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Isadora Gonzalez
Liziane Gonçalves
Sheila Scantamburlo
Sthephanne Paola Castro Amaral
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PORTFÓLIO
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Sumário
Introdução ........................................................................................................................................................................ 4
Diferenças entre Ectoparasitas e Endoparasitas ......................................................................................... 5
Apresentação Dirofilariose ...................................................................................................................................... 6
Aspectos Epidemiológicos ........................................................................................................................................ 6
Patogênese......................................................................................................................................................................... 7
Ciclo Biológico ................................................................................................................................................................. 9
Potencial Zoonótico ................................................................................................................................................... 10
Sintomatologia ............................................................................................................................................................. 11
Diagnóstico ..................................................................................................................................................................... 12
Tratamento .................................................................................................................................................................... 13
Profilaxia ......................................................................................................................................................................... 15
Conclusão ........................................................................................................................................................................ 16
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................... 17
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INTRODUÇÃO
A parasitologia é a ciência que estuda o parasitismo e seu modo de vida, como
funciona seu desenvolvimento, sua propagação, além de suas condições de nutrição.
O parasitismo ocorre quando um parasita vive em associação com um hospedeiro,
do qual retira os meios para sua sobrevivência, causando prejuízos e até
enfermidades graves ao hospedeiro durante seu tempo de permanência no mesmo
(Fiocruz, s/a).
Há uma distinção inicial de parasitas que os divide entre: ectoparasitas e
endoparasitas. Os ectoparasitas são encontrados sob a pele do animal e também em
suas cavidades, ou seja, na região externa e alguns exemplos de ectoparasitas são
as moscas e suas larvas, além dos carrapatos. Já os endoparasitas se alojam no
interior do corpo do hospedeiro e alguns exemplos de endo são os vírus, tênias,
nematelmintos e diversas bactérias. Além disso, os endoparasitas podem ser
divididos em dois grupos: parasitas intercelulares, que vivem em espaços dentro do
corpo do hospedeiro ricos em nutrientes, e os intracelulares que vivem dentro das
células dos hospedeiros (Manzano, 2016).
Os parasitos vivem em competição com seu hospedeiro e outros membros de
sua própria espécie por alimento e por espaço, por isso, como estratégia de
sobrevivência utiliza de sua reprodução para garantir que novas gerações possam se
estabelecer nos hospedeiros. A reprodução é umas das características mais
importantes da vida parasitária, portanto produzem enormes quantidades de ovos e
cistos, que acabam por contaminar o ambiente e facilitar a contaminação humana e
de outros animais (Dolabella e Barbosa, 2011).
Com base nesses conhecimentos básicos gerais sobre parasitologia, este
projeto tem como objetivo desenvolver uma descrição sobre um tipo de ectoparasita
que transmite um endoparasita para o hospedeiro, trazendo uma enfermidade
conhecida por Dirofilariose. Além do ciclo de vida de seu vetor, será descrito formas
de diagnósticos e tratamento para a enfermidade, para fins de conhecimento.
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DIFERENÇAS ENTRE ECTOPARASITAS E ENDOPARASITAS
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Figura 1 - Fonte: Google Imagens
APRESENTAÇÃO DIROFILARIOSE
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
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guarda e ficam fora de seus domicílios estando mais sujeito a picadas dos insetos.
(JERICÓ – 2019)
Os mosquitos transmissores picam os cães infectados e, ao picar outros cães
saudáveis, podem transmitir as larvas infectantes do parasita, chamadas microfilárias.
O ciclo de vida do parasita envolve estágios no coração e nos vasos
sanguíneos do animal infectado.
PATOGÊNESE
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Figura 2 – Fonte: VetSmart
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CICLO BIOLÓGICO
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A grande concentração de vermes adultos no átrio direito do coração, válvula
tricúspede e veia cava cranial e caudal podem levar o animal à síndrome da veia cava
que é a forma aguda e geralmente fatal da dirofilariose. Caracteriza-se por um
conjunto de sinais causados pela diminuição do fluxo sanguíneo pela veia cava
superior para o átrio direito, que ocorre quando o influxo venoso para o coração se
encontra obstruído por uma massa de vermes, podendo ocorrer também pela
migração retrógrada de vermes da artéria pulmonar e ventrículo direito para o orifício
da válvula tricúspide, átrio direito e veia cava, resultando em uma condição
semelhante ao choque. (CICARINO -2009)
Os sintomas da dirofilariose canina podem variar de leves a graves, os cães
podem apresentar tosse, falta de ar, letargia, perda de peso, fraqueza, intolerância ao
exercício e distensão abdominal. Nos casos mais avançados, a doença pode causar
insuficiência cardíaca, colapso e até a morte, a gravidade dos sintomas depende do
número de vermes adultos presentes, da saúde geral do cão e de outros fatores.
POTENCIAL ZOONÓTICO
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Para a ocorrência da dirofilariose humana vários fatores devem ser considerados,
tais como, o tamanho da população canina, alterações climáticas, prevalência da
infecção em cães, densidade da população de mosquitos vetores e freqüência de
exposição do ser humano às picadas desses insetos, como observado por GARCEZ
et al. (2006). No Brasil, a maior prevalência da infecção nos animais é relatada em
áreas costeiras, estando presente, também, distante do litoral (FERNANDES et al.,
1999; ) Além disso, a freqüência de viagens para áreas endêmicas e as condições
precárias de higiene como destino inadequado do lixo, esgotos a céu aberto e
acúmulo de água devem ser considerados (THEIS, 2005; SIMÓN et al., 2005)
SINTOMATOLOGIA
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cranial para o átrio direito, o qual ocorre quando o influxo venoso para o coração está
obstruído devido a presença dos parasitas, levando em consequência uma condição
parecida ao choque (CICARINO, 2009).
