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Nemathelminthes (cilíndricos)

Nematóides

1. Cilíndricos
2. Não-segmentados
3. Fusiformes ou alongados
4. Simetria bilateral
5. Tamanho variável: mm até dezenas de cm
6. Sexo: normalmente dióicos (sexos separados)
a. Macho: menor
b. Fêmea: ovário, oviduto, útero, vagina e vulva
7. Sistema circulatório ausente
8. Sistema respiratório ausente (difusão através da cutícula)
9. Sistema digestivo completo
a. Boca
b. Esôfago = tubo muscular
c. Intestino
d. Ânus

Bulba = bomba peristáltica (bulbo esofagiano  faz com que o alimento entre e siga
aquele curso para a digestão)

Podem ter dois ou três lábios que podem ser retráteis.

Alimentação

1. Vivem no aparelho digestivo e se nutrem de microorganismos e materiais da luz


do órgão;
2. Vivem na luz do órgão e se alimentam da mucosa (cápsulas bucais 
dilaceração sangramento)
3. Vivem na luz intestinal, penetração parcial da mucosa produzindo histólise (sem
cápsulas bucais)
4. Vivem nos tecidos, produzem histólise, ingestão de sangue, linfa, líquidos
inflamatórios.

Mais prevalentes no Brasil(varia muito de acordo com a área e costumes):

Ascaridíase, Tricuríase, Giardíase, Amebíase, Ancilostomíase, Estrongiloidíase,


Enterobíase e Teníase (Ministério da Saúde, 2005)

Oxiuríase ou enterobíase

Enterobius vermicularis
Importância em saúde

1. Distribuição geográfica: cosmopolita


2. Alta prevalência em climas temperados
3. Maior prevalência em crianças
4. Doença de ambientes coletivos (escolas, creches, orfanatos)
5. Maior aglomeração
6. Precariedade de hábitos higiênicos
7. Intensa contaminação do ambiente
8. Parasito estenoxeno (parasita com espécies parasitadas muito restritas): homem
única fonte de infecção

Classificação

1. Filo Nemathelmintes
2. Classe NEmatoda
3. Superfamília Oxyuoidea
4. Família Oxyuridae
5. Gênero Enterobius
6. Espécie Enterobius vermicularis
Oxyuris vermicularis oxiúros

Morfologia
1. A fêmea cilíndrica e com extremidades afiladas mede cerca de 1 cm. A
cutícula lisa forma 2 expansões cervicais (haletas cervicais ou asas cefálicas)
2. O macho muito menor, tem a extremidade posterior enrolada ventralmente.
(também tem haletas cervicais, após a cópula ele morre e é eliminado)
3. Ovo possui uma lateral convexa e outra achatada (lembra a letra D), possui
além de sua tripla casca, contêm uma larva já formada por ocasião da postura

Habitat

1. Ceco e apêndice depois de copular migra para a região perianal


2. Região perianal – fêmeas repletas de ovos

Fisiologia

1. Fêmeas – 5000 a 16000 ovos;


2. Infecção à deposição de ovos – 30 dias;
3. Sobrevida – 45 a 60 dias;
4. Os ovos só se tornam infectantes após contato com o O2 no períneo ou no meio
ambiente;
5. Na temperatura da pele (30°C) essa maturação faz-se em 4 a 6 horas.

Ciclo biológico
A pessoa se infecta ao ingerir um ovo contendo uma larva infectante do tipo L3.
Existem 4 estágios lavais: L1 e L2 estão dentro do ovo. A cópula é no intestino grosso
depois migra para a região perianal onde faz a postura dos ovos que são liberados com a
larva L2 dentro. Em contanto com o oxigÊnio e a temperatura do local muda a larva
para uma forma infectante. Quando o ovo passa pelo estòmago e entrada do intestino
delgado a tripla camada é dissolvida a larva se transforma em larva L4 e migra para o
intestino grosso onde sofrerá a muda. Este ciclo ocorre dentro de cerca de 30 dias. A
fêmea quase todas morrem no momento da postura dos ovos.

Transmissão

1. Heteroinfecção (de uma pessoa para outra)


2. Auto-infecção indireta( a pessoa que eliminou os ovos e acabou se
recontaminando pelo ambiente)
3. Auto-infecção externa ou direta ( pessoa que ao coçar acaba se infectando, pega
nas unhas e se infecta colocando os dedos em contatos com outras vias de
infecção)
4. Auto-infecção interna (a fêmea não consegue chegar até a região perianal, morre
e libera os ovos dentro da própria luz intestinal)
5. Desconsiderar a retroinfecção (livro do neves)

Patogenia e quadro clínico

1. Depende do número de parasitos


2. Mecânica e irritativa
3. Infecções maiores: enterite catarral
4. Prurido anal (sinal patognomônico);
5. Mucosa local congesta, recoberta de muco;
6. Proctite, dermatite, eczema e sangramento (devido a coceira que a própria
pessoa faz podendo ferir e causar infecção bacteriana secundária);
7. Infecção bacteriana secundária.

Quadro clínico

1. Náuseas e vômitos
2. Dor abdominal
3. Irritabilidade, perda de sono, nervosismo;
4. Inflamação de Ceco e apêndice (graves)
5. Migrações ectópicas: órgãos genitais femininos (vaginite, salpingite e ovarite);
6. Fenômenos de hipersensibilidade: prurido nasal.

Diagnóstico

1. Clínico
a. Prurido anal que se agrava À noite
2. Clínico parasitológico
a. Quando as pessoas (mãe) que cuidam das crianças encontram os vermes
no períneo, na roupa íntima ou de cama.
3. Laboratorial
a. Método de Graham ou fita adesiva (1941) [Para colher os ovos pega uma
Lâmina, caneta, rebaixador de língua e uma fita de dupla face para fazer
os ovos aderirem, depois pregam na lâmina.]

Orientação quanto à colheita:

Pela manhã

Antes da higiene matinal.

Epidemiologia
1. Cosmopolita
2. Maior prevalência em países em desenvolvimento (condições socioeconômicas e
sanitárias precárias)
3. EUA – 40 milhões de pessoas
4. Baixas temperaturas
5. Aglomerações e o uso de roupas íntimas por muito tempo (falta de banho e
higiene pessoal)
6. Alta prevalência em crianças em idade escolar
7. Transmissão doméstica ou ambientes coletivos
8. Somente o homem alberga o Enterobius vermicularis
9. Fêmeas eliminam grande quantidade de ovos na região perianal
10. Os ovos em poucas horas se tornam infectantes
11. Ovos resistem até três semanas em ambientes domésticos, contaminando
alimentos e poeira
12. Hábitos de sacudir roupas de cama ou de dormir (de manhã).

Tratamento

1. Albendazol (mais usado)


2. Mebendazol(mais usado)
3. Pamoato de pirantel
4. Pamoato de pivirinio

Profilaxia e controle

1. Banho
2. Cortar a unha
3. Evitar locais com hábitos de alimentação precários
4. Impedir a coceira com pomada antipruriginosa;
5. Mudar frequentemente a roupa de cama, a de dormir e a de baixo, lavando-as
com aquecimento a 55°C ou em água fervente
6. Evitar superlotação dos quartos, arejá-los bem e remover a poeira (se possível
com aspirador ou pano úmido)
7. Manter os sanitários limpos, aplicar desinfetantes e promover a educação
sanitária dos usuários.

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