Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PARTE I
Introdução e Enquadramento – o que é a
Macroeconomia
1
Parte I. Introdução e Enquadramento - O que é a
Macroeconomia?
1.1 Objeto de estudo
macroeconomia)
3
Objeto de Estudo
EXEMPLOS?
6
Porque há países que vivem
O que determina a taxa fenómenos hiperinflacionistas, em
de inflação, isto é, o que que o nível de preços explode,
determina a rapidez com aumentando mais de mil vezes e
que os preços crescem tornando, basicamente, a moeda
numa economia? local inútil?
Porque há diferenças no
nível médio de vida Porque surge numa
(PIBpc) entre cidadãos de economia um défice
países diferentes? orçamental elevado ou um
alto défice comercial, ou
ambos? Quais são as
Qual o papel das autoridades consequências dessas
(o governo, enquanto situações? Os grandes
autoridade fiscal e o banco défices são realmente um
central, como autoridade problema?
monetária), em recessões e
booms e na determinação da
taxa de inflação?
7
1.2 Macroeconomia versus Microeconomia
8
1.2 Macroeconomia versus Microeconomia
individual decide:
9
1.2 Macroeconomia versus Microeconomia
Exemplo:
• o investimento total das empresas em maquinaria e equipamento
contribui para explicar a rapidez com que uma economia cresce –
esta é claramente uma temática macroeconómica
• para se compreender a quantidade de máquinas e equipamentos
que as empresas decidem comprar é necessária uma análise dos
incentivos que, individualmente, cada um destes agentes
económicos tem para o fazer – o que é claramente uma temática
microeconómica
10
1.3 Principais problemáticas e desafios da
macroeconomia -curto prazo versus longo prazo
11
1.3.1. Curto prazo versus longo prazo
Crescimento Económico
12
Curto Prazo Longo Prazo
Horizonte Temporal trimestres 10 ou mais anos
1 a 10 anos
13
Principais problemáticas e desafios
objetivos consensuais
nacional
involuntário reduzido
14
1.3.2 Curto Prazo: Estabilização dos Ciclos
Económicos
15
Ciclo Económico
prazo na economia.
17
Uma recessão tem início
imediatamente após o pico e Ciclo Económico
termina na cava.
Uma expansão tem início
imediatamente após a cava e
termina no pico.
Um ciclo económico engloba
uma expansão e uma recessão
completas.
Duração do ciclo económico- Ciclo completo
de pico a pico
duas abordagens possíveis:
período entre duas cavas
consecutivas
ou
período entre dois picos
consecutivos.
Ciclo Completo
Amplitude do ciclo: intensidade das
de cava a cava
flutuações; diferença entre o valor
máximo e o valor mínimo do ciclo
18
NOTAS SOBRE O PIB, PIB
NOMINAL E PIB REAL
19
Nota1 : Produto Interno Bruto (PIB)
20
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto
real
Exemplo
De 2011 para 2012: PIB nominal aumentou de 2700 u.m para 3390
u.m., mas não há crescimento económico: o volume de produção
diminui de 250 unidades para 235 unidades
Exemplo
ano base o
23
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto real
Exemplo
24
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto real
Exemplo
25
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto real
Exemplo
quantidades produzidas
26
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto real
Dados: Pordata
Portugal
O gráfico descreve a evolução real PIB REAL (1960-2019)
(base=
do PIB desde 1960: traduz a 250000,00
exclusivamente as mudanças no
volume de produção), e traduz uma 150000,00
imagem do crescimento diferente:
não temos um crescimento 100000,00
exponencial, sem poucas
perturbações, mas um crescimento 50000,00
mais moderado, com algumas
oscilações significativas. 0,00
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Dados: Pordata
27
Nota2 : distinção entre produto nominal e produto real
25,00
evidente neste gráfico, quando se
20,00
comparam as taxas de crescimento
15,00
5,00
0,00
1961 1971 1981 1991 2001 2011 2021
-5,00
Dados: Pordata
-10,00
28
Curto Prazo: Estabilização dos Ciclos
Económicos
29
ii) Datação dos Ciclos Económicos em Portugal desde 1980
https://www.ffms.pt/crises-na-economia-portuguesa
30
Entre 1980 e 2020: seis recessões na economia nacional
31
Cronologia dos Ciclos Económicos Portugueses
Duração (em trimestres)
PICO CAVA
Recessão Queda da Economia (entre o ponto mais alto e
(trimestres) o mais baixo do ciclo económico)
2008:T1 2009:T1 4 Década de 2000 PIB real per capita cai 4,4%
32
Sugere-se a visualização dos vídeos ……
https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/1983-1984-crise-que-demorou-chegar
1983-1984
1992-1993 https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/1992-1993-crise-que-veio-de-fora
2002-2003 https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/2002-2003-depois-da-euforia-ressaca
2008-2009
https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/2008-2009-filha-da-crise-financeira-internacional
2010-2013
https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/2010-2013-mais-longa-e-severa-das-crises
2019-2020
https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/2019-2020-o-virus-que-obrigou-economia-travar
33
iii) Medição das flutuações
Hiato do produto
34
PIB Efetivo versus PIB Potencial ou Natural
dos preços)
35
PIB Efetivo versus PIB Potencial ou Natural
36
PIB Efetivo versus PIB Potencial ou Natural
vários turnos)
37
PIB Efetivo versus PIB Potencial ou Natural
crescimento económico):
38
𝑷
Hiato do Produto (Output Gap) 𝑷
)
Se o PIB estiver acima do seu nível potencial, o hiato do produto é positivo
(desvio expansionista)
)
Se o PIB estiver abaixo do seu nível potencial, o hiato do produto é negativo
(desvio recessivo)
39
Medição das flutuações….
