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Gestão da Financeira II

Empresa decide investir num projeto

Capital Próprio
Ativo +
Passivo

Investimento Financiamento

• Fontes de Financiamento

Tipos de financiamento de longo prazo:

- Fundos/Recursos autogerados: são aqueles que a empresa consegue


obter no decurso da sua atividade;

Vantagens da retenção de lucros:

. Não exigem a emissão de qualquer título, o que leva a poupanças


significativas em custos administrativos;

. A emissão de novo capital próprio é vista como más notícias pelos


investidores, pelo que a retenção de lucros pode ser uma boa alternativa;

. Razões fiscais: não havendo distribuição de dividendos e havendo


reinvestimento dos lucros retidos não existe tributação dos acionistas;

. Caso o reinvestimento seja bem feito, os acionistas podem ver o


seu rendimento mais elevado no futuro.
- Fundos/Recursos externos: são aqueles que a empresa capta do exterior
e que incluem tanto os capitais próprios como todo o tipo de capitais alheios.

. Captação de capitais próprios, através de aumentos de capital


(obtidos através de angariação pública - OPS - ou privada junto de
investidores particulares);

. Captação de capitais alheios, através de empréstimos bancários ou


emissões de obrigações (privada ou pública, caso seja pública é necessário
proceder à emissão de títulos passiveis de transação pública – bolsa).

Capital Comum

Vantagens:

. Permitem uma maior flexibilidade de atuação em situações de


pressão financeira;

. Permitem reduzir o custo de emissão de Capitais Alheios


adicionais, na medida em quanto maiores forem os capitais próprios mais
segurança tem os credores.

Desvantagens:

. Os dividendos não são considerados custo fiscal, ao contrário do


que acontece com os juros pagos aos credores;

. A emissão de novas ações conduz à diluição do poder de controlo


dos acionistas iniciais, caso não consigam subscrever as novas ações
emitidas;

. Apresentam custos administrativos de emissão superiores aos da


contratação de empréstimos ou emissão de obrigações.
Capital Alheio

Vantagens:

. Possibilidade de dedução fiscal dos juros;

. Não levantam problemas de controlo nem de partilha do valor gerado


pela empresa;

. Os custos de emissão de títulos representativos do capital alheio são,


normalmente, mais reduzidos que os custos de emissão de ações comuns.

Situações Hibridas (não são nem CP, nem CA)

- Obrigações convertíveis e Obrigações com warrant: tem caraterísticas


de capital comum mas possibilitam aos seus detentores, converter e capital
próprio da empresa emitente ou exercer um direito de subscrição de ações;

- Ações preferenciais: são capital próprio com caraterísticas especiais, são


remunerados com dividendos mas normalmente são definidos aquando da sua
emissão.

O objetivo de qualquer gestor é maximizar o valor detido pelos respetivos


acionistas.

Empresa Capital Próprio


Ativos Investe os Financiadores
fundos Capital Alheio

Liberta Dividendos
Remuneração
Cash
Flows Juros
• Rentabilidade e risco do mercado de capitais

Na análise do mercado de capitais, verificamos que existe um “prémio de


risco” em investimentos nos mercados acionistas. Desta forma, existe uma
recompensa, sob a forma de uma remuneração superior nos investimentos com
mais risco (medido pelo desvio padrão). Esta recompensa é tanto maior quanto
mais “arriscado” for o investimento.

Tipos de risco:

- Sistemático (risco de mercado): afeta todos os ativos da


economia, ainda que com diferentes níveis de sensibilidade (por ex: incertezas
quanto à evolução do PIB, taxa de inflação, etc) – afeta diretamente o setor;

- Específico: afeta apenas um ativo ou número reduzido de ativos –


afeta diretamente aquela empresa (por ex: greve de trabalhadores de uma
empresa).

Risco total de um ativo = Risco Sistemático – Risco Específico

Através do principio da diversificação é possível eliminar o risco específico


de um título. Formando uma carteira com um número significativo de ativos, o
risco específico tende para 0.

Então, um investidor racional apenas investirá em carteiras diversificadas,


sem risco específico. Assim sendo, se este último pode ser eliminado sem
qualquer custo, então não haverá lugar à remuneração desse risco.

Logo, a rentabilidade de um ativo depende apenas do risco sistemático.

Para medir o risco sistemático, utilizamos o coeficiente Beta, que diz-nos


quanto risco sistemático tem um determinado ativo por comparação com a
carteira de mercado (= 1).
• Medidas de Rentabilidade e risco de um ativo financeiro

Rentabilidade realizada do título

P1 – P0 + D1
rn =
P0

Rentabilidade realizada da carteira

Ano x = rn Ações A * % carteira + rn Ações B * % carteira

Rentabilidade média

r = rn + rn + rn + (…) / nº de ações a ou b

Variância da rentabilidade dos/da títulos/carteira e desvio padrão

1 x [(r – r )2 + (r – r )2 + (r – r )2 + (…)] σn = √ σ2
σ2n = n n n
(n -1)

Covariância dos títulos

1
Cova,b = x [(rna – ra) x (rnb – rb) + (rna – ra) x (rnb – rb) + (…)]
(n -1)

Desvio Padrão da carteira

σp = √ (σa2 x wa2) + (σb2 x (1 - wa)2) + (2 x Covab x wb x (1 - wb)

