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❖ ➺ Humanos

Esporotricose cutânea:
A esporotricose é uma micose profunda
causada pelo fungo Sporothrix schenckii, Caracteriza-se por uma ou múltiplas lesões,
que habita a natureza e entra no organismo localizadas principalmente nas mãos e
por meio de uma ferida na pele. braços.

Esporotricose linfocutânea:
Descrita pela primeira vez por Benjamin
É a forma clínica mais frequente.
Schenck no Estados Unidos em 1898.
Há formação de pequenos nódulos,
No Brasil, Lutz e Splendore descreveram, em
localizados na camada da pele mais
1907, os primeiros casos de esporotricose em
profunda, seguindo o trajeto do sistema
seres humanos e ratos.
linfático da região corporal afetada. A
Primeiro surto em humanos em 1940 na localização preferencial é nos membros.
África do Sul em que 3 mil trabalhadores de
minas de ouro estavam contaminados.

A forma clínica depende do tamanho do


inoculo, a profundidade da inoculação
traumática, a tolerância térmica da cepa e
o estado imunológico do hospedeiro.

O fundo é incapaz de penetrar na pele


intacta.

Raras ocasiões ocorre a disseminação para


outros órgãos, ou ainda ser primariamente
sistêmica, resultante da inalação de esporos.
Esporotricose extracutânea:
➺ Felina
Nesse caso a doença se espalha para outros
locais do corpo como ossos, mucosas, entre Nos felinos, a doença apresenta evolução
outros mas sem o comprometimento da rápida e frequentemente grave, levando o
pele. animal ao óbito se não tratado, na maioria
dos casos.

Além disso apresentam alto potencial de


transmissão da esporotricose, pois os fungos
estão presentes em grande quantidade no
aparelho respiratório e nas lesões cutâneas.

Formas extracutâneas:

 Pulmões
 Articulações
 Ossos
 Globo ocular
 SNC
 Outros órgãos

➺ Canina
Esporotricose disseminada:
Nos cães, a esporotricose é tida como
Ocorre quando a doença se dissemina para
incomum a rara, sendo mais comuns as
outros locais do organismo, com
dermatofitoses.
comprometimento de vários órgãos e/ou
sistemas (pulmão, ossos, fígado).
Muitos proprietários que são infectados
pelos animais temem outros casos no ❖
domicílio e abandonam seus gatos longe  Isolamento em Agar Saboraud
das residências, favorecendo ainda mais a  Isolamento em Agar Mycosel
disseminação da doença. Outros sacrificam  Histopatológico
os animais, jogando os corpos em terrenos  PCR
baldios ou enterrando-os nos quintais,  Aglutinação em látex
favorecendo a perpetuação do fungo no  Fixação do complemento
meio ambiente.  Imunofluorescência indireta

A transmissão entre animais e na forma


zoonótica tem ocorrido através de
arranhaduras, mordeduras ou contato com
as secreções de lesões de gatos doentes.

Além disso, o contato com plantas e solo em


ambientes naturais onde o fungo pudesse ❖
estar presente em materiais orgânicos. Já
que esse fungo pode ser encontrado na Deve-se manter o tratamento por 1 a 2
terra e em materiais em decomposição meses após a cura clínica. Pode ser
como madeiras, galhos, folhas. necessário o uso de antibiótico devido a
infecções secundárias.

Cães:
❖  Iodeto de potássio 20% - 40 mg/kg,
oral, 3x/dia
1. Os fatores de virulência parecem estar  Cetoconazol - 5 a 10mg/kg, SID, oral
ligados à produção de melanina, por conta  Itraconazol - 10 a 30 mg/kg, SID, oral
da infiltração do fungo na pele.
Gatos:
2. A produção de melanina é necessária
para a sobrevivência do fungo às condições  Iodeto de potássio cápsula, 10 – 20
adversas do ambiente: determina maior mg/kg, oral, BID
infiltração em infecções e resistência a  Cetoconazol- 5 a 10mg/kg, SID, oral
fagocitose, e também se acredita que  Itraconazol - 10 a 30 mg/kg, SID, oral
diminui a sensibilidade a antifúngicos. (100mg/kg)
 Terbinafina – 30 a 40 mg/kg, SID, oral
3. Após a inoculação pode ocorrer
disseminação linfática. O itraconazol é o fármaco de escolha para
tratamento de felinos pois apresenta menos
efeitos adversos quando comparado aos
demais agentes antifúngicos.

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