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• Toxocariose

• Toxocara canis

• Características:

• Localização: intestino delgado

• Nutrição: produtos pré-digeridos (aminoácidos, vitaminas e oligoelementos)

• Ciclo Biológico:

• As fêmeas fazem a postura dos ovos contendo apenas uma célula e com casca espessa
para resistir ao meio ambiente. Os ovos saem nas fezes e forma-se L1 e L2 dentro do
ovo. O hospedeiro definitivo se infecta de 4 maneiras: via oral (horizontal ou direta),
via transplacentária e via transmamária (vertical ou indireta) e via hospedeiros
paratênicos (ingestão de roedores, répteis e pássaros).

• *Toxocara cati só infecção transmamária.

• Migração Larval:

• Traqueal: as larvas chegam até os pulmões através da circulação, rompem os alvéolos


e migram para a traqueia, onde são deglutidas, então, chegando ao intestino delgado
(mais comum em filhotes).

• Somática: as larvas chegam a outros tecidos através da circulação, onde se incistam e


tornam-se larvas infectantes inibidas (mais comum em animais com mais de 2 meses).

• Sinais Clínicos

• Quando a infecção pré-natal é muito grande, pode haver a morte do animal, pois a
migração das larvas causam lesões hepáticas e focos pneumônicos. Em infecções
maciças podem ocorrer obstruções no sistema digestório. Vômitos e diarreia podem
ser observadas pela ação irritante dos adultos na mucosa gástrica e intestinal.

• Adultos podem penetrar nos canais biliares ou pancreáticos, levando à quadros agudos
e às vezes fatais.

• Competição alimentar ocorre devido à sua ação espoliadora de aminoácidos


essenciais, vitaminas e sais minerais levando ao enfraquecimento.

• Sinais neurológicos vão desde irritação, até crises convulsivas, e estão associadas com
as toxinas parasitárias de vermes vivos ou mortos, irritação das terminações nervosas
intestinais e sensibilização do SNC pelas larvas erráticas.

• Toxocara cati

• Características diferenciais:

• Não ocorre infecção transplacentária.


• Grande quantidade de larvas fazem migração traqueal em adultos.

• A transmissão transmamária é a maior via de infecção em filhotes.

HP: galinhas, minhocas, baratas e camundongos.

• Toxocara leonina

• Características diferenciais:

• Têm maior importância em animais adultos

• Possui o ciclo mais simples entre os acarídeos de carnívoros

• Especificidade pelo hospedeiro é baixa (canídeos e felídeos domésticos e silvestres).

• Raramente ocorre ciclo pulmonar

• Não há migração somática

• Não há transmissão transmamária ou transplacentária.

• Ovo é maior e a parede é lisa (não mamilonado).

• Ciclo Biológico

• Ingestão de ovos contendo L2, chegando até a parede intestinal, tem a transformação
para L3 (agora na luz do intestino). E posteriormente há a transformação de L4 para L5
e para adulto (de 30 a 45 dias). Ou HI infecta-se com ovo contendo L2, onde vão até o
intestino delgado e ganham a circulação sanguínea, encistando-se na musculatura,
pulmões e outros tecidos, onde então é ingerido pelo HD.

• Patogenia:

• Pneumonia (pela imigração)

• Encarceramento das alças intestinais (pelo retroperistaltismo).

• Sintomas:

• Diarreia, perda de peso, vômitos, convulsões e ascite (baixa nas proteínas plasmáticas)

• Diagnóstico:

• Sintomas associados ao encontro de ovos típicos nas fezes ou parasitos nas fezes e
vômitos.

• PPP: 2 a 3 meses (não se encontram ovos nas fezes e animais podem ter os sintomas).

• Coproparasitológico, método de flutuação (técnica de Willis Mollay).


 Habronemose ou Ferida de Verão:

 Características

 Localização: estômago

 HD: equinos

 HI: moscas

 Ciclo Biológico

 É um ciclo indireto; usando como vetores a mosca doméstica (Musca domestica) e a


mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans).

 As larvas (L-1) e ovos da habronema saem junto com as fezes dos equinos e as moscas
colocam seus ovos sobre essas fezes. As larvas de moscas eclodem e ingerem as L-1 da
Habronema.

 Cerca de 2 semanas mais tarde temos as L-3 nas moscas adultas.

 Habronemose cutânea.

 Após 2 meses temos o verme adulto no estômago ocasionando a habronemose


gástrica.

 Em casos de infestação acentuada podemos ter a habronemose pulmonar.

 Habronemose conjuntival.

 Patogenia

 Habronemose gástrica: gastrite catarral crônica (formação de grande quantidade de


muco), formação de nódulos ou tumores.

 Habronemose pulmonar: nódulos peribronquiais

 Habronemose cutânea: migração das larvas (irritação que dificulta a cicatrização),


inflamação (prurido), invasão micótica ou bacteriana.

 Sinais Clínicos

 Habronemose gástrica: maioria é assintomática, mas podem ocasionar apetite


irregular, náuseas, emagrecimento, cólicas

 Habronemose cutânea: feridas de coloração castanho-avermelhada, prurido,


exsudato, regride no inverno e recidiva no verão

 Diagnóstico
 Habronemose gástrica: lavagem gástrica com bicarbonato de sódio à 2%, filtrar e
sedimentar.

 Técnica de Baermann ou Xenodiagnóstico (verificar se há L1 na probóscide da mosca).

 Habronemose cutânea: biópsia

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