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O símbolo de percentagem
(%), comumente usado pelos
profissionais dos segmentos
de administração e custos,
é empregado nesta obra
para representar o grupo
de disciplinas que tratam
dessas áreas.
Microeconomia
Apresentação
( 3 ) Equilíbrio de mercado, 51
3.1 Oferta e demanda em conjunto, 54
( 4 ) Comportamento do consumidor, 63
4.1 Teoria do comportamento do consumidor, 66
Conceitos básicos
de microeconomia
Jacqueline A. H. Haffner, natural de Santiago,
Chile, é bacharel em Ciências Econômicas pela
Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP
(1989), especialista em Finanças pela Universidade
Católica de Porto Alegre – PUCRS (1992), dou-
tora em História Econômica pela mesma institui-
ção e pós-doutora em Economia pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2001),
universidade na qual trabalhou entre 2000-2002.
( )
(1.1)
Origem da economia
O termo economia deriva do nome grego oikonomía, que
significa “aquele que administra o lar”.
A economia trabalha com dois problemas fundamen-
tais, os quais estão relacionados com as necessidades
humanas: ilimitadas/infinitas versus os recursos produti-
vos (fatores de produçãoa – limitados e finitos).
Dessa forma, podemos entender que o problema eco-
nômico se relaciona com a escassez e a natureza limitada
dos recursos da sociedade, ou seja, com a restrição física
dos recursos existentes na natureza.
14
Para resolver os problemas econômicos fundamentais,
devemos responder a três questões essenciais, que estão
diretamente relacionadas com a escassez dos recursos dis-
poníveis na natureza, as quais serão analisadas a seguir:
b. Como produzir?
Esta é uma resposta à questão de eficiência produtiva.
Deve-se utilizar mais capital ou mais mão-de-obra
intensiva na produção? Pode ser produzido o mesmo
produto com combinações diferentes de fatoresb?
15
Propriedade privada
Economia de mercado
Propriedade pública
Centralizada
Quantidade
produzida (bem y)
ymax
x=0
Quantidade produzida 17
Xmax (bem x)
y=0
(1.3)
O que é microeconomia?
É a área da teoria econômica que estuda o funcionamento
do mercado de um determinado produto ou grupo de pro-
dutos, ou seja, analisa o comportamento – de um lado, dos
compradores (consumidores) e, de outro, dos vendedores
(produtores) – de tais bens.
A microeconomia também estuda o comportamento de
consumidores e produtores e o mercado no qual interagem.
Preocupa-se, ainda, com a determinação dos preços e com
as quantidades necessárias aos mercados específicos.
Podemos entender que a microeconomia tem como foco
o modo como as escolhas são feitas em nível individual,
sob condições de escassez. Existem dois aspectos impor-
tantes a serem discutidos aqui: se não houvesse escas-
18
sez econômica, não haveria necessidade de fazer escolhas,
pois poderíamos ter tudo que desejássemos. O outro ponto
a ser percebido é que escolha subentende alternativas.
A microeconomia trata do comportamento das unida-
des econômicas individuais dos:
▪ consumidores;
▪ trabalhadores;
▪ investidores;
▪ propriet{rios da terra;
▪ empresas.
▪ Renda
▪ Emprego
▪ Produto nacional
▪ Desemprego
▪ Investimento
▪ Estoque de moeda
▪ Poupança
▪ Taxa de juros
▪ Consumo
▪ Balanço de pagamentos
▪ Nível geral de preços
▪ Taxa de c}mbio
Economia
21
Microeconomia Macroeconomia
A economia também faz parte de outras áreas do
conhecimento que estão interligadas com as ciências eco-
nômicas, como veremos na Figura 1.5, a seguir. As princi-
pais são a política, a história, a geografia e a demografia.
Aspecto
econômico
Aspecto
político e
social
Aspecto
Aspecto
geográfico e
histórico
demográfico
24
27
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
Atividades
1. Conforme Mankiw (2006, p. 33), por que a economia é con-
siderada uma ciência?
2. Por que, conforme Mankiw (2006, p. 33), os economistas
formulam hipóteses?
3. Segundo Mankiw (2006), um modelo econômico deveria
descrever exatamente a realidade?
4. Explique o problema fundamental com o qual a economia
se preocupa, segundo Vasconcellos (2001).
29
5. Diferencie, segundo Mankiw (2006), a análise positiva da
normativa.
(2)
Demanda e
oferta de mercado
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(2.1)
Demanda
A demanda estuda o comportamento dos consumidores. A
curva da demanda mostra informações sobre a quantidade
de uma mercadoria que os consumidores estão dispostos
a comprar por dado preço unitário, considerando-se cons-
tantes outros fatores que não o preço.
A equação que mostra a relação entre preço e quanti-
dade pode ser assim apresentada:
34 QD = QD(P)
Quantidade
1,50 12,50
1,25 18,75
1,00 25,00
0,75 31,25
0,50 37,50
0,25 43,75
Na Tabela 2.1, ao preço de R$ 1,75, somente 6,62 milhões
de quilos são comprados anualmente pelos consumidores.
Se o preço cai para R$ 1,00, as compras anuais aumentam
para 25 milhões de quilos. A relação inversa entre o preço
do feijão e a quantidade comprada baseia-se no conceito
de “utilidade marginal decrescente”. O termo marginal sig-
nifica “adicional ou sucessivo” e o conceito de utilidade é
satisfação que um bem ou serviço proporciona. O conceito
de utilidade marginal decrescente também se refere à idéia
de que a cada unidade de um bem, consumida sucessi-
vamente pelo consumidor, adiciona menos à sua total
satisfação que a unidade anteriormente consumida. Esse
fenômeno é aparente, não importando qual seja o bem ou
serviço em questão. Por exemplo: peças de sapatos, copos
de suco, quilos de arroz etc.
A Figura 2.2 a seguir mostra como os dados apresen-
tados na tabela anterior (Tabela 2.1) podem ser representa-
dos graficamente.
Pre
D = 50 – 25P
37
ço/k
0 5 10 15 20 25 30 35 40 50
Quantidade comprada
A lei da demanda afirma que, tudo o mais mantido
constante, a quantidade demandada de um bem aumenta
quando o preço do bem diminui.
qdi = f(pi , ps , pc , R, G)
Em que:
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i
pi = preço do bem i
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = preço dos bens complementares
R = renda do consumidor 39
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
para i = 1, 2, 3, ...n
Pre
S
ço
P2
P1
D1 D2
Q1 = Q 2 Quantidade de sorvete
P P
D1 D0
D0 D1
0 Q 0 Q
Na teoria da demanda, temos um caso diferente no con-
sumo, que foge ao que apresentamos até aqui: são os chama-
dos bens de Giffen. À medida que a renda dos consumidores
se eleva, há uma redução relativa dos preços que teorica-
mente deveriam levar a um aumento na procura, mas nessa
situação acontece o contrário. Dessa forma, os bens de Giffen
seriam uma exceção dentro da teoria do consumidor.
