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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO CABEÇA DE VELHO

CURSO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNO INFANTIL

Disciplina de Microbiologia

1º Ano

PARASITOLOGIA HUMANA

Chimoio, Março de 2023


Trabalho em Grupo

1º Grupo

Formandas:

Assa Rui Viega


Elisa Fernando Afonso
Joaquina António Francisco
Miriemu Abílio Emilío
Pátricia David João
Rofina Almoço
Site Ester Capulene

Trabalho de caracter avaliativo a ser


apresentado no Instituto Medio Politécnico
Cabeça de Velho na disciplina Microbiologia
sob orientação do formador Teófelo Micas

Chimoio, Março de 2023


Índice
1.0. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
1.1. Objectivos .......................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivo geral ........................................................................................... 4
1.1.2. Objectivos específicos ................................................................................ 4
1.2. Metodologia ....................................................................................................... 4
2.0. PARASITOLOGIA HUMANA ............................................................................ 5
2.1. Noções gerais sobre a parasitologia Humana e o parasitismo ........................... 5
2.2. Tipos de parasitismo .......................................................................................... 6
2.3. Factores necessários para o parasitismo ............................................................ 6
2.4. Factores que influenciam á resistência natural .................................................. 7
2.5. Ações do parasito sobre o hospedeiro ................................................................ 8
2.6. Hipersensibilidade e imunidade nas doenças parasitárias ................................. 9
2.6.1. Imunidade inata .......................................................................................... 9
2.6.2. Imunidade adaptativa ................................................................................ 10
2.7. Períodos clínicos e parasitológicos no curso da infecção ou da infestação
parasitária .................................................................................................................... 10
2.7.1. Período Clínico ......................................................................................... 10
2.7.2. Período parasitológico .............................................................................. 11
2.8. Distribuição geográfica das principais parasitoses a nível nacional ................ 11
3.0. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 13
4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 14
1.0.INTRODUÇÃO

A parasitologia estuda o fenômeno ecológico de interdependência de espécies


denominado parasitismo. Sendo assim, na parasitologia Humana, são contempladas as
relações entre protozoários, helmintos, artrópodes e o ser humano, relações estas que, em
determinadas circunstâncias, podem levar ao surgimento de doenças parasitárias, algumas
das quais são importantes problemas de saúde pública nacional e mundial.

No presente trabalho, para facilitar o estudo e aprendizado serão abordados tópicos


relevantes de Parasitologia Humana na forma de resumo.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral

Identificar e descrever aspectos essenciais sobre a parasitologia humana.

1.1.2. Objectivos específicos


• Identificar a parasitologia humana;
• Mencionar e descrever, os factores necessários para o parasitismo e factores que
influenciam a resistência natural;
• Descrever a hipersensibilidade e a imunidade nas doenças infeciosas parasitarias;
• Apontar e caracterizar os períodos clínicos e parasitológicos nas infeções
parasitarias;
• Falar da distribuição geográfica das principais parasitoses no território nacional.

1.2.Metodologia

O tipo de método de pesquisa utlizado na elaboração do presente trabalho, foi o método


bibliográfico. Pois este consistiu na busca de informações para este trabalho científico,
através de consultas feitas nos livros, manuais eletrónicos e físicos, com o objectivo
único, que é de reunir as informações e dados que serviram para a construção do trabalho
proposto a partir do tema que trata de um assunto relacionado com a parasitologia
humana.

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2.0.PARASITOLOGIA HUMANA

2.1.Noções gerais sobre a parasitologia Humana e o parasitismo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) Parasitologia Humana, são


combinações das relações entre protozoários, helmintos, artrópodes e o ser humano, que
geralmente podem levar ao surgimento de doenças parasitárias, algumas das quais são
sérios problemas de saúde pública a nível mundial.

Assim, pode se dizer que o estudo da Parasitologia Humana permite a compreensão de


como o homem entra em contato com organismos que podem, sob certas condições,
desencadear as doenças parasitárias.

Por sua vez, parasitismo já é uma relação directa e estreita entre dois organismos
geralmente bem determinados:

• O hospedeiro e
• O parasito, que vive à custa do hospedeiro.

Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos básicos
expostos e adaptados às condições do meio. Os elementos básicos da cadeia de
transmissão das infecções parasitárias são:

• O hospedeiro: na cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o homem ou um


animal, sempre exposto ao parasito ou ao
• vetor transmissor, quando for o caso.
• O agente infeccioso (parasito): o agente infeccioso é um ser vivo capaz de
reconhecer seu hospedeiro, nele penetrar, desenvolver-se,
• multiplicar-se e, mais tarde, sair para alcançar novos hospedeiros.
e
• O meio ambiente: meio ambiente é o espaço constituído pelos fatores físicos,
químicos e biológicos, por cujo intermédio são influenciados o parasito e o
hospedeiro. Como exemplos, podemos apontar físicos (temperatura, umidade,
clima, luz solar); químicos (ar, pH, teor de oxigênio, agentes tóxicos, presença de
matéria orgânica); biológicos (água, nutrientes, plantas, animais).

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Como foi mencionado, o hospedeiro é indispensável ao parasito, que se separado dele
morrerá por falta de nutrição. A organização do parasito se especializa de acordo com às
condições em que vive sobre o hospedeiro.

2.2.Tipos de parasitismo

Os tipos de parasitismo que actualmente são conhecidos são:

• Ectoparasitos: geralmente são parasitos encontrados sobre a pele do animal e


também em suas cavidades. Seus principais exemplos são os piolhos, pulgas, as
moscas e suas larvas e também os carrapatos e, mantém seus orifícios
espiraculares voltados para fora, a fim de respirar;
• Endoparasitos: são os parasitas que se localizam dentro do corpo do hospedeiro
sugando-lhe nutrientes e causando-lhe doenças. São os mais perigosos que podem
levar à morte. Exemplos claros são os vermes nematódeos ou platelmintos, como
as tênias e lombrigas que parasitam humanos;
• Parasitos facultativos: são os que podem viver parasitando um hospedeiro ou
não, isto é, pode ter hábitos de vida livre ou parasitária. Temos como exemplo as
larvas de moscas Sarcophagiae podem provocar miíases humanas, desenvolver-
se em cadáveres ou ainda fezes;
• Parasitos monoxenos: são os que possuem apenas o hospedeiro definitivo.
Temos como exemplo o Enterobius vermiularis e Ascaridíase lumbricoides;
• Parasitos heteroxenos: são os parasitas que só completam o seu ciclo evolutivo
passando pelo menos em dois hospedeiros. Em cada um desses hospedeiros
completa-se uma parte do ciclo vital do parasito, são exemplos o esquistossomo e
o tripanossoma.

2.3.Factores necessários para o parasitismo

Para que um parasito se instale no hospedeiro, são necessárias várias as seguintes


condições:

1. Contato adequado com o hospedeiro: grande número de parasitos intestinais,


por exemplo, necessita que as formas infectantes sejam ingeridas pelo hospedeiro.
Sendo assim, pequenas diferenças anatômicas ou pequenos hábitos poderão
impedir ou dificultar esse contato. Por exemplo na infeção ancilostomose, o hábito
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de usar calçado ou a espessura da pele de um possível hospedeiro, poderão
impedir a entrada do parasito.
2. Habitat adequado: uma vez feita a penetração, o parasito deve encontrar em
todos os seus estágios evolutivos, um habitat adequado, isto é, condições
fisiológicas para o desenvolvimento do parasito;
3. Reação do hospedeiro: é necessário ainda que a reação do organismo hospedeiro
à presença do parasito, não seja suficiente para interferir no seu metabolismo
normal. Quando o hospedeiro não é adequado, pode ocorrer em alguns parasitos
o desenvolvimento de maneira incompleta. O parasito nesse caso poderá não
alcançar a maturidade. Dois exemplos dessas parasitoses no homem são: primeiro
temos a larva migrans cutânea, causada pela penetração na pele das larvas do
Ancylostoma, que geralmete é parasito de cães e gatos; e o segundo é a larva
migrans visceral, causada pela ingestão do ovo de Toxocara canis, nematóide
parasito de cães;
4. Número do agente infecioso: aqui refere-se a quantidade de parasitos que entram
no hospedeiro (carga parasitária), sua localização e capacidade de provocar
doenças;

