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SETOR PÚBLICO
2013
Versão 1.0
Governador
Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-governador
João Soares Lyra Neto
Secretário de Administração
Décio José Padilha da Cruz
Apoio Técnico:
Caroline Borges (SAD)
PLANO DE CURSO
1. Nome do curso: ECONOMIA APLICADA AO SETOR PÚBLICO
5. Objetivos:
7. Metodologia:
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1. Conceitos Econômicos Básicos
Seja em nosso cotidiano, seja nos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos com
inúmeras questões econômicas, como:
Aumentos de preços;
Períodos de crise econômica ou de crescimento;
Desemprego;
Setores que crescem mais do que outros;
Diferenças salariais;
Crises no Setor Público;
Vulnerabilidade externa;
Valorização ou desvalorização da taxa de câmbio;
Dívida Pública: Interna e externa;
Ociosidade em alguns setores de atividade;
Diferenças de renda entre as várias regiões do país;
Comportamento das taxas de juros;
Déficit governamental;
Fonte: http://www.ufjf.br/seaufjf/
Elevação de impostos e tarifas públicas.
2. Conceito de Economia
A palavra economia deriva do grego oikonomía (de óikos, casa; nómos, lei), que
significa a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim definida:
Os economistas estudam a forma com que os indivíduos, os diferentes coletivos, as
empresas de negócios e os governos alcançam seus objetivos no campo econômico.
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
(escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de
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modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as
necessidades humanas. Estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e
consumo de bens e serviços. Bem como as variações e combinações na alocação dos
fatores de produção (terra, capital, trabalho, tecnologia), na distribuição de renda, na oferta
e procura e nos preços das mercadorias. Estuda também como as pessoas e a sociedade
decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para
produzir os mais variados tipos de bens.
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do
estudo da Ciência Econômica:
Escolha;
Escassez;
Necessidades;
Recursos;
Produção;
Fonte: http://haiti-asduasfaces.no.comunidades.net/index.php?pagina=1165543626
Distribuição.
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3. Problemas Econômicos Fundamentais
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a. Microeconomia ou teoria de formação de preços: Examina a formação de
preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas
interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para satisfazer a
ambos simultaneamente. Estuda o comportamento de cada “molécula econômica”
do sistema, por meio de preços e quantidades relativas, ou seja, estuda o
comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e pelas
famílias; as empresas, suas produções e custos; a produção e o preço de diversos
bens, serviços e fatores produtivos. Para exemplificar, pode-se citar a análise do
funcionamento de empresas.
b. Macroeconomia: Estuda/ analisa a determinação e o comportamento dos
grandes agregados nacionais, como o produto interno bruto (PIB), investimento
agregado, a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque
é basicamente de curto prazo (ou conjuntural), e busca explicar como a economia
opera sem a necessidade de compreender o comportamento de cada indivíduo ou
empresa que dela participam. Preocupa-se com o comportamento da economia
como um todo, por meio de preços e quantidades absolutos. Faz parte dela os
movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. Têm como objeto de
estudo as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o
nível de emprego e dos preços, o consumo, a poupança e o investimento totais.
c. Economia internacional: Analisa as relações econômicas entre residentes e
não-residentes do país, as quais envolvem transações com bens e serviços e
transações financeiras.
d. Desenvolvimento econômico: Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida
da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas
centrado em questões estruturais e de longo prazo (como progresso tecnológico,
estratégias de crescimento).
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grande despertar para o crescimento de povos subdesenvolvidos (foi motivado
principalmente pela facilitação das economias internacionais e também pela busca
do bem-estar);
1946: invenção do Eniac (Pensilvânia University) – equipamento pesando 30
tons, com a capacidade de fazer cálculos balísticos complexos.
Década de 50 e 60: busca pelo crescimento econômico por países
subdesenvolvidos:
o Desenvolvimento econômico = condição de bem estar (apesar de muitas
vezes o bem-estar não estar relacionado ao progresso)
o Globalização em fase acelerada no começo da década de 50.
o As nações pobres sofriam com a explosão demográfica, desequilíbrio
ecológico, exploração desequilibrada e consumo destrutivo.
1969: criação da primeira infra-estrutura global de comunicações e os respectivos
protocolos (ARPANET – o precursor da Internet).
1985: instauração da Perestroika (que significa reconstrução, reestruturação) foi,
em conjunto com a Glasnost, uma das políticas introduzidas na União Soviética por
Mikhail Gorbachev, em 1985. Ganhou a conotação de “reestruturação econômica”.
