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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco

Crescimento e Desenvolvimento
Económico

Trabalho realizado por:


Luana Nicole, nº9
Marisa Braga, nº11
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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco
Índice
Introdução .......................................................................................................................................... 4
Crescimento e Desenvolvimento Económico ................................................................................ 5
Crescimento Económico Moderno .................................................................................................. 6
Fontes de Crescimento Económico ................................................................................................. 7
Investimento em capital físico e capital humano............................................................................. 8
Progresso Técnico ........................................................................................................................... 9
Características do Crescimento Económico Moderno ................................................................. 9
Inovação Tecnológica, Aumento da produção e da produtividade e Diversidade da produção ... 10
Alteração da estrutura da atividade económica............................................................................. 11
Modificação do modo de organização da atividade económica ..................................................... 11
Transformações de Empresas........................................................................................................ 11
Concorrência .................................................................................................................................. 12
Papel do Estado ............................................................................................................................. 12
Melhoria do Nível de Vida ............................................................................................................ 13
Desenvolvimento económico ......................................................................................................... 13
Indicadores de Desenvolvimento .................................................................................................. 14
Indicadores Simples ....................................................................................................................... 14
Indicadores Compostos ................................................................................................................. 14
Limitações dos Indicadores ............................................................................................................ 15
Desigualdades Atuais de Desenvolvimento ................................................................................. 16
........................................................................................................................................................ 19
........................................................................................................................................................ 19
........................................................................................................................................................ 19
Exclusão Social .............................................................................................................................. 19
Espanha ............................................................................................................................................. 20
Curiosidades acerca do país ........................................................................................................... 20
Principais Cidades.......................................................................................................................... 21
........................................................................................................................................................ 21
A nível Cultural e Gastronómico .................................................................................................. 21
........................................................................................................................................................ 22
A nível Religioso............................................................................................................................ 22
A nível Político .............................................................................................................................. 22
A nível Demográfico ...................................................................................................................... 22
A nível Económico ......................................................................................................................... 23
Conclusão.......................................................................................................................................... 26
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Bibliografia ....................................................................................................................................... 27
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Introdução
Este trabalho tem como objetivo enriquecer os nossos conhecimentos acerca do
tema principal Crescimento e Desenvolvimento Económico.
De forma organizada, começaremos por abordar alguns conceitos essenciais
seguidos de uma breve introdução sobre a temática apresentada e complementando
com alguns tópicos pertinentes. Após estas explicações iremos caracterizar a
Espanha, analisando-a, não só a nível económico, como também, por exemplo, a
níveis demográfico, social, cultural e gastronómico.
Tendo em conta que os conceitos de crescimento económico e desenvolvimento
económico encontram-se em constante mudança, principalmente nos últimos anos, é
importante que nos mantínhamos atualizados acerca dos mesmos.
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Crescimento e Desenvolvimento Económico

O crescimento e o desenvolvimento económico são termos muito comuns quando se


fala da economia e apesar dos seus conceitos serem distintos, geralmente são
confundidos um com o outro. Isto sucedeu-se sobretudo até à 2ª Guerra Mundial
(1939-1945).
A relação entre o crescimento económico e o desenvolvimento do sistema financeiro
tem sido um foco importante nos últimos anos, e desta forma, pretendemos abordar
pormenorizadamente quais as diferenças entre crescimento e desenvolvimento
económico, caracterizando cada um destes conceitos.
Assim, o crescimento económico caracteriza-se por dizer respeito a um aspeto
quantitativo da atividade económica e dá-se quando ocorre um aumento da produção
e do consumo de bens e serviços. Para além disso, também poder ser definido como
sendo o aumento sustentado de uma unidade económica durante um ou vários
períodos longos. Esse aumento pode ser medido através de indicadores como por
exemplo o Produto Interno Bruto (PIB), representando a riqueza gerada num
determinado país.
Por outro lado e em beneficio de uma determinada sociedade, o desenvolvimento
económico representa um conceito mais abrangente do que o de crescimento
económico, já que se traduz num processo pelo qual ocorre variações positivas das
variáveis qualitativas e onde existe uma observação da combinação de crescimento
económico contínuo com as mudanças estruturais e modificações positivas dos
indicadores económicos e socais . Tendo em conta, que o desenvolvimento afeta a
qualidade de vida da sociedade e é possível medir por meio de indicadores como a
educação, saúde, renda, pobreza, entre outros, um dos indicadores mais explorado
para realizar comparações de desenvolvimento de diferentes economias e períodos é
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
De facto, o crescimento económico é voltado para a produção, para o consumo e para
a riqueza, enquanto o desenvolvimento económico está fortemente ligado à ideia da
qualidade de vida da população. Com isto, chegamos à conclusão que estes dois
conceitos estão interligados, mas não são iguais, portanto pode existir crescimento
sem que haja desenvolvimento, mas nunca há um desenvolvimento económico sem
que haja um crescimento à priori. Ou seja, pode existir crescimento económico, e
assim verificar-se um aumento quantitativo do produto, porém não pode existir
desenvolvimento, porque esse crescimento não deu origem a mudanças qualitativas
no modo de vida da população e/ou das instituições.
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Figura 1- Gráfico representante do Crescimento Económico.

