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FACULDADE TERRA NORDESTE

INFECÇÃO E INFESTAÇÃO PARASITOLÓGICA

CAUCAIA-CE
2023
FACULDADE TERRA NORDESTE

INFECÇÃO E INFESTAÇÃO PARASITOLÓGICA

Dissertação executada em prol da cadeira


de parasitologia como sendo um requisito
para obtenção de complemento de nota
sob orien- tação do professor Dr.José
Claudio Carneiro de Freitas

CAUCAIA-CE
2023
SUMÁRIO
1. Introdução
RESUMO

Na natureza existem muitos exemplos de relação entre seres vivos e o para-


sitismo é um deles. O que é o parasitismo? Como surgiu essa relação? E por
quê? O parasitismo é a relação desarmô nica entre espécies diferentes, sen-
do que um (parasito) se beneficia retirando os meios para sua sobrevivê
ncia, podendo prejudicar o outro (hospedeiro). A relação de parasitismo entre
dois seres originou-se ao acaso, do contato entre eles, passando o
hospedeiro a ser suporte para o parasito que primitivamente deveria ser
livre e saprofítico. Com o decorrer do tempo, o hospedeiro passou também a
ser fonte de ali- mento para o parasito, que se adaptou a uma nutrição
restritiva e exclusiva. É provável que primeiro tenham surgido os
ectoparasitos e depois os endo- parasitos.
A maioria dos vermes, ao contrá rio, produz ovos ou larvas que se desenvol-
vem no meio ambiente antes de serem capazes de infectar pessoas. O de-
senvolvimento no ambiente pode envolver outro animal (um hospedeiro inter-
mediá rio) . Os vermes incluem nematelmintos, tais como anciló stomos, e pla-
telmintos, tais como tênias e trematódeos.

As infecções parasitá rias são mais comuns em á reas rurais e em


desenvolvi- mento do que nas á reas desenvolvidas.Em á reas
desenvolvidas, essas in- fecções podem ocorrer em imigrantes, em
viajantes que retornam ou em
pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

Infestação, ela consiste no estabelecimento, proliferação e ação de


parasitos na pele ou em seus apê ndices. Entretanto, alguns autores
consideram este termo como sendo a penetração ou presença de parasitas
não-microbianos no hospedeiro.
ABSTRACT

In nature there are many examples of relationships between living beings and
parasitism is one of them. What is parasitism? How did this relationship come
about? It's because? Parasitism is a disharmonious relationship between d if-
ferent species, with one (parasite) benefiting by withdrawing the means for its
survival, which may harm the other (host). The relationship of parasitism
bet ween t wo beings originat ed by chance , from contact betw een them, with
the host becoming a support for the parasit e, which originally should have
been f ree and saprophyt ic . O ver time , t he host also became a source of food
for the parasite, which adapted to restrictive and exclusive nutrition. It is likely
that first the ectoparasites appeared and then the endoparasites.
Most worms, by contrast , produce eggs or larvae that develop in the environ-
ment before they are able to infect people . Development in the environment
may involve another animal (an intermediate host ). Worms include
roundworms, such as hookworms, and flatworms, such as tapeworms and
flukes.
Parasitic infections are more common in rural and developing areas than in
developed areas . In developed areas , these infections can occur in immi-
grant s , ret urning t ravelers , or people with wea kened immune systems.
Infestation, it consists of the establishment , proliferation and action of parasi-
tes on the skin or its appendages. However, some authors consider this term
to mean the penetration or presence of non-microbial parasites in the host.
INTRODUÇÃO

Parasitologia é uma ciê ncia que se baseia no estudo dos parasitas e suas
re- laçoes com o hospedeiro, englobando os filos Protozoa (protozoá rios), do
rei- no Protista e Nematoda e Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda
(artró- podes), do reino Animal.
As primeiras conceituações de parasitismo o caracterizavam como uma rela-
ção desarmô nica, portanto unilateral, onde o parasita obrigatoriamente
trazia prejuí zos ao seu hospedeiro. Como esta definiç ã o se mostrou falha,
princi- palmente em razão de nem sempre se conseguir demonstrar danos
determi- nantes de sinais e/ou sintomas, no hospedeiro, a mesma foi sendo
abando- nada pela maioria dos profissionais da á rea e substituída por
outras mais co- erentes com os conceitos mais modernos.
Atualmente, parasitismo é principalmente conceituado como a “ relação
entre dois elementos de espécies (ou grupo e espécie, no caso dos vírus)
diferen- tes onde um destes, apresenta uma deficiê ncia metabólica
(parasita) que faz com que se associe por período significativo a um
hospedeiro (hospedador), visando suprir tal carê ncia” .

A perda parcial de um ou mais sistemas metabólicos e da capacidade de uti-


lizar outra fonte nutricional no meio ambiente externo, em todo seu ciclo de
vida ou em parte dele, faz com que o parasita se instale em seu hospedeiro
e dependa da sobrevida deste, principalmente se tratando dos endoparasi-
tas, em que, caso ocorra morte do hospedador, o parasita normalmente tam-
b é m sucumbe. Como estraté gia de sobrevivê ncia e transmissã o , o parasita
“ busca” red uzir sua capacidade de agressã o em relaç ã o ao seu hospedeiro,
o que se dá por seleção natural, no sentido de uma melhor adaptação a de-
terminado(s) hospedeiro(s). Neste caso, quanto maior for à agressão, menos
adaptado é este parasita a espécie que o hospeda, e consequente possibili-
dade de morte deste, o que tende com o passar dos anos à seleção de
amostras (cepas) menos virulentas para este hospedador.