Um exemplo apresentado por Vasconcellos2 relata a
seguinte situação em relação aos bens de Giffen em uma
comunidade inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no
preço da batata. Como a população gastava a maior parte
da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumen-
tou e como estavam saturados de batata, passaram a gastar
com outros produtos. O preço da batata caiu, bem como a
quantidade demandada (curva positivamente inclinada –
Figura 2.4).
(2.2)
Oferta
42
O comportamento dos vendedores é visto pela oferta de
mercado. Assim, podemos entender que a quantidade ofere-
cida de um bem ou serviço é a quantidade que os vendedo-
res podem vender e têm interesse de colocar no mercado.
O esquema de oferta e curva de oferta mostra como o
preço de um bem e a quantidade oferecida se relacionam.
Quando o preço sobe, o mercado oferece quantidades cada
vez maiores de produtos. Se o preço se altera, a quantidade
oferecida de um bem muda.
À medida que os preços vão se elevando, aumenta a
quantidade oferecida. Assim, a curva de oferta se inclina
para cima. Podemos dizer que a curva de oferta se rela-
ciona positivamente com o preço.
A equação que representa a relação ofertada e o preço
é a seguinte:
QS = QS(P)
Lei da oferta
A quantidade oferecida de um bem aumenta quando o seu
preço aumenta. Resumindo, oferta é definida como a quan-
tidade de produto que está voluntariamente sendo ofere-
cida para venda a um preço específico. Da mesma forma
que a demanda, o conceito de oferta pode ser representado
por uma tabela numérica, por um gráfico ou por uma fun-
ção matemática. Dessa forma, a oferta pode ser definida
como as várias quantidades voluntariamente oferecidas
para venda por um período de tempo a cada um dos vários
possíveis preços do produto.
0,25 1,56
0,50 9,38
0,75 17,19
1,00 25,00
1,25 32,80
1,50 40,63
1,75 48,44
Conforme a tabela mostrada, ao preço de R$ 0,25 por
quilo, os vendedores estão dispostos apenas a oferecer 1,56
milhão de quilos para venda anualmente. Para tentar ven-
der mais do que essa quantidade em um período igual,
produtores poderiam incorrer em maiores custos do que
poderiam obter com a venda do produto ao preço de R$
0,25. Contudo, se o preço aumentar para R$ 1,00, cada vare-
jista (cada produtor), poderia se esforçar mais para vender,
mesmo a custos elevados, maiores quantidades do pro-
duto, desde que esses valores sejam cobertos pelo aumento
do preço. Para o mercado total de carne de porco, o acrés-
cimo de R$ 1,00 no preço poderia resultar em uma oferta
de venda de 25,00 milhões de quilos anualmente. O con-
ceito de oferta, então, está baseado no relacionamento posi-
tivo entre o preço e a quantidade oferecida para venda.
Graficamente, podemos representar a oferta como:
Pre
44
S
ço/k
g
S = – 6,25 + 31,35P
0 5 10 15 20 25 30 35 40 50
Quantidade vendida
Determinantes da oferta individual e de mercado
Os determinantes da quantidade ofertada pelos empresá-
rios são:
▪ preço;
▪ preços dos insumos;
▪ tecnologia;
▪ expectativas.
▪ o preço do bem;
▪ os preços dos insumos usados na produção;
▪ a tecnologia disponível;
▪ as expectativas;
▪ o número de vendedores.
45
Variáveis que afetam a oferta de um bem ou serviço:
Onde:
qi0 = quantidade ofertada do bem i
pi = preço do bem i
pfp = preço do fatores e insumos de produção (matéria-
prima, mão-de-obra etc.)
pn= preço de outros n bens, substitutos na produção
T = tecnologia
M = metas e objetivos do empresário
S0 S1 S1
S0
46
0 Q 0 Q
(.)
Ponto final
Os princípios da demanda e da oferta são decisivamente
os mais importantes conceitos na economia. No entanto,
eles são também alguns dos princípios econômicos menos
entendidos pelos não-economistas e freqüentemente apli-
cados incorretamente. Demanda e oferta são ferramentas
indispensáveis para compreender o que está acontecendo
no mercado. No planejamento, são instrumentos impor-
tantes para melhorar uma situação vigente e prever o que
provavelmente vai acontecer no futuro. Devido ao uso exa-
gerado dos termos demanda e oferta nas conversas do dia-
a-dia e também na mídia popular, a maioria das pessoas
pensa que conhece o que está envolvido nesses conceitos.
Assim, neste capítulo, procuramos definir esses termos de
maneira clara e objetiva, bem como oferecer exemplos de
como eles são usados na economia.
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
47
Pioneira Thomson Learning, 2006.
48 P
d1
q/t
b. Efeito da doença da “vaca-louca” sobre a demanda pela
carne bovina brasileira.
d1
q/t
o1
49
q/t
d. Intensificação do uso de irrigação nas lavouras de soja.
o1
q/t
Equilíbrio de mercado
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(3.1)
Oferta e demanda em conjunto
O ponto em que as curvas de oferta e demanda se cruzam
é chamado de ponto de equilíbrio ou equilíbrio de mercado.
O ponto em que a quantidade do bem que os com-
pradores desejam e podem comprar é exatamente igual à
quantidade que os vendedores desejam e podem vender é
o chamado preço de equilíbrio. Preço de equilíbrio é o preço
que iguala oferta e demanda, às vezes, é chamado de ajus-
tamento do mercado.
Dessa forma, o ponto no qual as curvas se cortam é o
ponto de equilíbrio e quantidade, a quantidade de equilí-
54
brio, sendo que esta é a quantidade oferecida e a quanti-
dade demandada registradas na situação em que a oferta e
a demanda coincidem.
Essas informações podem ser mais bem compreendi-
das na Figura 3.1, a seguir, na qual estão representadas as
curvas de oferta e demanda de mercado e o ponto de equi-
líbrio entre as duas.
Figura 3.1 – Equilíbrio entre a oferta e a demanda de mercado
Pre
Equilíbrio Oferta
80
çod
60
obe
40 Demanda
20
m
0 5 10 15 20
Quantidade
Excesso
de oferta
Pre
O
80
çod
60
obe
40
D
20
m
0 5 10 15 20
Quantidade
Excesso
de demanda
Pre
O
80
çod
60
obe
40
D
20
m
0 5 10 15 20
Quantidade
80
Pre
çod
40
oliv 20
D2
ro
D1
0 5 10 15 20
Quantidade
O’
80
Pre
O
60
çod
40
oliv 20 D
ro
0 5 10 15 20
Quantidade
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
60 Pioneira Thomson Learning, 2006.
50 25 50 0
55 22,5 55 1,7
60 20 60 3,3
65 17,5 65 5
70 15 70 6,7
75 12,5 75 8,3
(continua)
(conclusão)
80 10 80 10
85 7,5 85 11,7
90 5 90 13,3
95 2,5 95 15
62
(4)
Comportamento
do consumidor
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(4.1)
Teoria do comportamento
do consumidor
A teoria do comportamento do consumidor visa apresentar
informações que levem ao entendimento de como o consu-
midor se comporta diante de variáveis específicas.
