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CLÍNICA MÉDICA II

HELMINTOSES DE CÃES E GATOS

Professora: Msc. Bruna Costa


HELMINTOSES CÃES E GATOS

2
HELMINTOSES CÃES E GATOS

DANOS CAUSADOS À SAÚDE DOS CÃES E GATOS

• Comprometimento na digestão e absorção dos alimentos


• Menor aproveitamento dos nutrientes
• Falta de apetite
• Perda de peso
• Fraqueza

*Pêlos eriçados e sem brilho; Aumento de volume e dor abdominal;Vômitos e


diarréia (obstrução); Anemia.
HELMINTOSES CÃES E GATOS

COMO OS ANIMAIS PODEM SE INFECTAR ?

• Ingestão de ovos (maioria)


• Ingestão de água ou alimento contaminados
e/ou larvas de terceiro estagio no ambiente contaminados por fezes
• Penetração ativa de larvas através da pele do animal (Ancylostoma, Dirofilaria,
Strongyloides)
• Ingestão de hospedeiros intermediários (pulgas, piolhos, roedores) contendo larvas
dos vermes encistadas nos tecidos
• Passagem de larvas da fêmea para os filhotes via: (Ancylostoma, Toxocara,
Strongyloides)
• Transplacentária
• Leite
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE CÃES
1. Toxocara canis
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma caninum
4. Ancylostoma braziliense
5. Trichuris vulpis
6. Dipylidium caninum
7. Dirofilaria immitis
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE GATOS
1. Toxocara cati
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma tubaeforme
4. Ancylostoma braziliense
5. Dipylidium caninum
HELMINTOSES CÃES E GATOS

Toxocara
HELMINTOSES CÃES E GATOS

SUBFAMÍLIA TOXOCARINAE
GÊNERO - Toxocara

Toxocara sp
ESPÉCIES:
Toxocara canis CÃES

Toxocara cati GATOS

Toxascaris leonina CÃES E GATOS

LOCAL: intestino delgado


HELMINTOSES CÃES E GATOS

CICLO BIOLÓGICO GERAL DE


TOXOCARINAE:
As fêmeas fazem a postura dos ovos que saem nas fezes e forma-se a L1, L2 e L3 dentro do
ovo. O HD se infecta de 4 maneiras:

1) Via oral - O hospedeiro definitivo ingere o ovo com a forma infectante, que é liberada no
tubo
digestivo e penetra na mucosa do intestino delgado e pela circulação porta vai ao fígado,
depois coração e alvéolos pulmonares, onde faz a muda para L4, chega a glote sendo deglutida
e indo novamente ao intestino, onde muda para L5 e torna-se adulta. Esse é o ciclo de Loss
(ou hepatotraqueal) que ocorre em cães jovens (até três meses), pois em cães adultos as
larvas chegam ao pulmão como L3 e pegam a circulação de retorno para o coração e são
bombeadas pela aorta para diferentes partes do corpo onde mantêm-se ativas por anos.
HELMINTOSES CÃES E GATOS

CICLO BIOLÓGICO GERAL DE


TOXOCARINAE:

2) Via transplacentária - Em fêmeas gestantes as larvas passam pelo sangue arterial podendo
contaminar o feto. Se a cadela infectar-se antes da gestação e possuir as larvas na musculatura,
em função das alterações hormonais elas podem ser reativadas e contaminar o feto. É a forma
de infecção mais importante nos cães, mas em gatos não ocorre.

3) Via transmamária - As fêmeas passam as larvas aos filhotes através do leite. Não há
migração pulmonar no filhote por essa via.

4) Via hospedeiros paratênicos - Pode haver infecções através da ingestão de roedores e


aves (no caso de cães) e outros animais (no caso de gatos).
HELMINTOSES CÃES E GATOS
Toxocara canis
M. somática
M. hepato- traqueal ID
HP
HP  40 d

ingeridos 90 d pulmonar
e somática

Ovos com L2 M. somática


15 a 30°C > 6m
Umidade Tecidos
O2

ppp 3 - 4 semanas
Cadela prenhe Infecção via
transmamária

Reativadas Colostro e
(42°dias leite (2%)
gestação) (3 semanas
TGI pós-parto)

Infecção via pré-natal

ID Fetos com L3 fígado TGI


ao nascer (direta)

Continuam a Migração ID

Toxocara canis ppp 2 - 3 semanas


ID 21 d ovos
Toxocara cati ppp - 8 semanas
M. somática

HP

Transplacentária
infecção

• ingestão de ovos com L2 • ingestão colostro e leite


• ingestão de H.P.