150
abaixo do
100
PIB
potencial
50
0
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Fonte: AMECO
Ao estarmos, num
determinado momento
do tempo, com um
PIB observado abaixo
do PIB potencial não
(𝒀𝒕 > 𝒀𝒕𝑷 ) (𝒀𝒕 > 𝒀𝒕𝑷 ) significa, por si só,
(𝒀𝒕 < 𝒀𝒕𝑷 ) que estejamos numa
recessão
41
…. e calculando o Desvio do Produto face ao PIB potencial
No curto prazo, o produto pode estar acima ou abaixo do potencial
sinalizando cenários de sobreutilização ou subutilização de recursos
4 Hiato do
2 Produto >0
0
%
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
-2
)
-4
-6
-8
Hiato < 0
-10
Fonte: AMECO
Diferença
entre o valor
máximo e o
valor mínimo
do ciclo:
medida da
severidade
da recessão
43
iv) Factos estilizados dos ciclos económicos
%
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
1983 1987 1991 1995 1999 2003 2007 2011 2015 2019
Fonte: Pordata
30 000,0
25 000,0
20 000,0
recessões, enquanto que
15 000,0 a taxa de desemprego
10 000,0
5 000,0 aumenta
0,0
1983 1987 1991 1995 1999 2003 2007 2011 2015 2019
Fonte: Pordata
45
Variação da Taxa de Desemprego versus Taxa de Crescimento
real do PIB (%)
Portugal (1996-2020)
12
10
há uma relação negativa entre as
variação na taxa de desemprego (pp)
0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
-2
-4
-10
46
Taxa de Inflação (variação % IPC) versus Taxa de Desemprego(%)
Portugal (1965-2020)
35,0
20,0
15,0
como descreve a relação entre
estas duas variáveis?
10,0
5,0
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
-5,0
47
Taxa Natural de Desemprego
positivo: )
49
Hiato do Produto, Taxa Natural de Desemprego e
Inflação
ao seu potencial: )
50
Hiato do Produto, Taxa Natural de Desemprego e
Inflação
diminuir
natural 𝑵
51
Taxa de Desemprego Observada e taxa de Desemprego Natural
Portugal (1965-2020)
Desemprego Cíclico:( 𝑵
)
18
2013:
16 2013:12,8 16,4
14
12
10
%
0
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Dados: AMECO
53
Correlação negativa entre o Hiato do Produto e o Hiato
do Desemprego
𝑵 𝑵
𝑵 𝑵
𝑵 𝑵
3 do desemprego e as
flutuações cíclicas do
2
produto?
1
0
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
-1
-2
-3
59
Quais são as causas dos ciclos económicos?
Conceitos
procura agregada
soma de todos os bens e serviços que todos os
agentes de uma dada economia (famílias, empresas,
estados, outras instituição nacionais, entidades estrangeiras
quaisquer que elas sejam) pretendem comprar aos
diferentes preços
oferta agregada
quantidade total de bens e serviços que todos os
produtores de uma dada economia estão dispostos a
produzir e vender para cada nível de preços
60
Declive da Procura Agregada: m(AD)<0
PIB real
quantidade de bens e serviços procurados
para consumo (C), investimento (I) e
exportações líquidas (X-M)?
61
Declive da Procura Agregada: m(AD)<0
Efeito Riqueza
Uma descida do nível de preços significa um aumento do poder
62
Declive da Procura Agregada: m(AD)<0
64
Declive da Oferta Agregada: m(AS) > 0
65
Declive da Oferta Agregada: m(AS) > 0
diminuir a produção.