1.1-INFESTAÇÃO E INFECÇÃO
Infecções parasitá rias devido a protozoá rios e helmintos são responsáveis
por taxas de morbidade e mortalidade considerá veis no mundo. S ã o preva-
lentes na Amé rica Central, na Amé rica do Sul, na África e na Ásia. São
muito menos comuns na Austrá lia, no Canadá , na Europa, no Japão, na
Nova Ze- lâ ndia e nos EUA. De longe, o maior impacto é nos residentes
das regiões tropicais desfavorecidas com cond ições sanitá rias precá rias,
poré m infec-
ç õ es parasitá rias sã o encontradas nos paí ses industrializados, acometendo
imigrantes e viajantes que retornam de regiões endêmicas e até mesmo resi-
dentes que não viajaram, em particular aqueles com aids ou outras doenças
que causam imunodeficiê ncia.

Há contrové rsia dos autores sobre o significado dos termos infecção e


infes-
tação. Até há pouco tempo consideravam infecçãos as doenças causadas
por protozo á rios , e infesta ção as doenças ocasionadas por artró podes e
hel-
mint os. Modernament e f oi sugerido o termo infecção para a doença devido
a presença de parasitos internos, como protozoá rios, helmintos, e infesta-
ção a ocasionada por parasitos externos, como artró podes.
Logo, foi dito que existem dois parâ metros em que se baseia a classificação:
lo cal i za ção e d i men s ão. O primei ro sugerido por uma reunião de especialis-
tas da Organização Mund ial de Saúde (OMS), é o mais utilizado atualmente.

- Localizaç ã o : Infestaç ã o : Localizaç ã o parasitá ria na superfí cie externa


( ec- toparasitas). P.e. Carrapatos e piolhos.
Infecç ã o : Localizaç ã o interna parasitá ria ( endoparasitas) . P . e . Giardia lam-
b lia e Schistosoma mansoni. Por esta definição, infecção seria a penetração
seguida de multiplicação (microrganismo) ou desenvolvimento (helmintos) de
determinado agente parasitá rio.
Dimensão: Infestação: Corresponde ao parasitismo por metazoá rios.
P.e. Enterobius vermicularis e Schistosoma mansoni.
Infecção: Definida pelo parasitismo por microrganismos. P.e. Giardia lamblia
e Trypanosoma cruzi. Em conseqüência, infecção seria a penetração segui-
da de multiplicação de microrganismo.
Obs. Existe ainda um sentido não parasitá rio para o termo infestação, que
corresponde à presenç a de n ú mero considerá vel no meio ambiente externo
de animais e/ou vegetais não desejados pelo ser humano. P.e. Infestação de
cobras, lacraias, ervas daninhas e etc.
Definimos então como a penetração, o desenvolvimento e a multiplicação do
agente (que pode ser vírus, bacté ria, fungo, protozoá rio ou helmintos) no or-
ganismo do hospedeiro; e doença infecciosa como o aparecimento de sin-
nais clínicos e sintomas decorrentes da ação patog ê nica do agente infeccio-
so. No caso do etoparasitos , convenciono -se utilizar o termo infesração ao
invé s de infecç ã o .

Os parasitas passam por diversos estágios durante o desenvolvimento. De-


nominamos forma infectiva, ou forma infectante, a forma pela qual o parasito
penetra o organismo do hospedeiro causando infecção. Por exemplo, na
ameb íase, a forma infectante é o cisto tetranucleado , resultado do amadure-
cimento no meio ambiente do cisto imaturo expelido nas fezes do hospedei-
ro; na malá ria, é o esporozoíto, prod uzido no mosquito vetor. As fontes de
in-
fecção podem ser animais , plantras ou o pró prio homem , onde o parasito vi-
ve e se multiplica e a que damos a denominação de reservató rios do parasi-
to.
1.2 - MECANISMOS DE INFECÇÃO (MECANISMOS DE TRANSMISSÃO)
Para que seja definido tal mecanismo, deve ocorrer aná lise quanto à porta
entrada no organismo do hospedeiro (via de infecção) e neste momento se
ocorreu ou não gasto de energia pelo parasita (forma de infecção).
1- Forma de Infecção (Forma de transmissão) * Passiva - Quando não exis-
te gasto de energia para a invasão. * Ativa - Caso ocorra dispê ndio energéti-
co para tal fim. 2- Via de Infecção (Via de transmissão ou porta de entrada)
*Oral (per os) *Cutânea (per cuten) *Mucosa (per mucus) *Genital (per ge-
nus) 3- Principais mecanismos de infecção *Passivo oral. P.e. Ascaris
lumbricoides. * Passivo cutâ neo P. e . G ê n . Plasmodium * Ativo cutâ neo P. e .
Trypanosoma cruzi *Ativo mucoso P.e. T. cruzi *Passivo genital P.e. Tricho-
monas vaginalis 4- Mecanismos particulares: Em alguns casos, para que
fique mais claro o real mecanismo de infecç ã o , empregamos expressõ es ca-
racterísticas como: * Transplacentá rio * Transmamá rio * Transfusional * Por
Transplantação.

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