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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Administração Publica

Análise de execução orçamental das despesas Públicas

Lindoca Manuel Nhacuongue: 71220674

Quelimane, Maio de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Análise de execução orçamental das despesas Públicas

Trabalho de campo a ser submetido


a coordenação de curso de
licenciatura em Administração
Publica da UniSCED

Docente:

Lindoca Manuel Nhacuongue: 71220674


Quelimane, Maio de 2023
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral........................................................................................................4
1.1.1. Objectivos Específicos.........................................................................................4
2. Separação de poderes...........................................................................................................5
3. Separação de Poderes em Moçambique................................................................................5
4. Princípios de Separação de Poderes em Moçambique..........................................................7
4.1. Estado...........................................................................................................................7
5. Formação e elementos constitutivos do Estado....................................................................7
5.1. Formação......................................................................................................................7
6. Elementos do Estado............................................................................................................8
7. Funções do Estado................................................................................................................8
8. Os Poderes do Estado...........................................................................................................9
8.1. O poder Executivo em Moçambique............................................................................9
8.2. Após Independência.....................................................................................................9
8.2. Poder legislativo.........................................................................................................11
9. Principais manifestações....................................................................................................12
10. Poder Judicial em Moçambique......................................................................................12
11. Funções principais da Justiça.........................................................................................13
12. Conselho Judicial...........................................................................................................14
13. Conclusão.......................................................................................................................16
14. Referência bibliográfica.................................................................................................17
1. Introdução

Orçamento do Estado há que considerar duas principais zonas que podem ser
indicadas como escapando á disciplina orçamental são: Actividade patrimonial do
Estado: o Estado tem um património que tem que ser gerido através de um conjunto de
operações. Esta zona de actividade financeira, que se relaciona com os elementos
permanentes e duradouros, não se prende propriamente com a gestão dos dinheiros
públicos, a entrada e saída de fundos durante o ano que o orçamento pretende
disciplinar e finalmente a actividade de tesouro: a outra grande zona que nos estados
modernos decorre á margem do Orçamento é a actividade de tesouro ou tesouraria do
Estado, apesar do tesouro ter nascido ao mesmo tempo e pelas mesmas razões que o
Orçamento, e com ele estar intimamente relacionados.

O presente trabalho debruça-se em torno da Análise de execução orçamental das


despesas Públicas, que serve de trabalho de campo na cadeira de Economia Pública no
cursos de Licenciatura em Administração Pública, 2º Ano. Em concernente a elaboração
do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet livros, e entre outros, no que
culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar Impacto Análise de execução orçamental das despesas Públicas.
1.1.1.1.1 Objectivos Específicos
 Conceituar crescimento;
 Conceituar Desenvolvimento;
 Conceituar Países em Via de Desenvolvimento (PVD);
 Falar da Teoria do Desenvolvimento Económico;
 Diferenciar Desenvolvimento Económico nos PVD’s;
 Falar do desenvolvimento Económico em Moçambique

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2. Conceito de Crescimento

Segundo Andrade (2000, p. 14), estabelece que “Crescimento refere-se a um


aumento no produto total na economia. Ele é definido por alguns como sendo um
aumento do PIB real per capita”.

Andrade (2000, p. 15), afirma que “O crescimento econômico moderno é o


período no qual verifica-se um rápido e sustentado aumento no produto real per capita
que inicia, no mundo ocidental, com a Revolução Industrial”.

Na Perspectiva de Bento (2000, p. 345), enfatiza que:

“O crescimento econômico ocorre em momentos de aumento do consumo e


produção de bens e serviços. Tal aumento pode ser mensurado através de
indicadores financeiros, como o Produto Nacional Bruto (PNB) e Produto
Interno Bruto (PIB). Como, por exemplo, o aumento da renda, a redução do
desemprego ou o aumento do consumo”.

