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Empreendedorismo

Capitulo 1 (Conceitos base)


Investimento: Troca da possibilidade de satisfação imediata e segura (consumo imediato) por uma
possibilidade de satisfações diferidas no tempo (consumos diferidos) sujeitas a alguma incerteza.

Rendibilidade: A capacidade em assegurar a sua recuperação, bem como a sua remuneração a uma taxa
isenta de risco, e ainda um prémio de risco. A atividade do empresário poderá também ser incluída na
perspetiva económica de rendibilidade.

Vida útil: Período durante o qual apresenta valor no Balanço


Vida Residual: O que falta amortizar ou depreciar
- Valor liquidação : O que falta amortizar ou depreciar, com correção de mais/menos valias
- Valor Continuidade: Cálculo de uma perpetuidade dos cash-flows esperados após o horizonte de
análise

EXEMPLO 1: Investimento em análise previsional para cinco anos; após este período, continuará a laborar.
Quer saber qual o valor residual após os cinco anos

- cash-flow no ano 5: € 1000


- crescimento anual do cash-flow: 2%
- capital fixo: valor contabilístico de € 1200
- necessidades de fundo de maneio: valor contabilístico de € 60
- custo do capital: 15%

Resolução:

• Cálculo do cash-flow de exploração do ano 6: 1000 x 1,02 = € 1020


• Cálculo do valor acumulado dos cash-flows a partir do ano 6: 1020 / (15%-2%) = € 7846 : valor
de continuidade

diferente do valor de liquidação ou valor contabilístico.

Incerteza: Existe em ambientes em que desconhecemos o futuro

Risco: Quando conhecemos todos os acontecimentos possíveis no futuro e conseguimos quantificar a


probabilidade da sua ocorrência

Valor atual = ∑𝑛𝑡=1 𝐶𝐹 t x (1+i)-t

Capitulo 2 (Previsão de Fluxos de Capital)

Cash flow = fluxo de tesouraria (fluxo de dinheiro)

• Cash flow global = recebimentos – pagamentos globais (=Cash flow Líquido)

• Cash flow de exploração = recebimentos – pagamentos ligados à atividade (ciclo) de exploração

• Cash flow de investimento = recebimentos – pagamentos ligados à atividade (ciclo) de renovação


Ótica do projeto e ótica do Empresário:

Cash flow do empresário é quase sempre diferente do projeto:

+ cash flow global do projeto + entradas de dinheiro de financiadores – saídas de dinheiro de


financiadores = cash flow global do empresário

Mapas a realizar para o controlo dos fluxos de capitais:

• Mapa de investimentos: deve prever todos os valores de investimento, sejam ativos fixos, sejam
circulantes discriminação: conforme os objetivos da análise

• Mapa do financiamento: os totais terão de coincidir com os totais do mapa de investimentos

Autofinanciamento: serve de “almofada” para acertar os totais

Preço corrente vs. Preços constantes


• Preços correntes: incorpora a inflação prevista para cada período
• Preços constantes: ignora a inflação
Preços correntes é aconselhável por se aproximar mais à realidade
• Taxa de atualização:

Cash flows calculados a preços correntes devem ser atualizados à taxa de juro nominal

Cash flows calculados a preços constantes devem ser atualizados à taxa de juro real

• Relação entre taxa de juro real e nominal


Sejam:
rn : taxa de juro nominal (ou corrente)
rr : taxa de juro real
: taxa de inflação

Temos: 1 + rn = (1 + rr) (1 + ) ; rn = rr +  + rr

(FAZER OS CASOS)

Capitulo 3 (O custo do capital)


∑𝑛𝑡=1 𝐶𝐹 t (1+k)-t
• das 3 variáveis, já esclarecemos n (vida útil) e CF (cash flow)

• falta-nos saber como determinar k (custo do capital)

• k vai ser a taxa utilizada para atualizar valores futuros: iremos basear-nos em previsões

• k deve ser determinada por abordagem marginal: cálculo do custo do capital destinado a financiar o projeto

Custo médio ponderado do Capital (CMPC) :


Duas principais fontes de financiamento:
• Capital alheio
• Capital próprio

EXEMPLO: Belforma
- Passivo: € 100 000
- Capital próprio: 50 000 ações; cotação: € 1,00/ação
- Custo de financiamento do passivo: 4%/ano
- Capitalização bolsista esperada das ações: 10%/ano
- Qual o custo de capital desta empresa?

Resolução:

Cálculo do custo do capital:


• custo do capital próprio: 10% x 50 000 = 5000
• custo do capital alheio: 4% x 100 000 = 4000
• => custo total do capital: 5000 + 4000 = 9000
• custo médio ponderado do capital: 9000 / 150 000 = 6%
rcp: remuneração dos capitais próprios
CP CA rca: remuneração dos capitais alheios
CMPC = rcp × + rca × CP: valor de mercado dos capitais próprios
CP + CA CP + CA
CA: valor de mercado dos capitais alheios

Capitulo 4 (Critérios de Decisão e Avaliação de Investimentos)


Valor Atual Líquido (VAL):
- excedente do acumulado dos fluxos líquidos de tesouraria, ou

- cash-flows, atualizados, calculados para todo o tempo de vida útil do investimento, subtraídos do
montante de capital investido no início do processo

𝑉𝐴𝐿 = −𝐼 0 + VA + VR(1+taxa)-n

EXEMPLO (Cash-flows constantes):

Taxa de atualização: 10%

Qual o VAL?

VA = 10 000 (1,1)–1 + 10 000 (1,1)–2 + … + 10 000 (1,1) -5 = 37 908

VAL= -30000+37908 = 7908

Critério: Aceitar ou não um investimento com base no VAL


>0 – Investir
< - não investir
=0 - Indiferença

EXEMPLO : VAL próximos e montantes de investimentos muito diferentes:

Ambiente incerto: é preferível escolher B, pois o VAL é quase o mesmo e o montante de


investimento muito menor
Índice de Rendibilidade: (Indica quantas vezes se obtém o capital investido)
Vem colmatar uma insuficiência do VAL, relativizando o valor:

- dividem-se os cash flows atualizados pelo investimento

VA + VR (1+taxa)^−𝑛
IR=
𝐼0

Período Recuperação do Investimento: (Indica o momento da vida do projeto em que o


investimento estará totalmente recuperado)

𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − ∑𝑡𝑖=1 𝐶𝐹𝑖


𝑃𝑅𝐼 = 𝑡 +
𝐶𝐹 𝑑𝑒 𝑡 + 1

Taxa desconto=10%

- o investimento é recuperado durante o ano 4


- se cash flow for constante ao longo do ano 4:
3 + (30.000 – (9.091 + 8.264 + 7.513)) / 6.830 = 3 + 0,75 (demora 3 anos e 9 meses a ser recuperado)

Taxa Interna de Rendabilidade (TIR): É a taxa que torna o VAL nulo (=0) → taxa máxima que o projeto
pode oferecer

Normalmente, tem de se calcular a TIR por tentativas

EXEMPLO:

TIR (i=10%) = 19,86%

Estimação da TIR por interpolação linear:


Calcula-se o VAL com taxa diferentes:
- já foi calculado para 10%
- vamos determinar agora para 15%, 20%, …

Encontraram-se duas taxas em que o VAL passa de positivo a negativo: calcula-se a taxa que torna o VAL nulo
(TIR) por interpolação linear
Benefício Equivalente Anual (BEA) - Anuidade constante que, para uma dada taxa de atualização, equivale
ao benefício que se espera obter de um determinado projeto

Converte o VAL num conjunto de anuidades futuras iguais

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