(Gorbachev sentiu que a economia da União Soviética estava decaindo, e percebeu
que o sistema socialista, apesar de não ter de ser substituído, certamente
necessitava de uma reforma - uma das idéias principais era a de reduzir a
quantidade de dinheiro gasta na defesa nacional).
Fim de 1989: queda do Muro de Berlim e reunificação das Alemanhas Oriental e
Ocidental.
1990: operadores privados começaram a criar as suas próprias infra-estruturas, e
as restrições à comercialização da Internet foram totalmente abolidas, aparecendo a
World Wide Web, o desenvolvimento dos browsers, a diminuição de custos de
acesso, o aumento de conteúdos, entre outros fatores, fizeram com que a Internet
tivesse um crescimento exponencial.
Fim de 1991: decretado o fim da URSS.
1992: estabelecido o Tratado da União Européia (normalmente conhecido como
Tratado de Maastricht), ou mercado único europeu (que nada mais é do que uma
união aduaneira), com uma moeda única (o euro, adotado por 13 dos 27 estados
membros) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns.
Fim do século XX: surgimento da questão crucial sobre a aceleração do
crescimento econômico das economias periféricas. Globalização acelerada
principalmente depois do tremendo avanço tecnológico das telecomunicações, dos
computadores em rede e da Internet.
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6. Fluxo Circular da Renda
Vamos supor um sistema econômico, onde a economia de mercado não sofra a
interferência do governo e não tenha relações comerciais com o exterior (um tipo de
Economia Fechada). Nessa economia fechada, as unidades de consumo (famílias), são
proprietárias dos fatores de produção, e os fornecem às unidades produtoras (empresas),
no Mercado de Fatores de Produção. As empresas combinam esses fatores de produção
e produzem bens e serviços, fornecendo-os para as famílias no Mercado de Bens e
Serviços.
Demanda Oferta
Famílias
Fluxo Real da Empresas
Oferta
Economia Demanda
Famílias
Fluxo Monetário Empresas
da Economia
Remuneração dos fatores de produção
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7. Curva de Possibilidade de Produção (CPP)
Também chamada de curva de transformação e de curva de possibilidades de
produção (CPP), expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, dada a
escassez dos recursos. Essas curvas mostram as trocas compensatórias que as pessoas
enfrentam na sociedade em virtude da escassez.
No exemplo da curva a seguir, considerando que, hipoteticamente, a sociedade
produz dois bens, cadeiras ou bancos, como fonte de escassez o tempo de produção
(quanto mais tempo gasta para fazer cadeiras, menos tempo tem p/ fazer bancos), teremos
a capacidade máxima de produção expressa e podemos afirmar que:
No ponto A, B, C, D e E na CPP, a sociedade estará numa produção em pleno
emprego do recurso produtivo, ou seja, qualquer ponto em cima da curva
significa que a economia irá operar a plena capacidade (ou ponto de eficiência,
ou pleno emprego), usando todos os fatores de produção (FP) disponíveis.
No ponto Y, a economia está operando com capacidade ociosa ou desemprego
(FP subutilizados ou ponto de ineficiência).
O ponto Z ultrapassa a capacidade de produção possível, pois a economia
dispõe de recursos insuficientes para obter essa quantidade de bens (pontos
inatingíveis).
O formato côncavo da CPP mostra que acréscimos iguais na produção envolvem
decréscimos proporcionais ou maiores.
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A próxima figura mostra um crescimento econômico, com um deslocamento da
CPP. Isto indica que o país está crescendo, onde ocorre um aumento real dos
FP (insumos), em virtude de progresso tecnológico/ inovações, aumento da
eficiência produtiva, investimentos de capital, melhoria na qualificação da mão-
de-obra, etc.
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8. Fatores de Produção e os Bens e Serviços
Um bem representa qualquer coisa que tenha utilidade, podendo satisfazer uma
necessidade ou suprir uma carência. Os BENS apresentam utilidade para a satisfação das
necessidades, podendo ser escassos ou abundantes.
Tipos de bens:
a) Bens Livres: São bens abundantes na natureza, e não possuem preço,
satisfazem as necessidades e suprem as carências sem custo algum (ex.: o ar e luz
do sol).
b) Bens Econômicos: São os bens escassos, e em decorrência disso, possuem
preço.
c) Bens complementares: precisam de uma combinação com outro bem para
satisfazer uma necessidade. (café com açúcar, automóvel com gasolina, etc)
d) Bens Substitutos: são aqueles bens cujas quantidades demandadas respectivas
alteram-se em sentido contrario, dada uma variação do preço de um deles. P.ex., o
aumento do preço do café reduz sua quantidade demandada e aumenta a
quantidade demandada do chá.
e) Bens inferiores: um bem é inferior quando existe uma relação inversa entre a
quantidade procurada do bem e a renda do consumidor (ou a renda média de
grupos de consumidores, em estudos de mercado).
f) Bens Duráveis: categoria de bens que tem utilidade durante um período de
tempo. Abrange os bens de consumo duráveis e os de capital.
