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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais

MACROECONOMIA

Finanças públicas e a Macroeconomia

Licenciatura: Economia e Gestão


Ano: 1º
Período: Diurno
Docente: Gizela Ribeiro

Viana, Maio de 2023


MACROECONOMIA

Finanças públicas e a Macroeconomia

Grupo nº 3

Licenciatura: Economia e Gestão

Este trabalho foi realizado na Universidade Jean Piajet de Angola, no corrente mês
2023
MEMBROS PARTICIPANTES DO GRUPO Nº 3

NOMES DOS ESTUDANTES NÚMERO


DEDICATÓRIA

Dedicamos este projecto às nossas famílias e a Dr. Gizela Ribeiro por

Apoiarem cada passo das nossas vidas, no intento de

Alcançarmos cada um dos nossos objectivos.


AGRADECIMENTO

Por meio do esforço e dedicação, somos o resultado da força, oração e


incentivo de pessoas que fazem parte da nossa história de vida. A todos,
agradeçemos pela realização deste trabalho.

Primeiramente a Deus, por sentir a sua iluminação em cada passo por ter nos
concedido.

A nossa Professor : Dr. Gizela Ribeiro, pela disponibilidade que sempre


manifestou, estímulo e paciência.

À Universidade Jean Piajet de Angola, sua Direcção, seu pessoal Docente e não
Docente, pelo acolhimento e excelência no ensino que auguramos servir com qualidade
e honra a nossa Pátria amada. A todos os que de alguma forma contribuíram para a
realização deste trabalho.

O nosso muito Obrigado.


EPÍGRAFE

“Preço é o que você paga e valor é o


que você recebe. Enquanto não
apredermos que essa diferença existe,
estamos fadados a viver uma vida
onde jogamos diamantes no lixo, para
colocar os restos em cima da mesa.”

TIAGO NIGRO
RESUMO
A este trabalho é uma necessidade imperativa para a obtenção de conhecimentos
inerentes a cadeira, que para o devido efeito tenhamos que ser submetidos a avaliação,
cuja temática escolhida foi Finanças públicas e a Macroeconomia.
Finanças Públicas correspondem ao estudo da aquisição e utilização dos
instrumentos ou meios financeiros destinados à satisfação de necessidades
colectivas.Dentro das finanças públicas encontramos variadas atividades e meios
financeiros do Estado, sabendo que atividade do Estado proposta à satisfação de
necessidades coletivas e concretizada em receitas e em despesas. E os tais meios de
financiamento do Estado são, primeiro: os preços dos próprios bens que o Estado produz,
oferece e vende. Quanto as finanças públicas e privadas, FINANÇAS PÚBLICAS (Os
impostos são a principal forma de financiamento e são determinados pelo Estado),
enquanto que as FINANÇAS PRIVADAS (Os preços são a principal fonte de receita e
dependem do funcionamento de mercado). Visando nos tipos de finanças que são:
FINANÇAS INTERVENCIONISTAS e FINANÇAS FUNCIONAIS, por conseguinte o
DIREITO FINANCEIRO, DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FISCAL. E a
ATIVIDADE FINANCEIRA PROVOCADA POR FALHAS DE MERCADO que são
conteúdos abragentes a finanças públicas. Sobre a Macroeconomia é a determinação do
nivel de preços, isto é, o valor da moeda. Porque um ativo financeiro como o papel moeda,
sem qualquer valor intrínseco, dominado por qualquer outro ativo financeiro que renda
juros, frisando naquilo que está ligado a macroeconomia como: Taxa de crescimento do
produto, Taxa de desemprego, taxa de inflação e os ciclos económicos. sendo assim definimos
com objectivo geral: Compreender as vantagens das finanças públicas e a
Macroeconomia. Com este trabalho, podemos constatar e evidenciar a funcionalidade das
finanças públicas e da macroeconomia.Deste modo também optamos pela pesquisa
bibliográfica tendo assim obtido maior parte do conteúdo em livros.

