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felinos
Filhotes de gatos e cães são vulneráveis ao meio externo e ainda não apresentam
capacidade imunológica adequada para combater possíveis agentes agressores. Por
esse motivo, tornam-se mais susceptíveis às doenças parasitárias. Saiba mais sobre
o tema!
O filhote recém-nascido adquire imunidade passiva nas primeiras 24 horas de vida por
meio da ingestão do colostro materno. A proteção inicial materna tem uma curta
duração e após esse período, o filhote precisa fortalecer e desenvolver o sistema
imunológico com o objetivo de conferir proteção contra possíveis agentes agressores.
As doenças parasitárias que podem acometer gatos e cães, adultos e filhotes, podem ser:
Neste artigo abordaremos quais são os principais grupos de parasitas de gatos e cães
para, então, compreender como a nutrição adequada pode auxiliar no tratamento e na
recuperação de animais infectados.
Além dos adultos, os filhotes são mais predispostos a contrair diversas doenças que são
transmitidas por tipos distintos de parasitas, como a Leishmaniose Visceral,
Dirofilariose, Dipilidiose, DAPE, Erliquiose, Babesiose e outras (MELO et al, 2004),
como veremos adiante.
Sem o tratamento adequado, os animais que possuem alta infestação de parasitas ou que
tiverem o agravamento dos sinais clínicos podem ir a óbito em poucos dias.
Helmintos
Nematoides
Toxocara spp
Ancylostoma spp
A infecção por Ancylostoma spp também pode ocorrer por via oral, através da ingestão
de larvas do parasita, ou também por contato das mesmas através da pele (MELO et al,
2004).
Cestóides
Os cestóides também são conhecidos como vermes planos ou achatados. Sua aparência
é semelhante a uma fita, e eles podem atingir até 60 cm de comprimento. O
representante mais comum desse grupo é a tênia Dipylidium caninum, cuja infecção se
dá através da ingestão de pulgas contaminadas com o parasita. A contaminação por
contato direto entre os animais não é possível (MELO et al, 2004).
Protozoários
Isospora
Giardia
Cryptosporidium
Toxoplasma gondii
Tritrichomonas foetus
Devemos destacar a giardíase, doença intestinal muito comum em gatos e cães filhotes.
Trata-se de uma parasitose causada pelo protozoário Giardia spp que pode ser
transmitida para o ser humano, ou seja, apresenta potencial zoonótico (MELO et al,
2004).
Um estudo realizado na França com 239 cães filhotes de 25 canis diferentes constatou
que a prevalência de Tritrichomonas foetus foi de 17% nesta população (Imagem 1).
Dentre as principais espécies de pulgas que acometem gatos e cães (OLIVEIRA et al,
2008) estão:
Ctenocephalides Canis
Ctenocephalides Felis
Na prática, ambas são bastante semelhantes e acabam infectando tanto cães como gatos,
sendo muito difícil a sua diferenciação e com pouca relevância clínica, uma vez que o
tratamento é o mesmo para ambas.
Vale lembrar que a pulga que hospeda os humanos não é da mesma espécie (humanos
geralmente são acometidos pela Pulex irritans), porém, em casos de infestações no
ambiente, o humano pode ser um hospedeiro acidental das pulgas de cães e gatos, assim
como ocorre com outros parasitas.
O ciclo de vida das pulgas se divide em quatro estágios (OLIVEIRA et al, 2008).
No caso dos carrapatos, existem cerca de 800 espécies diferentes que podem acometer
diversas espécies de animais, como gatos, cães e, até mesmo, seres humanos. A espécie
de carrapato Rhipicephalus sanguineus, também conhecida como marrom ou urbano, é
uma das principais, por acometer os animais domésticos.
O ciclo de vida dos carrapatos leva de 2 a 3 meses para se completar e também se divide
em quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto, respectivamente. Dos ovos, eclodem as
larvas que se alimentam do sangue do hospedeiro até se desenvolverem em ninfas e se
transformarem em adultos. Em todas as fases do ciclo de vida do carrapato, exceto na
fase inicial dos ovos, ele se alimenta do sangue do hospedeiro.
Como vimos, as pulgas e carrapatos são responsáveis por causar diversos danos à saúde
de animais adultos e filhotes. Para um diagnóstico assertivo, deverá ser feita anamnese,
avaliação clínica e solicitação dos exames necessários de acordo com cada caso. Com
base nesse conjunto de informações, o Médico-Veterinário define o tratamento mais
adequado para o paciente, podendo variar de acordo com o tipo de enfermidade.
O tratamento tem por objetivo prevenir o agravamento da doença e a rápida infestação
das pulgas e carrapatos no hospedeiro, resumindo-se em:
Na consulta, o profissional deverá orientar o tutor sobre a frequência com que o animal
deve comparecer para as avaliações clínicas.
Referências bibliográficas
FERREIRA, Fernando Pinto et al. Frequência de parasitas gastrointestinais em cães e
gatos do município de Londrina, PR, com enfoque em saúde pública. Semina: Ciências
Agrárias, Londrina, v. 34, n. 6, p. 3851–3858, 2013. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/4457/445744138014.pdf. Acesso em: 18 jul. 2022.
MELO, Maria do Carmo Barros et al. Parasitoses intestinais. Rev. Med., Minas Gerais,
v. 14, n. 1, p. 3–12, 2004. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3638224/mod_folder/content/0/Parasitose
%20interninal%202.pdf?forcedownload=1. Acesso em: 18 jul. 2022.