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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA


ENFERMIDADE PARASITÁRIAS E MICÓTICAS DOS ANIMAIS

INTRODUÇÃO A PARASITOSES

Letícia Filgueiras
OBJETIVOS
GERAL:
Fornecer aos alunos as informações necessárias para o conhecimento da etiologia, distribuição geográfica,
epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento e profilaxia das principais
parasitoses dos animais domésticos.
ESPECÍFICOS:
Através das aulas teoricas, identificar os principais sinais clínicos e apresentar as técnicas usuais para o diagnóstico
das principais doenças parasitárias;
Identificar e classificar os fatores etiológicos, compreender e elucidar a patogenia, bem como, prevenir, controlar e
erradicar as doenças que acometem os animais;
Desenvolver a capacidade de apresentar soluções para as medidas profiláticas e terapêuticas a serem adotadas

EMENTA
Estudo da etiologia, patogenia, sintomas, epidemiologia, diagnóstico clínico e laboratorial, tratamento e profilaxia das
doenças causadas por artrópodes, protozoários e helmintos dos animais domésticos. Fornecer aos alunos as
informações necessárias para o conhecimento da etiologia, distribuição geográfica, epidemiologia, patogenia,
achados de necropsia, sinais clínicos, diagnóstico (clínico e laboratorial), diagnóstico diferencial, tratamento e
profilaxia das principais parasitoses dos animais domésticos, por meio das aulas teóricas e trabalhos práticos.
Conteúdos Programáticos Essenciais
Unidade Conteúdos
  1. Apresentação do curso e avaliações. Introdução a Parasitoses
  2. Helmintoses de cães e gatos
3. Ehrlichiose canina
Unidade 1 4. Principais Helmintoses de ruminantes
5. Cisticercose
6. Babesiose canina
7. Coccidioses em pequenos ruminantes/ Coccidioses em cães e gatos
8. Neosporose e Toxoplasmose

  1. Micoses superficiais
 
2. Tristeza Parasitária Bovina
3. Tripanossomíases
4. Leishmaniose
Unidade 2 5. Miíases - Dípteros de interesse veterinário
6. Sarnas de interesse veterinário
7. Pulgas de interesse veterinário
8. Carrapatos de interesse veterinário. Controle de carrapatos
 
METODOLOGIAS DE ENSINO

As aulas serão expositivas e sempre buscando um formato motivador ao raciocínio, ao estudo e à pesquisa,
com informações baseadas na literatura e na experiência prática, porém correlacionando com os aspectos
de maior relevância.

Seminários Integrados: Com apresentação, por parte dos alunos, de um tema atual relacionados a
interdisciplinaridade do conteúdo sobre as enfermidades parasitarias e micoticas em Medicina Veterinária
que será discutido em sala de aula. Projeto de pesquisa e projetos de extensão também terão seus
resultados apresentados, como uma forma de divulgar o conhecimento científico produzido pelos docentes
e discentes do curso, além de incentivar o aumento do ingresso de alunos nestes programas institucionais.
Referências Básicas:
MONTEIRO, S.G. Parasitologia na Medicina Veterinária. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2011. 368p.

REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

KOHEK, I. Guia de controle de parasitas internos em animais domésticos. Editora Nobel, 1998.
URQUHART, G.M. Parasitologia Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
SEQUEIRA, T.C.G.O.; AMARANTE, A.F.T. Parasitologia Animal - Animais de Produção. EPUB, 2001. BORCHERT, A Parasitologia Veterinária.
Ed. Acríbia. 2006.

Referências Complementares:
Clements, A.N. The biology of mosquitoes. Volume 3, viral and bacterial pathogens and bacterial symbionts. CAB International,
Cambridge, MA, 2012.

Bush, A.O.; Fernández, J.C.; Esch, G.W & Seed, J.R. Parasitism: The Diversity and Ecology of Animal Parasites. Cambridge University Press,
Cambridge, UK. 2001.
Neves, D.P. Parasitologia Humana - 12ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011.
Arrisque, vá em frente e sem medo! Não
há motivação maior do que descobrir
quão corajosos conseguimos ser!!
Ivan Teorilang
O que são doenças parasitárias?
A palavra “parasito”
tem origem nos
Enfermidades causadas por parasitos termos gregos:
“para”
(próximo, ao lado,
paralelo) e
“sito”(alimento)

Estudo das interações do hospedeiro com Indicando a condição em


que um organismo
parasitos protozoários, artrópodes e “vive e se alimenta ao
helmintos lado de outro”
Relaçõ es ecoló gicas entre os seres vivos
• Relações intraespecíficas: Relações ecológicas entre indivíduos de uma mesma
espécie. Ex.: sociedade de abelhas;

• Relações interespecíficas: Relações entre indivíduos de espécies diferentes. Ex.:


mutualismo entre plantas e insetos.

