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Data @14/09/2023
Dias 1 dias
Características gerais
É uma micose que afeta animais e humanos causada por fungos do gênero Sporothrix. Causa
úlceras, nódulos e abscessos.
A esporotricose ainda não é objeto de vigilância epidemiológica nacional.
Características epidemiológicas
Forma clássica:
Esporotricose 1
Foi considerada uma doença ocupacional ou ocasional → era observada mais
comumente em indivíduos que têm contato constante com plantas.
Urbana:
Contaminação ambiental:
Animais infectados morrem e são jogados na lata de lixo, lotes vagos ou enterrados sem
tratamento prévio.
Agente etiológico
Causada pelo complexo → Sporothrix schenckii, que é composto das seguintes espécies:
Sporothrix albicans,
Sporothrix globosa,
Sporothrix luriei,
Sporothrix mexicana,
Sporothrix schencki.
Esporotricose 2
Leveduriforme
Solos;
Palhas;
Farpas;
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Espinhos e Vegetais.
Possui alta capacidade de transmissão direta para humanos e outros animais devido à alta
carga fúngica presente nas lesões.
Cavalo;
Cão;
Rato;
Aves (galinha);
Tatus;
Humanos.
Cães e seres humanos podem desenvolver a doença, porém a carga parasitária em lesões
são baixas → baixo potencial como fonte de transmissão.
Modo de transmissão
Infecção Clássica
Contato com fontes ambientais contaminadas pelo fungo → matéria vegetal acumulada e
em decomposição.
Ambiente urbano
Gatos aparentemente saudáveis podem apresentam fungos nas unhas e cavidade oral
→ baixa taxa de transmissão.
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Período de incubação
Gatos
Humanos
Varia de 3 a 30 dias, tendo uma média de 14 dias podendo se estender por meses.
Manifestações clínicas
GATOS
Normalmente observa-se →
CÃES
HUMANOS
Nódulos que podem evoluir para úlceras associado com acometimento dos vasos
linfáticos adjacentes ao local da inoculação → linfagite nodular.
Diagnóstico
Atendimentos clínicos e práticas a campo:
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Resultado positivo possibilita início imediato do tratamento.
Isolamento do fungo por meio de cultura das lesões ou aspirado de secreção → padrão
ouro!
Coleta da cultura deita com técnica asséptica sendo o material enviado ao laboratório em
solução salina (Soro Fisiológico 0,9%).
GATOS SUSPEITOS:
Luvas descartável;
Máscara descartável;
Óculos de proteção;
Touca descartável.
Citopatológico.
Cultura Micológica.
BIÓPSIA
Histopatológico.
Positivo:
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Caso os três métodos dê positivo → definir a conduta conforma o programa de
vigilância e controle.
Negativo:
Diagnóstico Diferencial
Doenças infecciosa:
Leishmaniose tegumentar;
Nocardiose;
Tratamento
Itraconazol → droga de escolha para o tratamento de formas cutâneas e linfocutâneas.
DURAÇÃO
Casos severos ou forma nasal → estender para 60 dias após cura clínica.
Iodeto de potássio
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Utilizado em associação ao itraconazol em felinos → iodeto 2,5/kg/dia + itraconazol
100mg/dia.
2. Veterinários
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Mapear e avaliar as ações promovidas no município para o controle e
prevenção da doença;
3. Laboratoriais
REDE DE DIAGNÓSTICO
Estabelecer parcerias com instituições de ensino, laboratórios particulares ou públicos
que possam oferecer o diagnóstico laboratorial.
Treinamento de pessoal qualificado para o diagnóstico citológico no caso de gatos.
MATERIAIS E INSUMO
Fornecer EPI à equipe responsável pela contenção e coleta de material em animais
suspeitos e no indivíduos envolvidos no atendimento de animais doentes.
Capacitação
Treinamento dos profissionais de Controle de Zoonoses (Agentes de Combate à
Endemias (ACE) e técnicos)
Contenção de animais;
Busca ativa
Identificação de casos suspeitos
Sensibilizar os ACE a reconhecer, durante as visitas domiciliares, casos suspeitos.
Após identificação deve ser desenvolvido ações para educação/informação sobre a doença.
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Vigilância passiva
Monitoramento em clínicas
Notificação
Notificação de casos animais
O município deve estabelecer como prioridade a identificação de casos suspeitos em felinos e
confirmados em animais.
Definição de casos:
Gato confirmado →
Laboratorial;
Descarte → suspeito que não se enquadra em nenhuma das situações anteriores ou com
diagnóstico confirmado para outra doença.
Investigação
Vigilância epidemiológica
Todos os casos notificados devem ser investigados. Sendo fundamental investigar casos
humanos associados e comunicar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica local.
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Animais suspeitos e confirmados
Diagnóstico
A oferta gratuita do tratamento antifúngico pode ser realizada de acordo com a realidade de
cada município.
Municípios que não apresentam condições de isolamento de animais durante o tratamento não
devem considerar o tratamento de gatos errantes como medida de prevenção → recomenda-se
a eutanásias.
Medidas de manejo da população de gatos
Castração,
São ações que interferem positivamente na prevenção da esporotricose e vão ao encontro das
cinco liberdades previstas no bem-estar animal.
Intersetorialidade
No contexto da saúde única é imprescindível a realização de ações integradas entre os setores
de saúde, meio ambiente e sociedade civil organizada.
Visando:
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Buscar alternativas para o tratamento dos animais doentes;
Coibir o abandono;
Educação em saúde
Profissionais de vigilância
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Em todo e qualquer procedimento envolvendo a manipulação de gatos suspeitos, é necessária
a utilização, por toda a equipe, de EPIs.
Boas práticas
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Além da utilização das EPIs é necessário uma conduta adequada na manipulação de animais
com suspeita de esporotricose.
1. Puçá (rede com haste comprida) → captura de animais arredios em domicílio ou gatos
ferais.
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2. Luvas de couro → utilizada durante a manipulação de animais domiciliados que aceitam
contato humano.
a. Previne mordidas;
b. Evita lambedura das lesões para que não ocorra a disseminação do fungo para outras
partes do corpo.
4. Caixa de transporte;
Ambientes e fômites
Descontaminação
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Limpeza, desinfecção e/ou esterilização em equipamentos e artigos usados na coleta de
amostras e atendimentos de animais suspeitos.
Destinação de cadáveres
4. Realizar o transporte do cadáver em caixas fechadas para evitar que as unhas do animal
perfurem o saco.
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