Um exemplo é o tíquete para a compra de leite forne-
cido por algumas empresas. O questionamento que deve-
mos fazer é: como esse programa de salários indiretos
poderá ajudar as famílias que o recebem?
66 O tíquete será trocado por leite ou será utilizado em
outro tipo de consumo? O consumo do leite vai aumentar
com essa política das empresas?
O fundamental nessa teoria é entender como o consu-
midor se comportará no que se refere ao consumo.
Preferências do consumidor
Cada consumidor tem suas preferências e o que interfere
nisso é a imensa variedade de produtos que existem no
mercado e os gastos individuais do consumidor. Por isso, é
difícil definir suas preferências, já que cada um tem uma
forma específica de consumo, de acordo com as suas neces-
sidades, expectativas e renda.
Na Tabela 4.1 a seguir, são apresentadas as preferên-
cias de seis consumidores. Podemos observar que cada um
tem escolhas de consumo diferentes.
Tabela 4.1 – Cestas de mercado
A 10 20
B 5 40
C 30 10
D 20 30
E 10 25
F 15 40
Curvas de indiferença
Por meio das curvas de indiferença, podemos representar
graficamente as preferências do consumidor, o qual terá
de escolher entre uma cesta ou outra ou se mostrar indife-
rente entre as cestas que lhe são oferecidas.
68
Dessa forma, podemos dizer que uma curva de indi-
ferença representa todas as combinações de cestas de
mercado que fornecem o mesmo grau de satisfação a um
consumidor, que o deixará totalmente satisfeito.
O consumidor se mostrará inteiramente indiferente em
relação às cestas de mercado representadas pelos pontos ao
longo da curva. Essas curvas de indiferença se referem a
todas as combinações de bens e serviços que deixam o con-
sumidor igualmente satisfeito. Elas são convexas, jamais se
interceptam e possuem inclinação para baixo, como vere-
mos na Figura 4.1.
Na seqüência, apresentamos na Figura 4.2 as curvas de
indiferença e a satisfação do consumidor dadas as diferen-
tes cestas de consumo.
Figura 4.1 – Curvas de indiferença e suas propriedades
Be
mY
A
C
U2
B
U1
Bem X
40
A
30
D
20
G U1
10
10 20 30 40
Alimento
(unidades por semana)
U4
U3
U2
U1
0
Bem X
TMS = –∆V/∆A
12 –6
Vestuários
10 B
1 –4
8
6 D
–2
4 E
–1
2 F
1
1 2 3 4 5
Alimento
(unidades por semana)
73
Coc
a- 4
cola3
0 1 2 3 4
Pepsi
Luv
adir 4
eita
2
0 1 2 3 4
Luva esquerda
74
(4.2)
Restrições orçamentárias:
o que o consumidor pode gastar
A restrição orçamentária delimita todas as combinações que
o indivíduo pode adquirir devido à sua renda e aos preços.
Todos os consumidores têm suas preferências, mas
elas não explicam inteiramente como o consumidor vai se
comportar. As restrições orçamentárias dele influenciam
suas escolhas, já que, havendo limitação orçamentária,
haverá restrição na quantidade de produtos que poderá
ser comprada.
A linha do orçamento indica todas as combinações de
A e V para as quais o total de dinheiro gasto seja igual à
renda disponível. Ainda, esboça informações sobre o con-
sumidor e as combinações das quantidades de dois bens
que podem ser adquiridos com uma renda limitada.
Para duas mercadorias, a seguinte expressão repre-
senta o que o consumidor poderá comprar:
PAA + PVV = I
Inclinação = – PA/PV
Car
125
ne
100
75
Restrição orçamentária
50
25
U = 100
76
0 25 50 75 100 125
Batatas
Be
B
m2
U2
U1
Bem 1
R$
Um aumento da renda
Ves
do consumidor desloca a
linha do orçamento para
a direita.
tuá(un 80
rio
60
L3 L1 L2
(I = $) (I = $) (I = $)
des 0 20 40 60 80 R$
Alimentos
(unidades por semana)
78
por
Segundo a Figura 4.9:
R$
Um aumento no preço do
Ves alimento para R$ 2 modifica
80 a inclinação da linha do
orçamento e causa sua
rotação para esquerda.
tuá(un
60
rio
40
Uma redução no preço
do alimento para R$ 0,50
muda a inclinação da linha
ida 20 do orçamento e causa sua
rotação.
L3 L1 L2
(PA= 2) (PA= 1) (PA= 1/2)
0 20 40 60 R$
80
Alimentos
des (unidades por semana)
por
Podemos concluir que o consumidor sempre tenta
fazer a escolha ótima de consumo de acordo com a renda
limitada que possui, os preços de mercado, as suas expec-
tativas e gostos de consumo.
A escolha do consumidor
Vimos, ao longo deste capítulo, como o nosso consumidor
se comporta de acordo com as suas preferências, como se
localiza ao longo das curvas de indiferença e o que está dis-
posto a deixar de consumir de uma mercadoria para con-
sumir outra (taxa marginal de substituição) e, por último,
as restrições orçamentárias, isto é, como a renda interfere
no consumo, assim como as mudanças nos preços.
O problema que tentaremos resolver agora se rela-
ciona com a escolha do consumidor. O que vai proporcio-
nar maior grau de satisfação ao consumidor, ou seja, como
pode escolher a curva de indiferença mais alta possível
80
dada certa restrição orçamentária? Em síntese, neste item,
pretendemos compreender como a teoria da escolha do
consumidor descreve a tomada de decisões por parte dos
consumidores. Essa parte da teoria explica por que o con-
sumidor elege entre comprar um produto ou outro.
O ponto de escolha não pode ser abaixo da restrição
orçamentária, porque pontos abaixo da restrição orçamen-
tária são pontos que mostram que a renda não está sendo
consumida totalmente, isto é, o consumidor, nesse ponto,
pode atingir uma curva de indiferença mais alta ou mais
à direita. Pontos acima da restrição orçamentária são o
que todo consumidor almeja consumir, ou seja, ele sem-
pre espera se localizar no ponto mais alto de consumo,
obtendo, assim, o maior grau de satisfação. Isso se relaciona
com as premissas do consumo “quanto mais melhor” e as
necessidades infinitas dos consumidores, como demons-
trado a seguir na Figura 4.11:
PV = R$ 2 PA = R$ 1 I = R$ 80
Ves
A cesta de mercado D
tuá(un 40
não pode ser consumida
dada a restrição
D orçamentária do
rio 30 consumidor
20
U3
ida
10
Linha do orçamento
des
0 20 40 60 80 81
Alimentos
(unidades por semana)
por
O ponto ótimo do consumidor será aquele que deverá
estar sobre a linha de orçamento; não poderá se situar nem
à direita nem à esquerda da restrição orçamentária. A cesta
de consumo que vai maximizar a escolha do consumidor
deverásemser a sua combinação preferida de bens e serviços,
o que se relaciona com a escolha apropriada de combina-
ções de bens sobre a linha do orçamento. Concluindo, o
consumidor poderá escolher somente uma cesta com com-
ana
binações de produtos que esteja localizada sobre a linha de
orçamento, como demonstrado na Figura 4.12:
)
Figura 4.12 – Maximização do consumo
Ves PV = R$ 2 PA = R$ 1 I = R$ 80
A
20 No ponto A: TMS = PA/PV = 0,5
ida
10 U
Linha do orçamento
des 0 20 40 60 80
Alimentos
(unidades por semana)
82
por
Na Figura 4.12, observamos que o ponto máximo que o
consumidor pode atingir de acordo com sua restrição orça-
mentária é o ponto A.