PALAVRAS-CHAVE: FINANÇAS PÚBLICAS. MACROECONOMIA


ÍNDÍCE

INTRODUÇÃO Páginas

CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS…………………………………………………........…8

1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS FINANÇAS PÚBLICAS…….…………...............9

1.3. FINANÇAS PÚBLICAS

1.3.1 Atividade financeiro do estado………...........................……….……...........…….10

1.3.2 Meios de financiamento do estado …………………….........................................10

1.3.4 Diferença entre Finanças Públicas e Finanças Privadas ………….....................11

1.3.5 Tipos de finanças......................................................................................................12


1.3.6 Direito financeiro, direito tributário e direito fiscal.............................................12

1.3.7 A atividade financeira provocada por falhas de mercado....................................13


INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA..………................……………………........14
1.4 Taxas e o seu Objetivo………………………………………..…………...……........15

1.4.1 Taxa de crescimento do produto e o objetivo da macroeconomia……...............16


1.4.2 Taxa de desemprego ………………………………...................................….........17
1.4.3 Índice de preços ou taxa de inflação .......................................................................17
1.4.4 As abordagens neoclássica e keynesiana ................................................................18
1.4.5 Os ciclos económicos ................................................................................................19
CONCLUSÃO

SUGESTÕES

REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

Quando se fala em finanças públicas, aponta-se para a atividade económica de


um ente público tendente a afetar bens à satisfação de necessidades que lhe são
confiadas. Com vista a satisfazer as necessidades dos indivíduos, o Estado realiza
despesas com a produção de bens e a prestação de serviços. Já as receitas resultam
sobretudo de operações de troca e da cobrança de taxas e impostos aos contribuintes.
As decisões das administracões públicas angolanas assim como os seus bancos
e as empresas públicas, têm o poder de afectar decisivamente os caminhos da economia
nacional. Ao mesmo tempo em que provê serviços públicos, o governo tributa e
redistribui renda, afetando significativamente o bem-estar de milhões de cidadãos
angolanos e o equilibrio de forças entre os grupos que disputam o poder político no país
e em suas regiões. Não é de se surpreender, portanto, que as finanças públicas estejam
no centro dos debates macroeconômicos e políticos nacionais.
A Macroeconomia é a aplicação de teoria ecônomica ao estudo de crescimento,
do ciclo e da determinação do nivel de preços da economia .Ela procura levar em conta
os fatos estilizados observados no mundo real e construir arcabouços teóricos que sejam
capazes de explicá-los. Nestes arcabouços existem, em geral, dois tipos de mecanismos:
impulso e propagação. Os mecanismos de impulso são as causas das mudanças nas
variáveis do modelo. Os mecanismos de propagação, como o próprio nome indica,
transmitem os impulsos, ao longo do tempo, e são responsáveis pela dinâmica do
modelo.
O trabalho sugere analisar o funcionamento das finanças públicas e a Macroeconomia,
como ferramenta de estudo para se conhecerer a sua situação de uma forma parcial.
Conforme os pressupostos mencionados, aqui tendes os componentes que direccionam a
nossa investigação:

Problema

▪ O que difere as finanças públicas da macroeconomia?

II. Hipóteses

H1: As finanças públicas auxiliam o Estado arrecadar recursos ecónomicos, sabendo que
na macroeconomia ela preocupa-se em explicar o que se passa na totalidade da produção de bens
e serviços de um país.

H2: As finanças públicas difere da macroeconomia sabendo que ela visa em determinar o
crescimento de um país, já na macroeconomia ela visa em determinar o comportamento da
economia.

III. Justificativa

O tema aqui abordado foi escolhido tendo em vista


IV. Objectivo de estudo

a) Objectivo geral
• Conhecer o comportamento das finanças públicas e da macroeconomia
b) Objectivos específicos
c) • Fundamentar teoricamente os aspectos principais das finanças públicas
d) • Diferenciar os métodos que permitem compreender a macroeconomia
e) • Demonstrar a funcionalidade das finanças públicas e da maroeconomia na sociedade.
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.