Migração hepato-traqueal
Migração somática TGI
Toxascaris leonina

Infeçcão
HP

• ingestão de ovos com L2


• ingestão de HP

Mudas no TGI
L2-L3 parede ID
ppp  10 sem
L4-adulto - lume
EPIDEMIOLOGIA
• Não há prevalência entre sexos e raças
• Jovens são mais prevalentes que adultos
• Fêmeas prolíferas - T. canis
• Ovos altamente resistentes
• Importância das fontes de infecção:
Fêmea no peri-parto (infectar várias ninhadas)
Hospedeiro paratênico
Colostro
EPIDEMIOLOGIA
T. cati
• Transmamária – via mais importante
• Ovos embrionados do meio ambiente
• Paratênicos

• Animais de apartamento x caças, terra e areia


• Solos e áreas contaminadas - Humanos
HELMINTOSES CÃES E GATOS

Toxocara canis – PATOGENIA E SINTOMAS


▪ EDEMA PULMONAR
▪ TOSSE/ PNEUMONIA AUMENTO DA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA CORRIMENTO NASAL

▪ ANOREXIA

▪ OBSTRUÇÃO DA LUZ INTESTINAL

▪ VÔMITO

▪ DIARRÉIA OCASIONAL

▪ AUMENTO DE VOLUME ABDOMINAL

▪ CONVULSÕES NERVOSAS ??
ovo de Toxocara canis

Adultos na alça intestinal. Perfuração da alça.

ovo de Toxascaris leonina


LABORATÓRIO CLÍNICO
• Hipoproteinemia
• Hipoalbuminemia
• Quedas de glicose
• Diminuição de eritrócitos
• VG, Hb e linfócitos
• Leucócitos/neutrofilia
DIAGNÓSTICO
• Sinais respiratórios em ninhada de 2 semanas (fase
migratória)
• Patência - pesquisa de ovos nas fezes
• Técnicas de flutuação
• Animais jovens repetir o exame caso resultado seja
negativo.
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Toxocara spp
Homem
ZOONOSE

ingestão de ovos embrionados


ingestão de carne crua ou mal cozida

larvas migram e atingem tecidos


forma somática

LARVA MIGRANS VISCERAL


LARVA MIGRANS OCULAR
HELMINTOSES CÃES E GATOS
HELMINTOSES CÃES E GATOS

PREVALÊNCIA: Toxocara canis em humanos


E.U.A: 6.7%
CANADÁ: 4.7%
REINO UNIDO:3.8
HOLANDA7.1%
AUTRALIA: 7%
JAPÃO: 4%
Uveitis: Albert T. Vitale
ZIMBABWE: 16.4%
AMERICA LATINA: 29.1%
TURQUIA: 44.28%

LOCAIS PRINCIPAIS

FÍGADO;SNC, OLHOS
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE CÃES
1. Toxocara canis
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma caninum
4. Ancylostoma braziliense
5. Trichuris vulpis
6. Dipylidium caninum
7. Dirofilaria immitis
Ancylostoma

• Filo – Nemathelmintos
• Classe – Nematoda
• Família – Ancylostomatidae
• Subfamília – Ancylostomatinae
• Gênero – Ancylostoma
• Espécies – A. brasiliense
A. caninum
A. duodenale
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Cada verme remove 0,1 ml de sangue diariamente


• Penetração cutânea causa eczema e irritação local
• Período pré- patente: 2 a 3 semanas
• Vermes ovopositores prolíferos, cão pode eliminar milhões de
ovos por dia
• Infecção transmamária produz anemia grave em filhotes (3°
semanas de vida)
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• L3 nos tecidos da cadela pode ser reativada meses ou anos


depois (stress, corticosteróide) e migrar para o intestino
voltando a produzir ovos

• A infecção da cadela em uma única ocasião pode produzir


infecções transmamárias em pelo menos 3 ninhadas
consecutivas;
• Filhotes pode estar fortemente anêmicos e ainda não possuírem
ovos nas fezes
HELMINTOSES CÃES E GATOS

ANCYLOSTOMA SP

ORDEM: STRONGYLIDA

FAMÍLIA: ANCYLOSTOMATIDAE

ESPÉCIES:

Ancylostoma caninum CÃES


Ancylostoma braziliense
Ancylostoma tubaeforme GATOS

Hematófagos
HELMINTOSES CÃES E GATOS

 Idade x Imunidade
EPIDEMIOLOGIA
 Larvas resistentes aos anti-helmínticos

 Fêmeas prolíferas - milhões de ovos/semanas

 Larvas reativas continuamente

 Repovoamento após remoção dos adultos do ID

 Pode haver passagem transplacentária em cães

 Cadela uma vez infectada é capaz de infectar 2 a 3 ninhadas consecutivamente

 Ovos e larvas são sensíveis à radiação solar, maioria dos desinfetantes e água quente sob vapor

 Quanto maior a infecção da cadela, maior a eliminação de larvas através do leite

 Infecção galactogênica dos filhotes ocorre preferencialmente na primeira semana de vida.

 Co-infecção T.cati – FIV / FeLV


Extremidade anterior

Extremidade posterior

Ovos
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ovos A. braziliense

Meio Ambiente

forma infectante

homem
penetram ativamente pela pele íntegra

LARVA MIGRANS CUTÂNEA


HELMINTOSES CÃES E GATOS
Larva migrans cutânea - A. braziliensis

Sinais clínicos: Local:


• pápulas •sola dos pés
• inflamação local •palmas das mãos
• engrossamento da pele
• prurido
HELMINTOSES CÃES E GATOS
CASELLA, Antônio Marcelo Barbante, MACHADO, Roberto Augusto, TSURO,
Andréa et al. Seria o Ancylostoma caninum um dos agentes da neurorretinite sub-
aguda difusa unilateral (D.U.S.N.) no Brasil?. Arq. Bras. Oftalmol., Sept./Oct.
2001, vol.64, no.5, p.473-476. ISSN 0004-2749.
HELMINTOSES CÃES E GATOS
Ancylostoma spp - Ciclo evolutivo
M.A. - OVOS
2 a 8 dias

percutânea L3 oral HP

migração traqueal migração traqueal


ou
migração TGI
ID migração
somática
ID
L3 musculatura - reativadas continuamente (Fêmeas)
ppp - 2 a 3 sem.
HELMINTOSES CÃES E GATOS
Cadela e Gata Prenhe

A. caninum A. tubaeforme
A. braziliense

Reativação por
toda vida

Infecção transmamária Infecção transmamária


(3 sem)
infecta 2 a 3 ninhadas consecutivas
HELMINTOSES CÃES E GATOS

CICLO BIOLÓGICO
• Vias de infecção no cão - Oral, cutânea, pré-natal, galactogênica e
ingestão de paratênicos
• L3 – L4 – ID
• Cães jovens – ovos nas fezes 18 a 26 dias pós infecção
• Cutânea - L3 – circulação sanguínea – coração direito – pulmões – (L4)
– brônquios – bronquíolos - traquéia – laringe e faringe – deglutição – ID
– L5 (Loos)
• Passagem transplacentária e colostro da cadela
• Ovos nas fezes do recém nato – 10 a 12 dias
• ppp 14 a 21 dias
HELMINTOSES CÃES E GATOS

SINAIS CLINICOS GERAIS


Fase intestinal
Penetração Percutânea
• Emagrecimento
• Perda de apetite
• Reação ao nível da pele
• Pelos opacos
• Zonas de eczema e
ulcerações • Retardo no crescimento
• Espaços interdigitais • Pode ocorrer diarréia
mucóide e sanguinolenta
HELMINTOSES CÃES E GATOS

PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS

Nematóide
Cães
Infecções agudas
80 dia - adultos jovens 2a semana de vida

cápsula bucal e dentes Mucosas pálidas


severa anemia
fixação na mucosa e
remoção de sangue
HELMINTOSES CÃES E GATOS

PATOGENIA
• Pulmão
Ruptura de capilares no interior dos alvéolos
• Traquéia
Migração: incômodo físico ao animal
• Intestino
Fixam-se em diferentes locais da parede do intestino,
causando lesões dos tecidos.
HELMINTOSES CÃES E GATOS

DIAGNÓSTICO
• Sinais clínicos - anemia
• Exame de fezes - técnicas de flutuação
• Exames bioquímicos e hematológicos
• Sorologia (ELISA, RIFI)
• PCR

Atenção especial - ninhadas < 2 semanas -


anemia e exame de fezes negativo
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE CÃES
1. Toxocara canis
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma caninum
4. Ancylostoma braziliense
5. Trichuris vulpis
6. Dipylidium caninum
7. Dirofilaria immitis
HELMINTOSES CÃES E GATOS