Certamente, o consumidor preferiria um ponto locali-
sem
zado numa curva acima da do ponto A, mas sua restrição
orçamentária o impede de obter essa combinação.
A escolha do consumidor será maximizada no ponto
onde a taxa marginal de substituição será igual à razão
ana
entre os preços:
TMS = PA/PV
)
A utilidade (U) que um consumidor oferece a um deter-
minado bem quando o consome também é determinante
no momento da escolha de consumo. As preferências pelo
consumo de determinado bem estaria relacionada com a
utilidade que esse bem dá ao consumidor. Dessa forma, o
conceito de utilidade se relaciona com a satisfação que um
consumidor consegue com o consumo de um conjunto de
bens. Não é apenas aquilo que é útil, auxiliar ou prático.
Utilidade pode ser considerada a percepção do consumi-
dor. O que denominamos utilidade é uma ordenação das
preferências do consumidor.
Teoricamente, as curvas de indiferença mais elevadas
proporcionam mais utilidade para o consumidor, pois ele pre-
fere sempre pontos elevados de consumo. Além disso, todos
os conjuntos de cestas ao longo da mesma curva de indife-
rença proporcionam a mesma utilidade ao consumidor.
Ainda nessa análise, podemos observar dois aspectos
relacionados com o consumo e com a sua utilidade: a utili-
dade marginal (Um) e a utilidade marginal decrescente.
Nesse sentido, a primeira análise é focada na utili-
83
dade que o consumidor tem ao consumir uma unidade a
mais de um determinado produto, chamada de utilidade
marginal. Por exemplo, qual é a utilidade de comprar um
segundo par de sapatos?
A segunda análise se relaciona com a utilidade margi-
nal decrescente, em que o consumo chega num ponto que
não traz tanta satisfação para o consumidor, como no caso
anterior. Teoricamente, pressupõe-se que a maioria dos
bens tem utilidade marginal decrescente. Ainda, voltando
ao exemplo do sapato, poderíamos avaliar a utilidade de
comprar três pares de sapatos.
Resumindo: Na teoria econômica, a palavra marginal
sempre se refere à taxa por meio da qual um total está se
alterando. A utilidade marginal é definida como a mudança
na utilidade total devida ao acréscimo de uma unidade na
taxa de consumo do bem em questão.
A função de utilidade pode ser assim definida:
U = f(Q1, Q2)
Ali
me
84 Cesta ideal
nto
Cesta atual
Vestuário
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
86
(5)
Comportamento do consumidor –
elasticidades
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(5.1)
Elasticidades da
oferta e da demanda
Nos capítulos anteriores, observamos que, por meio das
leis da oferta e da procura, é possível apontar a direção de
uma resposta em relação à mudança de preços. Tal análise
ocorre de acordo com parâmetros determinados na pró-
pria análise em questão, mas não informa o quanto a mais
os consumidores demandarão ou os produtores oferecerão
quando acontecem mudanças no mercado.
Dessa forma, quando ocorrem alterações no mercado,
tanto do lado da demanda quanto da oferta, temos interesse
de saber qual será a resposta do mercado a essas mudanças.
As elasticidades são uma medida da sensibilidade de uma
variável em relação a outra e nos apresentam informações
de como a variação percentual de uma variável influenciará
em outra em resposta a uma variação de 1%.
(5.2)
Elasticidades da demanda
O que denominamos de elasticidade-preço da demanda (EP) é
a medida que mostra como a quantidade comprada é afe-
tada por mudanças nos preços do bem ou do serviço; ela
mede a reação dos consumidores às mudanças no preço. 91
EP = (%ΔQ)/(%ΔP)
Em que:
ΔQ/Q P ΔQ
EP = =
ΔP/P Q ΔP
100 100%
15 x%
R$ 0,20 x%
0<ε<1 Inelástica
1<ε<∞ Elástica
P
D
Perfeitamente inelástica
A
Segmento AC = elástica
Segmento CB = inelástica
Ponto C = elasticidade unitária
C
Perfeitamente elástica
B D´
95
Podemos concluir que as curvas de demanda são
classificadas de acordo com a sua elasticidade. A elastici-
dade-preço da demanda nos traz informações sobre como
a demanda se comporta em relação a mudanças no preço.
Dessa forma, podemos considerar que a inclinação da
curva se relaciona absolutamente com os preços, ou seja,
quanto maior for a elasticidade-preço da demanda, mais
horizontal será a curva de demanda.
Na Figura 5.2, a seguir, observamos uma curva de
demanda totalmente elástica, inteiramente horizontal. Isso
ocorre à medida que a elasticidade-preço da demanda se
aproxima do infinito e a curva de demanda se torna horizon-
tal, refletindo o fato de que mudanças muito pequenas do
preço levam a grandes variações na quantidade demandada.
Figura 5.2 – Curva perfeitamente elástica
Pre
ço
P D
EP = ∞
Quantidade
96
Pre
ço
EP = 0
Q
Quantidade
Produto Ed
Sal 0,1
Água 0,2
Café 0,3
Cigarros 0,3
Calçados 0,7
Habitação 1,0
Automóveis 1,2
Refeições em restaurantes
2,3
(continua)
(Tabale 5.2 – conclusão)
Cinema 3,7
(5.3)
Receita total e elasticidade-preço
da demanda
Outra análise que deve ser realizada em relação às elasti-
cidades diz respeito aos efeitos de mudanças na oferta e 99
na demanda da receita total, que nada mais é que a quan-
tidade paga pelos compradores e recebida pelos vendedo-
res de um bem.
(5.4)
Outras elasticidades
da demanda
Para concluir a nossa análise das elasticidades da demanda,
100
vamos apresentar, neste item, a elasticidade de renda da
demanda e a elasticidade-preço cruzada da demanda, que
complementam a discussão realizada até aqui.
ΔQ/Q I ΔQ
EI = = ·
ΔI/I Q ΔI
Em que:
ΔQ = variação percentual da quantidade demandada
∆I = variação percentual da renda
ΔQa/Qa Pb ΔQa
EQaPb = = ·
ΔPb/Pb Qa ΔPb
Em que:
ΔQ = variação percentual da quantidade demandada
∆P = variação percentual do preço
(5.5)
A elasticidade-preço da oferta
Perfeitamente inelástica
Segmento AB = elástica
Perfeitamente elástica Segmento BC = inelástica
E Elasticidade unitária
A
0
Q
104
(5.6)
Elasticidades no
curto e no longo prazo
Ao longo deste capítulo, fizemos uma análise geral das
elasticidades. Neste item, vamos trabalhar as elasticidades
de longo prazo em três perspectivas:
▪ Demanda
▪ Renda
▪ Oferta
Elasticidades da demanda
Avaliam o comportamento do consumidor quando acon-
tece uma mudança nos preços. Nesse sentido, podemos
dividir a análise em duas partes, a curto e a longo prazo.