1.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS.

Na elaboração de um trabalho científico os principais termos utilizados no estudo


devem ser definidos de preferência no capítulo de introdução ou de metodologia.
Geralmente essas funções são feitas com base em pesquisas anteriores. Acevedo &
Nohara, (2007 p. 31). Para este trabalho definiu-se os seguintes termos e conceitos:

FINANÇAS PÚBLICAS

- Sentido Orgânico: conjunto de órgãos do Estado que praticam os atos necessários para
gerir os recursos económicos de forma a suprir determinadas necessidades (necessidades
coletivas). Engloba os ministérios, as câmaras municipais, etc.

- Sentido Objetivo: atividade pela qual o Estado afeta os bens de natureza económica para
satisfazer as necessidades de cariz social.

- Sentido Subjetivo: corresponde ao fim da intervenção do Estado de satisfazer


determinadas necessidades que lhe são confiadas.

MACROECONOMIA

- Macroeconomia: é uma das divisões da ciência econômica dedicada ao estudo, medida


e observação de uma economia regional ou nacional como um todo individual.

- Macroeconomia: é o estudo do comportamento agregado de uma economia, no que


concerne principalmente a produção, a geração de renda, ao uso de recursos, ao
comportamento dos preços e ao comércio.
1.2 . EVOLUÇÃO HISTORICA DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Ao decorrer da sua evolução, os progressos da sociedade pós-industrial, na


expressão de Daniel Bell, e da sociedade da comunicação conduziram à falência dos
sistemas colectivistas e dirigistas. Daí o fim do mundo bipolar que caracterizou a segunda
metade do século XX. A crise do Estado - Providor obriga, entretanto, à procura de novas
soluções que permitam reduzir o peso do sector público na economia; complementar os
modos de financiamento assentes na capitalização e na repartição, de modo a garantir a
cobertura dos riscos sociais para todos – apesar da evolução demográfica, do aumento da
esperança de vida, do envelhecimento da população, da redução das taxas de natalidade
e do esgotamento dos recursos naturais; bem como assegurar equilíbrio entre a riqueza
criada, as receitas tributárias conseguidas e as despesas realizadas.

Nascido da necessidade de fazer face às falhas e incapacidades do mercado, o


Estado começou por ter funções muito limitadas. Não referindo a fase em que o
patrimonialismo feudal e os primeiros passos da sociedade urbana tiveram lugar, e
detendo-nos apenas na génese e afirmação do Estado moderno, verificamos que as
revoluções liberais nascidas da evolução histórica no Reino Unido (“Gloriosa
Revolução”, 1688-89), nos Estados Unidos (Declaração da Independência, 1776) e em
França (Revolução francesa, 1789) geraram um Estado liberal, não intervencionista,
essencialmente guardião dos mecanismos espontâneos do mercado e do livre-câmbio. Era
o modelo do Estado polícia que se afirmava como garante da ordem constitucional e do
respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos. A intervenção pública económica era
excepcional e tinha exclusivamente como fim responder às falhas de mercado e ao
provimento de bens colectivos (ou financeiros). O fenómeno financeiro público tem,
assim, de ser visto hoje no contexto das economias mistas, nas quais mercado, regulação,
estabilização e protecção social têm de se complementar.
1.3.1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

Podemos definir atividade financeira a atividade do Estado proposta à satisfação


de necessidades coletivas e concretizada em receitas e em despesas. De salientar que, na
maior parte das vezes, os particulares dispõem dos elementos requeridos para a 3
produção dos bens que satisfazem necessidades de satisfação passiva.

Em princípio, os bens em tais condições tanto podem ser produzidos pelo Estado
como por uma empresa privada, à qual o Estado pague um preço remunerador
(concessões). No entanto, nem sempre é possível esta segunda hipótese.

Vejamos, a título exemplificativo, o exército: concebe-se que a sua organização


seja encomendada a uma entidade privada, que permanentemente mantenha o serviço ao
dispor do Estado e apenas ao dispor deste. Mas como a empresa exigiria um lucro, o
exército é diretamente produzido pelo Estado.

