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CUSTO DE CAPITAL

É importante estudar este tópico para conhecer as diferentes fontes de capital, saber
como seus custos são calculados e fornecer dados para a determinação do custo de
capital da empresa.

O custo de capital é a taxa de retorno que as empresas devem conseguir nos projetos em
que investe para manter o valor de mercado de sua ação. É a taxa de retorno exigida
pelos fornecedores de capital no mercado para que seus fundos sejam atraídos.

Mantendo o risco constante, projectos com taxas de retorno superior ao custo de capital
elevarão o valor da empresa e aqueles com taxa inferior reduzirão o valor da empresa.

O custo de capital funciona como um elo de ligação entre as decisões de investimento


de longo prazo da empresa e a riqueza dos proprietários, determinada pelos investidores
no mercado. É a taxa usada para decidir se um investimento proposto permitirá
aumentar ou reduzir o preço da ação.

Apenas os projectos que podem aumentar o preço da ação devem ser recomendados, ou
seja, aqueles que possuem um VAL>0, e um TIR > Custo de Capital.

O custo de capital pode ser afetado por vários factores económicos gerais e específicos à
empresa. TPC – VER ESSES FACTORES.

O custo de capital reflete o custo futuro médio de fundos no longo prazo. O custo de
capital reflete as actividades de financiamento.

Muitas empresas procuram fazer uma combinação optima desejada de capital de


terceiros e capital próprio – estrutura óptima de capital.

Neste tópico iremos determinar o custo de cada fonte específica de capital, para depois
fazer a respectiva combinação para determinar o custo geral de capital (Custo Médio
Ponderado de Capital – WACC).

Centraremos nossas atenções para os financiamentos de longo prazo: capital de terceiros


de longo prazo (obrigações), ações preferenciais, emissão de ações ordinárias e retenção
de lucros.

Elaborado por Piedade Maria Dias Nogueira, UCM-FENG Page 1


1. Capital de terceiros de longo prazo:

Todos os custos de lançamentos (custos totais de emissão e venda de um título) reduzem


os recebimentos líquidos proporcionados pela venda. Estes custos aplicam-se a todos os
lançamentos públicos de títulos: obrigações, ações preferenciais e ações ordinárias.

Custos Totais = Custos de Underwriting (remuneração recebida pelos bancos de


investimento para realizar a venda dos títulos) + Custos Administrativos (despesas do
emitente, como gastos com serviços de assistência jurídica e contábil, impressão e
outros).

Ex: uma fábrica de ferramentas está estudando a possibilidade de vender obrigações


com prazo de vinte anos, e um cupom de 9% a.a. e um valor facial de 1000mt.
Obrigações de risco semelhante redem mais dos que 9%, e sendo assim, a empresa deve
vender as obrigacoes por 980mt para compensar o cumpom mais baixo. Os custos de
lançamento sao de 2% do valor facial. Os recebimentos líquidos para esta empresa serão
de 960mt caso emita obrigações.

Pode-se calcular o custo de capital de terceiros antes do imposto de renda apartir de três
formas : COTAÇÃO (usar YTM de uma obrigação com risco semelhante),
CÁLCULO (calcular TIR) ou APROXIMAÇÃO (calcular YTM – Yield To Maturity).
Usaremos esta última forma para este tópico.

I +(M −BO)/n
YTM = ∗100 sendo que: I =i∗M onde:
( M + BO )/2

I= Juros de Cupom BO = Valor Actual da Obrigação

i= Taxa de juro de Cupom n= período de maturidade da


obrigação
M= Valor Facial

Como os juros do capital de terceiros são dedutíveis para fins de apuração de imposto
de renda devido, reduzem o lucro tributável da empresa. O custo de capital de terceiros
depois do imposto de renda pode ser econtrando multiplivando-se o custo do imposto de
renda por 1 menos a alíquota do imposto de renda T:

kd = YTM*(1-T)

Elaborado por Piedade Maria Dias Nogueira, UCM-FENG Page 2


Dp
2. Custo das ações preferenciais: K p =
Po −CT

3. Custo da ações ordinárias – Modelo de Gordon (modelo de crescimento


constante)
D1
 Novas emissões: K w = +g
Po −CT
D1
 Lucros retidos: K r = +g
Po

Nas ações ordinárias, encontramos duas particularidas: novas emissões e lucros retidos.
No entanto, para a determinação do custo de capital desta fonte de financiamento, pode-
se usar o modelo de Gordon, sendo que, para novas emissões os recebimentos líquidos
são deduzidos aos custos de lançamento, underpricing, etc. enquanto que, ao se usar
lucros retidos não deduzimos a nenhum custo. Assim, o WACC será calculado de duas
formas: usando lucros retidos e também usando o custo de novas emissões. E sabendo,
que as taxas de custo de capital destas duas componentes de capital próprio serão
diferentes, o WACC também será diferente.

Depois de encontrar o custo específico de cada fonte de financiamento, deve-se calcular


o custo global da empresa (WACC). Para isto, é necessário que se conheça o peso que
cada fonte ocupa no capital total da empresa. Conhecidas as fontes, usa-se o senguinte
modelo para a determinação do WACC:

WACC Novas emissões= ( K d∗peso ) + ( K p∗peso ) + ( K w∗peso )

WACC Lucr os Retidos=( K d∗peso ) + ( K p∗peso ) + ( K r∗peso )

Seja:

K d – custo de capital de terceiros de longo prazo (obrigações);

K p – Custo das ações preferenciais;

K w – custo de novas emissões das ações ordinárias;

K r – Custo de lucros retidos das ações ordinárias.

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