Associações Positivas Harmônicas

Associações Negativas ou Desarmônicas


Associaçõ es Positivas
• Comensalismo: Uma espécie obtém benefícios, sem prejudicar a outra. Ex.: peixe
rêmora e o tubarão;

• Mutualismo: As duas espécies obtém benefícios na associação. Ex.: os liquens, uma


associação entre algas e fungos.
Associaçõ es Negativas
• Canibalismo: Ato de um indivíduo se alimentar de outro da mesma espécie. Ex.:
superpopulação, deficiência alimentar, canibalismo sexual em Louva-a-deus fêmea;

• Predatismo: Ato de um indivíduo se alimentar de outro de outra espécie.

Parasitismo
Associação entre espécies em que há unilateralidade
de benefícios.
A doença parasitária é um acidente que
ocorre em consequência de um
desequilíbrio entre hospedeiro e o
parasito. Davi Neves
Interação parasito-hospedeiro
• Ações sobre o hospedeiro:

 Espoliativa: Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro;


 Tóxica: Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o
hospedeiro;
 Mecânica: Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção
alimentar;
 Irritativa: Deve-se à presença constante do parasito que, sem produzir lesões
traumáticas, irrita o local parasitado;
 Enzimática: É o que ocorre na penetração da pele ou do epitélio intestinal;
 Anóxia: Qualquer parasito que consuma o O2 da hemoglobina, ou produza anemia,
é capaz de provocar uma anóxia generalizada.
Interação parasito-hospedeiro

Número, tamanho, localização, patogenicidade e metabolismo


Conceitos epidemioló gicos
• Período pré-patente: É o período que decorre entre a penetração do agente
etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico;

• Período de incubação: É o período decorrente entre a penetração do agente


etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos;

• Incidência: Número de novos casos surgidos numa determinada população e num


determinado intervalo de tempo. Ou proporção de novos casos surgidos numa
determinada população e num determinado intervalo de tempo;

• Prevalência: Termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma
doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos
antigos somados aos casos novos).
Conceitos em parasitoses
• Ectoparasitos: Vive na superfície externa do corpo do hospedeiro.

Pulex irritans Amblyomma Cajennense Felicola subrostratus Sarcoptes scabiei

• Endoparasitos: Vive no interior do organismo do hospedeiro.

Dipylidium caninum Fasciola hepatica


Conceitos em parasitoses
• Hospedeiro definitivo: É o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou
em fase de reprodução sexuada, ou seja, fases sexualmente maduras. Ex.: os
humanos em Schistosoma mansoni;

• Hospedeiro intermediário: É aquele que apresenta o parasito em sua fase larvária ou


assexuada, ou seja, fase imatura. Ex.: caramujo em Schistosoma mansoni;

• Hospedeiro paratênico ou de transporte: É o hospedeiro intermediário no qual o


parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável até
atingir novo hospedeiro definitivo, ou seja, fase em latência. Ex.: São alguns peixes
grandes, que ingerem peixes menores contaminados com larvas de Diphyllobothrium
(tênia do peixe). O processo termina quando o ser humano ingere o peixe maior,
geralmente cru.
Conceitos em parasitoses
• Ciclo Evolutivo: São sucessão de fases do desenvolvimento parasitário.

 Parasita Monoxeno: Parasitos que necessitam de um só hospedeiro para


completar seu ciclo vital. Ao passar de um hospedeiro a outro (seja da mesma
espécie ou seja de espécies diferentes), repetem sempre exatamente a mesma
história de eventos fisiológicos.

Ciclo Haemonchus
Conceitos em parasitoses
 Parasita Heteroxeno: O parasito só completa seu desenvolvimento passando
sucessivamente e sempre na mesma ordem por dois ou mais hospedeiros. Os
primeiros, nos quais crescem e se diferenciam as fases larvárias do parasito, são
considerados hospedeiros intermediários; o último, onde se desenvolvem e vivem as
formas adultas do parasito, é chamado de hospedeiro definitivo.

Ciclo Toxoplasma
Mecanismos de transmissão
• Diretos: De indivíduo para indivíduo

 Contato:
Sarnas

 Congênita:
Toxoplasmose

 Sexual:
Tricomonose genital bovina
Mecanismos de transmissão
• Indiretos: Por artrópodes vetores

 Vetor mecânico
Mutuca - inseto

 Vetor biológico
Carrapato

 Fômites
Escovas, gaiolas

 Água, solo e alimentos contaminados


PERGUNTAS?

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