1.3.2. MEIOS DE FINANCIAMENTO DO ESTADO

Os meios de financiamento do Estado são, primeiro: os preços dos próprios bens


que o Estado produz, oferece e vende. Assim:

- o Estado possui geralmente um património de direito privado, do qual resultam


rendimentos líquidos (lucros e juros) que podem ser destinados à cobertura das despesas
com a satisfação de necessidades coletivas;

- o Estado produz bens semipúblicos, e muitas vezes cobra preços pela sua utilização
individual; - o Estado detém participações empresariais.

Todavia, tais recursos são mínimos e há que lançar mão de outros meios de
financiamento.

Desde logo, o Estado tem os empréstimos. Mas convém que o contraimento de


empréstimos deva ser procedido acidentalmente pelo Estado para fazer face a
determinadas despesas. Ora, se o Estado só recorrer ocasionalmente ao crédito, tem de
lançar mão de outro meio financeiro para pagar não só os juros dos empréstimos
contraídos, como o próprio capital desses empréstimos. Ou seja, não esqueçamos que o
défice e os juros de um determinado ano serão dívida no ano seguinte.
Porém, os impostos são o principal e o próprio meio de financiamento do Estado,
visto que nenhuma empresa privada pode utilizá-los. Como o Estado goza do poder de
império, este constrange os cidadãos a contribuir para a satisfação das necessidades
coletivas. Exige-lhes unilateralmente, isto é, sem dar nada especificamente em troca, uma
parcela dos seus rendimentos ou capital. Do exposto resulta que as despesas do Estado
não estão subordinadas às suas receitas: ele pode cobrar receitas na medida das despesas
que se propõe realizar (as despesas determinam as receitas). Portanto, aqui nasce um
ponto de divergência entre as finanças públicas e as finanças privadas, estas últimas
caracterizadas por as receitas determinarem as despesas. Uma qualquer empresa precisa
de reconstituir, através da venda dos produtos e serviços, o valor dos capitais fixos e
circulantes utilizados na produção. Se as despesas não forem inferiores ou, 4 quando
muito, iguais às receitas, a empresa começa a ter perdas, pouco a pouco arruína-se, e
desaparece, finalmente.

Por outro lado, as taxas são prestações bilaterais: os cidadãos recebem algo do
Estado que, como contrapartida, impõe coercivamente um preço a pagar.

1.3.4.DIFERENÇAS ENTRE FINANÇAS PÚBLICAS E FINANÇAS PRIVADAS

FINANÇAS PÚBLICAS (Os impostos são a principal forma de financiamento e são


determinados pelo Estado).

FINANÇAS PRIVADAS (Os preços são a principal fonte de receita e dependem do


funcionamento de mercado).

O Estado propõe-se satisfazer necessidades


As finanças privadas preordenam-se à obtenção de lucros, ao passo que as
finanças públicas preordenam-se à satisfação de necessidades coletivas. Cumpre notar
que nem todas as necessidades de um coletivo dão origem a necessidades coletivas.
A empresa produz bens e, assim sendo, faz despesas. Vende-os depois e, como os
vende, realiza receitas. Simplesmente, a empresa procura produzir os bens de modo que
as despesas sejam mínimas, e procura vendê-los de modo que as receitas sejam máximas;
isto é, procura trabalhar ao mínimo custo e transacionar as mercadorias pelo máximo
preço.
O Estado também produz bens, também faz despesas, também tenta reduzir ao
mínimo as suas despesas. Mas o Estado ou não vende os bens que produz - é o caso dos
bens públicos, que apenas satisfazem necessidades coletivas; ou os vende a um preço que
não é estabelecido com a mira do lucro, e sim com a mira da satisfação de necessidades
individuais julgada conveniente - é o caso dos bens semipúblicos.