66
Para níveis muito reduzidos do PIB real, muito abaixo do PIB potencial, a curva AS
é quase horizontal: um aumento relativamente pequeno nos preços dos bens e
serviços que as empresas vendem (sem aumento nos preços fatores de produção)
incentiva um aumento considerável na quantidade de oferta agregada (PIB real) .
Para a direita do PIB potencial , a curva AS começa a adquirir uma configuração
vertical, sinal de que preços mais elevados não constituem um incentivo à produção
adicional
Produto Potencial
Nível de preços
OF E R T A
AG R E G A D A
(AS)
PIB real
Quais são as causas dos ciclos económicos?
Os ciclos económicos
manifestam-se em consequência
Produto
Potencial do aumento ou diminuição do
Nível de preços
OFERTA
AGREGADA
hiato entre o PIB observado e o
(AS)
PIB potencial e são provocados
pelo deslocamento da curva (AD)
PROCURA ou da curva (AS)
AGREGADA
(AD)
PIB real
Não esquecer que o problema de uma recessão não se limita ao nível do PIB real: existe uma relação
clara ao longo do ciclo entre as modificações no produto e a taxa de desemprego (Lei de Okun)
Quais são as causas dos ciclos económicos?
porque se deslocam estas curvas:
alguns exemplos
Nível de preços
OF E R T A
1. alterações nas taxas de juro
AG R E G A D
A (AS) determinante para as decisões de consumo (das
famílias) e de investimento (de todos os agentes)
PIB real
desenvolvimento futuro da atividade económica
concretizando:
Qualquer evento que, para cada nível de preços, faça
aumentar (diminuir) :
o Consumo Privado
o Investimento
o Consumo Público
as Exportações Líquidas
70
Políticas Económicas conducentes ao aumento da procura
agregada Deslocamento da curva AD para a direita
concretizando:
Qualquer evento que, para cada nível de preços, faça aumentar
(diminuir) a produção:
72
vii) Estabilização dos Ciclos Económicos
73
Estabilização dos Ciclos Económicos
Significa:
“alisar” o comportamento da economia, restringindo as
Volatilidade Estabilidade
prazo)
Curto Prazo: estabilização dos ciclos económicos
modo a que o PIB real efetivo e a taxa de desemprego efetiva estejam o mais
76
Curto Prazo: estabilização dos ciclos económicos
77
Papel da Política Económica
taxas de crescimento.
79
Longo prazo: crescimento económico
estabilidade conjuntural, a
crescimento económico
rápido e sustentável
81
Longo prazo: crescimento económico
em simultâneo com
15000,00
flutuações conjunturais
consoante os períodos
5000,00
0,00
1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
PIB per capita a preços constantes Linear (PIB per capita a preços constantes)
82
Longo prazo: crescimento económico
83
Longo prazo: crescimento económico sustentado
ECONOMIA NORMATIA
Perspetivas da economia normativa
Não são falsas
Têm por base uma análise positiva
85
1.5 A macroeconomia enquanto ciência
86
Abordagem metodológica
1. OB S E R V A R /D O C U M E N T A R O S F A T O S
(ES T A T ÍS T IC A /EC O N O M E T R IA )
2. DESENVOLVER UM MODELO, suscetível de explicar os factos
documentados
3. COMPARAR AS PREVISÕES DO MODELO COM OS FATOS ORIGINAIS,
para validar ou rever as explicações dos fenómenos dadas
pelo modelo
4. USAR O MODELO PARA REALIZAR OUTRAS PREVISÕES suscetíveis
de virem a ser testadas
5. AGIR (Política Económica/ Macroeconomia Normativa).
2/3/4/: Compreender/TeoriaEconómica/
Macroecomia Positivaer
Exemplo:
88
Nota: Caracterização das variáveis
2.1 Variáveis endógenas e variáveis exógenas
Relembrar a importância da distinção na formulação e interpretação
dos modelos económicos: as variáveis endógenas são aquelas que
o modelo se propõe explicar, as variáveis exógenas são as variáveis
explicativas, que o modelo não se propões explicar (variáveis não
económicas e variáveis económicas)
2.2 Grandezas nominais e grandezas reais
Relembrar a distinção entre valorização das variáveis a preços
correntes e a preços constantes
2.3 Variáveis fluxo e variáveis stock
Variável fluxo: que para ficar adequadamente caracterizada
necessita da indicação de um intervalo de tempo a que que respeita
para ganhar significado (consumo, despesas públicas, exportações,
PIB etc.)
Variável stock: fica adequadamente caracterizada pela indicação de
uma data, um único ponto no tempo em que é medida (quantidade
de Moeda, stock de capital físico, dívida pública, etc.)
89
Exemplos da relação entre variáveis stock e variáveis fluxo
de estabilidade )
92