Crescimento Económico Moderno

Foi no século passado, que as transformações de determinadas economias a nível


mundial, deram origem a que muitos países registassem um aceitável crescimento
económico, principalmente na Europa. Isto verificou-se, entre o período posterior à
Segunda Guerra Mundial, até à década de 70 do século XX, e é visível nos valores
elevados, como nos Estados Unidos (3,9%), no Reino Unido (3%), na Alemanha (6%),
na França (5,2%) e na Itália (5,6%).
Este fenómeno foi designado por Simon Kuznetz como crescimento económico
moderno e este autor definiu-o como “o crescimento a longo prazo da capacidade de
prover à sua população de bens económicos cada vez mais diversos, a qual se baseia
no avanço da tecnologia e nas adaptações institucionais e ideológicas que ela requer”.
Deste modo, uma fase de crescimento económico elevado significa que cada geração
pode desfrutar de rendimentos mais elevados do que o dos seus pais, consumindo
maiores quantidades de bens e serviços, o que se traduz na melhoria de qualidade de
vida. Ao certo, não existe uma fórmula que permita aos países alcançar o
crescimento económico e por isso seguem trajetórias distintas, porém algumas das
estratégias adotadas a longo prazo são questionadas relativamente à sua eficácia,
como por exemplo, as que o mundo ocidental segue atualmente perante uma crise.
No entanto, podem identificar-se alguns fatores idênticos que se podem designar
como Fontes de Crescimento Económico.
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Figura 2- Simon Kuznetz

Fontes de Crescimento Económico


No processo de crescimento económico, são várias as razões que levam a este
acontecimento. Podemos identificar estas razões como fontes de crescimento
económico, que são nomeadamente:

✓ O aumento da dimensão do mercado interno e do mercado externo;


✓ O investimento em capital físico e capital humano;
✓ O progresso técnico;
✓ O aumento da dimensão dos mercados (interno e externo).

Para que haja, um aumento da capacidade de produção de um determinado país, não


só é necessário um financiamento/investimento, como também tem que se verificar
um aumento da Procura Interna e da Procura Externa.
De modo a acontecer um aumento da dimensão dos mercados é fulcral que a Procura
Interna verifique um aumento do número de habitantes (crescimento populacional) e
o aumento do seu poder de compra. Já a Procura Externa, deverá aumentar com a
maior abertura da economia para com o resto do mundo.
Procura Interna
Diz respeito, às despesas efetuadas pelas unidades residentes na compra de bens e
serviços produzidos quer no território económico do país, quer no exterior
(importações).
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Procura Externa
Corresponde às despesas efetuadas pelas unidades não residentes na compra de bens
e serviços produzidos no território económico do país (exportações).

Procura Externa Líquida


Equivale à diferença entre o valor das exportações e o valor das importações.

Investimento em capital físico e capital humano


Qualquer que seja a empresa, que invista em capital quer físico quer humano, visa
gerar aumentos na sua produção de bens e serviços.
Quando o investimento é transformado em capital físico estamos perante a aquisição
de equipamentos, de viaturas e de infraestruturas (por exemplo: armazéns, máquinas,
etc.). Assim sendo, um aumento do capital físico de uma empresa origina um
aumento da sua capacidade produtiva e consequentemente do país.
Quando o investimento é transformado em capital humano, existe, portanto, uma
aplicação de recursos na melhoria dos conhecimentos e das qualificações dos seus
trabalhadores, ou seja, adquirindo assim uma experiência profissional/educação
formal proporcionada pela própria empresa.