Coeficiente de correlação

Cova,b
Pa,b =
σa * σb
Rentabilidade esperada do titulo

E(rn) = rn1 * πs1 + rn2 * πs2 + rn3 * πs3 + rn4 * πs4 (…)

Esperança de rentabilidade de uma carteira

E(rp) = E(rna) * Peso A + E(rnb) * Peso B

Variância da rentabilidade esperada

σ2n = [(rn1 - Ern)2 * πs1 + (rn2 - Ern)2 * πs2 + (…)]

Desvio Padrão

σn = √ σ2

Rentabilidade esperada do mercado

Erm = rm1 * πs1 + rm2 * πs2 + rm3 * πs3 + rm4 * πs4

Variância do mercado

σ2m = [(rm1 - Erm)2 * πs1 + (rm2 - Erm)2 * πs2 + (…)]

Covariância entre a rentabilidade de um título e a do mercado

Covim = [(rn1 - Ern1)( rm1 – Erm) * πs1 + (rn2 - Ern2)( rm2 – Erm) * πs2 + (…)]

Risco sistemático (eta)

Covim
n =
σ2m
• Custo do capital

Próprio:

CAPM => E(ri) = RF + βi [ E(RM) – RF ]

Modelo de Gordon => P0 = DIV0 x (1 + g)


RE - g
Capital Alheio:

WACC s/impostos = RE x E + RD x D + RS x S
V V V

WACC c/impostos = RE x E + RD (1 – Tc) x D + RS x S


V V V

• Estrutura de Capital

Valor da empresa se ela se financiasse por CP: VL = Vu + TcD

RAEFI ( 1 – Tc )
Resultado Líquido da empresa: Vu =
( Re - g )

RL da empresa alavancada: RL = (RAEFI – EF)(1-Tc)

• Politica de dividendos

1º Encontrar o D e E através de sistema, pois dá-nos o D/E: D/E = 0,6

(o valor 0,6 é um exemplo do que nos pode dar no enunciado do exercício) D+E=1

2º Fazer a seguinte tabela:

Cen. RLP Invest. Var. Dívida Reservas Capital Dividendos


H1 D * Invest. E * Invest. Inv. – VD – Res. RLP - Reservas
H2
• Aumentos de capital

Valor Global (Dg) Teórico dos direitos e sua composição

1º Fazer o seguinte quadro:

Qt ações Custo Un. Valor


Antes do aumento Cap social / Qt ações * valor
Valor de mercado
(ações antigas) valor nominal de mercado
Aumentos Aquando do aumento Qt ações * valor
Nº novas ações Valor compra
de capital (Novas ações emitidas) de mercado

Depois do aumento Total da soma / Soma das duas


Soma das ações
Qt ações anteriores

2º Realizar os seguintes cálculos:

Direito global (DA + DS) = Valor de mercado – Valor após aumento de capital

Da Proporção = Novas ações (sócios) / Existentes

Denominador * Da = Custo unitário após * numerador da proporção

Ds Proporção = Novas ações (compradas) / Existentes

Denominador * Ds + Custo Un. aquando * numerador da proporção = Custo


un. após * numerado da proporção

Composição do Capital Próprio após o aumento de capital

Antes do aumento Aquando do aumento Depois do aumento


Capital Social Enunciado Nº novas ações * valor nominal Nº total ações * PN

Prémio de emissão -------------- Nº novas ações * (PC – PN) = ao calculado no aquando

Reservas Legais Enunciado Enunciado

Reservas Livres Enunciado - (Ações Sócios


Enunciado
* PN)

Resultado Líquido Enunciado Enunciado

Total Soma dos anteriores Soma dos anteriores


• Avaliação da empresa

Calcular o WACC:

1º Calcular Autonomia Financeira: AF = Cap PP / (Cap PP – Passivo)

2º Calcular o WACC: RE x E + RD (1 – Tc) x D + RS x S


V V V

Cálculo do Modelo EVA:

Ano 1 Ano 2
EBIT
EBIT * (1-T)
Capital Investido (BOY)
+ Capex e FM
- Depreciações
= Cap. Investido EOY
WACC
ROIC (EBT *(1-T)/BOY)
EVA
(EBT * (1-T) – WACC * BOY)

Valor de Continuidade
(último ano = EVA / WACC)

Fator de desconto Atualizado


(1 / (1 + wacc)n)

Eva Atualizado
V. Cont. Atualizado
MVA
+ Investimento
= Enterprise Value (EV)
+ Ativos extraexploração
= Firm Value (FV)
- Dívida Financeira
= Equity Value (EV)
Cálculo do Modelo DCF:

Ano 1 Ano 2
EBIT
+ EBIT * (1-T)
+ Depreciações
- Capex
- Working Capital
= FCFF
Valor de continuidade
Fator de desconto
FCFF atualizado
Valor Cont. Atualizado
Enterprise Value (EV)
+ Ativos Extraexploração
- Divida Financeira
= Equity Value (EV)

LEGENDA

E = Capital Próprio Da = Direito de Atribuição

D = Capital Alheio Ds = Direito de Subscrição

S = Ações preferenciais Vu = Valor da empresa se se financiasse por CP

V = Valor da empresa RAEFI = Resultado Líquido da Empresa

Re = Custo do CP Rf = Custo de financiamento (taxa de juro)

Rd = Custo da dívida

Rs = Custo das ações preferenciais

Tc = Taxa de imposto

g = taxa de crescimento

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