• Bens de capital e/ou produção: servem para a produção de outros bens,
especialmente os bens de consumo, tais como máquinas, equipamentos, material
de transporte e instalações de uma indústria.
• Bens de consumo duráveis: são bens que prestam serviço durante um
período de tempo relativamente longo (Ex.: máquina de lavar roupa ou
automóvel).
• Bens de consumo não-duráveis: são bens que são usados somente uma vez
(ex.: alimentos)
g) Bens Intermediários: São bens manufaturados ou matérias-primas processadas
que são empregados para a produção de outros bens finais (ex.: lingote de aço que
será usado para fazer uma peça de um automóvel).
h) Bens públicos: são os bens ou serviços passíveis de serem usados por todos,
não importando quem paga por seu consumo ou utilização (justiça, saúde,
educação, segurança publica, rodovias, etc.).
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Os recursos de produção da economia, compostos pelos recursos humanos
(trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia, são chamados de Fatores
de produção (FP). Cada FP tem uma remuneração específica:
9. Microeconomia
Também chamada de “Teoria dos Preços”, é responsável pela análise da
formação de preços no mercado, ou melhor, como a empresa e o consumidor interagem e
decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados
específicos.
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d) Estruturas do mercado de B&S:
Concorrência perfeita (estrutura em que ocorre a incapacidade de influenciar preços
do mercado, pois existe livre movimentação dos ofertantes e é indiferente para o
comprador comprar de um ou de outro ofertante);
Concorrência imperfeita ou monopolista (situação em que duas ou mais empresas
possuírem controle sobre os preços, sem ficar sujeito a concorrência de substitutos
perfeitos um do outro, e os ofertantes podem influenciar a demanda e os preços);
Monopólio (situação em que uma empresa domina a oferta de determinado bem ou
serviço, que não tem substituto);
Oligopólio (concentração da propriedade em poucas empresas de grande porte, e
estas detêm o controle da maior parcela ofertada no mercado).
e) Estruturas do mercado de FP:
Concorrência perfeita
Concorrência imperfeita
Monopsônio (estrutura de mercado em que existe apenas uma empresa
compradora de determinada matéria-prima ou produto primário)
Oligopsônio (poucas empresas de grande porte, são as compradoras de
determinada matéria-prima ou produto primário)
f) Teoria do Equilíbrio Geral:
Leva em conta as inter-relações entre todos os mercados (usa de muita abstração,
envolvendo cálculos complexos e diversos modelos matemáticos).
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dos preços dos bens precisa da TVU, pois somente os custos de produção (TVT) não
bastam para explicar o comportamento, necessitando também dos gostos, hábitos, renda e
etc.
Demanda de Mercado
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo B&S que os
consumidores desejam adquirir em um determinado período de tempo. A procura depende
de variáveis que influenciam a escolha do consumidor (o preço do bem ou serviço, o preço
de outros bens, a renda e o gosto do consumidor). Usamos o CP para analisar cada uma
dessas variáveis.
Lei da Demanda
Possui relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço
do bem (CP), e é representada por uma escala de procura ou curva da demanda, ou seja,
a quantidade procurada de um produto varia inversamente proporcional com relação ao
seu preço (CP- renda constante).
Escala de procura
Preço Quantidade
demandada
1,00 11.000
3,00 9.000
6,00 6.000
8,00 4.000
10,00 2.000
Curva de Procura
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Na figura ao lado, a demanda
está indicada pela reta indicada pela
letra D; a quantidade procurada
relacionada ao preço Po é Qo. Caso o
preço do bem aumentasse para P1,
haveria uma diminuição na quantidade
demandada, não na demanda. Ou
seja, as alterações da quantidade
demandada ocorrem ao longo da
própria curva de demanda (reta D).
As outras variáveis que afetam a procura de um bem ou serviço são: bens inferiores
(se o consumidor ficar mais rico, irá diminuir a demanda por carne de segunda,
substituindo-a por carne de primeira), bem de consumo saciado (a demanda não é afetada
pela renda, como por exemplo, o arroz e feijão, farinha e sal), preço de outros bens (bens
substitutos ou concorrentes – p.ex. aumenta o preço da carne, aumenta a procura por
peixe ou frango), e os bens complementares (p.ex.:quantidade de automóveis e o preço da
gasolina ou do seguro).