No exemplo da Figura 5.5, temos as curvas de demanda
por combustível no curto e no longo prazo.
Pre
DCP No longo prazo, as pessoas
ço tendem a dirigir automóveis
menores e que consumam
menos combustível.
105
DLP
Gasolina
Quantidade
Pre
As compras de carros novos
ço DLP podem ser adiadas, mas no longo
prazo os carros mais velhos pre-
cisam ser substiuídos.
DCP
Automóveis
Quantidade
Elasticidades da renda
Elasticidades da oferta
Ainda segundo Pindyck e Rubinfeld14, para a maioria dos
bens e serviços, as elasticidades-preço da oferta são maio-
res no longo prazo do que no curto prazo.
Para os bens duráveis e recicláveis, as elasticidades do
preço da oferta são menores no longo prazo do que no curto
prazo, como apresentado nas Figuras 5.7 e 5.8 a seguir.
Pre
Cobre primário: SCP
curvas de oferta no
ço
curto e no longo prazo
SLP
Quantidade 107
Quantidade
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
109
b. Demanda perfeitamente elástica: elasticidade infinita
110
Teoria da produção
no curto prazo
Jacqueline A. H. Haffner
( )
Curva de oferta
Teoria da firma
(6.1)
Tecnologia de produção
A tecnologia de produção da empresa nos fornece infor-
mações de como acontece o processo produtivo. É a forma
como os insumos são combinados para serem transforma-
dos em produtos, os quais podem ser denominados fatores
de produção.
Como exemplo de processo produtivo, podemos citar
a produção de sorvete. Nela são utilizados os insumos
necessários à produção que estão compostos, em primeiro
lugar, pela mão-de-obra e, em segundo, pelas matérias-pri-
mas, como leite, além do capital investido nas máquinas
misturadoras.
Segundo Pindyck e Rubinfeld16, podemos classificar
da seguinte forma os itens que participam do processo
produtivo:
Q = F(K, L)
Em que:
Q = volume de produção
K = capital
L = trabalho
117
(6.2)
Análise da teoria da
produção no curto prazo
No curto prazo, vamos analisar a produção com um
insumo variável; nesse caso, será o fator trabalho. Vamos
avaliar uma situação na qual o capital seja fixo, mas o tra-
balho seja variável. Os aumentos na produção somente
acontecerão quando houver um aumento na quantidade
de trabalho utilizado.
Podemos tomar como base uma fábrica de sapatos. Na
capacidade instalada da empresa, há uma determinada
quantidade de equipamentos, porém mais trabalhadores
poderiam ser contratados ou poderia ocorrer a diminuição
da mão-de-obra para operar as máquinas.
Para aperfeiçoar a produção, será necessário saber em
que medida o volume de produção Q aumenta à medida que
o insumo de trabalho L cresce. Nesse caso, será preciso deci-
dir sobre a quantidade de trabalho que terá de disponibilizar
na indústria e a quantidade de sapatos que terá de produzir.
Consideremos uma função de produção com apenas
dois fatores de produção: um fixo (que não varia com a rea-
lização do processo produtivo) e outro variável.
q = f(x1, x 2)
Em que:
q = quantidade de produto
X1 = fator variável
X2 = fator fixo
0 10 0 – –
1 10 10 10 10
2 10 30 15 20
3 10 60 20 30
4 10 80 20 20
5 10 95 19 15
6 10 108 18 13
7 10 112 16 4
8 10 112 14 0
9 10 108 12 –4
10 10 100 10 –8
(6.3)
Produto total, médio
e produto marginal
O produto total representa a quantidade total de produ-
tos obtidos num determinado período de tempo, por meio
de uma determinada combinação de fatores de produção.
Produto total do fator variável é a quantidade do produto
que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se
fixa a quantidade dos demais fatores. O produto total do
fator variável é o q = f(X1), que se modifica em função de
cada nível em que for fixado o fator fixo X2.
Na Figura 6.1, podemos observar a curva do produto
total.
Figura 6.1 – Produção no curto prazo (um insumo variável) do produto total
Pro D
112
Produto total
C
duç
60
B
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ens Trabalho mensal
al
O produto médio (PML) apresenta a relação entre o
produto total obtido pela empresa com um determinado
fator de produção. O PML pode ser interpretado também
como a quantidade de produtos que é fabricada por cada
unidade de fator utilizada. A produtividade média do fator
variável é o quociente da quantidade total produzida pela
quantidade utilizada do fator variável.
Figura 6.2 – Produção no curto prazo (um insumo variável) do produto médio
e marginal
121
Observações:
À esquerda de E: PMg > PM e PM crescente.
À direita de E = PMg < PM e PM decrescente.
E: PMg = PM e PM máximo.
port
Pro
30 Produto médio
rab E
duç 20 Produto marginal
alha10
ãom
dor
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ens Trabalho mensal
al
Resumindo: o produto total é a representação da
quantidade total de produtos obtidos. O PML mede a
produtividade do trabalhador médio e o PMGL mede a
produtividade de uma unidade a mais de produção. Essas
curvas estão intimamente ligadas.
As três curvas de possibilidades de produção podem
ser mais bem observadas na Figura 6.3, a seguir.
Produto Total
Produto Marginal
Pro
Produto Médio
250
duç
200
150
ão
100
122 50
50 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mão-de-obra
100
(6.4)
Rendimentos de
escala no curto prazo
A análise dos rendimentos de escala procura mostrar as
relações entre as taxas de crescimento da quantidade de
fatores utilizados e as taxas de crescimento na produção.
Existem três hipóteses de relações:
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
Atividades
1. Descreva a lei dos rendimentos físicos marginais decres-
centes.
Produto total 50 240 510 850 1270 1700 2120 2530 2920 3300 3630 3900 4100 4200 4200 4100
Produtividade
média
Produtividade
marginal
(7)
Teoria da produção
no longo prazo
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(7.1)
Isoquanta
Podemos definir isoquanta como uma linha na qual todos
os pontos representam combinações dos fatores de produ-
ção que indicam uma mesma quantidade do produto.
É o conjunto de combinações de insumos que podem
produzir no máximo y, ou seja:
I = {x | f(x) = y}
131
Fat
orb
b’
b”
a’ a”
Fator a
132 b
NP
NP’
NP”
(7.2)
Isocustos
Como definido anteriormente, a partir de agora vamos
considerar na nossa análise que todos os fatores de produ-
ção são variáveis. Vamos trabalhar a teoria da produção no
longo prazo. Dessa forma, para aprimorar a nossa análise
da teoria da produção, temos que entender, primeiramente,
o funcionamento das isoquantas que nos apresentam
dados sobre as combinações possíveis na produção. Em
segundo lugar, precisamos compreender como funcionam
os isocustos, que nos oferecem as diferentes combinações
de fatores de produção que a empresa pode adquirir, con-
siderando o preço deles e a disponibilidade ou capacidade
que a firma tem em obter recursos financeiros.