2.4.Factores que influenciam á resistência natural

Para tentar reduzir, em número, ou neutralizar, os agentes responsáveis pelas infecções,


ou infestações, o organismo humano lança mão de mecanismos que caracterizam o que
foi denominado em seu conjunto como resistência. A mesma pode ser considerada como
total, ou absoluta, quando o parasita não dispõe de condições que permitam sua
instalação, seja por eficiência dos mecanismos protetores do hospedeiro, ou mesmo, por
não existirem condições metabólicas básicas para o desenvolvimento do parasita

Sendo assim, os factores que influenciam para a resistência natural dos parasitos são:

1. Ação do suco digestivo: o suco digestivo pode destruir os ovos ou as larvas dos
helmintos, como por exemplo, a infecção com a forma adulta do Echinicoccus
granulosus encontrado no intestino de canídeos, dá-se somente nos animais cujo
suco intestinal não digere o escólex (cabeça) da forma larvária;
2. Pele: a pele apresenta uma barreira mecânica à penetração de muitos agentes
infecciosos. Pequenas ulcerações microscópicas, às vezes, mesmo o orifício da

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picada de um artrópode hospedeiro intermediário, pode permitir a infecção. Por
exemplo temos o caso da penetração do Trypanosoma cruzi, causador da doença
de chagas, que não penetra pela pele sã. As larvas dos ancilostomídeos apresentam
dificuldades na penetração da pele de indivíduos de pele negra, devido à sua
espessura do que nós brancos.
3. Fagocitose: os protozoários parasitas podem ser fagocitados pelas células de
defesa. Essa ação se dá mais facilmente nos casos em que o parasito apresenta
vitalidade diminuída por outros mecanismos quaisquer;
4. Fatores humorais: os anticorpos, substâncias séricas dotadas de ação
antiparasitária, são provavelmente geradas em consequência de estímulos
antigênicos dos parasitos;
5. Resistência etária: o aumento da resistência com a idade é frequentemente
assinalado nas parasitoses, provavelmente uma consequência do amadurecimento
do sistema imune;
6. Dieta: é sabido que indivíduos malnutridos apresentam deficiência no sistema
imune. Outro factor importante é que quando a capacidade do hospedeiro de suprir
as deficiências do parasito fica comprometida, a relação parasito-hospedeiro pode
ficar profundamente alterada;
7. Constituição genética do hospedeiro: entre indivíduos da mesma espécie, alguns
se mostram às vezes mais resistentes do que outros a um determinado parasito;
8. Ambiente: a temperatura, humidade, clima, água, ar, luz solar, tipos de solo, teor
de oxigênio e outros influenciam bastante na resistência natural. Muitos agentes
infecciosos morrem quando mantidos em temperatura mais baixa ou mais elevada
por determinado tempo. É o caso dos cisticercos (larvas de Taenia solium) em
carnes suínas, que morrem quando estas são congeladas a 10ºC negativos, por dez
dias, ou cozidas em temperatura acima de 60ºC, por alguns minutos.

2.5.Ações do parasito sobre o hospedeiro

Os parasitos exercem várias ações sobre seus hospedeiros, que muitas vezes se associam,
tornando muito complexa a patogenia das doenças parasitárias. Dessas acoes se destacam
as seguintes:

1. Ações mecânicas: os parasitos podem sem lesar diretamente os tecidos, perturbar


as funções mecânicas dos órgãos. Assim, é possível ao Ascaris lumbricoides
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comprimir e obstruir o intestino. Outro exemplo é o cisto hidático no fígado, que
se desenvolvendo em um órgão parenquimatoso, comprime os tecidos vizinhos,
os vasos sanguíneos e linfáticos, causando perturbações funcionais e anatômicas,
às vezes muito graves;
2. Ação espoliadora: os parasitos subtraem suas substâncias nutritivas do
organismo hospedeiro. Os ancilostomídeos, hematófagos, exercem essa ação de
forma bem nítida;
3. Ação irritativa e inflamatória: essa ação é causada por quase todos os parasitos.
Uma considerável irritação intestinal é causada pelo Strongyloides stercoralis; a
penetração das cercárias do Schistosoma mansoni e das larvas de menatóides na
pele do homem, ocasionam casos de dermatites pruriginosas.
2.6.Hipersensibilidade e imunidade nas doenças parasitárias

A hipersensibilidade se refere a processos patológicos que são oriundos de interações


imunologicamente específicas entre antígenos (exógenos ou endógenos) e anticorpos
humorais ou linfócitos sensibilizados. Ou seja, a hipersensibilidade se refere às reações
excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo
sistema imune normal.