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Oferta de Mercado
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam
oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a
demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, do preço
(custo) dos fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários ofertantes.
Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta
entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral da
oferta.
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-
se ao fato de que, coeteris paribus, um aumento do preço de mercado estimula as
empresas a elevar a produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade
ofertada do produto.
Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores
de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), por alterações tecnológicas e pelo
aumento do número de empresas no mercado.
Escala de oferta
Preço Quantidade
ofertada
1,00 1.000
3,00 3.000
6,00 6.000
8,00 8.000
10,00 10.000
Curva de oferta
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Deslocamento na curva de oferta
Parece claro que a relação entre a oferta e o custo dos fatores de produção seja
inversamente proporcional. Por exemplo, um aumento dos salários ou do custo das
matérias-primas deve provocar (coeteris paribus), uma retração da oferta do produto.
A relação entre a oferta e nível de conhecimento tecnológico é diretamente
proporcional, dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias da produtividade no
uso dos fatores de produção, e, portanto aumento da oferta. Da mesma forma, há uma
relação direta entre a oferta de um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do
produto no setor.
Como no caso da demanda, também devemos distinguir entre a oferta e a
quantidade ofertada de um bem. A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a
quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico da curva de oferta. Assim, um
aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, coeteris paribus
(movimento ao longo da curva - diagrama A), enquanto uma alteração nas outras variáveis
(como nos custos de produção ou no nível tecnológico) desloca a oferta (isto é, a curva de
oferta).
Por exemplo, um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na
oferta: mantido o mesmo preço P0 (isto é, coeteris paribus), as empresas são obrigadas a
diminuir a produção (diagrama B).
Por outro lado, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnológica
na utilização dos mesmos, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado,
conduz a um aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se,
desse modo, a curva de oferta para a direita (diagrama C).
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Equilíbrio de Mercado:
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade
de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. Ou seja, quando ocorre o
cruzamento entre as curvas de oferta e demanda, o preço de equilíbrio de mercado é
estabelecido. Observe a tabela abaixo e compare com o gráfico da próxima página:
Preço Qo Qd Situação
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Analogamente, se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio
E (o ponto B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo
de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os
produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio.
Como se observa, quando há competição tanto de consumidores como de
ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de
equilíbrio estacionário - sem filas e sem estoques não desejados pelas empresas.
Desse modo, se não há obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou seja,
se o sistema é de concorrência pura ou perfeita, será observada essa tendência natural de
o preço e a quantidade atingirem determinado nível desejado tanto pelos consumidores
como pelos ofertantes. Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem
do governo nem de forças oligopólicas, que normalmente impedem quedas de preços dos
bens e serviços.
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Estrutura de Mercado
Mercado é o local onde produtores e consumidores se encontram para realizar a
compra e venda das mercadorias. O mercado existe desde os primórdios da humanidade.
Os mercados evoluem de acordo com o desenvolvimento da sociedade, mas mantêm as
mesmas características comuns: é o local onde se realizam as transações entre
compradores e vendedores. A regulação é feita pela lei da oferta e da procura. Quando há
mais produtos que as necessidades da população, os preços tendem a baixar. Quando há
menos produtos que a procura, os preços tendem a subir.
O mercado regula os interesses de produtores e consumidores: os produtores
querem ganhar o máximo possível; enquanto os consumidores querem pagar o mínimo
possível. O resultado desse processo são os preços de equilíbrio, ou seja, é o patamar no
qual, consumidores e produtores realizam seus interesses sem que nenhum seja
prejudicado. Crescem quando há desenvolvimento econômico, crescimento da economia.
Entram em retração quando há desaceleração do desenvolvimento econômico. Os preços
no mercado são a expressão monetária do valor de mercadorias e refletem os custos de
produção e o lucro dos empresários.
Os mercados caracterizam-se pela seguinte estrutura: concorrência perfeita;
monopólio e oligopólio. Cada uma delas é marcada pelas seguintes características:
Concorrência perfeita
O número de agentes compradores e vendedores é de tal ordem que nenhum
deles, individualmente, possui condições para influir decisivamente no mercado;
Os produtos são homogêneos podendo ser fabricados por qualquer dos
produtores;
Os produtores e consumidores têm mobilidade e não há acordo de preço entre os
que participam do mercado;
O preço é definido de maneira impessoal, ninguém individualmente o estabelece;
Deve haver transparência no mercado. Não há informações privilegiadas para
qualquer agente econômico.