Crescimento implica em saber quais as razões que tornam uma sociedade mais
produtiva. Segundo Bento (2000, p. 348), afirma que haveria quatro razões básicas:

 O progresso tecnológico;
 Os investimentos em capital humano;
 Os investimentos em capital físico e;
 A eficiência na organização econômica que se traduz na estrutura de
incentivos que induzem os indivíduos a inovar e acumular.
3. Conceito de Desenvolvimento

Segundo Araújo (1998, p. 158), afirma que “Desenvolvimento econômico é


definido como a melhora do bem-estar geral da população, indicado pela elevação dos
indicadores quantitativos da economia, tais como o PIB, é também esperado um avanço
de indicadores qualitativos a respeito da qualidade de vida da população”.

Araújo (1998, p. 162), estabelece que:

O desenvolvimento econômico é o processo de sistemática acumulação de


capital e de incorporação do progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva
ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e, em
consequência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma determinada
sociedade.

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Definido nestes termos, o desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico
que passa a ocorrer nos países ou Estados-nação que realizaram sua Revolução
Capitalista já que só no capitalismo se pode falar em acumulação de capital, salários, e
aumento sustentado da produtividade.

Segundo Araújo (1998, p. 165), enfatiza que “o desenvolvimento econômico se


trata de um conceito mais abrangente. Pode-se dizer, portanto, que o desenvolvimento
abrange o crescimento econômico. Ou seja, não há desenvolvimento sem o crescimento.
Porém, nem sempre que há crescimento pode ser considerado que existiu o
desenvolvimento”.

Como visto anteriormente, o desenvolvimento deve ser acompanhado também


de melhorias nos indicadores de bem-estar geral da população. Alguns desses
indicadores são:

 Distribuição de renda;
 Expectativa de vida;
 Segurança e grau de liberdade econômica.
4. Conceito de Países em Via de Desenvolvimento (PVD’s)

Araújo (1998, p. 178), estabelece que:

“Os países em desenvolvimento são aqueles países cujo nível de vida, renda,
desenvolvimento econômico e industrial estão mais ou menos atrasados em
relação à média. Eles também são frequentemente referidos como o "Terceiro
Mundo". Uma nova gradação ocorre em relação aos países menos
desenvolvidos do Quarto Mundo”.

Países em desenvolvimento é uma das designações comummente dadas aos


países que apresentam um conjunto de características económicas e
sociais desfavoráveis mas em transição para novos estádios de desenvolvimento.

Araújo (1998, p. 179), afirma que “Não existe contudo uma definição oficial
para este conjunto de países pelo que a inclusão ou não de um país no conjunto de
países em desenvolvimento não obedece a critérios rigorosos e absolutos”.

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5. Teorias do Desenvolvimento Económico
5.1. Os Mercantilistas e Fisiocratas

Segundo Tadoro (1997, p. 735), estabelece que “Os mercantilistas e fisiocratas


não possuíam uma teoria do desenvolvimento econômico bem estabelecido e, portanto o
desenvolvimento econômico acabava se fundindo com a ideia de crescimento
econômico baseado nos metais preciosos para os mercantilistas e na produção da terra
para os fisiocratas”.

Os mercantilistas basearam o crescimento da economia no acúmulo de metais


preciosos, principalmente o ouro, no qual para isso era necessário unificar o mercado
interno, com uma balança comercial favorável e um protecionismo para o mercado
interno.

Tadoro (1997, p. 737), afirma que:

“Nesse período se destacou o francês Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) que


implantou o colbertismo na frança, uma teoria de acumulação de metais
preciosos na qual consistia no aumento do volume de exportações em relação
ao volume de importações para se obter uma balança comercial positiva,
gerando assim um maior número de metais preciosos para os cofres do governo,
gerando assim um maior crescimento e “desenvolvimento” econômico”.

Nesse mesmo período surge uma teoria de oposição que ganhou o nome de
fisiocracia. Tendo como maior ícone o também economista francês François Quesnay
(1694-1774).

Tadoro (1997), enfatiza que “Para os fisiocratas as bases do crescimento e


consequentemente o desenvolvimento econômico estava baseado na terra, ou seja,
Baseavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de riqueza: uma
semente é capaz de gerar mil, os recursos nela se reproduzem”.