1.3.5.TIPOS DE FINANÇAS

FINANÇAS INTERVENCIONISTAS
Isto é, das finanças que pretendem modificar as condições da economia privada.
Daí que o Estado se proponha, além de múltiplas finalidades que não visam a ingerência
no funcionamento da economia privada, as três principais seguintes:
- redistribuição do rendimento e da riqueza a favor dos que têm os rendimentos mais
pequenos;
- estabilidade económica, isto é, estabilidade do emprego e do nível dos preços. -
desenvolvimento económico, ou seja, aumento do rendimento potencial a longo prazo, de
modo que possa aumentar o mais possível o rendimento por habitante, a capitação do
rendimento (rendimento per capita).
São estes os objetivos cujo conseguimento mobiliza todas as espécies de
instrumentos financeiros, daí que hoje se fale frequentemente, em vez de em finanças
intervencionistas.
FINANÇAS FUNCIONAIS
Em finanças funcionais, para traduzir a ideia de que a escolha desses
instrumentos, a escolha das receitas e despesas públicas, deve basear-se na maneira como
cada uma delas funciona, isto é, nos efeitos que exerce sobre a economia nacional.
1.3.6.DIREITO FINANCEIRO, DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FISCAL.

A atividade financeira concretiza-se, como dissemos, em receitas e despesas. O


Estado adquire receitas, transforma-as em despesas, e isso dá origem a um complexo de
relações entre os particulares e os agentes do Estado, e estes entre si. São relações que,
num Estado de direito, e atenta a mais importância dos interesses em jogo, não podem
deixar de encontrar-se submetidas a normas jurídicas. Ora, as normas que regulam a
obtenção, a gestão e o dispêndio de meios financeiros públicos constituem, precisamente,
o direito financeiro.
O direito respeitante à aquisição de receitas contempla sobretudo as receitas
coativas. Do exposto resulta que o conjunto de normas relativas à obtenção daquelas cujo
montante é autoritariamente estabelecido pelo Estado é designado por direito tributário.
Como o direito tributário regula a aquisição de taxas e de impostos, procurou-se
isolar, dentro deste ramo do direito, o conjunto de normas que respeitam à incidência,
lançamento e cobrança dos impostos: eis o direito fiscal.
Finalmente, a atividade financeira do Estado tem de obedecer ao Direito
Orçamental, que determina as regras de elaboração, execução e controlo do Orçamento
do Estado (OE)
1.3.7.A
ATIVIDADE FINANCEIRA PROVOCADA POR FALHAS DE
MERCADO
São várias as falhas na intervenção do Estado ou falhas do Governo:
- excesso de burocracia;
- despesas indevidamente realizadas que não são fiscalizadas ou das quais não resulta a
responsabilização financeira dos seus responsáveis;
- oscilação de ciclos eleitorais (que faz com que, por um lado, os agentes políticos
procurem a todo o custo manter ou conquistar o poder. Por outro lado, assistimos à
coincidência “das medidas financeiras simpáticas com a proximidade dos atos
eleitorais”);
- situações de assimetria informativa quando a informação contida nos preços
(sinalização) atesta as características (qualidades) do bem ou serviço a vender ou a prestar
no mercado. Tomem-se como exemplos:
• a venda de carros em segunda mão (“há carros bons e maus em segunda mão”)
• uma situação de empréstimo: se quem pede um empréstimo desconfie todas as taxas
variáveis a que está sujeito o seu contrato, verá quem empresta beneficiar da sua falha de
informação. Neste caso, os bancos centrais deverão levar a cabo uma regulação no sentido
de suprir esta produção ineficiente de informação.
A teoria da escolha pública representa a contestação de que exista um bem comum
que é prosseguido pelos agentes políticos, sustentando que estes procuram tão só o
desenvolvimento dos seus interesses, motor da decisão política. A este propósito, o
Estado poderá disponibilizar mais informação, criando serviços de certificação de
qualidade ou mesmo assumindo alguns serviços de informação.
- existência de falhas na concorrência ou concorrência imperfeita (por exemplo os
monopólios, que têm como consequência a destruição da concorrência e a fixação de
preços acima do nível normal do preço em concorrência). Perante esta falha, o Estado
pode intervir buscando o restabelecimento de um funcionamento eficiente do mercado
(regulação do mercado). A intervenção pode revestir varias formas: o Estado pode chamar
a si a atividade ou reduzir a renda do monopolista através de uma abaixamento
administrativo dos preços.
Introdução à Macroeconomia
A macroeconomia é o ramo da economia que se preocupa com o desempenho
global de uma economia, ou seja, preocupa-se em explicar o que se passa na totalidade
da produção de bens e serviços de um país, ou grande região.
A macroeconomia inclui ainda a sugestão de medidas de política económica com
impacto sobre o consumo privado, o investimento, os salários, os preços, o emprego, as
taxas de juro, o saldo orçamental, a dívida pública, o stock de moeda, a taxa de câmbio,
o comércio internacional e os movimentos de capitais, entre outras variáveis.
Taxa de crescimento do produto
A taxa de crescimento de uma economia é a taxa à qual o Produto Interno Bruto
(PIB) aumenta.
A macroeconomia tem como objetivo assegurar uma elevada taxa de crescimento
do PIB, de forma a aproximar-se o mais possível da produção máxima da economia. A
produção máxima da economia recebe a designação de rendimento de pleno emprego,
produto potencial ou produto de pleno emprego.
Taxa de desemprego
A par de uma elevada taxa de crescimento do PIB, surge o objetivo de assegurar
um elevado nível de emprego ou, por outras palavras, uma reduzida taxa de desemprego.
Contudo, isto não significa que a taxa de desemprego seja nula, pois mesmo numa
economia que se encontra em pleno emprego haverá sempre pessoas que se encontram
desempregadas voluntariamente, normalmente por procurarem um emprego melhor.
Logo, o objetivo é aproximar a economia o mais possível da taxa natural de desemprego,
ou reduzir o mais possível o desemprego involuntário.
Índice de preços ou taxa de inflação
O terceiro objetivo da macroeconomia é assegurar a estabilidade do índice de
preços, ou por outras palavras, a redução da taxa de inflação.
A taxa de inflação é medida pela taxa de crescimento do Índice de Preços no
Consumidor – IPC.
Elevadas taxas de inflação retiram credibilidade e valor à moeda e geram
desigualdades sociais.