Monopólio
Quando há no mercado apenas um vendedor, que domina inteiramente o
mercado;
O produto da empresa monopolista não tem substituto próximo. Não há
alternativas para os consumidores;
A entrada de concorrentes no mercado é praticamente impossível.
Tem poder total sobre a formação dos preços;
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Os monopólios não têm transparências. Suas operações e transações são uma
espécie de caixa preta.
Oligopólios
É a forma moderna da grande empresa. Tem as seguintes características:
É formado por um pequeno grupo de grandes empresas que dominam um ou
vários ramos de produção e dividem entre si o mercado.
Há grandes obstáculos para a entrada de concorrentes
Quando há acordo de preços entre os oligopólios, a concorrência é residual.
O governo intervém na formação dos preços do mercado por meio dos impostos,
subsídios, critérios de reajuste salarial, política de preços mínimos, tabelamentos e
congelamentos. Com relação aos impostos estes podem ser divididos em duas classes
fundamentais:
Impostos diretos: são impostos que incidem sobre a renda. Ex.: Imposto de
renda.
Impostos indiretos: são impostos que incluem sobre o consumo ou sobre as
vendas. Ex.: IPI, ICMS, etc. Entre os impostos indiretos destacam-se dois tipos:
o Imposto específico: recai sobre cada unidade de mercadoria vendida, ou
seja, o valor é fixo independentemente do valor da mercadoria.
o Imposto Ad Valorem: é fixado por meio de um percentual (alíquota)
aplicado sobre o valor das vendas.
Os impostos representam aumentos nos custos de produção. Quanto mais
impostos, maior será o repasse para os preços.
A Incidência Tributária é a proporção do imposto pago por produtores e
consumidores. Num mercado oligopolizado, os empresários têm condições de repassar
para os preços o conjunto dos impostos. Os impostos são arrecadados nas três esferas
governamentais: Federal (a maior parte), Estadual e Municipal.
O Subsídio é um ato do governo visando incentivar determinadas regiões, subsidiar
certos setores empresariais e o consumo da população.
Subsídios diretos: quando o governo interfere diretamente no mercado,
subsidiando determinado produto ou incentivando as exportações. Ex.:
subsídios ao trigo, - gasolina por ocasião dos choques do petróleo, etc.;
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Subsídios indiretos: quando o governo atua por meio da população,
isentando de tributos certas atividades ou determinados produtos, algumas
regiões ou setores industriais em processo de maturação.
A Política de Preços Mínimos tem como objetivo garantir preços aos produtores
agrícolas, visando protegê-los das flutuações do mercado. A política de preços mínimos é
anunciada antes do plantio, de forma que os produtores possam ter garantia mínima de
que não terão prejuízos com a safra. Na época da venda dos produtos, se os preços do
mercado estiverem mais altos que os estabelecidos pelo governo, o produto é vendido no
mercado. Se os preços do mercado estiverem mais baixos que os do governo, a produção
é vendida para o Estado.
O Tabelamento é um ato do governo visando corrigir os desvios do mercado,
especialmente nas economias denominadas pelos oligopólios.
Os Critérios de reajuste salarial é a intervenção do governo na fixação do preço
da mão-de-obra tem o objetivo de buscar harmonizar os interesses de trabalhadores e
empresários, de forma a garantir a estabilidade social. Caso os salários fossem fixados
pelo mercado, especialmente o salário mínimo, os trabalhadores teriam poder de barganha
nas épocas de crescimento econômico e nenhum poder nos períodos de recessão.
Portanto, a ação do governo busca regular o mercado de trabalho.
Os Congelamentos de preços são medidas drásticas, que só acontecem em
períodos especiais, principalmente nas épocas de inflação, etc. O congelamento é uma
medida unilateral, que paralisa a remarcação de preços. Como os preços não aumentam
de maneira uniforme, no momento do congelamento alguns preços podem estar alinhados
para cima e outros para baixo. Caso não haja um ajuste poderá ocorrer desabastecimento
nos setores alinhados para baixo
11. Macroeconomia
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A abordagem macroeconômica tem a vantagem de permitir uma melhor
compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um importante
instrumento para a política e programação econômica.
Objetivos da Política Econômica:
Alto nível do emprego
Estabilidade dos preços
Distribuição justa da renda
Crescimento econômico
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Os objetivos da política econômica não são independentes um do outro. Há uma
inter-relação entre eles. É importante que a política econômica seja realidade de maneira
coordenada para que se obtenham os objetivos desejados.