Figura 3- imagem ilustrativa do investimento.


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Progresso Técnico
O progresso técnico está associado às inovações tecnológicas que se têm verificado
ao longo do tempo nos diferentes países do mundo. Desta forma, representa a
capacidade de inovação das sociedades e ocorre através das alterações no processo
produtivo com a introdução de novos bens e serviços. Este progresso deve -se
principalmente às seguintes condições:

✓ Investimento em investigação, educação e formação profissional;


✓ Apoio dado pelos Estados aos processos de investigação e desenvolvimento.

Características do Crescimento Económico Moderno

O crescimento económico moderno originou-se com a Revolução Industrial Inglesa


iniciada em meados do século XVIII. Nesta época, especialmente, no século XIX,
deu-se uma aceleração do processo de crescimento económico e a notória melhoria
das condições de vida das populações dos diferentes países da Europa, onde ocorreu
a Revolução Industrial.

Figura 4- Inglaterra durante a revolução industrial.


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Posteriormente, toda a Europa juntamente com outros países do Continente
Americano entraram numa nova era, esta que se vem a chamar a era do Crescimento
Economico Moderno. Isto significou que as suas respetivas economias se
transformaram, assim como, as suas sociedades passaram a apresentar novas
características:

✓ Inovação Tecnológica;
✓ Aumento da produção e da produtividade;
✓ Diversidade da produção;
✓ Alteração da estrutura da atividade económica;
✓ Modificação do modo de organização da atividade económica;
✓ Melhora do nível de vida.

Inovação Tecnológica, Aumento da produção e da produtividade e


Diversidade da produção
A aceleração do crescimento económico é dependente em grande parte dos processos
de inovação tecnológica. A Revolução Industrial, no Reino Unido, em finais do
século XVIII permitiu, através das novas tecnologias (que derivam do progresso
técnico), aumentar a produção e a produtividade. Assim sendo, as inovações
tecnológicas provocam o aumento da produtividade do trabalho e contribuem para
uma maior produção de bens a um mais baixo custo. Os produtos colocados no
mercado a preços mais baixos estimulam e permitem generalizar o seu consumo a
toda a população.

Figura 5-inovaçao tecnológica.


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Alteração da estrutura da atividade económica
Tal como a inovação tecnológica, a alteração da estrutura da atividade económica foi
influenciada pela Revolução Industrial, já que, até aqui, a principal atividade
económica a nível da produção e emprego, assentava no setor primário.
Com esta revolução, começou a verificar-se uma transformação estrutural acelerada
da economia. As inovações tecnológicas permitiram o desenvolvimento da atividade
fabril, sucedendo-se um aumento rápido da produção industrial (indústria
transformadora) e do Produto Nacional.
A partir do século XIX, o crescimento da indústria fez com que o setor secundário
passasse a liderar quer ao nível da produção, quer do emprego. À medida que a
economia cresce, surgem serviços associados ao desenvolvimento industrial, como os
transportes, os bancos e os seguros. Desta forma, verifica-se um aumento da
empregabilidade nos serviços, ou seja, no setor terciário.
Porém, os serviços não surgem apenas ligados ao desenvolvimento industrial, uma
vez que a melhoria do nível de vida da população que está associada ao crescimento
económico, às alterações demográficas (envelhecimento da população) e à entrada
das mulheres no mercado de trabalho, incrementa também a procura de serviços
pessoais (creches, escolas e centros socias).
Assim, a partir de meados do século XX, o setor terciário passou a liderar, quer em
termos de população empregada, quer ao nível da contribuição para o PIB, ou seja,
para a criação de riqueza (terciarização da economia).

Modificação do modo de organização da atividade económica


O crescimento económico moderno modificou o modo de organização da economia e
desta forma, verificou se transformações a nível das empresas, da concorrência e do
papel do Estado.

