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2-Mutualism: Espécies se associam para viver e ambas são beneficiadas. Ex: intestino de
cupins com protozoários.
3-Simbiose: Troca de vantagens onde os seres são incapazes de viver isoladamente. Ex:
associação de protozoários que digerem a celulose no rúmen bovino: o ruminante fornece
alimento e proteção e as protozoárias enzimas que fazem a digestão.
CONCEITOS APLICADOS À PARASITOLOGIA
1-Competição exemplares da mesma espécie ou espécies diferentes lutam pelo mesmo abrigo
ou alimento. Ex: larvas de moscas de espécies diferentes que se desenvolvem em Cadáveres;
2-Predatismo: espécie animal se alimenta de outra espécie. Ex: gavião e pequenas aves;
• A nomenclatura das espécies deve ser latina e binominal, sendo o parasita designado por
dois nomes: o primeiro representa o gênero (deve ser escrita com a primeira letra
maiúscula); o segundo, a espécie considerada (deve ser escrita com letra minúscula,
mesmo quando for nome de pessoa)
CLASSIFICAÇÃO DE HOSPEDEIROS E VETORES
CLASSIFICAÇÃO DE HOSPEDEIROS E VETORES
CLASSIFICAÇÃO DE HOSPEDEIROS E VETORES
CLASSIFICAÇÃO DE HOSPEDEIROS E VETORES
MECANISMOS DE INFECÇÃO E DISSEMINÇÃO PELO ORGANISMO
MECANISMOS DE INFECÇÃO E DISSEMINÇÃO PELO ORGANISMO
• Mecânica ou obstrutiva: essa ação é a mais conhecida. Acontece pela presença do parasita em
determinado órgão. Essa presença pode causar uma ação obstrutiva, obstruindo, por exemplo,
parte do intestino por onde passa o bolo fecal, ou uma ação destrutiva ocasionada durante a
migração do parasita no interior do órgão.
• Espoliativa: quando o parasita espolia, isto é, retira nutrientes do hospedeiro, ele se fixa na parede
intestinal e retira de lá todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.
• Traumática: quando o parasita causa traumas no hospedeiro, devido à penetração sobre a pele,
causando uma lesão na epiderme, ou devido à fixação no intestino, causando um trauma,
destruindo as células da mucosa durante sua fixação.
• Ascaris lumbricoides
- Verminose mais presente em todo o mundo
- Lombrigas ou bichas
- Nematóide mais frequente e comum no homem,
- Chimpanzé e gorilas
• No Brasil
- Amazônia 60%
- Nordeste 33 a 50% (Alagoas 78%, Sergipe 92%)
- Sul < 33%
Esse parasita pode sobreviver entre 5 °C e 10 °C, por até
dois anos e na ausência de oxigênio por até três meses.
Ascaridíase - Morfologia
• Aeróbios facultativos.
Ascaridíase - Reprodução
Fêmea
• A dispersão dos ovos pode ser feita pelas chuvas, vento, insetos e outros
animais
Larvas
• Invasão larvária
- Inf. Maciça:
Fígado: hemorragia e necrose
aumento do volume
• Pulmão:
- bronquite,
- Crises de Asma em pacientes sensíveis,
- Pneumonia difusa bilateral,
- sintomas: febre, tosse e eosinofilia
Ascaridíase – Patologia e Sintomatologia
• Infecção Intestinal
- Desconforto abdominal,
- Náuseas, perda de apetite e emagrecimento;
- Sensação de coceira no nariz, irritabilidade e sono intranquilo;
- Manifestações alérgicas;
- Obstrução intestinal;
- Peritonite,quadros graves que levam a morte.
Ascaridíase – Patologia e Sintomatologia
• Localizações Ectópicas
• Radiografias
• Laboratorial
• Exame de fezes
- Método de sedimentação espontânea → Descoberta de ovos de Ascaris
nas fezes
Esse é o típico ovo chamado fértil embrionado (A), mas podem estar presentes
nas fezes também o chamado ovo infértil (B), sendo mais alongados, com
membrana mamilonada mais delgada e o citoplasma granuloso, assim como o
ovo decorticado (C), sem membrana mamilonada.