As abordagens neoclássica e keynesiana


Hipóteses da teoria neoclássica
• Aceitação da lei de Say
• Os equilíbrios nos 3 mercados da economia são parciais e totalmente compatíveis
• O equilíbrio é sempre de pleno emprego
• Não há desemprego
• Preconizam a não intervenção governamental
Hipóteses da teoria keynesiana
• Rejeição da lei de Say
• Valorização do consumo: a denominada lei psicológica de Keynes
• Os equilíbrios nos 3 mercados não são automaticamente compatíveis (têm de ser
compatibilizados)
• O equilíbrio não é necessariamente de pleno emprego
• Há desemprego
• Defesa da intervenção governamental

Os ciclos económicos
A teoria neoclássica defende que as economias se encontram sempre em equilíbrio
ao nível de pleno emprego, o que é contrariado pela teoria keynesiana, que defende que
é possível as economias estarem em equilíbrio abaixo desse nível, podendo o equilíbrio
estar mais ou menos próximo do rendimento de pleno emprego. Surge assim a noção de
ciclo económico, com períodos de expansão e de recessão que se vão sucedendo uns aos
outros.
• Período de expansão: período durante o qual o rendimento aumenta, estando este
aumento limitado superiormente pelo rendimento de pleno emprego.
• Período de recessão ou crise: período durante o qual o rendimento diminui, estando
esta diminuição limitada inferiormente pelo rendimento mínimo de subsistência ou
sobrevivência.
Segundo Samuelson e Nordhaus (2005, pp 733) ciclos económicos são:
“Flutuações do produto, do rendimento e do emprego nacionais totais que
perduram habitualmente por um período de 2 a 10 anos, caraterizadas pela sua difusão e
simultânea expansão ou retração em muitos setores da economia.”

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