Você está na página 1de 49

AULA 5

Doenças
Bacterianas
Daniele Rodrigues
Médica Veterinária
CONTEÚDO

Leptospirose

Campilobacteriose
Leptospira ssp

FONTE: https://www.creative-diagnostics.com/tag-leptospira-biflexa-antigens-43.htm
Baixos índices reprodutivos
Brucelose;
Tuberculose;
Infecções Neospora;
IBR/DVB;
Tricomonose;
Tripanossomíase;
Leptospirose;
Campilobacteriose.
Leptospira ssp
Bactérias espiroquetas que possuem as extremidades em
forma de gancho; se coram com dificuldade;
Gênero Leptospira;
Espécie: interrogans - mais de 250 sorovares
- Diferem nas reações antigênicas
Cada sorovar tem o(s) seu(s) hospedeiro(s) preferencial(ais),
porém uma espécie animal pode albergar um ou mais
sorovares;
Aeróbios, 28° a 30°C, pH 7,2 a 7,4.
Leptospira ssp
Doença bacteriana aguda ou crônica;

Grande polimorfismo clínico;

Acomete todos os mamíferos, principalmente bovinos,


suínos, caninos e humanos.
Leptospira ssp
Num total de de 938 bovinos, 549 reagiram
positivamente.

A prevalência de leptospirose bovina foi de 58,52%.

Maior nos meses com índice de temperatura, umidade e


pluviométrico altos.

Dos veterinários entrevistados que atuam na


microrregião de Uberlândia e Uberaba mais da metade
(61,9%) não solicitam exames de leptospirose.
Leptospira ssp

IMPORTÂNCIA:

Aspectos Econômicos
Transtornos reprodutivos (abortos, natimortos, fetos
mumificados, nascimento de animais fracos);

Baixa na produção de leite (com presença de sangue);

Letalidade em animais jovens até 60%

Aspectos de Saúde Pública


É ZOONOSE!
TRANSMISSÃO
As leptospiras invadem os tecidos através da pele ou
através de membranas mucosas;

Disseminam através da corrente sanguínea (bacteremia),


são eliminadas em cerca de 10 dias;

Tem predisposição pelo epitélio dos túbulos renais, são


as células-alvo da leptospira.
TRANSMISSÃO
•Fonte de infecção: Animais infectados

•Vias de eliminação: Urina e Sêmen

•Vias de transmissão:
– Água, pastagem e fômites contaminados, sêmen.

•Porta de entrada: Mucosas e pele em geral,


principalmente se tiver algum ferimento.
SINTOMAS - humanos
Febre alta repentina;
Dor de cabeça;
Dor muscular (mialgias), especialmente na panturrilha;
Olhos vermelhos;
Tosse;
Cansaço;
Náuseas;
Diarreia;
Desidratação;
Manchas vermelhas no corpo);
SINTOMAS - humanos

Forma mais grave:


Icterícia.
Hemorragias.
Complicações renais.
Coma.
SINTOMAS - animais
Forma aguda:
Abortos;
Retenção de placenta;
Nascimento prematuros;
Morte;
Infertilidade;
Diminuição na produção de leite;
Leite amarelado ou tingido de sangue.

Jovens podem ter febre, icterícia, anemia, taquicardia,


dispneia, anorexia e sangue na urina.
SINTOMAS - animais

Forma subaguda:
Diminuição da produção de leite;
Febre moderada (39,5 a 40ºC);
Leve icterícia.
SINTOMAS - animais

Forma crônica:
- Sinais reprodutivos:

Principalmente abortos acontecendo com maior frequência


do quinto ao sexto de mês de gestação;

Retenção de placenta.
DIAGNÓSTICO

Bom exame clínico;


- O diagnóstico clínico é difícil, porque não apresenta sinais
patognômicos

Histórico de vacinação;

Exames laboratoriais
- ELISA, Soroaglutinação e Imunofluorescência.
TRATAMENTO

DROGAS

1º = Penicilina + Estreptomicina
2º = Tetraciclina
PROTOCOLO – vacinação – CÃES
 45 a 60 dias de idade = 1ª dose da Polivalente
+21 a 30
 66 a 90 dias de idade = 2ª dose da Polivalente
+21 a 30
 87 a 120 dias de idade = 3ª dose da Polivalente

 90 dias de idade (antes considerava 120) = Antirrábica


VACINAÇÃO – CÃES
Revacinação anual.

Duração média da imunidade é de 6 a 8 meses.

Aconselhável a cada 5 meses para cães de exposição,


feiras, etc.

A critério do médico veterinário, caso esteja em área


endêmica.
V8 – V10 – V12
 6 doenças
- Cinomose
- Parvovirose
- Adenovirose
- Hepatite Infecciosa Canina
- Coronavirose
- Parainfluenza Canina

 Leptospirose

 O que muda da V8, V10 e V12 (é o número de sorovares


V8 – V10 – V12

 Não tem uma melhor do que a outra.

 Vão proteger os animais contra as mesmas doenças.

 Apesar da V12 abranger contra mais tipos de


Leptospira, pode ser inútil, uma vez que os sorotipos a
mais nunca foram encontrados no Brasil.
VACINAÇÃO
Bovinos
• Depois de 3 meses de vida;

• Fêmeas e machos antes da cobertura;

• Condutas de 4 vacinações ao ano para animais que vivem


em alto risco.
CONTROLE

- Tratar os animais doentes.

- Vacinar o rebanho.