Ascaridíase – Tratamento
• Albendazol
• Nitazoxanida
Enterobíase
Enterobius vermiculares
• Infecção benigna
• Pequeno nematóide
• Também conhecido com Oxiúros
• Exclusivamente humano
Enterobíase - Distribuição Geográfica e Prevalência
• Ovo
Estágio 2 em anaerobiose
Estágios 3 e 4 em
aerobiose
Estágio 5: forma
infectante.
Enterobíase – Patologia e Sintomatologia
• Complicações :
-Apêndicite Crônica
-Perfuração e localização dos parasitos no peritônio
Enterobíase – Diagnóstico
• Mebendazol (90%)
Trichuris trichiura
Ovo
• medem cerca 50 -55μm
Assintomáticos
• A maioria é assintomático.
• Atuam como fonte de contaminação, no manuseio de alimentos, por exemplo.
Sintomáticos
• Lesões inflamatórias mínimas,
• Alteração do peristaltismo,
• De reabsorção de líquidos,
• Provocação de mecanismos irritativos sobre terminações nervosas,
• Diarréia, dor abdominal, insônia e eosinofilia,
• Constipação,febre, flatulência e prolapso do reto.
Tricuríase – Diagnóstico
• Exame de fezes
• Técnica de Kato-Katz
• Pamoato de oxantel
• Nitazoxanida
Estrongiloidíase
Strongyloides stercoralis
Vida livre
Fêmea:
- Mede 1,0 a 1,5mm
- Corpo fusiforme,
- Parte anterior : boca c/ 3 lábios e posterior c/ cauda afilada
Macho
- Mede 0,7mm,
- Cauda recurvada ventralmente
- Um testículo
- Vivem no solo
• Larva rabditóide
Lesões Cutâneas
• Podem ser discretas ou aparecem como pontos eritematosos ou placas c/ prurido nos
locais de penetração (dorso do pé, tornozelo, espaços interdigitais)
• Pessoas sensíveis: edema local, pápulas hemorrágicas, urticária gigante.
Lesões Pulmonares
• Hemorragias petequiais produzidas pelas larvas,
• Lesões inflamatórias e Síndrome de Loeffler: Febre, tosse e eosinofilia elevada,
• Quadros graves são devido a a auto-infecção: larvas no escarro e nos derrames pleurais
ou pericárdicos.
Estrongiloidíase – Patologia e Sintomatologia
Lesões Intestinais
• Lesões mecânicas e irritativa: pontos hemorrágicos e ulcerações.
• Congestão e edema: paredes espessas, vilosidades alargadas e achatadas,
• Fibrose e atrofia da mucosa intestinal
• Casos graves:Extensas lesões necróticas
• Disseminação dos vermes: vesícula, fígado, estômago, peritônio,rins, g. linfáticos
Sintomatologia
• Tosse expectoração, febre mal-estar,
• Broncopneumonia, asma,
• diarréia e constipação, desconforto abdominal,
• Imitar quadro de úlcera, perda de apetite, náuseas e vômitos
Estrongiloidíase – Diagnóstico
• Coprocultura
• Testes Imunológicos
- ELISA, Rx intradérmica
Estrongiloidíase – Diagnóstico diferencial
A: LR Ancilostomídeo
B: LR S. stercoralis
C: LF Ancilostomídeo
D: LF S.stercoralis
• Tiabendazol
• Albendazol
• Invermectina
• Nitazoxanida
Ancilostomíase
• Espécies envolvidas:
- Necator americanus
- Ancylostoma duodenale
Ancilostomíase - Distribuição Geográfica e Prevalência
Vermes adultos
• Pequenos vermes redondos, de cor branca, com 1 cm de comprimento,
• Possui cápsula bucal (fixação e aspiração de fragmentos da mucosa),
• Bolsa copuladora no macho,
A. duodenale A. duodenale
Machos 8 a 11 mm Fêmeas 10 a 18 mm
400 μm largura 600 μm largura
N. americanus
N. americanus Fêmeas 9 a 11 mm
Machos 5 a 9 mm 350 μm largura
300 μm largura
Coloração
esbranquiçada
ou rósea
(hábitos
hematofágicos)
N. americanus A. duodenale
A. caninum
Larvas rabditóides
• Mede 250 µm, esôfago ocupa 1/3,
• Vestíbulo bucal muito longo,
• Primórdio genital: futuro ap. genital,
• L2 cresce passando a filarióide.