133
Composição do isocusto:
Em que:
DT = disponibilidade financeira
pa = custo do fator a
pb = custo do fator b
qa = quantidade máxima do fator a = DT/pa
qb = quantidade máxima do fator b = DT/pb
Fat
Possibilidade de aquisição de Fatores de produção
orb
60
50
40
134
30
20
10
0 20 40 60 80 100 120
Fator a
a 10000 0 100 0
b 8000 2000 80 10
c 6000 4000 60 20
135
d 4000 6000 40 30
e 2000 8000 20 40
f 0 10000 0 50
(7.3)
Taxa marginal de substituição
técnica (TMST)
A taxa marginal de substituição técnica apura a quantidade
de um determinado fator que será compensada por uma
unidade adicional do outro fator, tal que o nível de pro-
dução não se altere. Isso quer dizer que, ao analisar as iso-
quantas, podemos observar o movimento da curva e como
os fatores de produção estão se alocando, isto é, como uma
quantidade de fator de produção vai sendo substituída por
outra quantidade de outro fator.
Podemos definir assim a taxa de substituição técnica:
4
ital
3 1
1 1
2 q3
2
por /3 1
1
1 /3
q2
1
q1
mês
0 1 2 3 4 5
Rendimentos decrescentes
Dizemos que uma função de produção tem retornos
decrescentes de escala se a produção aumenta numa pro-
porção menor que o aumento dos insumos. Nos rendimen-
tos decrescentes, as isoquantas se apresentam cada vez
mais afastadas umas das outras, como mostra a Figura 7.5.
ital(hor
A
4
3
as-
2
2
máq
1
0 5 10
Trabalho (horas)
a)
Rendimentos constantes
Rendimentos constantes de escala significam que, dobrando
todos os insumos, se duplica a produção. Dizemos que uma
função de produção tem retornos constantes de escala se
a produção aumenta em proporção maior que os insumos.
138
Rendimentos constantes: as
Cap isoquantas são espaçadas
igualmente.
A
ital(hor
6
30
as- 4
20
má 2
10
0 5 10 15
qui Trabalho (horas)
na)
Rendimentos crescentes
Rendimentos crescentes de escala ocorrem quando os insu-
mos são duplicados, ao passo que uma função de produção
tem retornos crescentes de escala se a produção aumenta
numa proporção maior que os insumos.
Figura 7.7 – Rendimentos crescentes
Cap
ital(hor
as-
139
30
má 20
10
na)
Podemos analisar os rendimentos de escala pelos seus
resultados na escala de produção, os quais podem variar
de acordo com os diferentes setores produtivos ou pela
empresa em questão.
Espera-se que em firmas maiores os resultados na
esfera da produção sejam superiores aos das empresas de
menor tamanho, o que se explica pela escala de produção.
(.)
Ponto final
Neste capítulo, abordamos a teoria da produção a longo
prazo. Vimos que a avaliação sob esse viés pressupõe que é
possível alterar todos os fatores de produção, de modo que,
teoricamente, todos eles sejam variáveis.
A longo prazo, há a possibilidade de a empresa alterar
todos os fatores de produção (desde o número de funcioná-
rios até a capacidade produtiva e expansão física).
Do ponto de vista teórico, o equilíbrio na produção
pode ser determinado quando são utilizados conjunta-
mente os conceitos de isoquanta e isocustos. Podemos dizer
ainda que o equilíbrio da produção é alcançado quando o
produtor consegue obter o máximo de produto dentro de
140
suas restrições de recursos financeiros.
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
Atividades
1. Explique a relação entre isoquanta e isocusto.
2.
Descreva e exemplifique o conceito de retornos crescentes
de escala.
3.
Descreva e exemplifique o conceito de retornos constantes
de escala.
4.
Descreva e exemplifique o conceito de retornos decrescen-
tes de escala.
(8)
Custos de produção
no curto prazo
Jacqueline A. H. Haffner
( )
144
(8.1)
O que é custo de
produção no curto prazo?
Para realizar a produção, o empresário precisa adquirir os
fatores de produção, pagando por eles um determinado
preço. Assim, se calcularmos os gastos com os fatores de
produção, obteremos os custos de produção, ou custo total.
Mas, primeiramente, devemos entender claramente
qual é o objetivo da empresa, ou seja, por que ela entra no
mercado?
A instituição sempre que toma decisões está pensando
somente em como obter mais lucro, e somente entra no
mercado com o objetivo de obter lucro por meio dos negó-
cios que realiza.
A empresa obtém lucro quando ganha mais do que
gasta. A quantia que ela recebe pela venda de sua produ-
ção é denominada receita total e a quantidade que gasta
para adquirir insumos é chamada custo total.
O lucro pode ser assim definido:
Definições
da firma
145
Restrições Escolha dos
Tecnologia
de custo insumos
Custos de oportunidade
Na análise econômica dos custos, é muito importante dife-
renciar custo contábil, custo econômico e custo de opor-
tunidade, sendo que estes últimos, geralmente, não são
considerados, já que correntemente são observados somente
os custos contábeis.
O custo de oportunidade de alguma coisa é tudo
aquilo de que se abre mão para adquiri-la. Por exemplo, se
alguém gasta R$ 10,00 para comprar carne, esses R$ 10,00
são o custo de oportunidade, porque não pode ser inves-
tido na compra de outro produto. Dentro dos custos de
oportunidade, temos os custos implícitos e explícitos, que
veremos a seguir.
Quando abrimos uma empresa, temos que comprar
matérias-primas, pagar os custos de manutenção, con-
tratar trabalhadores etc.; estes são os custos explícitos da
empresa, isto é, são os custos que aparecem.
O custo de oportunidade implícito é diferente, é um
custo que não requer desembolso monetário. Nessa aná-
lise, devemos considerar, por exemplo, o custo de investir
um capital ou deixá-lo no banco rendendo juros.
Podemos assim diferenciar lucro econômico e lucro
contábil. O primeiro seria o resultado da receita menos
os custos explícitos e implícitos. Já o segundo refere-se ao
resultado da receita e dos custos explícitos.
A Figura 8.2 a seguir elucida essas informações.
Custo total
Custos explícitos
Custos de oportunidade
(desembolso monetário)
Custos implícitos
(não exigem desembolso
monetário)
(8.2)
Custo total
O primeiro custo que analisaremos será o custo total da
produção, que tem dois componentes: o custo fixo (CF) e o
custo variável (CV).
A curto prazo, os custos fixos não se alteram em decor-
rência de mudanças nas quantidades produzidas. Por
exemplo: em unidades por mês, por exemplo, as quantida-
des produzidas podem ser de zero ou mil e os custos fixos
não vão se alterar. Já os custos variáveis se modificam em
função das quantidades produzidas.