Filo – Nemathelmintos
Classe – Nematoda
Família – Trichuridae
Gênero – Trichuris
PRINCIPAIS ESPÉCIES

Espécie Hospedeiros Localização PPP/dias


T. trichuria Homem, suíno Ceco 35

T. vulpis Cão Ceco, ID 85

T. campanula Gato Ceco e colon

T. suis Suíno Ceco e colon 35

T. globulosa Ruminantes Ceco

T. ovis Ruminantes Ceco e colon 120


HELMINTOSES CÃES E GATOS

Trichuris vulpis

OVO UNICELULAR BIOPERCULADO, RESISTENTES


PPP - 85 d

L3 - L5

L3
SINAIS CLÍNICOS
• A MAIORIA DAS INFECÇÒES SÃO LEVES E
ASSINTOMÁTICAS

• ENTERITES

• DIARRÉIAS COM SANGUE

• VÔMITOS

• INFLAMAÇÃO DA MUCOSA CECAL


LABORATÓRIO CLÍNICO

• Anemia por perda aguda / crônica de sangue


• Hiponatremia (sinais nervosos)
• Hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue)
EPIDEMIOLOGIA

• Distribuição em região tropical e subtropical


• Normalmente assintomático (Imunologia)
• Ovos resistentes no meio ambiente
• Luz solar incidente - fatal
• Gramados e canis sujos - fonte de infecção
• Produção diária de ovos - 1000 - 4000
• Gatos raramente infectados (T. serrata e T. campanula)
DIAGNÓSTICO
• Clínico - Sinais
• Laboratorial - Coproparasitológico (métodos de
flutuação)
• Realizar vários exames / eliminação intermitente
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE CÃES
1. Toxocara canis
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma caninum
4. Ancylostoma braziliense
5. Trichuris vulpis
6. Dipylidium caninum
7. Dirofilaria immitis
Dypilidium
• Phylum Plathelminthes
• Classe Cestoda
• Ordem Cyclophylidea
• Família Dilepididae
• Gênero Dypilidium
• Espécie D. caninum
CARACTRÍSTICAS GERAIS

• Proglótides grávidas em forma de semente de


pepino
• Ovos depositados em cápsulas
• 20 a 60 cm comprimento por
2 a 4 mm de largura
EPIDEMIOLOGIA
• Hospedeiros definitivos – Caninos e felinos e
acidentalmente o homem
• Hospedeiros intermediários – Pulex irritans,
Ctenocephalides canis, C. felis, e Trichodectes canis
• Localização – Adultos – ID dos HD Estádio larval
(cisticercóides) na cavidade geral dos insetos
PPP – 3 SEM
SINAIS CLÍNICOS
• Depende da carga parasitária
• Enterite, diarréia, cólica, alteração do apetite,
emagrecimento, distúrbios epileptiformes
• Andar “ sentado”
PATOGENIA
• Inflamação da mucosa intestinal (enterite)
• Obstrução intestinal
• Invaginação intestinal
DIAGNÓSTICO
• Sinais clínicos
• Laboratorial – Coproparasitológico – pesquisa de
cápsulas ovígeras
• Difícil o encontro da cápsula ovígera em exames de
fezes
• Proglotes encontradas em fezes frescas (móveis)
• Presença de pulgas ou piolhos
• Prurido na região peri-anal
CONTROLE
 Tratar os adultos pelo menos 1 vez ao ano
 Cadelas com ninhadas altamente infectadas
fembendazole - 42o dia de gestação
50 mg/kg/dia
21o dia pós- parto
redução
80% na infecção transplacentária

 Esquemas semestrais (gatos) /paratênicos


T. canis cadela e ninhada A. caninum

via transplacentária via galactógena (3 m)


via galactógena (3 m) via oral
via oral (6 m)

ppp 2 a 3 sem.
2a semana de vida (15 dias)
Tratamento 4a semana de vida (30 dias)
ATP 8a semana de vida (60 dias)
12a semana de vida (facultativo)
HELMINTOSES CÃES E GATOS

HELMINTOS DE CÃES
1. Toxocara canis
2. Toxascaris leonina
3. Ancylostoma caninum
4. Ancylostoma braziliense
5. Trichuris vulpis
6. Dipylidium caninum
7. Dirofilaria immitis
HELMINTOSES CÃES E GATOS