Transformações de Empresas
Consequentemente sucedeu-se o aumento da dimensão das empresas, permitindo,
assim, que haja uma redução nos custos de produção através da obtenção de
economias de escala, tornando-as assim mais competitivas. Este aumento resulta de
duas formas distintas:

✓ Por incorporação, quando se transfere o património total de uma ou mais


sociedades para outra;
✓ Por concentração, quando se constitui uma nova sociedade à qual se
transferem os patrimónios das empresas fundidas;

Sendo assim, o aumento da dimensão média das grandes empresas traz-lhes


vantagens, como por exemplo a maior capacidade negocial com os bancos a pedido
de créditos, a maior capacidade para investir em investigação e desenvolvimento
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(I&D) e usufruir das economias de escala (que permite vender os produtos a preços
mais baixos). Para além disto, estas empresas ao acederem mais facilmente os
mercados internacionais é entendível como mais uma vantagem.
Por sua vez, estas empresas também apresentam algumas desvantagens, como por
exemplo a menor flexibilidade a possíveis alterações de mercado, enquanto as PME
(pequenas e médias empresas) tendem a responder mais rapidamente e
eficientemente às alterações do mercado.

Concorrência
O processo de integração económica tem vindo a desenvolver espaços onde os bens e
serviços circulam livremente, o que contribui para o alargamento dos mercados. Isto
torna-os mais competitivos e mais globais, no sentido em que se dá uma maior
integração das empresas nos mercados internacionais, levando ao aumento da
concorrência.
Assim, o aumento da concorrência está associado:

✓ Á abertura dos mercados nacionais (com os acordos alcançados pela


Organização Mundial do Comércio – OMC);
✓ Á intensificação do processo de integração económica (uma vez que a
liberdade de circulação dos bens e serviços implica um aumento da
concorrência);
✓ Ao aparecimento de economias emergentes (em que estes países produzem a
custos mais baixos, o que se impossibilita os países desenvolvidos a
concorrerem com os preços nacionais);
✓ Á deslocalização das produções (os países desenvolvidos deslocam-se para
outros países onde as economias são emergentes).

Papel do Estado
O crescimento económico moderno também alterou o papel do Estado, pois a partir
da Grande Depressão Figura
(1929)6-eilustração da concorrência
principalmente, económica.
a partir da Segunda Guerra Mundial,
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o Estado passou a intervir mais quer no campo das satisfações de necessidades
coletivas quer economicamente, estimulando a iniciativa privada, concedendo
benefícios fiscais e facilitando às empresas o acesso a linhas de crédito bonificadas.

Melhoria do Nível de Vida


O processo de crescimento económico esteve associado ao aumento da produção e
consequentemente levou ao aumento da capacidade produtiva dos países, assim como
da sua capacidade de criar riqueza, o que originou um aumento dos rendimentos
médios dos indivíduos. Deste modo, o crescimento económico moderno veio a
melhorar as condições de vida das populações. Esta melhoria reflete-se no aumento
do poder de compra das populações, na prestação de novos serviços e na introdução
de novos produtos no mercado. Para auxiliar na medição da melhoria do nível de
vida das populações, podemos utilizar os seguintes indicadores:
✓ IDH (Índice de Desenvolvimento Humano);
✓ Estrutura das despesas de consumo;
✓ PIB per capita.

Desenvolvimento económico
Como já referido anteriormente, o conceito de desenvolvimento económico observa a
combinação de crescimento económico continuo com mudanças estruturais e
modificações positivas nos indicadores económicos e socias em benefício de uma
determinada sociedade.
Figura 7 – Melhoria do nível de vida familiar.
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Indicadores de Desenvolvimento
Os países não apresentam todos o mesmo grau de desenvolvimento e para conhecer
a realidade de um pais, a sua evolução ao longo do tempo e informações para a
definição de políticas de modo a efetuar previsões e fazer comparações a nível
internacional é necessário utilizar instrumentos estatísticos a que damos o nome de
Indicadores de Desenvolvimento.

Indicadores Simples
Os indicadores simples são os instrumentos que cobrem os aspetos parciais da
realidade, ou seja, dizem respeito a cada uma das dimensões da realidade política,
económica, social, demográfica, entre outros. Assim, temos:

✓ Indicadores Políticos- são aqueles que nos dão informação acerca da


dimensão política, como o número de mulheres com lugar na assembleia da
república, a equidade de género, a estabilidade de instituições, etc.