Larva filarióide
• Esôfago cilíndrico, muito alongado e sem bulbo,
• Possui bainha que serve como proteção,
• Possui geotropismo negativo, hidrotropismo e termotropismo
Ancilostomíase - Transmissão
Infecções pesadas
• Síndrome de Loeffler,
• Fase em geral silenciosa
Parasitismo intestinal
• Lesões da mucosa intestinal
- Dilaceração de fragmentos da mucosa c/ posterior ulceração e sangramento (agravadas
por inf. Bacteriana).
- Parasitismo intenso: infiltração leucocitária c/ eosinófilos.
Ancilostomíase – Patologia e Sintomatologia
• Espoliação sanguínea
- Perda de sangue na medida em que este é ingerido pelos vermes, e facilitada por subst.
Anticoagulantes, nas secreções dos parasitas,
- O A. duodenale retira maior qtidade de sangue que o N. americanus.
• Diagnóstico diferencial c/ ovos de Strongyloides (raras exceções que aparecem nas fezes).
Ancilostomíase – Diagnóstico diferencial
A: LR Ancilostomídeo
B: LR S. stercoralis
C: LF Ancilostomídeo
D: LF S.stercoralis
• Tratamento antihelmíntico
• Mebendazol
• Albendazol
• Pirantel
• Nitazoxanida
Tratamento antianêmico
• Sulfato ferroso e alimentação,
• VitaminaB12 e ac fólico.
Larva Migrans Cutânea
• https://www.youtube.com/watch?v=4bXj7vqDMf8
• Agentes etiológicos:
Terrenos arenosos
Ciclo biológico/Transmissão
A. braziliensis
Patogenia
Penetração Migração
na pele pelo tecido
Resposta inflamatória:
Infiltrado de eosinófilos e
mononucleares
Pápulas eritematosas Vesículas ou
Etinerário tortuoso e bolhas
serpiginoso (eventual)
Linha hiperpigmentada
que dissipa-se
gradativamente
plasticsurgerykey.com/protozoan-diseases-and-parasitic-infestations/ pathologyoutlines.com/topic/skinnontumorlarvamigrans.html
Patogenia e Sintomatologia
• Os vermes fazem túneis com trajetos irregulares, avançando
3 a 5 cm por dia.
• Avança e vai deixando um
cordão eritematoso, saliente
e pruriginoso.
Locais: pés, pernas, mãos, coxas
glúteos.
Complicações sistêmicas (raras)
eritema multiforme e pneumonite eosinofílica
Diagnóstico
Tratamento
• Cura espontânea em alguns casos,
• Tiabendazol oral ou tópico
• Invermectina
• Aplicação de frio (cloretila ou neve carbônica),
matam por congelamento.
Profª. Renata Budel | BIOMEDICINA
T Ó P I C O 3 - ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR HELMINTOS – FILO
PLATYHELMINTHES
1
ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR HELMINTOS – FILO
PLATYHELMINTHES
• Os Platyhelminthes são conhecidos como vermes achatados, diferentes dos nematoides que
são cilíndricos.
• Caracterizam-se por apresentarem simetria bilateral, uma extremidade anterior com órgãos
sensitivos e de fixação e uma extremidade posterior.
• Cestoda: são formados por mais de 50 espécies relatadas, infectando seres humanos, por isso,
nesse tópico estudaremos os parasitas da classe Trematoda e Cestoda que são os que mais
acometem os seres humanos.
ESQUISTOSSOMOSE
• S. mansoni
• S. haematobium
• S. japonincum
ESQUISTOSSOMOSE
• Localização intestinal
Molusco
• Moluscos aquáticos, providos de concha espiralada,
• Aparelho reprodutor hermafrodita,
• Habitam águas doces,
• Gênero Biomphalaria .
B. glabrata
B. tenagophila
B. straminea
ESQUISTOSSOMOSE - Distribuição Geográfica e Prevalência
ESQUISTOSSOMOSE - Morfologia
ADULTOS
• Delgados e longos
• Revestimento externo formado por citomembrana,
• Tubo digestivo na extremidade anterior
MACHO
• Mede 1 cm e cor branca
• Ventosa oral na
extremidade anterior,
• Canal ginecóforo,
• 6 a 8 testículos
• Hermafroditas, qdo inf. por machos,
ESQUISTOSSOMOSE - Morfologia
MACHO
• Na região anterior, apresentam a ventosa oral (Vo), esôfago (E) e ventosa ventral,
também chamada de acetábulo
• (Ac). Logo após o acetábulo, observa-se no macho a presença da massa testicular,
composta de 7 a 9 testículos (T).
