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ECONOMIA E FINANÇAS

Quinta Aula

Professor Dr. Jamir Mendes Monteiro

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PLANO DE AULAS
• 5ª Aula:
Avaliação (Tempo e Risco):
• Conceituação
• O valor do dinheiro no tempo
• Risco e Retorno
• Métodos de Avaliação

• Conceituação
• O valor do dinheiro no tempo
• Risco e Retorno
• Métodos de Avaliação

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AVALIAÇÃO (TEMPO E RISCO)
• CONCEITUAÇÃO: o velho ditado “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”
tem um grande significado quando se trata de finanças, pois, em termos
monetários, o dinheiro em caixa hoje vale mais do que no futuro. São três as
razões pelas quais o valor do dinheiro diminui progressivamente ao longo do
tempo, a inflação, o risco e a preferência pela liquidez.
• FINANCIAMENTO: atividade que tem por fim bancar uma transação comercial que
não gera resultados, como por exemplo, financiamento de capital de giro ou
financiamento de aquisição da casa própria. Normalmente, refere-se a
uma transação de curto prazo, estando associado a um plano operacional ou
tático.
• INVESTIMENTO: relacionado ao aporte de capital para expansão ou criação de um
empreendimento empresarial, como por exemplo a instalação de uma nova
fábrica ou a construção de uma hidroelétrica. Refere-se a uma transação
de longo prazo, estando quase sempre associado a um plano estratégico.
• INVESTIR NA VISÃO DA EMPRESA: envolve avaliar as oportunidades e ameaças
provenientes do mercado e, através da movimentação das competências
internas, decidir por investimentos que promovam no mais curto prazo a
sustentabilidade da organização.
• INVESTIR NA VISÃO DO INVESTIDOR: envolve avaliar as oportunidades de risco no
mercado e administrar a canalização da sua poupança para investimentos que
assegurem uma margem de retorno adequada. 3
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO: envolve o conceito do dinheiro submetido à
variação do tempo, muito utilizado para estabelecer um ponto comparativo
no presente ou no futuro para duas ou mais alternativas de investimento.
• RISCO E RETORNO: risco é a medida da incerteza, enquanto que retorno significa
a remuneração do investimento. Economicamente, quanto maior o risco,
maior o retorno.
• AVALIAÇÃO: é o processo que une risco e retorno para determinar o valor de um
ativo. Os elementos de cálculo utilizados são o Fluxo de Caixa, que se
espera que o ativo gere durante um determinado período de tempo, e a taxa
de risco associada ao fluxo que pode afetar significativamente o seu valor
ao longo do tempo.
• VALOR FUTURO E JUROS COMPOSTOS: qualquer investimento ou
comprometimento de caixa deve proporcionar um aumento de valor ao longo do
tempo. Dado o valor do principal a ser aplicado e a taxa de retorno, pode- se
calcular o valor do Montante a receber depois de um determinado tempo.
• FÓRMULA DO CÁLCULO DO VALOR FUTURO:
M = P x (1 + R)n , onde
M = Valor do montante, principal mais juros;
P = Valor do principal;
R = taxa de juros anual e 4
n = número de anos.
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• EXEMPLOS DE CÁLCULO: calcular o montante de dinheiro apurado quando se
aplica R$100,00, a uma taxa de 10% aa., após 1 ano e 2 anos de aplicação...
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Após 1 ano: M = P x (1 + R)
1
M = R$100 x (1 + 0,10)
M = R$100 x 1,10 = R$110

Após 2 anos: M = P x (1 + R)2


M = R$100 x (1 + 0,10)2
M = R$100 x 1,10 x 1,10 = R$121
• ANUIDADES: é uma série de pagamentos ou recebimentos iguais, feitos a
intervalos de tempo também iguais. Pode ser, por exemplo, um investimento
feito a cada semestre, a cada trimestre ou a cada mês.
• EXEMPLOS DE CÁLCULO: calcular o valor futuro de uma anuidade de R$100,00 por
um período de quatro anos com uma taxa de juro composto de 10% aa,
usando o valor futuro de uma fórmula de anuidade...
P = R$100,00 por ano
N = 4 anos
R = 10% aa. 5
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