- Controlar a população de roedores.

- Eliminar excessos de água do ambiente.

- Impedir os animais de beberem água em fontes


contaminadas.

- Limpar do ambiente de criação.


CONTROLE
- Realizar adequado armazenamento de lixos e entulhos.

- Não permitir sobras de comidas no cocho dos animais.

- Indivíduos expostos a situação de risco devem utilizar


equipamentos de proteção individual, tais como, luvas,
óculos, macacão e botas.

- Conservar adequadamente os alimentos, não permitindo


o acesso de outros animais.
VACINAÇÃO
* A vacinação em geral previne a doença.

* Não impede o estado de portador, embora reduza sua


existência.

* Muitos autores consideram a vacinação uma medida


profilática ineficiente
Campylobacter

FONTE: http://www.vaicomtudo.com/salmonela-como-evitar-e-sintomas.html
Baixos índices reprodutivos
Brucelose;
Tuberculose;
Infecções Neospora;
IBR/DVB;
Tricomonose;
Tripanossomíase;
Leptospirose;
Campilobacteriose.
CONCEITO

Doença bacteriana infecciosa reprodutiva, geralmente


de caráter endêmico, que leva a infertilidade
temporária de vacas devido a repetições de cio e
aborto.
ETIOLOGIA
Gênero Campylobacter

Espécie: - fetus subsp. veneralis


- fetus subsp. fetus

fetus subsp. veneralis – Infertilidade Enzoótica dos


Bovinos; Trato Reprodutivo;

fetus subsp. fetus – Aborto Esporádico dos bovinos;


Trato Intestinal;
IMPORTÂNCIA
Transtornos reprodutivos:
– Repetição de cio;
– Abortos.

– Infertilidade;

– NÃO É ZOONOSE!
IMPORTÂNCIA

No Brasil – Acredita-se que a prevalência esteja entre


8,0 e 67,0%

Principalmente: SP, RS, MG, PR, BA, GO, RJ e MS.


Frequência entre 1986 e 2001
FONTE: Miranda (2009)
TRANSMISSÃO
Fêmeas contaminam-se na cópula com touro infectado;

► Os touros adquirem na cópula com fêmea infectada ou


vagina artificial;

O TOURO É O GRANDE DISSEMINADOR! Quanto mais


velho pior...
Mais criptas no prepúcio;

► Sêmen ou embrião submetido a tratamento com


antimicrobianos deixam de ser contaminados;
TRANSMISSÃO
• Transmissão por fômites, material utilizado na coleta de
sêmen e inseminação artificial, camas utilizadas em
criações com alta densidade – também pode ocorrer,
porém são menos frequentes.
IMPORTÂNCIA

Pelo menos 25% dos bovinos de leite e corte em idade


reprodutiva do rebanho brasileiro são positivos para
campilobacteriose.
RESISTÊNCIA

São sensíveis a desinfetantes comuns;

Morrem sob o calor de 75°C mínimo 10 minutos;

Não resiste por longos períodos no ambiente, fora do


hospedeiro, por que é muito sensível à desidratação;
(veneralis principalmente).
SINAIS CLÍNICOS

TOUROS (pode passar despercebido)

Talvez diminuição da libido;


Necessidade de excesso de serviços.
SINAIS CLÍNICOS

VACAS

Repetição de cios;
Maior intervalo entre partos;
Infertilidade temporária;
Abortos do 4º ao 6º mês.
DIAGNÓSTICO

Laboratorial (poucos laboratórios que fazem).

Clínico (DIFÍCIL)
► Reconhecimento dos sinais clínicos;
► Consulta aos registros de controles produtivos;
► Ocorrência de abortos (5 a 10%).
(Vaginite; Muco claro ou turvo; Endometrite; Edema da
placenta e Necrose dos cotilédones).
TRATAMENTO
Touros infectados

- Infusão de uma solução contendo 5g de


dihidroestreptomicina no prepúcio com massagem
vigorosa no local;

- 5 dias consecutivos;

- No 1º e 3º dia fazer aplicação parenteral 22mg/kg;

- Somente após três testes negativos o animal será


considerado livre.
TRATAMENTO
Fêmeas

- Gentamicina, Tilosina, Lincomicina, Estreptomicina ou


Penicilina, etc.
TRATAMENTO
Sêmen

Tratamento de acordo com a OIE - prevê adição de:

-Gentamicina (250 mg), tilosina (50 mg), lincomicina-


espectinomicina (150-300 mg)

-Penicilina (500 UI) e estreptomicina (500 UI) por mililitro de


sêmen congelado.

Assim, a inseminação artificial poderia prevenir a


disseminação da enfermidade pela adição das drogas
recomendadas no sêmen.
PROFILAXIA

Inseminação artificial com sêmen de animais negativos


ou sêmen tratado com antibióticos;

Separar as novilhas das vacas e utilizar um touro


virgem ou livre de infecção com estas novilhas. Bem
como os fômites – pipetas, etc.

*Em rebanhos grandes de manejo extensivo fica


complicado fazer essa separação.

Vacinação
VACINAÇÃO

Todos os animais em idade reprodutiva devem ser


vacinados, de 60 a 30 dias antes da cobertura. 2
DOSES;

A revacinação deve ser anual com dose única.

A relação custo-benefício do controle desta doença pela


vacinação é positiva;

1 BEZERRO que foi abortado equivale a 100 doses de


vacinas...

Você também pode gostar