✓ Indicadores Económicos- são aqueles que nos informam acerca da dimensão


económica, como o PIB, o PNB, o Indicador do Comercio Externo, a
Estrutura do Produto, etc.

✓ Indicadores Socioculturais- são aqueles que nos dão informação acerca da


dimensão sociocultural, como a Taxa de Alfabetização, a Taxa de Abandono
Escolar, o número de médicos por 100 mil habitantes, etc.

✓ Indicadores Demográficos- são aqueles que nos dão informação acerca da


dimensão demográfica, como a Taxa de Natalidade, a Taxa de Mortalidade
Infantil e a Taxa de Fecundidade.

Indicadores Compostos
São instrumentos mais complexos que os indicadores simples, uma vez que,
ultrapassam algumas das limitações. Os indicadores compostos combinam vários
indicadores simples, que permitem estudar diferentes variáveis (multidimensionais).
Dentro destes indicadores, os que melhor permitem avaliar o desenvolvimento de
um determinado país são:

✓ Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Este indicador combina a


longevidade, educação e rendimento, através dos seguintes indicadores
simples:

- Esperança de vida à nascença;


- Média de anos de escolaridade e anos de escolaridade esperados;
- Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita em dólares PPC;
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O valor deste índice varia entre 0 e 1, e quanto mais próximo da unidade
melhor é a situação do país.

✓ Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)-


Este índice representa uma média de desigualdade que não contempla
somente as desigualdades com base no rendimento, mas também a
desigualdade ajustada a outras dimensões, tais como: esperança de vida e anos
de escolaridade.

✓ Índice Desenvolvimento Humano por Género (IDHG) – Utiliza os


mesmos indicadores que o Índice de Desenvolvimento Humano, avaliando
particularmente as desigualdades género.

✓ Índice de Desigualdade de Género (IDG) – Mede as desigualdades de


género recorrendo a indicadores agrupados em três dimensões:

- Saúde Reprodutiva (medida através da taxa de mortalidade materna e pela


taxa de fecundidade adolescente);

- Capacitação (medida pela percentagem de assentos parlamentares detidos


por cada género e pela percentagem do total de homens e mulheres que
concluíram o ensino secundário e superior);

- Participação no Mercado de Trabalho (contabilizada pela participação dos


homens e das mulheres pela força de trabalho).

É de realçar ainda, que ao verificarmos um valor baixo de IDH, significa que


estamos perante uma reduzida desigualdade entre homens e mulheres. Por
outro lado, um valor próximo da unidade significa uma elevada desigualdade
entre os dois géneros, tendo em conta que este índice varia entre 0 e 1.

✓ Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) – Regista as múltiplas


privações a que a população está sujeita, nomeadamente, na dimensão da
saúde, educação e nível de vida. Avalia também, a percentagem de indivíduos
que vivem com privações e a intensidade das privações em cada agregado
familiar.

Limitações dos Indicadores


Devido ao conceito de desenvolvimento económico ser tão complexo e abrangente é
necessário utilizar um conjunto diversificado de indicadores para a sua avaliação.
Se recorrermos aos indicadores quantitativos, relativamente fáceis de medir, tais
como, o Rendimento Nacional per capita, PIB per capita, Taxa de
Natalidade/Mortalidade e o nível de escolarização e educação da população,
poderemos estar limitados quanto à interpretação dos valores.
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Relativamente ao Rendimento Nacional per capita (RN), este representa uma média
e como tal diz-nos que todos os indivíduos têm o mesmo rendimento. Assim sendo,
ao ser uma média, este indicador não transparece a realidade um país pois esquece-se
que uns ganham mais que outros.
No que diz respeito, ao Produto Interno Bruto (PIB), este leva-nos a conhecer o
valor dos bens e serviços que a economia produz num determinado período de tempo
e que potencialmente podem contribuir para o bem-estar das populações. Contudo,
este indicador apresenta também limitações, como:
✓ Não regista a riqueza gerada pelo autoconsumo de um país;
✓ Os produtos da Economia Informal, Economia Subterrânea e Economia Ilegal
não são contabilizados;
Para além destas limitações, o PIB, pode induzir em erro no nível de
desenvolvimento do país, uma vez que este não contabiliza a importância dos bens
produzidos (não é relevante para este indicador se são produzidas armas ou fruta).
No que toca à qualidade de vida das populações, o PIB isoladamente não é capaz de
nos informar sobre o mesmo. Deste modo, países com o PIB semelhante podem
apresentar indicadores socioculturais e demográficos completamente antagónicos e
por isso estes países têm condições de vida diferentes.