VF = P(1+R)1 + P(1+R)2 + P(1+R)3 + P(1+R)4


a

VF = P x [(1 + R)n - 1)]


a
R
4
VFa = 100 x [(1 + 0,10) - 1)]
0,10
VF = 100 x 4,641
a

VF = R$464,10
a

• VALOR PRESENTE E TAXAS DE DESCONTO: esse cálculo é vital para se comparar o


retorno de vários projetos ou investimentos diferentes durante um período de
vários anos. O valor presente é o valor dos retornos ou rendas futuras,
descontados a taxa de desconto ou capitalização. A taxa de desconto ou
capitalização é uma taxa de juros aplicadas a uma série de futuros
pagamentos ou recebimentos ajustados ao risco e à incerteza do fator tempo.
• FÓRMULA DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE:
N
VF = VP (1 + R) , então
VP = VF
6
N
(1 + R)
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• EXEMPLO DE CÁLCULO DO VALOR PRESENTE: calcular o valor presente de uma
renda futura de R$1000,00, daqui a três anos, considerando uma taxa de
desconto de 10% aa.
VP = VF
(1 + R)N

VP = 1.000
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(1 + 0,10)
VP = R$ 751

• VALOR PRESENTE DE UMA ANUIDADE: é o somatório do valor presente de todas as


anuidades envolvidas, assim, o valor presente de uma anuidade de R$100,00
para um período de três anos, é...
VP = 100 + 100 + 100
1 2 3
(1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10)
VP = R$ 248,60

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O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Ou, usando a fórmula simplificada:

PVa = P 1 - 1

R R (1 + R)N

onde,
PV = valor presente de uma anuidade,
a

P = valor da anuidade,
R = taxa de juro anual,
N = número de anos ou períodos.
Portanto, o cálculo ficaria desta maneira:

PV = 100 1 - 1
a

0,10 0,10 (1 + 0,10)3


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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• PRINCÍPIOS DE FLUXO DE CAIXA E ORÇAMENTO DE CAPITAL: tomar boas decisões
de investimento de capital é importante para qualquer empresa, tendo
em vista a relação custo/benefício do investimento.
• PROCESSO DE DECISÃO DE ORÇAMENTO DE CAPITAL: envolve a geração de
propostas de investimento a longo prazo, a avaliação, análise e seleção das
mesmas e a implementação e acompanhamento das que foram selecionadas.
• ORÇAMENTO DE CAPITAL: é o processo que consiste em avaliar e selecionar
investimentos a longo prazo, que sejam coerentes com o objetivo da
empresa de maximizar a riqueza dos seus acionistas.
• DISPÊNDIO DE CAPITAL: é o desembolso de fundos feito pela empresa com a
expectativa de gerar benefícios após um ano.
• DISPÊNDIO CORRENTE: é o desembolso de fundos feito pela empresa, resultando
em benefícios auferidos em menos de um ano.
• MOTIVOS PRINCIPAIS PARA FAZER DISPÊNDIOS DE CAPITAL:
– Expansão do nível de operações;
– Substituição de máquinas e equipamentos;
– Modernização;
– Outras Finalidades.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• CONCEITO: Planejamento Operacional é a representação operacional do
Planejamento Tático da organização, registrando aquilo que a empresa
pretende executar dentro do exercício fiscal. É a principal peça de planejamento e
controle das operações da empresa.
• PROCESSO DE ORÇAMENTO DE CAPITAL: consiste de cinco etapas distintas, porém, inter-
relacionadas,
– Geração de Propostas: podem ser determinadas pelo Planejamento Estratégico da Empresa, quando
se trata de grandes investimentos, originários de atualização tecnológica ou de expansão da
companhia ou de pequenos e médios investimentos provindos das áreas operacionais da
organização.
– Avaliação e Análise: as propostas são formalmente avaliadas para se assegurar do seu alinhamento
com os objetivos e planos estratégicos da empresa e para verificação da sua validade
econômica. Os Custos e Benefícios propostos são estimados e convertidos em uma série de
fluxos de caixa, aos quais são aplicados várias técnicas de orçamento de capital para aferir o
mérito do investimento em relação ao potencial desembolso.
– Tomada de Decisão: a magnitude do desembolso geralmente determina o nível hierárquico da
empresa que irá tomar a decisão relacionada à proposta de investimento.
– Implementação: uma vez aprovada a proposta e os fundos necessários estejam disponíveis, inicia-se
a fase de implementação do projeto.
– Acompanhamento: envolve a monitoração do projeto durante a fase de execução, assegurando que
os custos realizados estejam dentro do orçado.