Sendo assim, a imunidade adaptativa apresenta-se como uma importante função de defesa
contra infecções microbianas. Pois, a maioria das infecções parasitarias são crônicas
devido a fraca imunidade inata e a capacidade de os parasitas evadirem ou resistirem à
eliminação pela imunidade adaptativa.

2.6.1. Imunidade inata

Protozoários e helmintos activam mecanismos diferentes de imunidade inata. Sendo que


a principal resposta imunológica inata aos protozoários é a fagocitose, porém a maioria
desses são resistentes à morte fagocítica, replicando-se dentro de macrófagos.

Os helmintos são muito grandes para serem fagocitados e, além disso, possuem
tegumentos espessos que os tornam resistentes às substâncias microbicidas secretadas
pelos fagócitos (neutrófilos e macrófagos).

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2.6.2. Imunidade adaptativa

Helmintos e protozoários variam muito suas propriedades estruturais e bioquímicas e


ciclos de vida, por isso induzem a imunidade adaptativa.

O principal mecanismo de defesa contra protozoários intracelulares é semelhante à defesa


contra bactérias intracelulares, ou seja, imunidade mediada por células, particularmente a
activação de macrófagos por citocinas derivadas de linfócitos Th1.

É de salientar que os protozoários que se replicam no interior de células do hospedeiro e


causam lise dessas células, como por exemplo o Plasmodium, estimulam a produção de
anticorpos específicos e activação dos linfócitos T CD8+ (similar à resposta contra os
vírus citopáticos).

A principal defesa contra os helmintos é mediada por linfócitos Th2, resultando na


produção de IgE e activação de eosinófilos.

A interleucina 4 (IL-4) estimula a produção de anticorpos IgE e a IL-5 a activação e


desenvolvimento de eosinófilos e mastócitos. Os eosinófilos produzem enzimas
oxidativas e hidrolíticas que são tóxicas para os parasitos.

Vale mencionar ainda que dentre os mecanismos de escape estão a mudança de antígenos
de superfície, pois, os protozoários se escondem do sistema imunológico (vivem dentro
da célula ou formam cistos), e há estímulo de linfócitos T reguladores que suprimem a
resposta imunológica.

2.7.Períodos clínicos e parasitológicos no curso da infecção ou da infestação


parasitária
2.7.1. Período Clínico

O período clínico da infecção ou infestação parasitaria esta dividido na seguinte ordem:

1. Período de incubação: consiste no período desde a penetração do parasita no


organismo até o aparecimento dos primeiros sintomas, podendo ser mais longo
que o período pré-patente, igual ou mais curto;
2. Período de sintomas: é definido pelo surgimento de sinais e/ou sintomas;

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3. Período de convalescência: iniciam-se logo após ser atingida a maior
sintomatologia, findando com a cura do hospedeiro;
4. Período latente: é caracterizado pelo desaparecimento dos sintomas, sendo
assintomática e finda com o aumento do número de parasitas (período de recaída).

2.7.2. Período parasitológico

O período parasitológico da infecção ou infestação parasitaria esta organizado da seguinte


forma:

1. Período pré-patente: é o compreendido desde a penetração do parasita no


hospedeiro até a liberação de ovos, cistos ou formas que possam ser detectadas
por métodos laboratoriais específicos;
2. Período patente: período em que os parasitas podem ser detectados, ou seja,
podem-se observar estruturas parasitárias com certa facilidade;
3. Período sub-patente: ocorre em algumas protozooses, após o período patente e
caracteriza-se pelo não encontro de parasitas pelos métodos usuais de diagnóstico,
sendo geralmente sucedido por um período de aumento do número de parasitas
(período patente).

É de salientar que apesar de poderem se relacionar, os períodos clínicos e parasitológicos


não apresentam necessariamente correlação direta entre si.