Figura 8- PIB per capita Português.

Desigualdades Atuais de Desenvolvimento

Como sabemos existem países menos desenvolvidos, estes que nos últimos anos, têm
registado um forte crescimento económico e consequentemente uma melhoria
relativamente às condições de acesso à saúde, ao saneamento básico, à água potável, à
educação e ao nível da igualdade de género. Porém continuam a existir graves
situações de pobreza e os indicadores sociais continuam a ser motivo de preocupação.
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Devido à existência de grupos de indivíduos que são mais vulneráveis do que outros,
ainda existem desigualdades no interior dos países de rendimento elevado.
Desta forma, as desigualdades económicas e sociais não se verificam apenas entre
países, mas também no interior deles próprios, incluindo os de rendimento elevado,
onde existem mais grupos de indivíduos estruturalmente vulneráveis do que outros.
A pobreza não é uma característica apenas presente nos países em desenvolvimento,
pois existe também nos países desenvolvidos onde existem bolsas significativas de
pessoas em situação de pobreza. Os fatores que originam estas situações são
nomeadamente: o desemprego, precaridade de emprego e o envelhecimento da
população.

Relativamente à pobreza é possível distinguir dois conceitos:

✓ Pobreza Absoluta – Este conceito parte do princípio que existe um conjunto


mínimo de recursos que possibilitam a satisfação das necessidades básicas que
asseguram de certa forma a sobrevivência dos indivíduos. Deste modo, são
considerados pobres aqueles cujo os recursos (materiais sociais e culturais) são
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insuficientes, ou seja, que são escassos e não garantem a satisfação das suas
necessidades.
Porém, ainda neste conceito de pobreza absoluta, existe um problema que
consiste em determinar um padrão do que seria “a satisfação das necessidades
básicas”. Este padrão torna-se difícil de definir pois bens considerados
essenciais numa sociedade podem ser considerados bens de luxo noutra
sociedade.

✓ Pobreza Relativa – Para ultrapassar as dificuldades existentes na pobreza


absoluta, surgiu assim o conceito de pobreza relativa que integra a situação de
pobreza no contexto social onde esta ocorre. Isto significa que, para avaliar a
pobreza num país deve-se tomar como referência o nível de vida da maioria da
população da sociedade onde esta se verifica.

Para o Banco Mundial aquele que não tem acesso a bens alimentares, a cuidados de
saúde, a água potável, saneamento básico, é incapaz de pagar pela educação dos
filhos, não possui uma habitação digna e ainda não consegue adquirir artigos ligados
ao vestuário e calçado é considerado então um individuo que vive e encontra-se em
pobreza.

Pobreza Extrema.
Sendo assim o Banco Mundial definiu valores para analisar a situação de um
individuo e quando este recebe 1,25$ americanos ou menos, por dia, encontra-se,
portanto, numa situação de pobreza extrema. Da mesma forma, definiu que um
individuo que vive com 1,25 a 2$ americanos por dia está perante uma pobreza
moderada.
A pobreza extrema contínua elevada, contudo, tem vindo a decrescer nos países em
desenvolvimento como o caso do Sul Asiático e da Africa Subsariana. Outros países
como a China e a India têm tido mais sucesso no combate à pobreza, porem o facto
de serem países muito populosos coloca-os como os países onde se concentram o
maior número de pessoas em pobreza extrema.
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Figura 9- Mapa e Gráfico representante da Pobreza Mundial.