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A Política cambial e comercial são políticas voltadas para o setor externo da
economia. Política cambial refere-se à capacidade do governo de definir a taxa de
cambio, através do banco central. A taxa de cambio pode ser definida pelo mercado se
assim o governo definir.
A Política comercial tem como instrumentos os incentivos a exportação, de
estimulo ou desestimulo as importações, através de instrumentos fiscais e creditivos alem
das barreiras tarifarias
A Política de rendas está ligada à capacidade do governo de atuar na formação e
apropriação da riqueza, mediante a fixação dos salários e o controle dos preços. No Brasil
não existe uma estratégia para a política de rendas, no sentido de sua distribuição mais
justa. As políticas governamentais nessa área atendem muito mais os interesses do capital
do que do trabalho.
MACROECONOMIA KEYNESIANA
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O Lado Monetário
O uso da moeda é tão generalizado que fica difícil imaginar o sistema econômico
funcionando sem a intervenção da moeda. No entanto, há milhares de anos, seres
humanos trocavam suas mercadorias sem a necessidade do dinheiro. Era a troca direta.
Com o desenvolvimento das forças produtivas criou-se o excedente entre os diversos
produtores, o que possibilitou o desenvolvimento das trocas e, posteriormente, a
introdução do dinheiro como intermediário. O dinheiro possuiu várias formas até chegar ao
formato atual. Nos primórdios da troca foi a concha, peles, sal e depois apareceu o
dinheiro metálico e o dinheiro de papel.
A moeda assume as seguintes funções: Intermediária das trocas; medida de valor;
reserva de valor e instrumento de poder.
Intermediário de trocas: nesta função o dinheiro funciona como intermediador
e facilitador da circulação das mercadorias. Deduz o tempo das transações
comerciais, generaliza a capacidade aquisitiva e possibilita ao possuidor escolher o
momento da compra.
Medida de valor: os bens e serviços trocados passam a ter, como denominador
comum, seus valores expressos em unidades monetárias. Isso proporciona as
seguintes vantagens:
o Cria um sistema de preços, tornando possível a atuação mais racional de
produtores e consumidores.
o Torna possível a contabilização da atividade econômica e a administração da
produção.
Reserva de valor: a moeda possibilita poder de compra com grande rapidez e
tem imediata aceitação por todos os agentes econômicos, em função da liquidez.
Instrumento de poder: a acumulação da moeda no sistema capitalista funciona
como instrumento de poder político, econômico e social.
A Política monetária
Caracteriza-se pelo controle da oferta de moeda e das taxas de juros, visando
atingir os objetivos da política do governo, por meio das autoridades monetárias.
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Empréstimos de liquidez: essas operações funcionam como um instrumento da
política monetária, que consiste na assistência financeira aos bancos comerciais.
Existe ainda o interbancário, pelo qual os próprios bancos comerciais líquidos
emprestam aos não líquidos.
Nas operações compulsórias o Banco Central funciona como o Banco dos Bancos.
E o mercado aberto consiste na compra e venda de títulos governamentais. Essas
operações permitam ao governo:
Controle diário do volume de formação em circulação
Intervenção no processo de formação das taxas de juros
Criação de liquidez para o Governo
O controle e seleção do crédito é o instrumento pelo qual o governo intervém para
reduzir o volume de créditos na economia, controlar as taxas de juros e limitar as
condições gerais de empréstimos.
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Economia do Setor Público
Qual o poder de interferência do Estado?
A intervenção ativa do Estado na economia não é prerrogativa de exclusividade do
governo brasileiro, haja vista que quase que na totalidade dos países a ação dos governos
nas atividades econômicas e sociais é marcante, verificando-se inclusive elevada
semelhança nos processos de intervenção dos governos na maioria dos países capitalistas
de economia mista, ou seja, aqueles no qual o setor privado não é capaz de,
singularmente, desenvolver as atividades dos setores primários, secundário e terciário,
além de satisfazer as necessidades de natureza coletiva, isto é, necessitam da intervenção
do Estado para a satisfação do bem comum, especialmente aquelas ações ligadas à
saúde, educação, transportes etc.
As atividades ligadas aos transportes, à siderurgia, além de outros, têm sido a base
de atuação dos governos na área produtiva, especialmente em decorrência da relação
entre os riscos, incertezas e o volume de investimentos necessários aos setores.