5.2. Teoria Clássica

Segundo Berquero (2002, p. 278), estabelece que “O período clássico é


considerado o primeiro “divisor de águas” no estudo das ciências econômicas. O tratado

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de Adam Smith (1723-1790) “A Riqueza das Nações” demoliu magistralmente muitas
dessas ideias”.

O determinante econômico fundamental do crescimento econômico em Smith é


a taxa de formação de capital. Essa taxa de crescimento é proporcional a taxa de
investimento o que pode tirar a economia do chamado estado estacionário.

Barquero (2002, p. 282), afirma que “O estado estacionário seria então a


situação em que o produto per capita estaciona, ou seja, os salários ficam num nível de
subsistência, os lucros caem ao nível mínimo compatível com a recompensa pelo risco.

Barquero (2002, p. 284), diz que:

“Contrapondo as ideias liberais de Smith, Georg Friedrich List (1789-1846) que


era defensor do intervencionismo propunha um crescimento econômico não
baseado no livre comércio e na mão invisível de Smith, mas sim baseado no
fortalecimento das empresas locais, ou seja, para List não se poderiam
desenvolver a economia se o mercado já estivesse ocupado por empresas de
países estrangeiros economicamente mais avançados”.

Ainda no período clássico surge o pensamento marxista de desenvolvimento


econômico através do economista alemão Karl Marx (1818-1883).

Barquero (2002, p. 286), enfatiza que “Conforme Araújo (1988) Marx embasou
sua teoria de desenvolvimento econômico sobre os conceitos da Lei do Valor Trabalho,
da Mais Valia, das Relações de Produção Básicas, do Desenvolvimento das Forças
Produtivas, da Lei de Acumulação e o Exército de Reserva”.

5.3. Teoria Neoclássica

Segundo Tadoro (1997), estabelece que “Nesse período se destaca dois modelos
de desenvolvimento econômico, pois os maiores esforços dos economistas neoclássicos
se concentravam muito mais nos fatores de equilíbrio de mercado e nas fundamentações
microeconômicas da econômica do que nos aspectos relativos ao crescimento e
desenvolvimento econômico”.

Tadoro (1997), afirma que:

Joseph Alois Schumpeter (1883-1850) pode ser um dos maiores estudiosos


sobre o desenvolvimento econômico na escola do período neoclássico. Para
Schumpeter, o capitalismo desenvolvia-se em razão de sempre estimular o

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surgimento dos empreendedores, isto é, de capitalista ou inventores
extremamente criativos os inventores que eram os responsáveis por todas as
ondas de prosperidade que o sistema conhecia.

5.4. Teoria de Desenvolvimento keynesiano

John Maynard Keynes (1883-1946) pode ser considerado o segundo maior


“divisor de águas na economia”. O próprio Keynes não se importou em formular uma
teoria para o desenvolvimento econômico, haja vista que seus esforços se encontravam
numa solução para a crise capitalista vivida pelos ingleses após 1929.

5.5. Teoria de Rostow

O modelo de Rostow desenvolvimento pelo economista Walt Whil Rostow


(1916-2003), consiste em cinco etapas diferentes e sequenciais, determinantes do estado
do progresso socioeconómico vigente o que determina o processo de evolução
económica, baseado sempre numa metodologia histórica.

Segundo Todaro (1997), afirma que “Rostow aponta para esse


“desenvolvimento” e se concentra no tema do crescimento econômico onde sua grande
preocupação é com a necessidade de dispor de uma ideologia que seja capaz de manter
o domínio econômico, político, ideológico e cultural, do capital sobre o mundo pós-
colonial”.

6. Desenvolvimento econômico de Moçambique

Moçambique ainda se encontra entre os dez países mais pobres do mundo.


Apesar do crescimento económico anual contínuo dos 7 a 8 % durante vários anos, as
condições de vida de uma grande parte da população quase que não mudaram nos
últimos anos.

Tadoro (1997), estabelece que:

“Isto deve-se ao facto do crescimento económico estar maioritariamente


baseado no investimento estrangeiro aos Mega-projectos no sector dos recursos
naturais, que não têm quase nenhum impacto sobre a renda e o emprego. A cada
ano cerca de 300.000 novos trabalhadores se tornam disponíveis, mas apenas
uma pequena parte destes é capaz de encontrar emprego”.