ESQUISTOSSOMOSE - Morfologia
FEMÊA
• Costuma estar alojada no canal ginecóforo,
• Corpo cilíndrico mais fino e longo que o macho (1,2 a 1,6 cm),
• Acinzentada (hemozoína),
OVO
• Mede 110 a 180 µm,
Ovo: não operculado, de formato oval e apresentando, na parte mais larga, um espículo (E)
voltado para trás. O ovo maduro é caracterizado pela presença de um miracídio (M) formado,
visível pela transparência da casca. Este tipo de ovo é a forma usualmente encontrada nas fezes.
ESQUISTOSSOMOSE - Morfologia
MIRACÍDIOS
- Forma larvária com fototropismo por áreas mais claras,
- Nadam para buscar molusco hospedeiro.
ESQUISTOSSOMOSE - Morfologia
CERCÁRIAS
- São formadas dentro do molusco, e posteriormente eliminados,
- Com 0,5cm e corpo dividido em duas partes.
ESQUISTOSSOMOSE - Transmissão
Dependente de fatores:
FASE AGUDA
Forma intestinal:
- A maioria benigna.
- Forma grave: fibrose, constipação, dor abdominal, emagrecimento, formação de
numerosos granulomas.
Forma hepática:
Exame de fezes
• Pesquisa de ovos
- Método de Kato-Katz
- Método de Hoffman
ESQUISTOSSOMOSE – Diagnóstico
• Métodos Imunológicos:
- Imunofluorescência
- Reação intradérmica
- ELISA
ESQUISTOSSOMOSE – Tratamento
• Praziquantel
Ovos
• Ovos grandes (140 μm x 60 a 100μm), ovais ou elípticos,de casca fina, operculado.
• Os ovos são postos nos canais biliares, são arrastados pela bile, sendo eliminados
juntamente com as fezes.
FASCÍOLA - Morfologia
FASCÍOLA - Transmissão
• Grave: Lesões crônicas, hipertrofia dos canais biliares, necrose do canal hepático,
infiltração bacteriana, insuficiência biliar e hepática, cirrose hepática.
FASCÍOLA – Diagnóstico
• Tumografia ou ultrassonografia
• ELISA
• Exames inespecíficos:
➢ Eosinofilia
➢ Leucocitose
➢ Anemia
➢ Fosfatase alcalina
FASCÍOLA – Tratamento
• Não plantar agrião em área que possa ser contaminada por fezes de
ruminantes, nem comer agrião proveniente de zonas de risco.
TENÍASE
• Taenia solium- na forma larvária parasita porco,
Ovos
• Forma esférica com 30 a 40µm,
• Espesso embrióforo.
T. saginata
• Gado - homem: consumo de carne bovina crua ou mal passada.
• Carne congelada → morte dos cisticercos
• Homem- gado: ovos depositados no solo são ingeridos pelo gado.
A resistência dos ovos no meio externo é bastante grande.
T. solium
Apesar da forte fixação das tênias à mucosa intestinal, não ocorrem lesões.
• T. saginata
- Alteração secreção gástrica,
- Apêndicite (penetração proglote),
- Obstrução intestinal
Sintomas: dor abdominal, náusea, fraqueza, perda de peso, constipação, prurido anal.
• T. solium
• Exame de fezes:
- Pesquisa de ovos ( métodos combinados) ou fita adesiva
CISTICERCOSE
• Cisticercose: formas larvárias (cisticercos) parasitando tecidos do homem
• Vias de Infecção:
- Heteroinfecção
- Auto infecção externa
- Auto infecção interna
CISTICERCOSE – Ciclo Biológico
CISTICERCOSE – Patologia e Sintomatologia
Cisticercose
• Imunodiagnóstico
• Exame do líquor,
• Exame Radiológico,
• Exame anatopatológico
Himenolepíases
Hymenolepis nana - tênia do Homem
Cosmopolita,
Ovos
Forma oval ou arredondados,
medem de 40 a 50 µm, com dupla casca,
Casca interna forma duas saliências em pólos opostos, de onde sai um tufo de filamentos
sinuosos,
Autoinfecção,
• Exame de fezes
Autoinfecção,
• Exame de fezes