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• ABORDAGENS ÀS DECISÕES DE INVESTIMENTO: são de duas espécies, a saber,
–Aceitar/Rejeitar: envolve a avaliação de propostas de dispêndio de capital para
se determinar se elas estão de acordo com o critério mínimo de
aceitação da empresa, como, por exemplo, taxa mínima de remuneração do
capital; e
–Abordagem de Classificação: quando os projetos são classificados com base em
algum indicador predeterminado, por exemplo, taxa de retorno do
investimento, sendo muito utilizada para a escolha do melhor projeto dentre
outros.
• PADRÕES DE FLUXO DE CAIXA:
–Convencionais: consiste de uma saída inicial de caixa seguida de várias
entradas. Esse padrão é típico de muitos tipos de dispêndio de capital. Por
exemplo, uma empresa pode gastar R$10.000,00, hoje, e, como resultado,
espera receber R$2.000,00 ao final de cada ano, durante oito anos.
–Não Convencionais: aquele onde uma saída inicial de caixa não é seguida de
uma série de entradas. Por exemplo, a compra de uma máquina poderá
gerar uma saída de R$20.000,00 e gerar entradas de R$5.000,00, ao ano,
durante quatro anos, sendo que, no quinto ano após a compra, poderá ser
necessário efetuar uma saída de R$8.000,00 para recondicionar a máquina,
após o que ela irá gerar entradas de R$5.000,00, durante mais cinco anos.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• TÉCNICAS DE ANÁLISE DE ORÇAMENTOS DE CAPITAL:
– Período de Amortização do Investimento: período de tempo exato e necessário para a empresa
recuperar o investimento inicial de um projeto, a partir das entradas de caixa. Trata-se de uma das
técnicas mais simples e utilizadas para análise de orçamento de capital.
• Critério de Decisão: se o período de amortização for menor que o máximo aceitável, aceita-se o
projeto; se maior, rejeita-se.
– Valor Presente Líquido (VPL): esse tipo de técnica desconta os fluxos de caixa da empresa a uma
taxa especificada, normalmente o custo de capital da empresa, indicando o retorno mínimo que
deve ser obtido por um projeto, de forma a manter inalterado o valor de mercado da organização.
VPL = valor presente das entradas de caixa – investimento inicial
• Critério de Decisão: se o VPL for maior que zero, aceita-se o projeto; se menor, rejeita-se.
– Taxa Interna de Retorno (TIR): é a técnica de análise mais utilizada para avaliar alternativas de
investimento. Representa a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa ao
investimento inicial. Equivale dizer que TIR é a taxa de desconto que faz com que um VPL se iguale a
zero.
• Critério de Decisão: se o TIR for maior que o custo de capital, aceita-se o projeto; se menor,
rejeita-se.
–Qual o melhor método? muito difícil determinar.
• ANÁLISE DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS:
Com a Globalização dos Negócios e o uso intensivo do dinheiro virtual (aquele que viaja pela Internet de
um Continente para outro), a análise de oportunidades de investimento, do ponto de vista do investidor,
se tornou mais complexa, com a inclusão nas análises, dos riscos políticos do investimento, da estabilidade
da economia, do poder de compra das moedas nos mercados locais e das taxas cambiais associadas à
conversão monetária.
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