O custo total é assim definido:
CT = CF + CV
Em que: 147
CT
Cus
O custo total é a soma vertical de CF e CV.
to 400
O custo variável aumenta com o nível de
(d[o CV
produção a uma taxa que varia dependendo
da ocorrência de rendimentos crescentes ou
300 decrescentes.
lare
200
100
spo
50 O custo fixo não varia com o nível de produção. CF
Produção
ran
o)
Os custos fixos e os variáveis variam de acordo com o
tempo. A curto prazo, num horizonte temporal de um ou
dois meses, a maior parte dos custos é fixa. Nesse período de
tempo, a empresa tem compromissos assumidos a cumprir.
Na Figura 8.4 a seguir é apresentada a composição do
custo fixo.
148
Figura 8.4 – Custo fixo
Custo fixo
Custo variável
Custo marginal
Custo total
Custo fixo
(CVMe)6
(CTMe)7
(CFMe)5
(CMG)4
médio
(CV)2
(CF)1
(CT)3
0 50 0 50 – – – –
1 50 50 100 50 50 50 100
2 50 78 128 28 25 39 64
5 50 130 180 18 10 26 36
(8.4)
Outros custos de produção
Ainda na análise de custos temos dois importantes elementos
que complementam a avaliação dos custos no curto prazo:
a. Custo médio (CMe) – Mede o custo por unidade de
produto.
b. Custo total médio (CTMe) – Mede a produção média
da empresa. É calculado pela divisão do custo total e o
nível de produção.
CFMe = CF/Q
CVMe = CV/Q
Cus
to 100 CMg
(dól
75
ares
50 CTMe
CVMe
por 25
CFMe
Produção
ano
(unidades/ano)
)
Segundo Pindyck e Rubinfeld20, as curvas apresen-
tadas na Figura 8.5 permitem-nos observar uma impor-
tante relação entre o custo total médio e o custo marginal.
Sempre que o custo marginal é menor do que o custo total
médio, significa que o custo total médio está em queda.
Sempre que o custo marginal é maior que o custo total
médio, o custo total médio está aumentando. Essa caracte-
rística das curvas de custo não é uma coincidência decor-
rente dos números usados nesse exemplo, ela se aplica a
todas as empresas. Essa relação entre o custo total médio e
o custo marginal reflete uma importante regra: a curva de
custo marginal corta a curva de custo total médio no ponto 153
(.)
Ponto final
Do ponto de vista da empresa, as receitas são uma contra-
partida dos custos, e estes uma decorrência inevitável do
processo produtivo.
Neste capítulo, vimos como a teoria microeconômica
básica diferencia os custos da empresa a partir de seus
comportamentos típicos em relação às quantidades produ-
zidas. A curto prazo, diferenciam-se entre fixos e variáveis.
A longo prazo, todos os custos, em princípio, variam, quer
em decorrência de alterações nas dimensões da empresa,
quer por mudanças nas tecnologias de produção, quer em
função de modificações de suprimentos e preços dos fato-
res produtivos. Porém, no curto prazo, há custos que se
mantêm fixos e que independem das quantidades produ-
zidas. Outros são variáveis e se modificam em função do
quanto a empresa produz.
O volume de produção de uma instituição será maior
ou menor dependendo do volume de recursos emprega-
dos por ela. Assim, os custos incorridos estão fortemente
154 ligados ao seu processo produtivo e à sua função de pro-
dução. Uma parte dos recursos empregados na produção
varia diretamente em função do volume da própria pro-
dução: são os recursos variáveis. Outra parte, todavia,
não varia em período de curto prazo: são os custos fixos.
Estes incluem imobilizações (edificações, equipamentos,
e outros bens de capital) e parte do pessoal empregado
(notadamente os envolvidos em atividades gerenciais de
suporte). Nas variáveis incluem-se os insumos necessários
para a produção (matérias-primas e outros materiais inter-
mediários), o pessoal mobilizado diretamente no processo
produtivo, a energia usada e outras categorias de gastos
exigidos nas operações de produção.
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
médio
variável
variável
médio
Custo
Custo
Custo
Custo
Custo
Custo
Custo
médio
obra
total
total
total
total
fixo
fixo
Mão-
de-
10 50
20 240
30 510
40 850
50 1.270
60 1.700
(continua)
(conclusão)
70 2.120
80 2.530
90 2.920
100 3.300
120 3.900
130 4.100
Mi
140 4.200
150 4.200
3.
Você está pensando em instalar um quiosque de venda de
eco
suco de frutas. O quiosque custa R$ 250. Os ingredientes
para cada copo de suco custam R$ 0,50.
a.
Qual é o custo fixo do negócio?
no Qual é o custo variável por copo de suco?
b.
c.
Monte uma tabela mostrando o custo total, o custo total
médio e o custo variável para níveis de produção até 4
mi copos.
a
(9)
Custos de produção
no longo prazo
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(9.1)
O que é custo de produção
no longo prazo?
Os custos de produção variam no curto e no longo prazo.
As decisões voltadas à produção devem levar em conside-
ração uma avaliação clara dos custos. Essa questão é muito
importante porque, a curto prazo, alguns custos são fixos
e, a longo prazo, variáveis. A longo prazo, a produção trará
maior flexibilidade para as decisões a serem tomadas pela
empresa.
Por esse motivo, as curvas de custo de curto prazo são
diferentes das de longo prazo. O motivo é que a empresa
tem maior dificuldade para adequar a produção no curto
prazo e também porque no curto prazo é mais difícil rea-
locar os trabalhadores e os investimentos.
É complexo saber quanto tempo a instituição vai demo-
rar para chegar ao longo prazo. Isso depende muito do
tipo de produção. Uma empresa de vestuário, por exemplo,
pode levar meses para montar sua fábrica, isto é, a constru-
ção de um local para a produção, a compra de equipamen-
tos e contratação de trabalhadores.
Uma outra empresa que venda produtos mais fácies
de produzir pode adequar a sua produção mais facilmente.
Podemos pensar, nesse caso, no produto “cachorro-quente”,
cujo produtor pode comprar os seus insumos mais facil-
mente e adequá-los rapidamente a uma mudança no
mercado. 161
Embora as curvas de custo médio e as de longo e de
curto prazo tenham o mesmo formato em u, elas diferem
porque o formato a curto prazo se deve à lei dos rendimen-
tos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta
ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo
se deve aos rendimentos de escala, quando varia o tama-
nho da empresa.
A Figura 9.1 a seguir nos apresenta as curvas de curto
e de longo prazo. Nela, podemos verificar que a curva de
custo total médio no longo prazo tem formato de u e é
muito mais plana do que as curvas de curto prazo. Essas
propriedades se devem ao fato de as empresas terem flexi-
bilidade maior no longo prazo.
Cus
Lei dos rendimentos decrescentes
(curto prazo)
tos( CMeLP
$)
qótimo q
(9.2)
Economias e
deseconomias de escala
O comportamento do custo total médio no longo prazo
contém informações importantes em relação à tecnologia
aplicada à produção de um bem.