2.8.Distribuição geográfica das principais parasitoses a nível nacional

Como já destacado anteriormente, as infecções parasitárias são causadas por parasitas e


constituem um grande problema de Saúde Pública, afectando populações que vivem nas
regiões rurais no território nacional. De um modo geral, os parasitas intestinais são
considerados como um dos maiores grupos de organismos responsáveis por infecções em
moçambicanos, envolvidos neste complexo de infecções parasitárias intestinais dois
grupos, os protozoários e helmintos.

As principais parasitoses intestinais relatadas em Moçambique são limitadas em termos


globais por fraca capacidade de diagnóstico, mas incluem: Cryptosporidium parvum,
Isospora belli, Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Toxoplasma gondii e Strongyloide
stercoralis.

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O Strongyloide stercoralis é o principal parasita helminta registado em Moçambique,
principalmente nas zonas suburbanos e rurais, tendo como o foco no interior da província
de Sofala e no Distrito de Gurué, na província de Zambézia. Geralmente este parasita
causa envolvimento sistémico relatado em pacientes infectados pelo HIV.

As helmintoses intestinais são endémicas no território nacional, afectando sobretudo


crianças e jovens dos meios suburbanos e rurais. Alguns casos são possíveis de encontrar
nos distritos de Quelimane e Gurué, na província de Zambézia e no interior dos distritos
da província de Nampula e Cabo Delgado.

Vale destacar que as pessoas que mais sofrem comestes parasitos são pessoas
transportadoras do vírus de HIV e crianças dos cinco aos 15 anos de idade.

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3.0.CONCLUSÃO

Desta forma, pode se concluir que não podemos confundir infecção parasitária com
doença. O parasito bem-sucedido é aquele que consegue obter tudo de que precisa para
sobreviver causando o mínimo de prejuízo ao hospedeiro. Somente em alguns casos, a
relação poderá ser nociva, em maior ou menor grau. Desse modo, surgem os hospedeiros
parasitados, sem doença e sem sintomas, conhecidos como portadores assintomáticos.

Existem factores que acabam conduzindo à parasitose e definindo seu destino. Eles
podem influenciar o fenômeno do parasitismo, contribuindo tanto para o equilíbrio entre
parasito e hospedeiro, gerando, assim, o hospedeiro portador são, como para a quebra do
equilíbrio e a infecção resultante acaba causando doenças. Os factores mais importantes
do parasitismo são os relacionados a a quantidade de parasitos que entram no hospedeiro
(carga parasitária), sua localização e capacidade de provocar doenças; outro factor
envolvem a dade, estado nutricional, grau de resistência, órgão do hospedeiro atingido
pelo parasito, hábitos e nível socioeconômico e cultural, presença simultânea de outras
doenças, fatores genéticos e uso de medicamentos.

Vale salientar ainda que meio ambiente também é um factor que influencia na causa das
infeções por parasitoses, pois a temperatura, humidade, clima, água, ar, luz solar, tipos de
solo, teor de oxigênio e outros são grandes influenciadores.

No território nacional, os parasitas intestinais são considerados como sendo os


organismos responsáveis por mais infecções em moçambicanos, ocupando as áreas
suburbanos e rurais das províncias de Sofala, Nampula, Zambézia e Cabo Delgado.

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4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALFREDO, C. (2016). Controlo pós-terapêutico da schistosomose e das parasitoses.


Universidade Nova de Lisboa: Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

AMORIM, L. (2014). Microbiologia.

AMORIM, L. (s.d.). Microbiologia: Apistola de Parasitologia.

BACHUR, T. P., ROCHA, A. K., & TIAGO, D. S. (2021). Parasitologia Humana


Básica. Campina Grande: Editora Amplla.

DE MACEDO, H. W. (2010). Apostila de Parasitologia Humana.

HORTA, A., TALVANI, A., & MENEZES, A. P. (2016). Parasitologia Humana (4 ed.).
Libiin.

KAYSER, M. (s.d.). Parasitologia.

MOIANE, I. C., SABONETE, A., AUGUSTO, G., & CASMO, V. (2019). Prevalência
de Parasitoses Intestinais em Crianças nas Escolas Primárias da Província.
Revista Moçambicana de Ciências de Saude.

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