Exclusão Social
Este termo representa o produto/resultado de múltiplas privações que impedem os
indivíduos ou os grupos do exercício pleno da cidadania, isto é, de participarem
plenamente na vida económica, social e política da sociedade em que estão inseridos.
Desta forma, a pobreza não é sinonimo de exclusão social, pois existem muitas
pessoas ou famílias excluídas socialmente e que podem não ser consideradas como
pobres.
Por outro lado, a pobreza representa sempre uma situação de exclusão, porque os
indivíduos pobres estão sempre excluídos de “participarem plenamente na vida
económica, social e civil” (os sem abrigos, os que não trabalham, os que não
compram bens e serviços e os que não usufruem de sistremas de educação e de
saúde).
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Espanha

Curiosidades acerca do país


A Espanha é um país que pertence ao continente europeu e que está localizado no
Sul da Europa, mais especificamente na Península Ibérica. Com uma área de 505 990
quilómetros quadrados, a Espanha é o quarto maior país do continente em que se
encontra. A sua capital é Madrid, a maior cidade do país. A nível populacional, a
Espanha conta com cerca de 47 450 795 habitantes e como pertence á união
europeia, a sua moeda é naturalmente o euro. Para além disso, os idiomas
predominantes são o espanhol e em certas áreas variações de catalão, valenciano,
galego, basco e aranês. Este país faz fronteira terrestre com o sul de França e
Norte/Oeste de Portugal e fronteira marítima com o mar mediterrâneo e o oceano
atlântico.
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Principais Cidades
As principais cidades de Espanha são: Madrid (capital); Barcelona; Valência; Sevilha;
Zaragoza; Málaga; Múrcia; Las Palmas; Palma de Mallorca.

Figura 10 -Capital de Espanha, Madrid. Figura 11-Cidade de Barcelona.

A nível Cultural e Gastronómico


Este país europeu é caracterizado pelo seu agradável clima mediterrâneo, onde as
costas do Sul e o vale do rio Guadalquivir têm um clima denominado mediterrâneo
costeiro: temperaturas e precipitações suaves quase todo o ano, exceto no verão.
Para além disso é marcada pelos seus dramáticos litorais, pelo seu rico legado
histórico, pela sua cultura eclética, pela sua gastronomia excecional e pela sua
atrativa vida noturna e por isso é um dos países mais visitados internacionalmente,
não só para lazer como também para trabalho.
A grande parte das cidades espanholas têm as suas próprias festas populares,
intituladas de “Fiestas Populares”, que duram cerca de uma semana, como é o
exemplo da Semana Santa de Sevilha, as Fallas de Valência, a Guerra da Tomatina e
San Isidro Labrador.
Um dos pratos mais importantes na culinária espanhola é a paella Valenciana, que
surgiu como alimento dos camponeses nos séculos XV e XVI e que consiste no
preparado de arroz com azeite e sal complementado com quaisquer outros
ingredientes em uma panela redonda e ampla. Para acompanhar as suas refeições, a
tendência é saborear um bom vinho espanhol.
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Figura 12- paella Valenciana.

A nível Religioso
A nível religioso, a população espanhola é constituída maioritariamente por cristãos,
ao que a população se declara católica. A segunda religião com maior número de
membros é a muçulmana, seguida de protestantes, testemunhas de Jeová e Judeus.

A nível Político
A Espanha é uma Monarquia Constitucional Parlamentar, cujo o presidente do
governo, eleito em 2 de junho de 2018, é Pedro Sánchez.
As próximas eleições serão a 28 de maio de 2023 (domingo).

Figura 13- Presidente do governo Espanhol, Pedro Sánchez.

A nível Demográfico
✓ COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: espanhóis (86%); europeus não
espanhóis (5,6%); caribenhos, sul-americanos e centro-americanos (5%); outros
(3,4%). (dados demográficos de 2016 - estimativa).
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✓ RELIGIÃO: cristianismo 90,1% (católicos 92,3%, outros 1,8%, dupla filiação
1%, sem filiação 3%), agnosticismo e ateísmo 8,1%, outros 0,2%, islamismo
1,6% (dados de 2010).
✓ DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 96,3 habitantes/km² (estimativa 2021).
✓ CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 0,4% ao ano (média entre 2010 e 2015).
✓ EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER: 83,3 anos (Pnud 2017).
✓ TAXA DE ANALFABETISMO: 2,1% (ano de 2016).
✓ IDH: 0,893 (Pnud 2018) - índice de desenvolvimento humano muito alto.
✓ ÍNDICE DE GINI: 0,362 - médio (em 2015).