Segundo Pindyck e Rubinfeld21, a curva de custo mar-
ginal de longo prazo (CMgLP) é determinada a partir
da curva de custo médio de longo prazo, a qual mede a
mudança nos custos totais de longo prazo à medida que
a produção é aumentada incrementalmente. Dessa forma,
podemos fazer a seguinte análise do custo marginal de
longo prazo e do custo médio de longo prazo:
Logo:
Economias de escala
Quando a curva do custo total médio de longo prazo
decresce com o aumento da produção, dizemos que há eco-
nomias de escala; isso acontece porque o custo médio de
longo prazo cai com o aumento da quantidade produzida.
O que facilita o surgimento de economias de escala é
a especialização. Numa grande escala de produção, os tra-
balhadores geralmente se são mais especializados e usu-
fruem de toda a capacidade produtiva da empresa.
Quando há economias de escala, a produção torna-se
mais eficiente, há uma maior especialização, flexibilidade
na organização e compras mais eficientes, como podemos
observar a seguir, na Figura 9.2.
Figura 9.2 – Economias de escala
Economias de escala
164
Especialização
Flexibilidade de organização
Deseconomias de escala
Quando a curva do custo total médio se eleva com a pro-
dução, dizemos que há deseconomias de escala, que ocorrem
porque o custo total médio de longo prazo aumenta com o
aumento da quantidade produzida. Nas deseconomias de
escala, ocorre sobrecarga no sistema produtivo, os custos
de coordenação aumentam e há restrição na oferta dos pro-
dutos, como apresentado a seguir, na Figura 9.3.
Figura 9.3 – Deseconomias de escala
Economias de escala
165
Sobrecarga do sistema
produtivo
Custos de coordenação
Restrição de oferta
Economias de escala:
O CTM no longo prazo cai
com o aumento do volume de
produção
Deseconomias de escala:
O CTM no longo prazo
aumenta com o aumento do
volume de produção
(.)
Ponto final
Na análise dos custos de longo prazo, devemos diferen-
ciar os custos fixos dos custos variáveis. Os custos a curto
e a longo prazos são relevantes na determinação do tama-
nho ótimo da fábrica. A longo prazo, as empresas se carac-
terizam, inicialmente, por retornos crescentes de escala e,
mais tarde, por retornos decrescentes, de modo que as cur-
vas de custo apresentam formato de u.
Figura 9.5 – Resumo dos custos no curto e no longo prazo
Custos a curto e
longo prazos 167
Longo prazo
(todos os custos são
variáveis)
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
Atividades
A curva de custo marginal é no trecho
1.
em que se verifica a lei dos rendimentos
.
horizontal – decrescentes
a.
crescente – decrescentes
b.
c. crescente – constantes
d. decrescente – decrescentes
e. decrescente – constantes
168
2. Qual é a diferença entre o curto e o longo prazo na análise
de custos na microeconomia?
Quantidade 1 2 3 4 5 6 7
Empresa B 11 24 39 56 75 96 119
Estruturas de mercado
Jacqueline A. H. Haffner
( )
(10.1)
Mercados competitivos
Conforme Mankiw, Pindyck e Rubinfeld, “a idéia de con-
corrência pressupõe a existência de grande número de pro-
dutores atuando livremente no mercado de um mesmo bem
ou serviço, de modo que tanto a oferta quanto a procura se
originem em condições de razoável eqüidade, sem influên-
cia ilegítima principalmente sobre o preço do produto” 22.
Nesse tipo de mercado, as empresas podem livremente
entrar no mercado e sair dele.
O mercado competitivo, por vezes chamado de mercado
perfeitamente competitivo, tem duas características:
Mercado competitivo
Se RT < CV ou
Se P < CVM
Se RT < CT ou
P < CTM
Se P > CTM
Monopólio
Em linhas gerais, monopólio significa ausência de con-
corrência e existência de um único fornecedor. Segundo
Mankiw, Pindyck e Rubinfeld:
Monopólio
Existência de
barreiras de entrada a
empresas concorrentes.
(10.3)
Oligopólio
O último mercado que vamos estudar é o oligopólio, que
pode ser definido como um mercado com poucos vendedo-
res ofertando os mesmos produtos ou produtos similares.
Segundo as idéias de Mankiw, Pindyck e Rubinfeld:
Oligopólio
(.)
Ponto final
Neste capítulo, foram apresentados três tipos de mercados:
concorrência perfeita, monopólio e oligopólio.
No primeiro caso, o de concorrência perfeita, observa-
mos um mercado com muitos produtores e compradores.
Vimos também que os preços dos mercados competitivos
sempre estão próximos do custo de produção do bem. Por
último, verificamos que, se a empresa for competitiva e
179
maximizadora de lucros, o preço será igual ao seu custo
marginal de produção.
Já em relação ao mercado em monopólio, que se trata
de um mercado com uma única empresa produtora de
bem ou serviço, não existem produtos substitutos pró-
ximos e, ainda, existem barreiras de entrada a empresas
concorrentes.
Por último, vimos os mercados em oligopólio, que é
um tipo de mercado com poucos fornecedores que detém
grande parcela do mercado e impede a entrada de outras
empresas. Podemos afirmar que o oligopólio é muito com-
petitivo e que o número de organizações que atuam nesse
mercado determina o grau de competição nessa estrutura.
Indicações culturais
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
Atividades
1. Considere o custo total e a receita total dados na tabela a
seguir:
180 Quantidade 0 1 2 3 4 5 6 7
Custo total 8 9 10 11 13 19 27 37
Receita total 0 8 16 24 32 40 48 56
3.
No que se refere à organização dos mercados, é correto
afirmar que:
I.
Na competição perfeita, é livre a entrada e a saída de
fatores de produção, os produtos são idênticos e existem
muitas empresas no mercado.
II.
No oligopólio, há somente um pequeno número de ven-
dedores. Esse mercado maximiza o seu lucro total, for-
mando um cartel e agindo como se fosse um monopólio.
III.
O monopólio é uma empresa que é a única vendedora
de um produto para o qual não existem substitutos
próximos.
Assinale a única resposta correta:
a. I
b. II
c. III
d. I, II e III
e. II e III
Referências numéricas
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Gabarito
Mão-de-Obra
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160
(L)
Produto Total
240 510 850 1270 1700 2120 2530 2920 3300 3630 3900 4100 4200 4200 4100
(Q) 50
Produtividade
5 12 18 21,2 25,4 28,3 30.2 32 32,4 33 33 32,5 31,5 30 28 25,6
Média (Q/L)
Produtividade
Marginal 0 24 51 85 127 170 212 253 292 330 363 390 410 420 420 410
(ΔQ/ΔL)
3.
Copos Custo Fixo Custo Variável Custo Total Custo Total Marginal
0 250 0,00 250,00 –
Quantidade 0 1 2 3 4 5 6 7
Custo Total 8 9 10 11 13 19 27 37
Receita Total 0 8 16 24 32 40 48 56
Lucro 0 -1 6 13 19 21 21 19
b. 6 unidades
2. Não. Porque não é um monopólio natural, ela é dona da sua própria voz.
3. d
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