantofilas (polissacarídeo)
Euglenophyta Clorofila Carotenos e
Unicelular Paramilo Sem parede celular Dulcícola
(euglenas) aeb xantofilas
Dinophyta Carotenos, peridina
Clorofila
(dinoflagelado Unicelular e diversas Amido e óleos Celulose Marinha
aec
ou pirrófita) xantofilas
Charophyta Clorofila Carotenos e Celulose e
Multicelular Amido Dulcícola
(carofíceas) aeb xantofilas carbonato de cálcio
Chrysophyta Dinophyta:
Bioluminescência (Luciferina)

Dinophyta: maré vermelha

Charophyta

Euglenophyta:
possui nutrição
mista (mixotrófica)

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