Dirofilaria
• Filo – Nemathelmintos
• Classe – Nematoda
• Família Filariidae
• Gênero – Dirofilaria
• Espécie – D. immitis
HELMINTOSES CÃES E GATOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Hospedeiros – Canídeos, felinos, carnívoros silvestres, eqüinos,
primatas e ocasionalmente o homem
• Intermediários – Mosquitos (Aedes spp, Anopheles spp e Culex
spp)
• Localização Adultos – Ventrículo direito do coração, artéria
pulmonar, brônquios
L1

L2 – L3

PPP 6 a 8 meses
HELMINTOSES CÃES E GATOS

SINAIS CLÍNICOS

• Geralmente os sinais aparecem após enérgicas


atividades
• Cansaço, respiração ofegante, tosse seca, hemoptise.
• Emagrecimento progressivo, apatia
• Ascite, edema generalizado
• Hematúria, cardiopatias
• Morte pode ser súbita
HELMINTOSES CÃES E GATOS

PATOGENIA
Quadro Clínico – Classe I – subclínico / L5 nas artérias pulmonares,
endarterites pulmonares;

Classe II – Doença moderada – aumento das artérias pulmonares,


opacidade difusa, aumento da câmara cardíaca direita, anemia, ascite;

Classe III – Doença grave. Hemólise, hemoglobinúria, bilirrubinemia,


icterícia, colapso, congestão hepática. Pode estar associado ao
tratamento adulticida (morte em poucas horas)
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EPIDEMIOLOGIA
• Distribuição cosmopolita.
• Brasil – maior incidência em regiões litorâneas. RJ, ES,
SP, SC, PB, AL
• Regiões endêmicas – 40 a 70% cães
1 a 4% gatos
• Registro em cidades distantes do litoral e regiões frias
HELMINTOSES CÃES E GATOS

EPIDEMIOLOGIA
• Ocorrência (multifatorial)
• Mosquitos são sensíveis as altas cargas parasitárias
• Diagnóstico em animais com mais de 1 ano em áreas
endêmicas. Áreas não endêmicas – 3 a 15 anos. (Souza
et al, 1997)
• Áreas endêmicas – todas as raças são consideradas sob
riscos
• Zoonose (Sri Lanka)
HELMINTOSES CÃES E GATOS

DIAGNÓSTICO
• Sinais clínicos
• Constatação e identificação de microfilárias em exame
microscópico de sangue (Knott), Hematócrito,
Hemograma
• RX, ultrassonografia
• Sorologia – ELISA
• PCR
• Necrópsia
HELMINTOSES CÃES E GATOS

TRATAMENTO
• Tiacetarsamida sódica - 2,2 mg/kg, IV, 2xs/d/ 2 dias
• Melasarmida sódica (Immiticide – Merial) - Cães da classe I e II – 2,5 mg,
em duas aplicações com intevalo de 24 h / Classe III - 2,5 mg em dose
única IV e após 30 dias repetir a dose fracionada em duas aplicações com
intervalo de 24 h
• Ivermectina (microfilaricida) – 0,006 a 0,0012 mg/kg em duas doses com
intervalo de 7 dias
• Milbemicina oxima – 0,5 mg/kg mensamente
• Selamectina – 6 mg/kg mensalmente
• Acompanhamento periódico - tromboembolismo
HELMINTOSES CÃES E GATOS

CONTROLE

• Combate ao mosquito
• Tratamento mensal – lactonas macrocíclicas na
primavera/verão
• Verificação mensal de microfilárias sanguineas
CONTROLE GERAL
I - DESVERMINAÇÃO

 Objetivo

 Limitar a eliminação de ovos e larvas nas fezes e reduzir o


número de estágios infectantes no ambiente
 Método:

 Adultos devem ser vermifugados a cada 6 meses Filhotes a partir


dos 20 dias de idade;

 Fêmeas no terço final da gestação e lactação (colostro).


CONTROLE GERAL
 Limpeza diária das instalações e desinfecção periódica
 Trocar diariamente a água dos animais e lavar os recipientes
 Instalação abertas que possam receber sol e com chão com piso liso
 Separação dos animais por faixa etária
 Evitar manter grande número de animais em um mesmo local
 Tratar cadelas próximo ao parto e logo após este
 Adotar um programa de antiparasitários para animais de todas as idades
 Controlar pulgas e mosquitos
 ATP de amplo espectro ou associados
 Colocar capas de proteção em caixas de areia
Obrigada pela atenção!

bruna.costa@cesmac.edu.br

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