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Estima-se que dois terços da população vivem em áreas rurais e mais de 80%
ganha o seu sustento no sector agrícola. No entanto, o seu acesso aos mercados locais é
muito limitado e eles quase que não têm ligações com os ciclos económicos regionais.

Tadoro (1997), enfatiza que “A fim de impulsionar o crescimento inclusivo para


o benefício de toda população, precisam de ser criadas mais oportunidades de emprego
e de renda, particularmente nas áreas rurais”.

Tadoro (1997), estabelece que “Cerca de 88% da população não tem conta
bancária e nem acesso aos serviços financeiros, ficando impossibilitado de pagar as
contas por transferência bancária, de receber salários por via de bancos, e não podendo
levantar dinheiro ou poupar para a reforma ou épocas difíceis, por exemplo”.

Segundo Tadoro (1997), diz que:

“Ao mesmo tempo, é importante fortalecer o sector financeiro e dar às


empresas, bem como a pessoas singulares acesso aos bancos, ao crédito e a
produtos de poupança. Neste sentido, Alemanha está a ajudar a estabelecer um
ambiente jurídico, político e institucional mais favorável para as pequenas e
médias empresas (PME) em Moçambique. Através de parcerias com empresas
com potencial de crescimento, especialmente no sector agrícola, os pequenos
agricultores são integrados em cadeias de valor”.

Paralelamente, Alemanha está a promover o desenvolvimento do sector


financeiro, tanto para possibilitar as PME o acesso ao financiamento, como para
permitir que as camadas mais pobres da população também possam sentir os benefícios
do crescimento económico.

Segundo Tadoro (1997), enfatiza que “Isto implica, por exemplo, a promoção
das tecnologias modernas e adaptadas, tais como “mobile banking” e de produtos
financeiros adaptados às necessidades dos grupos-alvo, campanhas de sensibilização
sobre o uso responsável do dinheiro, bem como a criação de um fundo de seguro de
depósito que garanta depósitos de poupanças para casos de crises”..

“A partir de 2017 Alemanha expande a sua parceria com empresas do sector


agrícola, no quadro da sua iniciativa global de “Centros de Inovação Verde para a
Agricultura e Industria Alimentar” de modo a contribuir para o desenvolvimento da
agricultura moçambicana” (Tadoro, 1997).

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7. Conclusão

Em. Concernente ao término do trabalho, conclui-se que o crescimento refere-se


a um aumento no produto total na economia. Ele é definido por alguns como sendo um
aumento do PIB real per capita. O crescimento econômico moderno é o período no qual
verifica-se um rápido e sustentado aumento no produto real per capita que inicia, no
mundo ocidental, com a Revolução Industrial.

Desenvolvimento econômico é definido como a melhora do bem-estar geral da


população, indicado pela elevação dos indicadores quantitativos da economia, tais como
o PIB, é também esperado um avanço de indicadores qualitativos a respeito da
qualidade de vida da população. O desenvolvimento econômico é o processo de
sistemática acumulação de capital e de incorporação do progresso técnico ao trabalho e
ao capital que leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e,
em consequência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma determinada
sociedade.

Orçamento Público infere-se da pesquisa, deverá ser elaborado de acordo com o


plano traçado para os exercícios financeiros visando sempre o dispêndio de recursos
com o intuito de melhorar a qualidade de vida da população Portanto é necessário que
se obtenha as prioridades e necessidades do país para que o orçamento Público seja
elaborado, o que norteia este processo é a escolha de uma política fiscal adequada às
necessidades da nação que podem ser diversas, por exemplo, crescimento do económico
do país ou o aumento de empregos.

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8. Referência bibliográfica
1. André, M. V. (2000). Ensaios em Economia da Saúde. São Paulo
2. Araújo , C. (1998). História do Pensamento Econômico. São Paulo
3. Baquero, A. V. (2002). Desenvolvimento endógeno em tempos de
globalização. Porto Alegre
4. Bento, V. (2000). A desornamentação das despesas públicas. Rio de
Janeiro
5. Tadoro. M. (1997). Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro

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