A nível Económico
Tendo por base os dados fornecidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a
economia espanhola tem estado em recuperação económica nos últimos anos, porem,
a crise provocada pela pandemia da COVID-19 levou o país a uma recessão
económica nunca antes vista em 2020, onde deu-se uma das maiores contrações
entre os países da união europeia.
Os dados de Crescimento Real do PIB da Espanha foram registrados em 6.8 % em
junho de 2022. Este é um registro de um aumento com relação aos números
anteriores de 6.7 % em março de 2022. Os dados de Crescimento Real do PIB da
Espanha são atualizados trimestral, com uma média de 2.9 % em 1996-03 até 2022-
06, com 106 observações. Os dados alcançaram um alto recorde de 17.9 % em 2021-
06 e um baixo recorde de -21.9 % em 2020-06.

Apesar das medidas de contenção aplicadas terem arrastado a economia no primeiro


semestre de 2021, calcula-se que o PIB espanhol tenha crescido 5,7% nesse mesmo
ano devido as atividades associadas ao turismo, que sustentaram a recuperação e a
procura privada, estas que foram as principais responsáveis pelo crescimento. Em
2021 o FMI considerou que a Espanha deveria continuar a crescer em 2022 e de
forma a retornar ao seu nível pré-pandemia no início de 2023, o seu PIB teria de
aumentar 6,4%.
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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco

De facto, a economia espanhola cresceu o,2% entre julho e setembro, menos 1,3
pontos percentuais do que no trimestre anterior e desta forma o PIB Espanhol
apresentou uma desaceleração no terceiro trimestre. Isto deveu-se, sobretudo, à
procura externa no qual as exportações cresceram 1,3% (enquanto que no trimestre
anterior havia crescido 4,9%) e as importações aumentaram 3,7% (cerca de um ponto
percentual a mais do que no período de abril a junho.
No que diz respeito à procura interna, o consumo das famílias cresceu 1,1% (taxa
semelhante à dos 3 meses anteriores), e o investimento das empresas aumentou de
1,3 % para 6,6 pontos percentuais. O setor de atividade que mais cresceu em
Espanha entre julho e setembro foi o setor terciário (serviços)com 0.7%, seguido do
setor primário (agricultura) com 0,2% e a indústria com 0,1%. A construção caiu
0,1%.
Efetivamente, a Espanha continua a ser um país com fortes desigualdades e de
acordo com os últimos dados do Instituto Espanhol de Estatística, 26,4% da
população estava em risco de pobreza ou exclusão em 2020, um aumento de mais de
620.000 indivíduos em um ano como repercussão da crise induzida pela pandemia.

Figura 14- IMF, World Economic Outlook Database, October 2021

O salário mínimo em Espanha, estabelecido em junho de 2020 é de 1050,00 EUR


por mês, mais 309,17 EUR relativamente a Portugal e menos 489,42 EUR
comparativamente à França.
Estes valores comparam-se, já que são referentes aos países que fazem fronteira
com Espanha.
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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco

Figura 15- Gráfico representante dos salários mínimos de Espanha e suas fronteiras.
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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco

Conclusão

Como referimos no início deste trabalho, é desde a revolução industrial até os


tempos em que vivemos, que a economia sofreu grandes alterações e
modificações. Todos os conceitos apresentados foram-se modificando ao longo
deste período e foi por isso que conseguimos alcançar o nível de desenvolvimento
em que nos encontramos.
Em suma, após a realização deste trabalho adquirimos e expandimos os conceitos
ja trabalhados de uma maneira esclarecedora. Para além, disso acrescentámos
informações aos nossos conhecimentos, principalmente com o estudo de um caso
específico de um país (Espanha), que nos levou a conhecer um pouco mais para
além de Portugal.
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Escola Básica e Secundaria com Pré-escolar e Creche, Professor Doutor Francisco Freitas Branco

Bibliografia

✓ Elsa Silva, Rosa Moinhos – Manual de Economia C, 12º.


✓ Imagens Google.
✓ https://www.rtp.pt/noticias/mundo/fmi-baixa-previsao-de-crescimento-
economico-de-espanha-para-2021-e-2022_n1372116

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