Pode ocorrer também a migrações anômalo de vermes para o sistema nervoso
central, tecido subcutâneo, cavidade peritoneal, olhos, artéria femoral e diferentes
locais, causando sinais clínicos pertinentes a estes sistemas (SALGUEIRO, 2016).
DIAGNÓSTICO
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microfilárias. Nesses casos, o teste do antígeno é necessário para determinar a
situação do cão, a fim de controlar mensalmente a infecção (FERNANDES et al.,
1999; SOUZA & LARSSON, 2001; DILLON, 2007).
No caso de D. immitis, a amostra de sangue deve ser obtida de preferência no
período noturno, quando a microfilaremia atinge o seu pico. A microfilaremia por D.
immitis aparece seis meses após a infecção nos cães, porém em cerca de 15% dos
animais infectados não se detecta microfilaremia (dirofilariose oculta) (ACHA &
SZYFRES, 2003). Nos casos de parasitas imaturos e baixas cargas parasitárias,
especialmente no gato, os resultados serão negativos para o antígeno quando os
parasitas estiverem presentes nas artérias pulmonares, mesmo com sinais clínicos
presentes (DILLON, 2007).
O esfregaço sanguíneo direto é um teste simples de triagem, porém não
recomendado como teste de rotina. É necessário que o animal esteja infectado com
um grande número de larvas para a sua detecção. Menos de 20 a 50 microfilárias mL-
1 de sangue não são detectadas e nas infecções mais brandas elas estarão ausentes
(AHS, 2007; DILLON, 2007). Cães, filhotes menores de seis meses de idade, não
devem ser testados para dirofilariose, porém, aqueles que não estiverem sob
tratamento preventivo para dirofilariose devem ser submetidos ao exame direto para
microfilária. Se negativo, deve ser realizado o exame de concentração de
microfilárias, mas menos de 1% dos cães podem ser microfilário positivo e antígeno
negativo. Atualmente, o teste de Knott é realizado conjuntamente com o Immunoblot,
teste imunológico para detecção de antígeno, permitindo a detecção de fragmentos e
pequeno número de parasitas adultos ou até mesmo as infecções ocultas
(FERNANDES et al.,).
TRATAMENTO
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Para se receber um tratamento adequado, deve ser realizado uma anamnese
adequada e exames físicos e complementares, a fim de determinar um protocolo
adequado para o paciente (Cicarino, 2009).
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parasitas adultos através de uma incisão na veia
jugular”.
PROFILAXIA
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“Para a realização de uma profilaxia eficaz é indispensável a
aplicação de fármacos a cada 6 meses que podem ser
administrados de forma oral, tópica ou parenteral.Várias
drogas estão disponíveis para prevenir a dirofilariose, as
avermectinas (ivermectina, selamectina) e as
milbemicinas.Outra forma de prevenção da doença passa
pela protecção da exposição dos animais de companhia aos
mosquitos e isto pode conseguir-se através de medidas de
controlo ambiental, incluindo o tratamento das fontes de
água estagnadas com inseticidas reguladores de
crescimento (RCI), combinadas com medidas adulticidas de
mosquitos.” (Salgueiro, 2016).
Grande maioria dos cães que se encontram com o parasita, não apresentam a
doença, ou seja, assintomáticos. Logo, uma detecção precoce ocasiona na
possibilidade de elevar a chance de cura e evitar que o animal apresenta sequelas
(Cicarino, 2009).
CONCLUSÃO
A Dirofilariose é uma doença causada pelo parasita Dirofilaria immitis,
transmitido por mosquitos. Os vermes adultos se alojam no coração e nas artérias
pulmonares dos animais infectados, causando danos graves. A prevenção e o
diagnóstico precoce são essenciais, pois o tratamento é mais eficaz nos estágios
iniciais da infecção.
Em conclusão, a compreensão do ciclo biológico da Dirofilariose e a habilidade
do médico veterinário em diferenciar os estágios da larva são cruciais para garantir
um tratamento oportuno e eficaz, visando a saúde e bem-estar dos animais de
estimação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANZANO, Maria Carolina Rodella. Endoparasita. Infoescola/UNIFESP, São Paulo - SP, 2016.
Disponível em<https://www.infoescola.com/biologia/endoparasita/> Acesso em 03 ago 2023.
Márcia Marques Jérico, Márcia Mery Kogika, João Pedro de Andrade Neto
JERICO, M.; KOGIKA, M.; ANDRADE, J. Livro Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos –
Volume 1. Capítulo 138 Dirofilariose Canina – páginas 1215 – 1218.
CICARINO, Carla - Dirofilariose Canina. Trabalho de Conclusão de Curso. São Paulo, 2009. 53
páginas. Disponível em <https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/cci.pdf>.
PAZ, Sâmara – Parasitas em Bovinos – Conheça os principais inimigos do seu rebanho, 2021.
Disponível <https://blog.prodap.com.br/parasitas-em-bovinos/>
LEITE, Luiz Carlos. et.al. DIROFILARIOSE CANINA: Revisão de uma Zoonose Emergente. Rev.
Acad., v.4, n.4, p. 49-56. Curitiba – PR, 2006.
MONTEIRO, Silvia Gonzalez. Parasitologia na medicina veterinária. Editora Roca Ltda. – 2. ed. Rio
de Janeiro, 2017
MEIRELES, José; PAULOS, Filipa; SERRÃO, Inês. Dirofilariose canina e felina. Revista portuguesa
de ciências veterinárias, v. 109, n. 591-592, p. 70-78, 2014.
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