Ao discorrer sobre o poder de interferência do Estado, Pereira (2003. p, 32), define:
Sabemos que o Estado dispõe de recursos e instrumentos muito poderosos, como,
por exemplo, o poder de coerção legal, isto é, o direito de intervir legalmente, para atuar
como indutor, ou seja, instigador e/ou estimulador, das atividades econômicas. Verifica-se
que o Estado interfere, de forma seletiva, com seu poder de proibir ou compelir, subsidiar
ou tributar, em significativo número de atividades econômicas. O Estado pode determinar o
deslocamento físico de recursos e as decisões econômicas das famílias e empresas, sem
seu consentimento. Esses poderes criam condições para que um setor utilize o Estado
para elevar sua rentabilidade. O Estado, portanto, deve incentivar e auxiliar a participação
da atividade privada na economia, tendo, porém, a obrigação de nela intervir quando os
interesses e os investimentos daquele setor não forem capazes de manter o devido
equilíbrio e/ou possam resultar em desajuste da economia do país.
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O setor financeiro do Estado, inicialmente com o Banco do Brasil, e posteriormente
com os Bancos Estaduais, atuavam única e exclusivamente com o objetivo de
ajudar o setor agrícola, que era a atividade econômica básica do país;
A intervenção mais direta do governo no comércio exterior ocorreu por pressão dos
Estados produtores de café (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) que, a fim
de minimizar a crise do setor cafeeiro, assinaram o Convênio de Taubaté que
estabelecia políticas de controle de produção e de preços mínimos;
Finalmente, a necessidade de se criar condições favoráveis à exportação fez com
que o governo procurasse implantar e expandir os meios de transportes. Como a
maioria das ferrovias não era lucrativa, começou a haver um desinteresse grande do
setor privado nessa área (que era predominantemente estrangeira). Com isso inícia
no país o processo de nacionalização/estatização.
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Em relação ao assunto, Pereira (2003, p. 38), assim destaca: “o objeto precípuo das
finanças públicas é o estudo da atividade fiscal, ou seja, aquela que é desempenhada
pelos poderes públicos com o propósito de obter e aplicar recursos para o custeio dos
serviços públicos.”
Pereira (2003, p. 38) acrescenta que a política fiscal orienta-se em duas direções,
a saber: Política tributária: que se materializa na captação de recursos, para atendimento
das funções da administração pública, por meio de suas distintas esferas (União, Estados,
Distrito Federal e municípios).
Política orçamentária, no que se refere especificamente aos gastos, ou seja, os atos
e medidas relacionadas com a forma da aplicação dos recursos, levando em consideração
a dimensão e a natureza das atribuições do poder público, bem como a capacidade e a
disposição para seu financiamento pela população.
É possível, assim, estabelecer que a atividade fiscal do Estado, configura-se pelas
atividades de natureza tributária e orçamentária, pelas quais o Estado promove a captação
de recursos, planeja, orienta e controla a aplicação deles de forma a garantir o
funcionamento dos serviços públicos, indispensáveis ao atendimento das necessidades
coletivas.
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Pode-se assim dizer que o indivíduo, de forma isolada ou em grupo, não tornará
possível o desenvolvimento de ações voltadas à defesa da nação contra agressões
externas, promover a ordem interna, como instrumento de sua segurança e liberdade, a
elevação moral e material de todas as pessoas, o bem estar, a prosperidade e a igualdade
de oportunidades.
Entretanto, para cumprir sua finalidade, desenvolvendo essas atividades políticas,
sociais, econômicas, administrativas, entre outras, o Estado necessita dispor dos meios
materiais para viabilizar a execução dos serviços de interesse geral que lhe são atribuídos.
A viabilização dos meios materiais dá-se por meio do desenvolvimento de atividade de
natureza patrimonial, ou seja, a chamada atividade financeira do Estado que tem por
objetivo atender às necessidades públicas.
Segundo Pereira (2003, p. 41), a atividade financeira do Estado consiste: “em obter,
criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades cuja satisfação está sob
sua responsabilidade ou transferida a outras pessoas jurídicas de direito público.”
Observando-se a definição da atividade financeira do Estado, destacada pelo autor,
pode-se claramente visualizar que essa atividade não se limita à mera arrecadação dos
meios necessários à prestação dos serviços públicos. Tal atividade desenvolve-se, sim, em
quatros funções específicas e afins, a saber:
A obtenção dos meios dá-se pela arrecadação das receitas públicas;
O criar origina-se dos créditos públicos;
O gerenciamento é promovido pelo orçamento; e
O dispêndio, por sua vez, ocorre por meio das despesas públicas.
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obrigação no passivo. Neste caso não haverá um aumento efetivo do Patrimônio. As
receitas públicas podem ainda ser classificadas em Receitas Originárias e Derivadas.
Receita Originária - Têm-se as receitas provenientes dos bens e das empresas
comerciais ou industriais do Estado, isto é, decorrem de atividade explorada pelo Estado
em semelhança à atividade particular.
Receitas Derivadas - Enquadram-se aquelas decorrentes do poder de coerção que o
Estado possui e, por meio dele promove a arrecadação do setor privado, incluindo-se os
impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições para fiscais e as penas
pecuniárias que encampam as multas e confiscos. Exemplificando, podemos citar o
Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
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O que é Crédito Público?
Um dos meio que o Estado poderá obter uma receita pública, configura-se pelo
Crédito Público, isto é, pelas chamadas operações de créditos (empréstimos e
financiamentos). Deodato (1977, p. 231) afirma que “é o crédito público que dá ao Estado o
poder ou a faculdade de dispor de capital alheio, isto é, do empréstimo, mediante
promessa de reembolso”.
De acordo com o autor acima, pode-se estabelecer que por meio do Crédito Público
surgem as receitas de caráter temporário, consubstanciadas pela necessidade de
reembolso, fazendo com que se configure no serviço da dívida pública do Estado, os
empréstimos internos e externos.
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A Segunda razão está ligada ao crescimento das necessidades relacionadas à
promoção de bem-estar social (educação e saúde), cuja demanda deveria crescer
com o crescimento econômico do país.
A terceira razão é em decorrência do desenvolvimento de condições para a
criação dos monopólios, motivada por modificações tecnológicas e da crescente
necessidade de elevados investimentos para alguns setores industriais, cujos efeitos
teriam que ser reduzidos pela maior intervenção direta ou indireta do governo no
processo produtivo.
Discorrendo acerca do papel dos gastos públicos e a geração de poupança, Pereira
(2003, p. 92-93) destacou a diferença relativa entre a proposição de Kenyes e seus
antepassados que tinham na poupança o principal elemento da expansão econômica,
estabelecendo que Kenyes, assim enfatizou: a diferença entre poupança e investimento
definindo que, sempre que as poupanças desejadas superassem os investimentos
planejados, haveria uma insuficiência de demanda agregada e surgiria a recessão. Assim,
o investimento seria a variável importante e a poupança, por sua vez, simplesmente se
ajustaria, através da renda, ao nível de investimento.
O postulado do pensador, citado por Pereira (2003), parece-nos muito claro ao
definir que, nos momentos de insuficiência de demanda, decorrente, evidentemente, do
elevado nível da poupança, o governo sentiria a real necessidade de sua influência,
assumindo um papel ativo no sentido de complementar os gastos privados, fosse
reduzindo impostos ou realizando investimentos, incluindo a oferta e concessões ao setor
privado para exploração de atividades que oferecessem reflexos diretos na economia.
Exemplificando, podem os citar que em períodos inflacionários, nos quais há uma suposta
valorização da moeda, os níveis de poupança tendem a subir, o governo, por sua vez,
necessitará intervir gerando estímulo ao setor produtivo, seja reduzindo imposto,
concedendo incentivos ou, até mesmo, promovendo a expansão de seus serviços.
Pode-se assim dizer que o uso consciente dos meios fiscais do governo –
tributação, gastos e dívida pública, deve ter como objetivo principal neutralizar as
tendências cíclicas da economia, traduzidas em inflação e recessão, necessitando o
governo de criar condições indispensáveis ao pleno emprego.
É, portanto, natural que o crescimento da despesa pública evolua à medida que
cresce a demanda do setor público e o aumento das necessidades coletivas da sociedade,
mas é preciso ter a visão do contexto econômico e assimilar que as despesas ou gastos do
setor público podem exercer influência direta na regulação da economia do país.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 16ª ed. Rio de Janeiro:
Forense. 2003.
DEODATO, Alberto. Manual de Ciência das Finanças. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 1977
PEREIRA, José Matias. Finanças Públicas. A Política Orçamentária no Brasil. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
RIANI. Flávio. Economia do Setor Público: uma abordagem introdutória. 4ª ed. São
Paulo. Atlas, 2002
ROSSETI, José Paschoal. Introdução à economia. 20.ed. São Paulo: Atlas, 2003
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia: micro e macro. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2007.
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APÊNDICE - ECONOMIA E A CONTABILIDADE NACIONAL
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